Na quinta-feira (6/07), o núcleo da COMJOVEM BH e Região reuniu-se, na sede do SETCEMG, com o novo presidente da entidade, Antônio Luís da Silva Júnior.
O objetivo do encontro foi apresentar o estatuto da COMJOVEM ao novo presidente, o histórico das ações da comissão ao longo dos últimos anos e ouvir os anseios de Antônio Luís em relação à comissão na nova gestão do Sindicato.
Antônio Lodi, que deixou recentemente a coordenação da comissão, iniciou a reunião apresentando os demais membros para o presidente Antônio Luiz, que explicou quais são os objetivos da entidade para a COMJOVEM e de como ele gostaria de ver a comissão em uníssono com o SETCEMG.
O presidente do SETCEMG colocou a entidade à disposição para auxiliar nos projetos que forem realizados e deixou claro seu apoio incondicional para tornar um núcleo forte e duradouro. Foi alinhado com o presidente que o núcleo irá apresentar um planejamento estratégico da comissão para o próximo triênio.
“O novo presidente está com muitos projetos para impulsionar a comissão e quer a comissão mais participativa nas rotinas do sindicato, até mesmo como uma forma de inserir os jovens empresários nas entidades representativas. O objetivo de todos é impulsionar a comissão para ter maior relevância no cenário nacional”, destaca a coordenadora COMJOVEM, Ana Paula de Souza.
Ao longo do ano de 2023, tivemos a oportunidade de conhecer algumas ferramentas de inovação tecnológica em eventos promovidos pelo setor do Transporte RODOVIáRIO de Cargas (TRC) como o I Seminário NTC de Inovação Tecnológica no TRC (SP, Jul-23); ”The Logístics Tends Radar” (BH, Jul-23); Sest Senat Summit – Transporte-se para o Futuro; (SP, Ago-23); “Como usar Inteligência Artificial na sua Transportadora” (BH, Set-23); Comjovem Experience – Inovação e Tendência, (SP, Set-23), onde um termo era reticente: “O Futuro do Transporte”. Para acompanhar as mudanças, mantendo-se competitivo, faz-se necessário a adaptação dos nossos negócios para o futuro, e para tanto podemos contar com uma ferramenta indispensável e uma forte aliada do TRC, a Inteligência Artificial (IA). Através desse artigo será possível compreender a relevância de estar inserido em uma comissão representativa do setor de transporte no Brasil, como a COMJOVEM, e como ela pode proporcionar aos seus membros experiências valiosas e extenso repertório sobre o futuro tecnológico no TRC Brasileiro. Desde que que foi cogitada pela primeira vez ainda no século passado, por Warren McCulloch e Walter Pitts, a IA está em constante evolução. O avanço na capacidade de processamento e armazenamento de dados ao longo dos anos, somado aos algoritmos de Machine Learning (ML), culminou no desenvolvimento dos modernos equipamentos autônomos que conhecemos hoje. À medida em que avançamos na linha do tempo da IA, ela se demonstra cada vez mais eficiente na automatização de tarefas complexas, capaz de simular o raciocínio humano ao mesmo tempo em que lida com grandes volumes de dados. Atualmente, a IA transcendeu a noção de ser apenas uma visão futurista, tornando-se parte integrante do nosso cotidiano. Alexa, Siri e Chat GPT são exemplos clássicos dessa integração. No TRC, sua aplicação é capaz de otimizar o tráfego urbano, aprimorar a segurança nas estradas e impulsionar a eficiência das operações de transporte e logística. Podemos afirmar que os que os investimentos tecnológicos em IA possuem duas vertentes distintas: Investimentos em Processos Operacionais ou em Gestão Estratégica. A) Investimento em IA nos Processos Operacionais: consiste em aquisição de ativos, equipamentos e softwares que irão atuar diretamente nas operações do TRC, como veículos com tecnologia embarcada, frota autônoma, sensores de telemetria, roteirizadores inteligentes, câmeras de fadiga, sensor de aproximação, detectores de pedestres, monitoramento de tráfego, e que requerem valor considerável em investimento. B) Investimento em IA nos Processos de Gestão Estratégia: Através da combinação da análise de Big Data, Machine Learn (ML) e Internet das Coisas (LoT), soluções incríveis podem ser