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Sucessão De Empresas Familiares

No Brasil atualmente a maioria das empresas são familiares, e há um momento em que toda empresa precisa refletir seu futuro a longo prazo, é necessário um planejamento de sucessão familiar para a sobrevivência do negócio visando proteger o seu patrimônio, mas muitas vezes esse assunto é negligenciado.

Para que não haja impactos negativos nesse momento de transição é indispensável um planejamento estratégico para ser realizado em etapas, pois é um momento de grande mudança na empresa. Questões como quem ficará no controle da empresa, quem terá mais poder de decisão e entre outros aspectos devem ser levados em consideração. É necessário comprometimento dos funcionários e gestores durante todo processo.

As vezes o processo pode se tornar um pouco mais complexo devido a laços afetivos muito fortes dentro da empresa, mas tendo em vista o crescimento do negócio é preciso avaliar todos os possíveis futuros gestores de maneira objetiva e suas capacidades de gestão. O momento de capacitação e transmissão de conhecimento é muito importante, pois gerir uma empresa familiar é uma tarefa complexa que exige muitos conhecimentos de gestão, da atual realidade e cultura da empresa.

Dessa maneira, é importante garantir a transferência do legado da empresa, assegurando que todo o conhecimento do gestor prévio seja passado ao sucessor, para que assim, o conhecimento específico sobre os gargalos empresarias e de gestão, sejam perpetuados dentro da corporação familiar.

Entretanto, é de grande valor a boa Gestão da Mudança devido a transição de liderança e das demais alterações resultantes desse processo, porém há diversas metodologias disponíveis para fazer essa transição de forma bem definida. Apesar de todos os métodos que forem tomados o sucessor terá seu perfil único de liderança que mesmo sutis gerara impactos do ambiente de trabalho.

Além disso, é importante que as lideranças da empresa e a corporação como um todo se preocupe com as condições de trabalho do funcionário dentro desse período de transição, sendo que este pode ser um período de turbulência, devido as mudanças que decorrem do processo evitando que sejam afetados e colocados em segundo plano. O termo employee experience vem ganhando cada vez mais espaço e faz parte da estratégia de gestão de pessoas, estratégias que visam melhorar o dia a dia dos colaboradores vindo de uma boa liderança, um agradável ambiente de trabalho, plano de carreira e diversos outros incentivos.

Ademais, é necessário não somente preocupar-se com toda a gestão interna para a transição da sucessão, mas também em manter essa nova cultura dentro da empresa e construir um novo comportamento organizacional e também um novo mindset de crescimento que permite seu negócio ir mais longe. Também é necessário manter-se atualizado no mercado, buscando novas soluções e tecnologias para o negócio. Como exemplo, o recente conceito de indústria 4.0 que já uma realidade em muitos países e está sendo implementada em diversas empresas no mercado nacional. É também chamada de quarta revolução industrial, a qual engloba as mais modernas inovações tecnológicas aumentando a capacidade de operação e o gerenciamento dos dados.

É possível encontrar profissionais e empresas capacitadas para criação de um plano de sucessão efetivo para garantir o sucesso do empreendimento. Se a empresa ainda não tem um planejamento sucessório é importante inicia-lo o mais cedo possível, ele deve constar no plano de negócio da organização.

Responsável: Monaliza Maestrelli

Conflito De Gerações No Mercado De Trabalho. Um Novo Olhar Sobre O Mesmo Tema

A tempos o mercado nos aponta um cenário pessimista de conflito de gerações, o qual afirma que o mundo corporativo sofre com disparidades de ideais e valores, devido as diferenças de idade e tempo, principalmente, o qual cada geração teve sua formação profissional. Todavia, entende-se que esta diversidade de gerações estará presente no mercado por tempo indeterminado, o que nos força a administrar estes recursos de forma que este conflito passe a se tornar um diferencial competitivo, por consequência, de uma potencialização de gerações.

Cada profissional possui habilidades que se destacam e em mão inversa, possui também seus pontos de melhoria. Da mesma forma cada geração profissional possui seus pontos fortes e fracos, cabe ao verdadeiro administrador, saber alocar cada recurso em sua respectiva área a qual desempenham melhores resultados.

Um panorama ideal o qual percebe-se esse “complemento” de gerações é o âmbito das empresas familiares. O binômio “experiência e inovação” é exemplo disto. De um lado, existe o conservadorismo e o know how de quem desenvolveu o negócio do zero. Do outro, se tem dinamismo, velocidade e um olhar com novas perspectivas sobre o mesmo negócio. Estas lideranças atuando de forma individual, ocasionará em um conflito na administração geral da Companhia. Porém, se atuarem em conjunto, se complementando em uma única direção clara e objetiva, se terá uma potencialização de resultado baseada em uma potencialização das gerações presentes no negócio.

