por comjovem | ago 1, 2019 | Artigos, Núcleo São Paulo
Existem questões sobre diversos temas que nos rodeiam constantemente no dia a dia. Poderia aqui citar vários imbróglios que a famosa frase de Hamlet, em peça escrita pelo grandioso William Shakespeare, caberia para nos gerar uma reflexão filosófica. Porém tirando o desejo poético deste início, há um importante desafio que devemos “pôr em xeque” se devemos ser ou não.
Vou fazer um paralelo que pode “doer” os olhos de alguns nobres leitores gerando inclusive umas caretas e reações afins, porém, antes de mais nada, se desprenda de julgamentos e observe somente os fatos. É comum escutarmos a palavra dízimo e relacionarmos logo de imediato às religiões, padres, pastores e a bíblia, pois sem dúvidas é por lá onde essa prática é recorrente. Duas coisas me chamam bastante atenção nesse compromisso que muitas pessoas assumem na sua vida. A primeira, que sem ela não existiria a segunda, ou melhor, não existiria nada na verdade, é acreditar (lembre-se do desapego de julgamentos e vamos comigo). Não há como conceber uma pessoa que dá o dízimo se ela não acreditar de fato naquilo que está vivendo, frequentando ou participando. É mais que natural compreender então que o comportamento do dizimista é crer para poder dar. A segunda coisa que me chama atenção vai um pouco além do crer, mas como citei anteriormente, o crer é imprescindível, sem ele não há próximo passo e muito menos o dízimo. Esse segundo ponto é o amadurecimento do crer. É difícil alguém dar o dízimo sem crer, mas conheço inúmeras pessoas que creem e não dão o dízimo. Ou seja, significa que talvez não basta somente crer, é preciso compreender o ato de ser dizimista. Sem querer neste texto converter ninguém (mas já fazendo meu papel de Cristão Católico) as instituições religiosas, igrejas, templos, todos eles têm despesas, precisam de investimentos para poder crescer e se manter, para poder atender a nossa demanda espiritual e infelizmente dinheiro ainda não brota do chão. Quando passamos a entender que o dízimo é simplesmente a necessidade de compartilhar uma pequena fração para manter o local em que você vai para rezar, se desenvolver, adquirir conhecimento, fazer amizades, renovar as energias, olhar para o futuro, e tantas outras coisas boas, é que conseguimos amadurecer a nossa crença e dar um grande passo.
Dito tudo isso, e sem análises da fé de cada um, acredito que podemos fazer um paralelo com as nossas instituições representativas. O primeiro passo que precisamos dar é crer. Mas não é crer de forma empírica ou espiritual, neste caso é acreditar que a nossa união é o fortalecimento que precisamos para dar corpo ao nosso setor. É saber cobrar e participar, é estar ativamente indo à “missa do transporte RODOVIáRIO de cargas e logística” (reuniões, seminários, assembleias, tantos outros eventos), presenciando e colaborando com as mudanças necessárias e que tanto vislumbramos. Neste caso é literalmente ver para crer. O segundo passo, e assim como na fé religiosa não acontece sem o primeiro, é o amadurecimento, é saber compartilhar. Assim como relatei no parágrafo anterior, as instituições, todas elas, precisam pagar despesas, investir, crescer e se desenvolver. Imagino que elas também não conseguem fazer aparecer dinheiro com mágica e por isso a nossa contribuição é essencial. E vamos ao mesmo raciocínio do dízimo? Acreditando e contribuindo quem ganha no final das contas? Somos nós irmãos! Nas instituições bem administradas com peso e força para nos representar receberemos tudo o que investimos de volta, conhecimento, melhores negociações salariais, cursos, assessorias, luta POLíTICA e social, amizades, e tantos outros bons resultados possíveis. E para tudo isso basta amadurecer, acreditar e compartilhar.
Não fique esperando o “julgamento final” é possível uma “conversão de pensamento” indo participar, dê o primeiro passo. Muitas vezes o que murmuramos pelos cantos empresariais e nas rodas de amigos tem solução, precisamos é percorrer o caminho juntos, com união, sem vaidades, com compromisso, responsabilidade e transparência. Talvez para cobrar e prestar contas a Deus seja necessário partir para um local desconhecido e que poucos querem ir, mas nos nossos sindicatos e associações exigir, cobrar e prestar contas é mais que um direito, é uma obrigação. Por isso, faça sua parte, compartilhe e cobre, seja peça fundamental na transformação do nosso setor e automaticamente da sua empresa e dos seus negócios. Sem dúvidas precisamos ser, eis a resposta.