desenvolvidas pela IA, desde análise de cenários, tendências de nicho, previsão de demanda até oportunidade de redução de custos que possibilitam a tomada de decisão estratégica na empresa e requerem ou não valor considerável de investimento, mediante complexidade e escalonamento das implementações. Deividy Ferraz, diretor de Operações de Suply Chain da DHL afirmou durante sua palestra” The Logistic Tends Radar” na visita técnica ao Centro de Manutenção da Azul de Belo Horizonte, que o processo de inovação tecnológico pode ser iniciado por projetos pilotos em áreas onde já existam dados e indicadores mensuráveis, possibilitando inovação a um menor custo de investimento, por se tratar de demandas setoriais e não holísticas. Corroborando essa visão, Fernando Torquato, Cientista de Dados, afirmou durante o Comjovem Experience – Inovação e Tendência: “Comece pequeno, pense grande”, enquanto explicava a fase de implantação de um projeto de IA. Fernando elencou ainda alguns cuidados que devemos ter durante essa fase como: disseminação da cultura top down; capacitação e treinamento em inteligência analítica; políticas de governança e segurança dos dados, entre outros. Nesse contexto é que entra uma ferramenta que conhecemos durante o I Seminário NTC de Inovação Tecnológica no TRC, a SARA, uma assistente virtual imbuída de avançadas ferramentas de Inteligência Artificial (IA), capaz de prover análises e insights em tempo real através da interação por processamento de linguagem natural (PLN), afirma Sergio A. Carvalho, diretor de Tecnologia e Inovação do Grupo Toniato. Por meio desse networking, foi possível programar o evento: Happy Hour Comjovem: Como usar IA na sua transportadora, promovido pela COMJOVEM BH e Região com apoio do Setcemg, onde foi possível observar o funcionamento ao vivo da SARA bem como sua interação através de WhatsApp, ferramenta de fácil manuseio, em que motoristas e demais usuários são capazes de operar sem dificuldade, reduzindo assim custos e tempo com treinamentos. Mas quais são os riscos da automatização dos dados e utilização de IA? Cibersegurança foi um dos temas do Sest Senat Summit – Transporte-se para o Futuro. A segurança cibernética, por diversas vezes é desenvolvida como estratégia de defesa contra vírus e ataques, contudo quadrilhas especializadas podem invadir o sistema intencionados em roubar uma carga com expressivo valor embarcado. Por isso, faz-se necessário investir na proteção digital, no treinamento dos envolvidos e na capacidade de antecipar a ação de um ataque. Um dos desafios mais complexos da IA para o TRC é a falta de integração entre os dados gerados pelas diversas partes da cadeia de suprimentos. Essa desconexão entre embarcadores, transportadores e demais agentes do transporte e logística é responsável pela maioria dos desvios logísticos. Para resolver esse problema, o Data Lake, banco de dados único, confiável e completo, capaz de centralizar os dados das mais diversas fontes existentes em um local que possam ser acessados pelos stakeholders, torna-se indispensável. A partir daí, podemos trabalhar com o conceito de “Transporte Conectado”, capaz de interligar todas as informações da cadeia de suprimentos, permitindo a que a IA faça análises dos dados e apresente informações valiosas para melhor tomada de decisão. O processo de maturação para tomada de decisão e sucesso na escolha da IA mais adequada ao nosso modelo de negócios, dentro do universo de tecnologias disponíveis e capacidade de investimento distintas, não precisa ser solitário. Isso pode ser contornado pelas oportunidades de aprendizagem, especializações, wokshops e seminários, compartilhamento de boas práticas no mercado, benchmarking e networking, entre outros recursos proporcionadas pelo Sistema CNT e suas ramificações como Sest Senat, Instituto de Transporte e Logística – ITL, NTC & Logística, Fetcemg, Setcemg e Comjovem. Nesse sentido, podemos afirmar categoricamente que estar inserido na COMJOVEM, já fez ou ainda irá fazer diferença durante o processo de tomada de decisão no seu negócio inserido no TRC.
