por comjovem | out 1, 2019 | Artigos, Núcleo Joinville
As mulheres tem ganhado mais espaço e destaque com o passar dos anos na área de logística. Setor predominante masculino por envolver força braçal, veículos de grande porte, e mecânica. Supõe-se que quando falamos de carreteiros, encarregados de depósito, conferentes, operadores de empilhadeiras, que sejam funções desempenhadas por homens, o que não pode mais ser generalizado nos dias de hoje.
Muitos movimentos foram realizados para que as mulheres pudessem ter direitos e deveres iguais aos dos homens. Apenas na época do império (1822-1889), que as meninas iniciaram seus estudos. Entre 1907 e 1917 os salários começaram a ser igualados, perante as manifestações de insatisfação da classe feminina. Após alguns anos, em 1928 as mulheres tiveram direito ao voto. E somente na década de 60 várias outras leis são aprovadas, protegendo as mulheres inclusive da violência doméstica.
Na logística, essa evolução não poderia ser diferente. Na década de 50 a primeira mulher no Brasil conquistou sua habilitação de motorista de caminhão, e atuou como caminhoneira, levando cargas por todos os estados do nosso país. Neiva ficou viúva e precisou buscar uma carreira profissional para conseguir sobreviver de forma independente. E encontrou na boleia do seu caminhão, sua paixão e sua forma de sustento.
Com a falta de mão de obra qualificada, e com a possibilidade de especialização igualitária, as mulheres vem conquistando espaço cada vez maior não somente no mercado de trabalho em geral, mas também no setor logístico. Sejam em cargos operacionais, administrativos ou inclusive de liderança e direção.
Apesar de serem minoria no setor, muitas encontram dificuldades e falta de reconhecimento de suas funções, tendo como principal fator desmotivante a diferença salarial. Infelizmente, as mulheres ainda tem um salário inferior aos dos homens, mesmo com maior graduação. Em pesquisa no ano de 2016, foi verificado que 23,5% das mulheres na faixa dos 25 anos, haviam concluído o ensino superior, contra 20,7% dos homens. Nesta mesma pesquisa identificou que as mulheres tinham um salário 25% menor, comparado aos homens com função similar.
Fisiologicamente mulheres e homens apresentam diferenças, sentem, pensam, e agem de forma distinta. Porém ambos têm a mesma capacidade de aprendizado, execução de tarefas, tomada de decisões e inovação.
O ponto positivo para esse tema, é que as mulheres estão sendo ouvidas não somente dentro das empresas, mas também sindicatos, associações e federações, mudando uma cultura que tinha o homem como o principal decisor no segmento.
Referências Bibliográficas:
Acessado em 22 de setembro de 2019 as 21 horas, disponível em:
Responsável: Daniela Rabaiolli
por comjovem | out 1, 2019 | Artigos, Núcleo Joinville
Desde que a Lei 13.103, conhecida como Lei do Caminhoneiro, entrou em vigor, os motoristas habilitados nas categorias C, D e E têm a obrigatoriedade de realizar o exame toxicológico de larga janela de detecção para renovação da CNH (Carteira Nacional de Habilitação). E as empresas são obrigadas a realizar o exame na admissão ou demissão de motoristas sem repassar esse custo ao motorista que está sendo demitido ou contratado.
Podemos afirmar que o exame foi um avanço e um ganho enorme para a sociedade, já que várias vidas foram salvas com a redução de acidentes, segundo estudos realizados por especialistas houve uma redução em 34% de acidentes envolvendo caminhões nas rodovias federais, e 45% envolvendo ônibus. Caso sejam considerados, também, os acidentes que envolvem veículos leves, a redução foi de 22%.
Uma reportagem do Fantástico em abril de 2019 mostrou que caminhoneiros conseguem comprar facilmente nas ruas de todo o país, exames toxicológicos falsos, de alguns laboratórios sem credibilidade ou estelionatários, isso comprova que existe uma enorme falha no sistema e que pode ser melhorado, eliminando a chance desses exames serem fraudados a redução poderia ser ainda maior.
Acredito que o exame além de ser obrigatório para as categorias C, D e E deveria ser incluído também, as categorias A e B, motoristas de automóveis e pilotos de motocicletas também podem causar sérios acidentes quando estão sob efeito de álcool e drogas, e esses veículos por serem menores e mais leves chegam fácil a altas velocidades, e podem colidir com caminhões que muitas vezes transportam cargas perigosas e ônibus que levam aproximadamente 50 vidas em um único veículo.
