No início da década de 90 do século passado, as empresas de grande porte, em especial as corporações multinacionais, se propuseram a instalar, ou servir-se de uma rede de postos de abastecimento, para a distribuição de seus produtos, com a certeza de que é possível reduzir custos e melhorar a eficiência operacional.
Algumas empresas Comerciais e Industriais resolveram instalar, ou contratar os serviços de CD ou CDA, localizados em pontos estratégicos do mercado, mais próximos do mercado consumidor, na esperança de ganhar maior agilidade na entrega de mercadorias encomendadas pelos seus clientes.
Acreditavam que, com a instalação de CD’s[1] e CDA’s[2], poderiam satisfazer os desejos e necessidades de seus clientes, e com isso, alavancar as vendas. Nesta ocasião, multiplicou-se o aparecimento de Centros de Distribuição Logística.
Com o objetivo de reduzir custos e melhorar a qualidade dos serviços prestados, é natural, que produtores e comerciantes, tenham decidido transferir os seus estoques para Centros de Distribuição Avançados.
O Operador Logístico[3] prometia ao embarcador: atender prontamente os pedidos de compradores e, assim, permitir maior rotação de estoques; aumentar as vendas e servir o consumidor no momento oportuno.
O comerciante costuma afirmar: “a oportunidade de comercialização passa e não se repete; se o produto não estiver na prateleira, à disposição do cliente no momento oportuno, certamente a venda estará perdida”.
A indústria de transporte também se utiliza de máquinas para operacionalizar a movimentação de cargas, de um ponto a outro. A estas máquinas operatrizes denominamos genericamente veículos de cargas.
As categorias e espécies de veículos são as mais variadas, de acordo com a finalidade a que se destinam. Além de atender ao fim último, que é movimentar mercadorias, os veículos são classificados em: leves, médios, semipesados e pesados, com capacidade de torque diferenciado. Carrocerias, semirreboque e reboque são acoplados ao veículo-trator em conformidade com a especificação das cargas que transportam. Os equipamentos (reboques e semirreboques) são desenhados para atender a cada uma das especializações do TRC.
Restringimos nosso estudo, à apuração de custos no uso de máquinas (caminhões) em operação nas atividades de Coleta/Entrega e transferências de mercadorias.
Trataremos, neste estudo, de um método de apropriação de custos, vinculados às operações dos veículos.
A massa crítica de dados, armazenada em arquivos virtuais, substituiu caixas-arquivo, pastas e espaços nas prateleiras.
O gestor tem hoje tem à sua disposição, farta documentação arquivada na memória de computadores, o que lhe permite ordenar informações, na forma que melhor lhe convém.
A complexa rede de dados, quando analisados em pares (dois a dois) entrecruzam-se com outros dados da massa crítica. Em uma multiplicidade de combinações processadas, os dados produzem informações de saída, na medida e de conformidade com o desejo e necessidade do usuário do Sistema.
Com o uso de “softwares” inteligentes, os dados são processados mediante cálculos, agrupamentos por similaridade; confrontação por dissemelhança. Comparações históricas de dados são compiladas pela formulação de tabelas estatísticas – tudo na velocidade de segundos, com a saída de informações precisas demonstradas na tela do computador.
Com a informatização dispensou-se o trabalho manual demorado e dispendioso, tornando mais ágeis a obtenção de relatórios gerenciais. É inegável, que o relatório gerencial é ferramenta indispensável utilizada no processo de tomada de decisão.
O reajuste de até 16,8% autorizado para os pedágios da Dutra a partir de 1º de agosto de 2015 deverá aumentar os custos de transferência entre 2,21% e 2,82%, dependendo do número de eixos (tabela 1), para veículos que operam exclusivamente naquela rodovia.
Dependendo do número de eixos, o reajuste previsto para os pedágios mais antigos de São Paulo, de 4,11%, que entra em vigor em 1° de julho de 2.015, representará adicional entre 1,16% e 1,44% sobre os custos operacionais (custos de transferência) dos caminhões que trafegam sempre em rodovias sujeitas a pedágio, dos chamados sistemas rodoviários (mais de duas faixas por sentido), como Anchieta/Imigrantes e Anhanguera/Bandeirantes (ver tabela 1).
Com o reajuste, após 12 meses, de 4,11%, a taxa quilométrica por eixo de caminhão nos sistemas RODOVIáRIO subirá de R$ 0,178953 para R$ 0,186308, ou seja, de cerca de R$ 17,90 por eixo a cada 100 km para cerca de R$ 18,63 por eixo a cada 100 km.
Nos últimos três anos, o Transporte RODOVIáRIO de Cargas viu-se às voltas com inevitáveis aumentos de custos.
O primeiro deles foi a Lei no 12.619, que limitou a 10 horas diárias a jornada do motorista. Para quem estava acostumado a rodar até 16 horas por dia, isso representou uma perda de produtividade (aumento dos custos fixos por viagem) que pode chegar a 37,5%.
Admitindo-se, grosso modo, que o custo fixo represente 50% dos custos operacionais de um veículo, isso significa aumento de 18,75% deste custo operacional. Note-se que este percentual pode ser até maior, para as curtas distâncias, onde cresce o peso do custo fixo.
Outro fator que aumentou o custo do transporte em 2012 foi à entrada em vigor da norma Euro 5, que introduziu as novas tecnologias para reduzir as emissões veiculares. Como consequência, os caminhões passaram a custar em média 15% mais caros. Os motores passaram a exigir um combustível S10, mais caro do que o diesel comum, S500.
Além do mais, a tecnologia predominante, a do SCR (Selective Catalytic Reduction), passou a exigir a adição de 5% (do consumo de diesel) da ureia técnica, conhecida pela sigla ARLA 32, cujo custo, embora em declínio, ainda é bastante alto.
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