Referências: Inteligência artificial no transporte: saiba as principais tendências. Disponível em: https://tl.trimble.com/blog/inteligencia-artificial-transporte/. Acesso em 29/09/2023. Artificial Intelligence and Transportation – How the Future of Transportation Will Change Disponível em https://chudovo.com/artificial-intelligence-and-transportation-how-the-future-oftransportation will-change/ Acesso em 29/09/2023 AI in Transportation and Logistics: Making The Industry Intelligent Disponível em https://requestum.com/blog/ai-in-transportation-and-logistics Acesso em 29/09/2023 Acesso em 29/09/2023 O uso da inteligência artificial na gestão de frotas: como a tecnologia pode ajudar a otimizar o uso dos veículos e reduzir custos disponível em: https://guberman.com.br/2023/05/19/o-uso-dainteligencia- artificial-na-gestao-de-frotas-como-a-tecnologia-pode-ajudar-a-otimizar-o-uso-dosveiculos- e-reduzir-custos/ Acesso em 30/09/2023
Diversificação das matrizes energéticas para um futuro mais sustentável é uma pauta que está em alta em todos os setores econômicos. Todos os países estão de fato preocupados com o meio ambiente e com o futuro do nosso Planeta Terra, uma vez que, com a população em constante crescimento, consumo per capita cada vez maior e menores áreas verdes capazes de realizar a troca necessária de gases, em poucos séculos, não teremos mais um ecossistema capaz de trazer condição de vida humana e animal para a Terra. Muitas soluções energéticas já estão sendo aplicadas nas economias de primeiro mundo bem como em países emergentes, como por exemplo veículos híbridos, elétricos, hidrogênio e outras fontes de energia. Muito se fala da eletrificação pura do transporte, que a meu ver serão apenas aplicadas em veículos urbanos e com baixa autonomia. Polêmicas envolvendo a produção de energia elétrica, principalmente nos países europeus, podem ser o início da restrição da matriz elétrica pura, ou seja, com veículos “plug in”. Evidente que em um país como o Brasil, tal risco é bastante minimizado pela aplicação da energia solar, que cada vez mais ganha mercado e produção em nosso território; primeiramente por ser uma energia limpa e por exigir investimentos cada vez mais compatíveis e com pay back reduzido. A utilização deste modelo também poderá ser aplicada em transporte público metropolitano, por serem rotas pré-definidas, porém definitivamente não poderá ser aplicada com eficiência em transporte RODOVIáRIO de cargas e passageiros, principalmente por questões de engenharia de projeto dos veículos bem como infraestrutura de abastecimento. Outras soluções também são hoje utilizadas em veículos de carga, como por exemplo o gás natural. Grandes montadoras já oferecem veículos de linha com motores alimentados com gás natural. Entretanto tais soluções exigem estudo detalhado das rotas e logística uma vez que tais veículos, assim como os elétricos possuem baixa autonomia e forma de abastecimento pouco desenvolvida ao longo de nosssas rodovias. Por outro lado, cresce cada vez mais os estudos na matriz do hidrogênio para veículos leves e pesados. Apesar de ser uma tecnologia que requer alto investimento em pesquisa, projeto e infraestrutura de armazenagem e distribuição, já se enxerga uma solução alternativa para a produção do hidrogênio a partir do etanol, o chamado hidrogênio verde. Na verdade, trata-se de um carro elétrico, que é alimentado pela energia gerada por uma célula de combustível, que por sua vez é alimentada pela mistura de água e etanol. Hoje pesquisas de desenvolvimento estão sendo fomentadas principalmente em solo Brasileiro, que hoje é responsável pela segunda maior produção de etanol do mundo, ficando atrás apenas dos Estados Unidos. A USP (Universidade de São Paulo) desenvolve em parceria com montadoras de veículos, soluções para geração de hidrogênio a partir do etanol, aplicando não somente em veículos de pequeno porte, mas também em ônibus que hoje circulam no campus da universidade. Vemos que mais uma vez o etanol será protagonista de mais uma grande revolução de matriz energética para o transporte e o Brasil está novamente na vanguarda deste projeto, assim como foi nos anos 80, com o pró-alcool, nos anos 2000 com os carros flex, e agora em 2020 com os veículos movidos a hidrogênio verde. Importante salientar que o