Outro ponto importante seria a PRF (Policia Rodoviária Federal) realizar esse exame de forma aleatória nas fiscalizações rotineiras do dia a dia nas estradas brasileiras, quando motoristas não compram exames falsos, muitos ficam meses sem usar essas substâncias para que o organismo fique limpo, e passem tranquilamente pelo exame, mas quando esse profissional volta a estradas, e começa a dirigir a noite como a maioria dos caminhoneiros, o seu organismo não consegue mais ficar acordado sem a ajuda de rebites ou cocaína.
Torcemos para que a lei continue e seja aprimorada, já ficou mais do que comprovado que o exame toxicológico ajuda na seleção das transportadoras na hora da contratação e que várias vidas foram, e podem ser salvas.
Referências bibliográficas:
https://g1.globo.com/fantastico/noticia/2019/04/21/caminhoneiros-usuarios-de-drogas-compram-laudos-medicos-falsos-para-dirigir-nas-estradas.ghtml
https://exametoxicologico.labet.com.br/o-papel-do-exame-toxicologico-na-reducao-de-acidentes-nas-estradas/
Responsável: Geovani Serafim
por comjovem | out 1, 2019 | Artigos, Núcleo Joinville
Atualmente o Transporte RODOVIáRIO de Cargas vem passando por sérios problemas a nível nacional. Considerando que 75% da produção Nacional é escoada via transporte rodoviário, o cenário deveria ser bem mais favorável, mas sabemos que não é o que ocorre.
Alguns fatores que prejudicam o segmento do TRC:
1) Custo do combustível com uma participação muito alta no custo total da operação;
2) Falta de investimentos em Estradas/Rodovias, onerando custos com consumo de combustível e desgastes prematuros dos componentes dos veículos, gerando aumento de intervenções em manutenção dos veículos, que além dos custos, deixam os veículos por mais tempo indisponíveis para operação;
3) Falta de Segurança nas Estradas gerando aumento de roubo de cargas, onerando custos com seguros;
4) Falta de incentivos fiscais para o segmento responsável por 75% da movimentação de cargas no país;
5) Excesso de Burocracias na Legislação, como as A.E.T (Autorizações Especiais de Trânsito), que restringem horários de circulação, Rodovias, Estados da UF (unidade da federação) interferindo diretamente, onde o TRC (Transportador Rodoviário de Cargas) precisa retirar várias A.E.T’s, para cada uma das UF da Federação;
6) Economia estagnada, aliada as sazonalidades de demandas mensais, onde grandes embarcadores concentram volumes de carregamento nos últimos 10 dias do mês.
7) Embarcadores cada vez mais, exigindo revisões de tabelas através de “BID”, onde segundo Artigo publicado em 25/07/2016 pelo Guia do TRC com o seguinte tema “O modismo do BID… o mais novo terror das Transportadoras!”, fonte: http://www.guiadotrc.com.br/noticiaid2.asp?id=31818
Enfim são uma série de fatores que poderíamos estar elencando para uma análise mais aprofundada desta complexa realidade do Transporte Rodoviário no Brasil.
Fato é que… “tanto Frotistas como Autônomos” enfrentam problemas parecidos, onde o que difere é o Custo Fixo dos frotistas, que por conta das suas estruturas de empresas, as necessidades para atender legislações pertinentes oneram os Custos Fixos. Sendo que durante as sazonalidades de baixas demandas, custo o fixo não se altera.
Já os Autônomos, não possuem estruturas com geração de empregos diretos, e possuem uma carga tributária muito inferior aos das empresas de transporte de cargas, o que faz com que a sazonalidades da baixa demanda, não interfira de forma tão agressiva entre Custos x Receitas.
Com todos esses entraves existente na cadeia logística envolvendo o Transporte Rodoviário de Cargas, o Desafio para as empresas é Buscar Incessantemente Alternativas de Redução de Custos, Ferramentas de Controle e Melhorias dos Processos.
E para superar tantos desafios, é imprescindível as empresas se adequarem as novas tecnologias do mercado apresentadas pelas grandes montadoras, capacitando seus profissionais para que possam interagir com tais tecnologias, pois do contrário estarão pagando um Custo muito alto por equipamentos sofisticados sem ter operadores que possam usufruir dos resultados que a tecnologia embarcada pode proporcionar.
Responsável: Jackson Rohleder
por comjovem | out 1, 2019 | Artigos, Núcleo Joinville
Temos o conhecimento que o primeiro passo para que se recupere as cobranças de frete com todas as tarifas seria a recuperação da economia, já que hoje no momento temos mais caminhões no mercado do que carga, uma vez que os programas de financiamentos que foram realizados em governos anteriores com juros baixos e sem controles, onde pessoas que não eram do setor de transportes compravam caminhões, mesmo sem ter o certificado da ANTT. Mas sabemos também que a recuperação da economia não depende diretamente de nós e sim de toda a cadeia, e que isso seria a causa e não a solução para os problemas tarifários.
