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Nova Lei ajudará a reduzir acidentes e roubos, acredita NTC

Caminhoneiros terão mais segurança contra acidentes e também roubos de carga – mas roubos de carga ainda requerem ajuda do governo central, segundo a entidade.

 

A publicação da Nova Lei do Caminhoneiro ?vai contribuir para a redução de acidentes de trânsito envolvendo caminhões?, acredita o Diretor Técnico e Executivo da NTC & Logística (Associação Nacional dos Transportadores de Carga & Logística), Neuto Gonçalves dos Reis. Ele observa, contudo, que ?há uma previsão de três anos para implementação plena da nova lei, então a redução de acidentes deverá evoluir gradualmente?

 

Um dos pontos fortes da nova lei é a definição de horários de descanso e períodos máximos de jornadas de trabalho ao volante. ?O motorista em boas condições de repouso dirige com mais segurança, permanecendo alerta quanto aos riscos de acidentes e também de roubo de carga?

 

O diretor da NTC endossa a informação publicada recentemente, segundo a qual o custo médio de um acidente de trânsito com caminhões pode ser até 12 vezes maior do que o prejuízo com roubo de cargas. ?A NTC não tem dados estatísticos sobre esses valores, mas acreditamos que este número corresponde à realidade?

 

De acordo com Neuto, o aumento dos custos com acidentes, nos últimos anos levou as empresas aadotar soluções em pacotes completos. ?O monitoramento da frota começou visando a segurança contra roubo de cargas, mas nos últimos anos houve uma mudança de foco, com uma visão voltada para a logística como um todo, contemplando não apenas a segurança contra roubo de cargas, mas contra acidentes de trânsito e gestão para aumento da eficiência do transporte em todos os sentidos?

 

Apesar de o prejuízo com roubos de cargas ser menor do que com acidentes ? que podem ser de até R$ 58.000,00 por sinistro, segundo Cyro Buonavoglia, presidente da Buonny, gerenciadora de riscos independente do Brasil ? as perdas geradas por eles são expressivas.

 

De acordo com a assessoria de segurança da NTC& Logística, coordenada pelo Coronel Paulo Roberto de Souza, o número de ocorrências de roubo de cargas em 2013 aumentou 5,5% em relação ao ano anterior, registrando 15,2 mil casos e um prejuízo de R$ 1 bilhão para o setor. A região Sudeste teve o maior registro, com 81,29% dos casos, sendo que os Estados de São Paulo (52,5%) e Rio de Janeiro (23,3%) tiveram mais incidências. ?Ainda estamos contabilizando os números de 2014, mas certamente teremos mais de 16 mil casos?, adianta Souza.

 

O maior problema do setor é a legislação branda para os criminosos envolvidos no roubo de cargas?, afirma o Coronel Paulo Roberto de Souza, para quem ?a principal causa do aumento crescente dos roubos é a inação do governo central, pois roubos de cargas são crimes de abrangência nacional que o governo federal comodamente prefere deixar apenas sob a responsabilidade das secretarias estaduais de segurança pública?

 

Transportadores rodoviários discutem em Salvador roubo de cargas, tarifas e terceirização de mão de obra

A Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística) promove na capital baiana, nesta quarta feira (26.02), a 1ª reunião  de 2015 do Conselho Nacional de Estudos em Transportes, Custo, Tarifas e Mercado num momento em que o Brasil está ameaçado de desabastecimento com a eclosão de movimentos dos caminhoneiros em todo o país.

 O 1º Conet desenvolverá também uma agenda técnica para analisar o momento atual do transporte rodoviário, retomando a discussão tarifária, à luz do lema Atitude e Gestão e das regras desse novo mercado que vem surpreendendo cada vez mais os transportadores.

Durante todo o dia, no Hotel Fiesta Bahia (Pituba), será apresentado um estudo sobre a variação dos custos do frete e a defasagem tarifaria dos últimos 12 meses seguido de debate entre empresários, especialistas e lideranças do setor para a melhoria da questão tarifária do transporte rodoviário de cargas.

 Em seguida entram na pauta temas como a Lei 12.619, roubo de cargas, terceirização de mão de obra, contribuição confederativa, Euro V | Arla 32, Semirreboque e Seguro RCTRC, com a presença dos presidente da NTC&Logística, José Hélio Fernandes e do Vice-presidente Regional e do SETCEB-Bahia, Antonio Pereira de Siqueira.

Risco de Assalto Ao Transportador e Responsabilidade Do Estado

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Combate ao Roubo de Cargas, um Assunto que Requer Prioridade!

Configura-se um cenário de crescimento do roubo de cargas no Brasil ao longo de duas décadas – que atingiu o recorde histórico em 2008, com 12400 ocorrências registradas e R$ 805 milhões em prejuízos – roubos sempre fortemente concentrados nos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro, maiores centros econômicos do País, onde ocorre a maior circulação de mercadorias e onde o crime organizado é mais atuante.

O Roubo de Cargas no Brasil

Até o momento, não existem estatísticas oficiais a respeito do roubo ou furto de cargas no Brasil. Na falta de dados oficiais, a Assessoria de Segurança da Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (ASeg/NTC) busca informações para formatar uma estatística nacional que seja a mais confiável possível. O levantamento é feito por meio de contatos pessoais a fontes formais e informais de organismos policiais, e de informações de entidades representativas dos segmentos transportador e segurador. Assim, desde 1998, a ASeg/NTC divulga um cenário estatístico criteriosamente elaborado, que, na ausência de dados oficiais, é o que de melhor existe para aqueles que têm interesse na questão (mais informações no site ).

 

Situação Nacional

Os dados levantados pela ASeg/NTC apontam que o roubo de cargas no país cresceu sistematicamente todos os anos, atingindo o ápice em 2004 com 12.200 ocorrências. A partir daí, assinala-se uma tendência de queda, porém, o último dado conhecido – 11.700 ocorrências em 2007 – mostra que o problema ainda está longe de ser resolvido. Segundo as informações divulgadas pelo mercado segurador, anualmente, os prejuízos também acompanham esse crescimento e atingiram, em 2007, o patamar de R$ 735 milhões de valores subtraídos.

O acompanhamento dos dados levantados nesses últimos dez anos aponta, ainda, que as mercadorias mais visadas são as de maior valor agregado. A importância do produto no contexto local também é relevante para a análise. Alguns exemplos: o couro é altamente visado pelos assaltantes no Rio Grande do Sul; os combustíveis, em Paulínia, no interior de São Paulo; têxteis, na região Nordeste e em Americana, também no interior de São Paulo. Outro ponto importante a ser analisado no panorama nacional da questão de roubo de cargas é a morte de motoristas durante as ocorrências. Os números indicam sensível redução ano a ano – chegaram a 39 mortes em 1999 e, no ano passado, foram sete. O motivo mais provável para isso é que os profissionais são orientados a não reagirem aos assaltos.

 

Situação Regional

siteA visão analítico-sintética dos dados indica que, quanto às ocorrências, há uma tendência de redução no Sul e Centro-Oeste, de aumento no Norte e Nordeste e estabilidade no Sudeste. Mesmo assim, a região Sudeste continua sendo a mais importante na totalização nacional, com média de 78% do total dos registros. Quanto aos valores, a situação é difusa. A exceção fica também para o Sudeste, que registra aumento em prejuízos e se caracteriza pela presença do crime organizado, atuando com seletividade em relação às cargas de maior valor agregado.