sucesso deste projeto passa obrigatoriamente pelo alinhamento estratégico de toda a produção de etanol, que atualmente sofre oscilações de ofertas e preço, por competir diretamente com outro produto derivado da cana, o açúcar. O governo deve promover iniciativas que defendam a produção do etanol e que garantam segurança de fornecimento deste produto. Com tais cenários garantidos é possível imaginar a expansão e massificação da tecnologia, incluindo ao uso em veículos de transporte de carga e passageiros. Imaginemos uma solução de transporte a hidrogênio, plug in, que seja capaz de ser alimentada na rede elétrica quando disponível, mas também proporcione autonomia com a geração de hidrogênio a partir do etanol. Porém, como responsáveis por toda esta “pegada” de carbono deixada ao longo destes mais de 100 anos de transporte, devemos também estar à frente do nosso tempo e não pensar somente na geração de carbono e outros poluentes, mas também assumir nossa responsabilidade ambiental e compromisso com o futuro, ser capaz de implementar mais soluções para gerar crédito de carbono. Neste sentido acredito muito nas diversas inciativas de cunho ambiental que não só inibem a geração de poluentes, mas também geram fontes de compensação e sequestro de carbono. Muitos especialistas atualmente defendem que não será suficiente as empresas compensarem a sua pegada de carbono, mas sim, em um futuro muito próximo, as empresas realmente comprometidas com o meio ambiente, não só não geraram carbono e outros poluentes, mas também promoverão através da sua atividade principal e auxiliares a compensação de carbono positiva. Hoje em nossa companhia possuímos diversos projetos que promovem sustentabilidade e também crédito de carbono dos quais, aproveitamento de agua de chuva, com a utilização de reservatórios para armazenagem, usina solar própria com capacidade superior ao uso da empresa, projeto Sementes, que promove a coleta das sementes das árvores do nosso pátio e distribuição de sementes e mudas para a comunidade e o papel verde que promove o uso consciente do papel, promovendo ainda a reutilização de papeis como rascunho e após seu último uso sendo destinado à fragmentação e posterior utilização para o processo de compostagem e produção de adubo orgânico, são alguns exemplos. Percebemos, portanto, que o uso de fontes renováveis no transporte, não se trata apenas de pensar em meios de diminuir ou zerar a geração de poluentes e carbono, mas sobretudo como podemos fazer para recuperar todo nosso ecossistema, afetado ao longo destes anos pelas nossas atividades e aos poucos permitir que o Planeta Terra, mesmo com sua população em franco crescimento, retorne à sua condição ambiental saudável. Cabe a nós, gestores do transporte e logística, influenciadores e formadores de opinião, pensar no futuro e compreender que ele já chegou, e que, com soluções muitas vezes extremamente simples, podemos garantir a sobrevivência das nossas gerações futuras.
No dia 20 de julho, o núcleo da COMJOVEM Belo Horizonte e Região realizou uma visita técnica ao Centro de Manutenção da Azul Linhas Aéreas, localizado no hangar do Aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte.
Ao todo, 36 representantes de empresas de transporte, sendo 17 integrantes do núcleo, tiveram a oportunidade de conhecer a história do centro de manutenção, os quatro hangares onde são feitas as manutenções nas aeronaves de pequeno porte da companhia, e ainda, assistiram apresentações com especialistas sobre as melhores Práticas de Logística 4.0, eficiência, automação e visibilidade, tecnologias embarcadas; e ESG – Environmental, Social and Governance.
“Agradecemos ao gerente-geral de Manutenção de Aeronaves da Azul Linhas Aéreas, Ricardo Luiz Vasconcellos, ao ex-colaborador da Azul, hoje diretor de Operações de Supply Chain da DHL, Deividy Ferraz Martins, ao coordenador de PCP da Azul, Hudson Firmino, ao coordenador de Planejamento e Materiais, Osvaldo Resende, e ao gerente de Manutenção de Aeronaves da Azul Linhas Aéreas, Wanderson Madureira, e suas respectivas equipes, por nos proporcionarem uma tarde de imersão em inovação e logística. Aprendemos muito e saímos de lá ainda mais engajados e motivados a fazer a diferença no nosso setor”, destaca a coordenadora da comissão, Ana Paula de Souza.