Algumas sugestões para que os transportadores conseguissem aplicar o preço justo citadas pelo grupo estão relacionadas abaixo;
1- Uma conscientização junto aos embarcadores através das entidades como sindicatos, federações e confederações pressionando o governo ou ANTT para que criem leis mais rígidas ou fiscalize mais.
2- Para que os embarcadores contratem empresas transportadoras idôneas, nas quais essas empresas provêm para esses embarcadores que cumprem todas as obrigações legais, desde motoristas e ajudantes registrados, que esses funcionários estão com seus INSS, FGTS recolhidos pelas empresas e sem atrasos.
3- Que os embarcadores contratem somente empresas que recolhem os impostos em dia, responsabilizando o embarcador em caso em que o contratado não recolher esses tributos referente ao faturamento por ele prestado, a contratante é solidária.
4- Que o embarcador contrate somente empresas que cumprem a LEI 13.103 de jornada de trabalho dos motoristas, e que esse embarcador seja solidário em caso de descumprimento.
5- Que os veículos passem por pelo menos uma vistoria anual quando for emitir o certificado de licenciamento para que seja averiguado itens básicos de segurança como pneus, freios, para-choques laterais e traseiros, luzes, terminais de direções entre outros que se não estiverem com a manutenções em dia, podem provocar sérios acidentes.
6- Que os embarcadores se certifiquem de que o transportador possui apólice de seguro e que esta apólice esteja com os pagamentos em dia, uma vez que tem transportadora que contrata a apólice e não paga sequer a primeira fatura, não tendo cobertura em caso de sinistro, o cliente não sabe o risco que está correndo, talvez por falta de conhecimento ou por má fé, para baratear o custo desse transporte.
7- Criar cursos de formação de preços através do Sest Senat ou através dos sindicatos e bater na porta desses transportadores, trazê-los para as entidades mostrando o risco e ensinando a cobrar corretamente.
Sabemos que cobrar de nossos concorrentes para que ele faça o dever de casa e apure todos os custos, não vamos conseguir, cobrar dos embarcadores também fica difícil, talvez a solução seria em criar uma homologação por parte da ANTT ou até mesmo um certificado para que esse transportador só consiga o RNTRC caso apresente todas as negativas, e que só consiga o certificado se estiver em dia com todos os itens citados anteriormente.
Talvez se ANTT fosse ligada diretamente a esses órgãos, (DETRAN, SUSEP, SEFAZ) para que assim que o transportador não cumprisse com uma dessas obrigações citadas, já bloqueava o seu certificado RNTRC e o mesmo não conseguisse emitir o CTE, MDFE e todas as documentações necessárias para dar seguimento na viagem.
Acredito que de vários itens que foi aqui relacionado, muitas são complexos e depende de todo o processo burocrático, chegamos a uma conclusão que o caminho mais rápido para essa recuperação deveria partir das entidades com ; campanhas nas mídias sociais, informativos, várias reuniões de conscientização e cursos orientando sobre o assunto, para mudar esse cenário trazendo o transportador que ainda não é associado, sendo que na maioria dos casos as empresas que não cobram corretamente não são associados, para que ele tenha toda essa informação da importância de cobrar o frete corretamente, para não estragar o mercado, e não comprometer a saúde financeira da sua empresa.
Responsável: Geovani Serafim
por comjovem | out 1, 2019 | Artigos, Núcleo Joinville
O setor de transporte é de extrema relevância para o desenvolvimento do país movimentando mais da metade do mercado nacional. Muitos motoristas não tinham seus direitos reservados e condições dignas de trabalho para o transporte seguro e qualidade de vida, com isso, fez-se necessário uma regulamentação específica.
Conhecida como a lei do motorista, a lei 13103, foi sancionada em 02 de março de 2015 e caracteriza-se por um conjunto de normas para o exercício da profissão de motorista profissional, seja para o transporte RODOVIáRIO de passageiros ou de cargas, tendo como principal objetivo unificar todos os direitos e deveres dos milhões de condutores do Brasil.
A Lei 13.103 veio a impulsionar a valorização do motorista como profissional, entendendo suas particularidades, e promovendo direitos antes inexistentes ou não fiscalizados pelos Órgãos responsáveis. Aperfeiçoando os dispositivos da Lei 12.619 e dos artigos da CLT e Código de Trânsito Brasileiro, veio aproximar os direitos dos Motoristas que estão na estrada.
