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Motorista do Futuro

Ao pensar no futuro do transporte de cargas, precisamos associa-lo a inovação e constante evolução da tecnologia aplicada as ferramentas de trabalho na logística, e ao analisar esse cenário TRC versus tecnologia, recaímos no papel do seu principal operador, o motorista.

O setor precisa estar preparado para essa evolução e pensar qual será o modelo de motorista do futuro. Aí surge alguns questionamentos, quais serão as suas habilidades, competências e perfil técnico? Como adapta-lo a uma nova realidade dinâmica, tecnológica e em constante evolução? Ainda teremos essa função? Todos esses questionamentos trazem à tona a real importância da discussão desse tema.

Muito se fala em futuro sem motorista, com a chegada de veículos autônomos que prometem movimentar cargas sem motoristas ao volante, a partir do comando de um sistema interligado a sensores de alta precisão e monitoramento via satélite capazes de ir do ponto A ao ponto B conforme o comando e programação dos usuários. Muitas montadoras, Daimler, Scania, Volvo entre outras, investem milhões nessa tecnologia, com várias unidades em testes e a cada ano que passa utilizam tecnologias de maior precisão com câmeras cada vez mais sensíveis, capazes de identificar a sinalização horizontal da faixa de trânsito, semáforo, distinguir cores e texturas, animais e pessoas na pista. Porém, esses aparelhos não são capazes de dirigir o caminhão, sendo necessário um “cérebro” artificial, um computador que recebe os dados e os processa, operando o veículo em tempo real. Um estudo da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) revela que a profissão de motorista de caminhão tem 79% de chances de ser substituída pela automação. “Se isso acontecesse hoje, mais de 877 mil caminhoneiros ficariam sem empregos no Brasil” revela o estudo. Mas será que toda essa tecnologia eliminará a mão de obra e intervenção humana em todas as operações?

Ao analisar esse cenário e todas essas possibilidades e questionamentos, muitas são as incertezas. Porém, arrisco dizer que vislumbro um motorista do futuro como um analista de dados, um operador de máquina treinado para fazer a gestão da máquina, analisando a operação e intervindo na máquina a qualquer momento e utilizando de sua experiência para qualquer necessidade imediata de intervenção na condução.

Observo que inúmeras empresas no Brasil já passam por um processo de transformação de seu perfil de motorista, treinando e exigindo cada vez desempenho operacional de seus profissionais para operar equipamentos cada vez mais conectados e eficientes. Neste sentido, o profissional que tiver resistência a mudança ou aversão a utilização a tecnologia terá seu cargo comprometido, configurando um problema para as transportadoras do nosso país, que já encontram dificuldade para encontrar mão de obra qualificada em determinadas regiões do país, que poderá ser agravada a cada ano que passa com a necessidade de um profissional cada vez mais técnico e com nível de escolaridade mais alto.

Devemos considerar que a realidade dos caminhões autônomos dependerá das condições de nossas rodovias, infraestrutura e sinalização para que esses novos equipamentos consigam desempenhar o seu trabalho autônomo de forma eficiente e segura e sabemos que ainda temos um longo trabalho pela frente e o país precisa de muitos investimentos para que essa realidade seja consolidada.

Por: Ricardo Filho – COMJOVEM Belém

Como Tratar os Dados? – Data Leak: Caldeirão de Dados

Esse novo tema vem trazendo inúmeros questionamentos para as empresas sobre como tratar tantos dados disponíveis, o que fazer com tantas informações?; seja de fornecedores, clientes ou colaboradores. Este é um assunto atual e muito recorrente, sendo um desafio para as empresas, além de uma prioridade de adaptação.

Com a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) essa necessidade de proteção dos dados tornou-se uma exigência e por consequência uma obrigação das empresas em se adaptarem a uma nova realidade, de proteger dados das pessoas físicas, fornecedores, clientes, dados sensíveis, “dados preciosos” ou seja, pessoais, que dão ao titular dos dados o direito de não divulgar ou compartilhar suas informações, impedindo de que elas possam lhes causar algum dano ou prejuízo, tudo isso baseado também no princípio da dignidade humana.

Desta forma, vejo que a aplicação da proteção de dados é uma realidade e acredito que antes de qualquer coisa devemos estar conscientes sobre essa necessidade em estar promovendo maior transparência, segurança e privacidade. No caso dos consumidores, sempre que alguém fizer um compartilhamento de dados ou uma coleta, ele saberá que foi feito com o apoio da empresa. Nas relações de negócios, isso tornará os processos mais robustos e confiáveis, e repito, mais transparentes, dando a cada empresa a certeza de que estão dentro dos padrões mínimos de qualidade exigidos pelo mercado cada vez mais competitivo, evitando possíveis multas e problemas legais. Isso é bom para todos.

Acredito que essa adaptação é estratégica para o setor de transportes, assim como para os demais setores, além de ser um grande avanço nas relações jurídicas e comerciais em nosso país, garante maior competitividade no negócio promovendo mais transparência no relacionamento com os clientes, fornecedores e sociedade, modernizando os seus processos e deixando as empresas mais preparadas para os futuros negócios.

Por: Ricardo Filho – COMJOVEM Belém