Outro exemplo claro e atual que se tem presenciado é a própria COMJOVEM. Diversas entidades sindicais estão mesclando suas Diretorias com membros da Comissão Jovem da NTC&Logística pois entende-se que este composto de “experts and trainees” atuando juntos, somam-se as habilidades e especialidades de cada geração trazendo melhores resultados para elas.

Este novo olhar sobre o mesmo tema se baseia em premissas básicas da avaliação de cada grupo. Baby Boomers e Geração X garantem o foco na atividade fim, atenção na estabilidade e saúde financeira, muito planejamento e pouco influência externa. Se preocupam com o básico bem feito e continuidade da Organização. Gerações Y e Z, trazem para complementar a gestão muita tecnologia, velocidade de informação para tomadas rápidas de decisão, audácia e ousadia em novas frentes e principalmente conectividade com o mercado externo e networking.

Duas gerações responsáveis pela formação de novos líderes e duas outras gerações atuantes como trainees, absorvendo ao máximo todo o conhecimento possível dos experts e prontos para os novos desafios de mercado. A junção destes diferentes tipos de profissionais traz à empresa o verdadeiro ponto de equilíbrio de sua alta gestão. Aqueles que souberem administrar as diferenças e conduzir suas equipes a um trabalho em sinergia em prol do objetivo final da Companhia, estão prontos para abandonar o velho cenário do mercado coorporativo e garantirão a sua respectiva entrada no verdadeiro “mar azul” do mundo dos negócios.

Responsável: Felipe Medeiros

Os Impactos Negativos Dos Documentos Impressos Ao Meio Ambiente

Em tempos que se fala tanto em sustentabilidade, temos leis que vão em desacordo com essa questão pois, obrigam que os veículos do transporte de cargas transitem com diversos documentos impressos, como por exemplo nf, ct-e, mdf-e., entre outros. Sendo que atualmente, todos esses documentos podem ser visualizados de forma eletrônica.

Essa burocracia impacta em nossos custos e acarretam problemas de trafegar em desacordo com a legislação em determinados casos. Exemplificando: em muitos casos a emissão dos documentos só é possível após o término do carregamento no cliente, que por diversas vezes se nega a imprimir os documentos necessários para entregar ao motorista para que o mesmo siga viagem, com isso o veículo acaba andando um determinado trecho, ou muitas vezes a viagem inteira, descumprindo as normas. Também é preciso levar em consideração que se o veículo for abordado pelos órgãos competentes e não estiver portando a documentação correta ele é multado.

O transporte rodoviário é o modal mais utilizado no Brasil para transportar cargas então podemos imaginar que o volume de papeis impressos diariamente é um número considerável, alguns deles devem permanecer arquivados por 5 anos já outros viram lixo logo após o término da viagem. Fala-se tanto em sustentabilidade no TRC, com programas que controlam a emissão dos gases poluentes na atmosfera pelos caminhões, veículos elétricos estão sendo lançados e, no entanto, não conseguimos evoluir em algo tão simples que é a fiscalização desses documentos toda de forma eletrônica.

O governo tem criado documentos novos que agrupam todos os outros em um único (o MDF-E é um exemplo) o que deveria ao menos diminuir a obrigação de carregar tantos papeis, mas na pratica o que acontece é bem diferente, os documentos novos se tornam apenas mais um na lista de obrigatoriedade.

Andar fora da lei não é correto e nem vale a pena, então fica o questionamento e o cuidado com o Meio ambiente? Espero que um dia possamos responder essa pergunta.

Responsável: Amanda Peres Nery

Indicadores De Desempenho Logístico: Números Que Fazem A Diferença No Negócio

Ao ter os KPIs, empresas logísticas conseguem fazer mudança de rota sem ocasionar grandes impactos em sua operação

Quando se fala em logística, a visão é muito mais abrangente do que simplesmente pensar somente nos processos internos. Garantir que o produto chegue nas mãos do cliente é um trajeto importante desse processo. Por ser uma atividade que literalmente está sempre em movimento, a busca por melhorias é algo contínuo e os dados são importantes aliados para mostrar o que está funcionando com eficiência – ou não. E, nesse sentido, os chamados KPIs (Key Performance Indicator, ou Indicadores de Desempenho, em português) têm um importante papel.

Com o dinamismo das operações, a velocidade na troca de informações e decisões assertivas sendo tomadas a toque de caixa, o monitoramento em tempo real das operações por meio dos KPIs se torna um fator chave de sucesso para as empresas de transporte. Isso traz competitividade e eficiência perante às operações de seus clientes.