Todos os trabalhadores estão inserindo no seu dia a dia mais qualidade de vida, mais tempo com a família e o trabalho de não se tornar refém da era digital, e com isso, procuram por empresas que estão preocupadas com o bem-estar de colaboradores, que sejam legalistas e que proporcionam saúde, segurança e higiene. A Lei do motorista veio de encontro com qualquer outro cargo regularizando todas estas questões. A diferença é que estão nas estradas fazendo suas tarefas.
Questões como controle de jornada, descanso, segurança, fiscalização da lei, manutenção preventiva nos caminhões, proporcionam maior produtividade, efetividade e felicidade no trabalho, gerando uma melhor qualidade de vida para os motoristas e suas famílias.
Responsável: Viviane de Matos Fischer
por comjovem | out 1, 2019 | Artigos, Núcleo Joinville
Em meados dos anos 2017 a Petrobras alterou a forma dos preços no derivado do petróleo, acompanhando assim o mercado externo brasileiro no qual o barril é negociado por dólar. A estatal associou essa mudança a competitividade no mercado internacional, porém não agradou o mercado interno visto que os preços são alterados diariamente para o consumidor final.
Após essa tomada de decisão, a estatal começou a reajustar diariamente os valores, não demorou muito para o reflexo dessa medida emergir, resultando nas bombas de combustível. No começo de 2018 o Diesel estava sendo vendido a R$ 1,81 nas refinarias e rapidamente alcançou a marca de R$ 2,37, um aumento de 32% em 3 meses. Ao atingir essa marca foi inevitável uma bomba relógio explodiu gerando a Greve do Caminhoneiros, ato que fiou marcado na história do Brasil e parou completamente. Bastou alguns dias de paralisação para que os efeitos dos transportes provocassem grandes impactos na população e na economia, começou a faltar alimentos, remédios, combustíveis entre outros insumos necessários no dia a dia. Na econômica, segundo alguns especialistas o prejuízo foi de aproximadamente 50 Bilhões de em reais, apenas com 10 dias de greve realizada.
Algumas das principais reivindicações dos trabalhadores, era o tabelamento de frete, inserção de pedágio para eixo erguido e principalmente a redução do óleo diesel, representando a maior fatia de custo dos caminhões. Após alguns dias de negociações entre representantes da classe e governantes, a greve se deu por encerrada e várias reivindicações foram aceitas, na época a Petrobras congelou o valor da refinaria por 15 dias.
O reabastecimento demorou para normalizar e após período de congelamento de Diesel, os valores voltaram a praticar o efeito gangorra no mercado brasileiros. Entre a greve e os dias atuais, tivemos a troca de governantes e a partir desse momento foi anunciado pela Petrobras os reajustes que passariam de diariamente para quinzenal como está estabelecido até hoje. No mês presente, setembro de 2019 a estatal repassou três aumentos consecutivos nas refinarias, totalizando R$ 0,20 e chegando ao patamar de R$ 2,26, muito próximo aos valores que antecederam a greve de 2018 e o feito foi sentindo de perto por todos e causaram bilhões de prejuízos na economia. As refinarias repassando esse aumento aos distribuidores, espera-se que o valor nas bombas possa chegar a R$ 0,32 por litro.
Fonte: Petrobras
A pergunta que fica no ar: Vamos novamente esperar a bomba estourar e amargar mais prejuízo para economia?
Novamente estamos no fio da navalha, aonde a disparada nos últimos dias no aumento do diesel, pode ocasionar novamente um grande transtorno a todos, por enquanto não se houve falar em greve, mas tantos autônomos e empresários não estão nem um pouco satisfeito com a maneira que vem se tratando o transporte RODOVIáRIO, além disso, vale destacar que representamos 63% do modal utilizado para o escoamento de carga pelo país.
O Brasil está passando por um momento de restruturação POLíTICA e econômica, uma possível greve tornaria uma avalanche de prejuízos financeiros que tivemos no passado recente, o diálogo nesse momento é inevitável para evitar um colapso novamente. A grandeza do transporte rodoviário brasileiro e de sua importância para o movimento da economia brasileira não pode ficar de tempos em tempos passando por essa gangorra, necessita uma coerência e atenção especial ao setor.
Referências Bibliográficas
PERDAS CAUSADAS POR PARALISAÇÃO JÁ ATINGEM 50 BILHÕES. EXAME. Disponível em: https://exame.abril.com.br/economia/perdas-causadas-por-paralisacao-ja-atingem-r50-bilhoes/. Acesso em 22/09/2019.
PREÇOS DE VENDA A DISTRIBUIDORAS. PETROBRAS. Disponível em http://petrobras.com.br/pt/produtos-e-servicos/precos-de-venda-as-distribuidoras/. Acesso em 22/09/2019
Responsável: Allan Christie Lemos da Silva