Entidades do setor se preparam para aumento da demanda e reforçam importância da eficiência nas entregas, normas de segurança e a integridade dos trabalhadores
Com a chegada do final do ano, o comércio varejista brasileiro já se prepara para um dos períodos mais movimentados do calendário, marcado por datas como a Black Friday, em novembro, e o Natal, em dezembro.
Essa intensa movimentação reflete diretamente no setor de transporte de cargas e logística, peça-chave para garantir que os produtos adquiridos pelos consumidores cheguem em tempo hábil.
“Com o varejo em plena atividade e o comércio eletrônico em franca ascensão, o setor de transporte de cargas e logística consolida-se como um componente indispensável para o sucesso das vendas de fim de ano”, explica o presidente da Federação das Empresas de Transporte de Carga e Logística do Nordeste (Fetranslog/NE), Arlan Rodrigues.
Nos últimos meses, as vendas no comércio brasileiro se mantêm próximas ao pico histórico registrado em maio de 2024, segundo o IBGE. O comércio eletrônico também cresce significativamente, com 14 milhões de pedidos online durante a Black Friday de 2023 e expectativa de mais de 15 milhões em 2024. Para o Natal, a previsão é de 36 milhões de pedidos, superando os 34 milhões do ano anterior. As expectativas de vendas para o final do ano são altas, com a Black Friday sendo a segunda data mais pesquisada entre setembro de 2023 e setembro de 2024, conforme estudo da Agência Conversion.
Essa alta no comércio traz um impacto direto sobre a demanda por transporte de cargas. Em 2024, a movimentação de mercadorias já havia registrado aumentos significativos, como a alta de 8,2%, no setor aéreo, 4,3% no setor aquaviário e 4,5% no setor ferroviário, conforme dados do Observatório Nacional de Transporte e Logística da Infra S.A. O transporte RODOVIáRIO, que domina o cenário logístico nacional, também projeta um aumento expressivo, especialmente nos estados do nordeste.
“O setor de transporte de cargas precisa estar preparado para essa alta sazonal, garantindo eficiência e, ao mesmo tempo, respeitando as normas de segurança e a integridade dos trabalhadores”, reforça Arlan Rodrigues.