A indústria 4.0 propiciou a conectividade entre todos os elos da cadeia de logística e, mais do que nunca, existe a necessidade de monitoramento constante do padrão de desempenho, isso influencia diretamente na tomada de decisões e nos permite fazer ajustes em tempo real para que seja minimizado qualquer impacto na cadeia de suprimentos.

Os KPIs têm como função medir aquilo que, por algum motivo fugiu do padrão esperado. E entrega, de forma rápida e objetiva, essa informação, que mede o desempenho/performance da empresa. Eles devem verificar pontos como, por exemplo, a eficácia dos pedidos dos clientes e seus desvios.

Os mais importantes

Existem três indicadores de desempenho logístico são a base para a realização de qualquer monitoramento operacional e que reflete diretamente no atendimento e satisfação dos clientes:

O OTIF (On Time in Full) mede a quantidade em porcentagem dos pedidos que foram entregues no local solicitado ou separado de acordo com o pedido do cliente, “quando estamos falando de um armazém”, de forma completa e alinhado às expectativas do cliente.

O OTD (On Time Delivery) mede o desempenho das entregas realizadas no prazo em porcentagem total das entregas realizadas.

A acuracidade do inventário mede a acuracidade qualitativa e quantitativa do inventário realizado dentro do armazém.

Estoques

De acordo com o diretor da Diamante, a acuracidade dos estoques é um ponto fundamental dos KPIs, pois cada vez mais as indústrias trabalham com uma produção Just in Time, remetendo a uma estratégia de estoques cada vez mais enxutos, e, consequentemente, a visibilidade em tempo real de toda a cadeia. A acuracidade dos produtos que estão sendo visualizados no estoque próprio ou em armazéns de terceiros torna-se um ponto vital para a indústria operar com capacidade plena de produção, sem interrupções e paradas de linha por falta de insumos ou matéria prima.

Futuro

Em relação ao futuro a logística em tempo real já é realidade no mundo e no Brasil. Porém, quem não acompanhar esse movimento, pode ficar fora do mercado. Fornecedores da cadeia logística que não estiverem preparados para toda essa transformação que vem acontecendo nos últimos anos no que diz respeito à tecnologia e eficiência da cadeia como um todo estão fadados a perder competitividade e sair do mercado.

Responsável: Caio Cantú

Cabotagem: Heroína Ou Vilã?

A cabotagem é a navegação entre portos marítimos de um mesmo país. Essa modalidade de transporte está ganhando destaque na matriz de transportes brasileira nos últimos anos. Enquanto o modal representa cerca de 65% do total de transportes realizados no Brasil, a cabotagem não chega a 10%. Mesmo tendo crescido mais de dois dígitos nos últimos 2 anos, a cabotagem ainda é considerada pouco explorada, se comparada aos demais modais.

A cabotagem cresce a passos largos porquê ela oferece preços competitivos e surge como uma alternativa para o transporte de cargas. Em um país com dimensões continentais precisamos pensar em alternativas que nos proporcionem eficiência logística, e é a partir disso que surge a cabotagem como protagonista.

A greve dos caminhoneiros que aconteceu no ano de 2018 colocou a cabotagem em evidência e fez com que os demandantes por transporte vislumbrassem ali uma alternativa ao convencional transporte rodoviário. Logo na sequência veio a criação da tabela de fretes por parte da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e a falta de apoio do governo federal com o segmento rodoviário. Tal tabelamento fez com que esse modal ficasse inviável principalmente para produtos considerados primários como os grãos, por exemplo.

Diante desses acontecimentos notamos que a cabotagem ganhou ainda mais destaque, e fez com que o mercado enxergasse novas possibilidades. No entanto, a cabotagem seria o fim do transporte rodoviário? Eu entendo que não, vejo que com o crescimento desse novo segmento teremos uma transformação no modo de transportar cargas, pois a cabotagem por si só não consegue atingir todos os pontos de entrega e justamente por isso é que continuaremos precisando do modal rodoviário para fazer a coleta no terminal portuário e a entrega na planta do embarcador. A cabotagem é viável para o transporte de cargas de longa distância (entre origem e destino) e que estejam a uma distância de até 300 km da costa brasileira, e o rodoviário por sua vez entra como complementar, coletando a mercadoria na planta do cliente fornecedor, levando até o porto de origem para embarque e depois fazendo a coleta no porto de destino e transportando até a planta do cliente comprador.

Nota-se, portanto, uma integração entre os modais e uma remodelagem do processo realizado atualmente, e não uma diminuição da utilização do modal rodoviário. Não vejo a Cabotagem como vilã nesse sistema, mas sim uma parceira para aumentar a competitividade do mercado nacional e

consequentemente o fluxo de negócios e circulação de mercadorias, com segurança e versatilidade.