Falar sobre agilismo é algo que aprecio muito desde o primeiro momento em que tive contato com este modelo de gestão. Em 2018 tive a oportunidade de conhecer desenvolvedores de softwares que trabalhavam em uma empresa com este mesmo fim em Belo Horizonte. Bastou apenas a oportunidade de um prazeroso happy hour para que eu compreendesse que aquilo era um fantástico modelo de gestão.
Dentre muitas pesquisas que fiz naquela época, percebi que todos os artigos e conteúdo que eu encontrava eram apenas direcionados para desenvolvimento de sistemas ou empresas com alta tecnologia em seu dia a dia. Aquilo de certa forma me deixava incomodado, por não poder aproveitar todo o potencial da ferramenta no dia a dia de uma transportadora. Foi então que, ainda naquela época, decidi aprofundar meu conhecimento e realizar os primeiros estudos técnicos para desenvolvimento de uma metodologia ágil voltada para logística e transportes, descobrindo assim todo o histórico e as ferramentas existentes neste modelo de gestão.
Historicamente o movimento iniciou-se nos anos 2000 quando um grupo de desenvolvedores, incomodados com os atuais modelos de gestão no desenvolvimento de softwares, decidiram criar a “Agile Alliance”, para então criar algo que se tornou fundamental para o desenvolvimento de softwares – e de outras atividades – para as próximas década, o Manifesto Agile. Neste manifesto foram organizados 12 princípios – dispostos cada um em uma pequena frase – a serem seguidos no desenvolvimento de softwares.
Neste artigo demonstrarei de maneira prática e intuitiva utilização de alguns dos 12 princípios em uma gestão de empresas de logística e transporte, que sempre dispondo primeiramente o conceito original e depois exemplificando a sua aplicação a nossa realidade.
Nossa maior prioridade é satisfazer o cliente através da entrega contínua e adiantada de software com valor agregado. Para adaptar este princípio ao nosso dia a dia realizamos a divulgação contínua da importância no atendimento de qualidade ao cliente. Adaptamos a entrega contínua para o conceito de sempre entregar o melhor serviço possível para o cliente, evitando erros de operação e buscando sempre superar suas expectativas. Para atendimento pleno deste item o treinamento deve ser contínuo o uso de pesquisas de satisfação e o controle do NPS. Em caso de níveis altos de insatisfação a tratativa é realizada através de realinhamento de cultura de atendimento.
Mudanças nos requisitos são bem-vindas, mesmo tardiamente no desenvolvimento. Processos ágeis tiram vantagem das mudanças visando vantagem competitiva para o cliente. Este princípio foi fundamental para criarmos dois desdobramentos. Primeiramente o entendimento que as coisas mudam constantemente e por isso devemos sempre estar preparados para tirar lições e aprendizados. Em segundo, incentivamos sempre a divulgação de sugestões e opiniões na empresa, seja através de simples caixas de sugestões até o uso de momento específico durante a escuta ativa realizada pela nossa psicóloga organizacional e gestores. Entendemos que aqueles que estão em campo são os melhores agentes de sugestões e de transformação.
Pessoas de negócio e desenvolvedores devem trabalhar diariamente em conjunto por todo o projeto. Este princípio foi base para implantação da cultura de “visão de dono” por parte de todos os nossos colaboradores. Realizar constantemente reuniões de cultura e mentorias em todos os níveis da companhia é fundamental para que todos se sintam pertencente ao propósito maior da empresa e assim consigam trabalhar em equipe com um objetivo comum, livre de interesses próprios ou do setor. Este de fato é um princípio que leva tempo para ser implementado, principalmente por se tratar de uma mudança cultural profunda. Foi implementado também o conceito de squads, que são equipes interdisciplinares para desenvolver ações de resolução de problemas nos mais diversos setores da empresa. Através dos squads as pessoas entendem o problema sob a perspectiva do outro e existe de fato, empatia para a resolução de desafios.