Responsável: Luís Felipe Machado
por comjovem | jul 29, 2019 | Artigos, Núcleo São Paulo
Como acho incrível a capacidade do nosso setor (o de transporte RODOVIáRIO de cargas) em ser “único”. Parece um pouco de “bairrismo” falar assim, mas não se engane, ser “único” ainda não é sinônimo de coisas boas e positivas somente. Fora o exagero das “aspas” logo no início do texto, acredito consistentemente na questão do equilíbrio, ou seja, nem muito e nem pouco, como se diz no velho e bom português. E é justamente daí que começa a problemática que eu queria, ou melhor, deveríamos chegar: precisamos sim ser únicos, com equilíbrio e com a nossa essência. Mas ao final das contas, qual é a nossa essência?
Vendo de fora, olhando para o passado e escutando os mais experientes percebo que não é muito complicado definir a essência deles. A maioria batalhou muito, praticamente deu a vida pela sua empresa, que era ou é parte da família – até mais que um ente querido, sofreu muito também, passou e venceu desafios, e recorda com bastante orgulho e saudosismo do passado. Talvez algumas, ou melhor, muitas empresas tenham ficado pelo caminho, mas suas histórias sempre têm capítulos honrosos de vitória e feitos realizados. Seja grande ou pequena toda empresa tem ou teve sua história, isso é fato. Bom ou ruim, não sei ao certo, porém consigo perceber que essa essência de batalhador e vencedor permanece com afinco nos nossos negócios e famílias ainda hoje.
Tratando um pouco mais do passado há também um certo desgosto que ronda constantemente nosso setor, e isso não é de agora. Vejamos as dificuldades latente que temos de nos “abraçarmos” e nos unirmos em prol do que é positivo para os nossos negócios, repito para ficar mais claro, positivo para os nossos negócios. E sempre me questionei de onde vem essa dissipação tão fortalecida que nos impede de pensarmos juntos ações contundentes para crescermos em conjunto. Então, sem menos esperar, consegui criar um pequeno entendimento da possível causa para essa falta de união no setor. Nenhuma relação existe se não houver CONFIANÇA, e não se engane, onde há excesso de vaidade não existe espaço para geração de confiança. É necessário nos esvaziarmos de nós mesmos (perdão pela redundância) para que sejamos capazes de pensar em COMUNIDADE. Não é um discurso de conversão a nenhuma religião, é uma realidade explícita nos nossos diversos grupos, associações, sindicatos, federações, comissões e por aí vamos. Buscar a confiança das pessoas e empresas, com humildade, visando o bem comum é um dos passos que falta para completar a nossa essência e assim de fato nos tornarmos “únicos”.
Recentemente senti que há uma grande transformação emergindo para este ponto. A COMJOVEM sem dúvida é a porteira aberta para este caminho que não têm mais volta: a mudança da essência do transporte rodoviário de cargas e logística. Lutar contra isso é lutar contra o futuro, é não entender que este amanhã (que sempre chega, né?) precisa ser jogado com outras regras. Regras essas que ainda não estão bem claras, até porque no contexto que vivemos admitir a ignorância e buscar conhecimento talvez seja a grande saída. Acredito que o recado está muito bem dado, por mais que exista uma tendência de se usar os modelos atuais em detrimento do novo, nossa essência vai mudar, e o bom disso tudo é que mudará para melhor. Temos as ferramentas, o campo e estamos buscando o conhecimento, o que falta então? “Colocar a mão na massa” e acreditar que juntos faremos nossa essência transbordar por todos os cantos deste nosso Brasil.
Responsável: Luís Felipe Machado
por comjovem | mar 15, 2019 | Artigos, Núcleo São Paulo
Podemos dizer que o transporte RODOVIáRIO de cargas no Brasil tem características peculiares e sem sombra de dúvidas faz com que sejamos cada vez mais dinâmicos e criativos. Especialmente nos últimos três anos temos uma certa impressão de que muita coisa nova tem surgido e sempre estamos na expectativa que tudo conspire um dia a nosso favor. “Ledo engano” caro leitor. Conversando com os mais experientes é possível perceber uma certa linearidade no comportamento dos empresários e gestores do TRC (transporte rodoviário de cargas) e vamos nos aprofundar nisso.
Não há como negar que quesitos como segurança, legislação, tecnologias, gestão de pessoas têm evoluído e acompanhado as mudanças globais, fornecendo diversas ferramentas e possibilidades de crescimento, expansão e melhorias. Porém vamos divagar. Leia direito, divagar e não devagar, vamos elevar nossos pensamentos nobre leitor. Há pouco tempo me deparei com os significados de duas palavras corriqueiras e que ultimamente são usadas sem muito aplicação prática, e de imediato me veio uma comparação no nosso dia-dia de transportador. A primeira é a palavra apaixonado que em suas diversas significâncias podemos enaltecer algumas como, aquele que gosta muito, entusiasta, fanático, marcado pelo grande interesse e atração, e podemos ir mais distante, nosso grande parceiro e conhecido Platão complementa ainda que a paixão é algo não necessariamente real, é um desejo vislumbrado, ou seja, um ideal imaginário. Profundo, mas sincero. Ao ver todos esses significados não me abstive de pensar em como nós empresários do TRC somos apaixonados por caminhões. Vejo os olhos da maioria brilhar quando falam das suas frotas, dos lançamentos de novos modelos, do desejo de ter esse ou aquele caminhão, realmente é algo que nos apaixona, e sinceramente é lindo de ver e ouvir. É como ler um livro de romance e acompanhar toda a saga do rapaz apaixonado em busca da sua desejada.