O custo do transporte por cabotagem chega a ser em média 30% a menos que o custo do transporte terrestre, sem contar que quando falamos em risco a cabotagem também sai a frente, pois apresenta baixíssimo risco de avarias e de desvio de cargas, pois não sofrem pela falta de infraestrutura que assola as rodovias brasileiras, sem contar o iminente perigo que se sujeitam os caminhoneiros devido à falta de segurança de nossas estradas.

Vale ressaltar que uma das desvantagens da cabotagem em relação ao rodoviário é o transit time, isto é, o tempo de entrega que acaba sendo maior por dependerem de programações de embarque e desembarque nos terminais portuários, o que precisa estar muito bem alinhado também a expectativa e os fluxos de estoque do cliente comprador.

O avanço da cabotagem no Brasil vem sendo impulsionado também pelo atual governo federal através do Ministério da Infraestrutura que entende como necessário grandes investimentos para a revitalização dos terminais portuários para receber os navios de cabotagem, medida essa considerada primordial para o crescimento e desenvolvimento da matriz de transportes.

A integração entre os modais não deve mais ser um assunto para se deixar de lado, é preciso integrarmos nossos esforços para criarmos a melhor relação custo-receita. Diante disso observa-se que o modal rodoviário é a melhor alternativa para curtas distâncias enquanto a cabotagem se destaca nas longas distâncias. Não restam dúvidas então que a multimodalidade se torna cada dia mais heroína nesse processo, e é preciso pararmos de encará-la como concorrente do modal rodoviário, mas sim como uma aliada para aumentarmos o fluxo de transportes e a competividade do mercado nacional.

Responsável: Luiz Gustavo Nery

A Importância da Multimodalidade

A importância dos transportes para o desenvolvimento de uma nação constata-se através de características que demonstram o quanto dependente é desse segmento, ao exemplo de um segmento industrial, se para por algum tempo, a população se manterá com os estoques existentes, do mesmo modo, se algum setor de comercio entrar em crise, as pessoas poderão tratar diretamente com os produtores, mas se o setor de transportes parar, as mercadorias não poderão chegar até os consumidores, contudo, o transporte é um meio fundamental para qualquer economia .O sistema de transporte também é um impulsionador da indústria, visto que sua configuração conta com veículos, navios, aviões, tubulações, portos, estradas, entre outros, que constituem toda uma cadeia de produção, gerando milhões de postos de trabalhos industriais, comerciais e de serviço. Sistema que realizando sua função de deslocar pessoas e mercadorias de um lugar a outro, corrige suas falhas, ajusta seus custos, buscando aperfeiçoamentos tecnológicos, de métodos e sistemas, para atender eficazmente sua demanda. A economia depende da circulação de mercadorias e pessoas. Em países desenvolvidos, o setor de serviços, é geralmente prevalecente tanto sobre o industrial, quanto sobre o setor de exploração de recursos naturais, isto é, o setor terciário se sobrepõe ao primário e secundário. Refere-se a um dos mais importantes fatores de progresso humano, dado que quanto mais desenvolvido for seu sistema de circulação de 15 pessoas e mercadorias, mais desenvolvida será sua economia. As rodovias, ferrovias e vias navegáveis além de servirem para a interligação entre as diversas regiões de um país, ainda compõe o meio de colonização e integração de diversas localidades com a comunidade nacional, proporcionando benefícios e evolução à nação, transformando-se em um elemento de integração nacional.

O sistema de transporte eficiente possibilita a produção em larga escala para extensos mercados e viabiliza maior racionalidade produtiva, ao apontar um maior mercado potencial, oportunizando uma produção em escala compatível com a produção mais eficiente economicamente.

Integrando totalmente os diferentes modais disponíveis, talvez fosse possível criar um sistema ideal de transporte, o aeroviário, dutoviário, hidroviário, ferroviário e , para que houvesse um total aproveitamento das matrizes em cada circunstancia de transporte, na qual cada uma operasse com capacidade ideal, ocorrendo a complementação entre os sistemas e não a disputa, deixando que a concorrência aconteça entre as empresas de mesmo ramo e não entre modalidades. Ação que permitiria reduzir o preço do frete, estender os níveis de produção, ampliar os mercados consumidores, o que diminuiria os custos das mercadorias, favorecendo o crescimento e o desenvolvimento econômico e social. Quanto mais otimizados e competentes forem os meios de transporte, maior será a facilidade de integração socioeconômica e cultural, aproximando as diversas regiões, e reduzindo distancias econômicas, tornando-se mais favoráveis às condições do desenvolvimento e do progresso social.

Responsável: Nayara Colere