Construa projetos em torno de indivíduos motivados.Dê a eles o ambiente e o suporte necessário e confie neles para fazer o trabalho. Criamos um ambiente que aproximasse as pessoas e as deixassem mais confortáveis no seu dia a dia. Espaço de jogos, sala de descompressão foram ferramentas com um ótimo custo benefício. Autonomia é outro ponto fundamental desta transformação. Dar autonomia aos membros da equipe faz parte do processo de crescimento da equipe e da empresa. Erros podem acontecer; contudo criar mecanismo para minimizar os reflexos destes erros é fundamental. Através do erro é possível aprender e melhorar.
O método mais eficiente e eficaz de transmitir informações para e entre uma equipe de desenvolvimento é através de conversa face a face & Em intervalos regulares, a equipe reflete sobre como se tornar mais eficaz e então refina e ajusta seu comportamento de acordo. Investimento em ferramentas de comunicação, organização e planejamento deve ser parte obrigatória de qualquer transformação ágil, mas deve-se preocupar também com treinamento e bom uso destas ferramentas. Outras duas ferramentas são o one o one e a daily scrum. A one o one é a reunião que todo gestor deve realizar com todos os membros de sua equipe, sendo de no máximo 15-20 minutos. Nesta reunião o gestor deve estar aberto a escutar as necessidades do seu liderado, aconselhar em aspectos profissionais e sobretudo dar um feedback do trabalho desenvolvido pelo liderado. A daily scrum é uma reunião diária de 30 minutos com todos os membros da equipe onde em 5 minutos cada membro expõe as atividades realizadas no dia anterior, as atividades que pretende realizar no dia e expõe dificuldades que está enfrentando para que todos possam tentar contribuir.
Perceba que estes dois “cultos gerenciais” reforçam não só este fundamento, mas também diversos outros presentes no manifesto original. & Software funcionando é a medida primária de progresso. Para atendimento deste princípio investimos em ferramentas de controle e gestão para que todos os processos seguissem seu fluxo normal. O bom andamento dos processos é de fundamental importância para o sucesso da empresa.
Simplicidade – a arte de maximizar a quantidade de trabalho não realizado-é essencial. Este princípio é fundamental e o mais bem aceito na equipe. Criar ideias simples é fundamental para a execução de um bom trabalho. Realizar o trabalho de forma simples é muitas vezes o mais assertivo. O uso de MVP é de fato a ferramenta mais utilizada em nossa corporação. Incentivamos de maneira constante o uso de modelo para todas as iniciativas.
Percebemos que conceitos simples com aplicações práticas e diretas podem trazer inúmeros benefícios para nossas empresas. A aplicação da metodologia ágil ainda que de forma simplificada é o futuro da gestão moderna e nós, gestores do futuro, temos que investir em ferramentas e pessoas para que consigamos cada vez mais resultados. Mesmo sendo um conceito com mais de 20 anos, a metodologia ágil nunca foi tão atual e ao mesmo tempo vanguardista.
A sigla ESG é a abreviação de “Environment, Social & Governance” (Ambiental, Social e Governança, ou ASG no português). Esse conceito refere-se às boas práticas empresariais que se preocupam com critérios ambientais, sociais e parâmetros de excelente governança corporativa (Valor Econômico, 2021).
Nas últimas décadas, graves problemas ambientais, incluindo o uso excessivo de recursos naturais, ar, água e ruído poluição e o rápido desaparecimento das florestas tropicais têm representado ameaças para a qualidade de vida em todo o mundo (Wu e Dunn, 1995).
As empresas de logística têm um papel crucial no desenvolvimento socioambiental da cadeia de suprimentos, pois conectam as empresas de toda a cadeia enquanto suas atividades ainda dependem fortemente do consumo de combustível fósseis e energia que resultam em altas emissões de carbono (Herold e Lee, 2017).
No Brasil, cerca de 60% dos transportes de carga são feitos pelas rodovias, como apontam dados do Plano Nacional de Logística de 2015. A dependência de frotas de caminhões é grande, e os veículos a diesel são os principais responsáveis pela poluição do ar. Esse é um dos desafios que o setor enfrenta: encontrar outras formas eficientes, econômicas e viáveis para a realização de entregas. Para reverter esse cenário, surgem alternativas, como as entregas realizadas com frotas de bicicletas e caminhões elétricos, e até mesmo a pé, quando as distâncias permitem. (Guilherme Juliani, 2021).
Segundo a Brasil Risk, a incorporação dos critérios ESG no ambiente corporativo traz uma série de benefícios, entre eles: Operação mais inteligente e enxuta; melhoria na gestão de riscos; upgrade nos resultados institucionais e financeiros; melhor posicionamento no mercado financeiro, já que as empresas passam a ser vistas como um bom investimento; menor exposição à volatilidade econômica e POLíTICA; reflexos positivos no balanço das empresas por adotarem cuidados com o meio ambiente, responsabilidade social e governança ética; melhoria na reputação, credibilidade e visibilidade para a marca; atração e retenção de talentos; mais competitividade e respeito dos clientes.
Não há dúvida de que a logística sustentável é crucial para alcançar o crescimento econômico e diminuir o impacto social negativo e impactos ambientais (Abbasi e Nilsson, 2016; Khan et al., 2019b). Embora o desempenho logístico tenha convencionalmente orientado para o custo, tempo e precisão, as empresas de logística estão agora sujeitas a intensa pressão de governos e outros stakeholders quanto ao cumprimento de práticas responsáveis (Shaw e outros, 2010).
À medida que as preocupações com a logística sustentável e verde aumentam, os fatores que impactam os esforços de responsabilidade social corporativa no setor de logística ganham mais importância. Mecanismos externos (ou seja, o ambiente institucional) e mecanismos internos (ou seja, o conselho de administração ou diretoria) podem influenciar estratégias, políticas e esforços de ESG.
A diretoria tem um papel significativo na promoção de uma empresa para o equilíbrio sócio[1]econômico (Liao et al., 2015), gerenciando os interesses dos stakeholders (Burke et al., 2019), proporcionando negociação entre a cadeia de suprimentos. Nesse contexto, a composição e estrutura da diretoria são um fator importante na decisão corporativa tomada de decisão relacionada a questões ambientais e sociais (Post et al., 2011). Embora haja um progresso significativo no sentido de compreender a ligação entre a estrutura da diretoria e o desempenho do ESG (Hussain et al., 2018), nenhum estudo anterior ainda investigou essa ligação no setor de logística. A motivação por trás da realização do presente estudo é abordar esta lacuna na literatura analisando a relação entre um conjunto de placas características e atuação da RSE no contexto logístico.
Importante salientar a relevância do valor do desempenho da responsabilidade social corporativa no setor de logística, focando particularmente nas características do conselho de administração e na estrutura de sua gestão.
Existem estudos que sugerem que a diversidade de gênero do conselho de administração está positivamente associada à desempenho de responsabilidade social corporativa e desempenho de governança. Além disso, as empresas que possuem comitê de sustentabilidade são mais propensas a terem maior desempenho de responsabilidade social corporativa (tanto geral e social) do que aqueles que não o fazem. Além disso, as empresas com maior diversificação em sua diretoria são mais propensas a apresentam maior atuação no pilar social de responsabilidade social corporativa.
Esses resultados confirmam que as mulheres nos conselhos e nos comitês de responsabilidade social corporativa são um fator essencial para atingir as metas de responsabilidade social corporativa.
Esta constatação justifica a nomeação de mais mulheres para conselhos corporativos e até sugere o cumprimento de determinada proporção de mulheres no tamanho geral da diretoria. Assim, as empresas que ainda não possuem diretoras ou exibem uma representação feminina fraca em conselhos são aconselhados a diversificar sua composição para melhorar a processo decisório direcionado às políticas e práticas de ESG.
Estatísticas descritivas mostram que a proporção de diretoras femininas nas empresas de logística é, em média, 11,49%. Os resultados mostraram que o número de membros nos conselhos não desempenha um papel papel significativo nos compromissos de ESG das empresas. A separação de CEOs e presidentes do conselho é indiferente ao compromisso de ESG das empresas de logística, no entanto, as mulheres nessas posições aumentaram particularmente a dimensão de governança da ESG, bem como o envolvimento geral.
Para a logística 4.0 é impossível ignorar que a governança de ESG é essencial para a sustentabildiade do TRC, contudo torna-se também relevante o reconhecimento e incentivo da ascensão feminina em um ambiente majoritariamente masculino.
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