Ainda divagando, após conhecer a paixão me apresentaram o amor. Ah o amor! Leva um longo período para se desenvolver, é a demonstração de zelo, dedicação, se configura pela busca na verdade essencial, encontrar o que lhe falta tornando-o pleno e completo. Passaríamos algumas páginas dando significado ao amor, mas o importante mesmo é percebemos que é necessário maturidade para amar. E por isso é necessário também estabelecer que precisamos amar os resultados das nossas empresas. De nada adianta sermos apaixonados pelos nossos caminhões se de fato a busca pelo que nos falta não sejam resultados positivos, margens de lucro ou como queiram chamar o amor por aquilo que fazemos.
Nosso dinamismo e criatividade devem ser o alicerce desse amor generoso, e sim senhores, caridoso também. A manutenção e sobrevivência das nossas empresas tem um efeito social importantíssimo e por isso não deixamos de ser caridosos quando amamos ter resultados. Toda nossa evolução tecnológica, legislativa e tantas outras que comentei acima só fazem sentido quando existe esse amor e não simplesmente uma paixão que passa e muda a cada dia. Não devemos manter a qualquer custo nossas paixões, ou melhor, a qualquer preço, não é?
Podemos e devemos ser apaixonados pelos caminhões, eu sou um deles, não faz mal nenhum sermos, porém de nada vai adiantar essa paixão se não tivermos amor pelos resultados reais que devemos gerar nos nossos negócios. E para termos resultados aprendemos naquela conta de padaria que a receita deve ser maior que a despesa, simples assim, mas difícil de ver no nosso segmento. Por isso te convido a essa reflexão, estamos amando nossos resultados? Amadureça e crie coragem para o próximo passo, saia do comodismo e do encantamento das paixões a qualquer custo, perdão, a qualquer preço, ame seus resultados.
Responsável: Luis Felipe Machado
por comjovem | mar 15, 2019 | Artigos, Núcleo São Paulo
Como investir em tecnologia no transporte RODOVIáRIO de cargas visando rentabilidade e ganho de qualidade nas operações de distribuição e logística com foco em informação.
por Barbara Calderani*
É fato que estamos em uma era cada vezmais digital e tecnológica. Estamos conectados 24 horas por dia e praticamente tudo o que nos cerca tem algum tipo de tecnologia, mas será que o transporte rodoviário de cargas está nesse mesmo “time” ?
Sim, o transporte de mercadorias via modal rodoviáriojá mudou e as empresas que não enxergaram isso e não estão investindo em tecnologia, estão fadadas ao sucateamento e ao insucesso. E não estou falando aqui, somente de entregas por drones que no Brasil ainda é algo muito restrito, uma vez que a ANAC não permite o vôo de aviões não tripulados em áreas populadas, ou seja, a menos que a legislação evolua, não veremos tão cedo um drone entrando no hall do nosso prédio com a nossa entrega.
As empresas de transportes rodoviários de cargas que desejam despontar ese tornarem rentáveis e com operações sustentáveis precisam, via de regra, se tornarem empresas de tecnologia. A simples logística, movimentação e distribuição de cargas não é mais nosso core business, principalmente porque hoje operamos em um mercado comvasta intervenção governamental tanto em legislação e regramento, quanto em tabelamento de piso mínimo de frete. Qual a solução então ?
Usar a tecnologia a nosso favor e vender nossa inteligência e expertise para solucionar as urgências e dificuldade denossos clientes em colocar seu produto nas mãos do cliente final. Praticamente vender consultoria em transporte rodoviário de cargas.
E que tipo de tecnologia podemos utilizar? Posso afirmar que todos os nossos investimentos em tecnologia realizados em nossa empresa até hoje foram recuperados, em média, em 120 dias, trazendo novas receitas para empresa e principalmente elevando o nível de qualidade de nossas operações.
O interessante em se investir em tecnologia nos dias atuais é que esses projetos estão cada vez mais acessíveis, podendo ser realizados tranquilamente por empresas de pequeno, médio e grande porte. Nosso primeiro grande investimento em tecnologia foi a aquisição e implantação da máquina de cubagem, um investimento que demandou projetos de elétrica, integração de sistemas, adaptações físicas na matriz e que exigiu um desencaixe financeiro na casa de 6 dígitos, entretanto todo esse montante financeiro foi recuperado em 4 meses de operação aferindo 100% das cargas que transitaram na matriz. Apóso retorno do investimento conseguimos um incremento de receita de 15% no nosso faturamento mensal, ou seja ganhamos receita, recuperamos o investimento e tivemos um ganho significativo na qualidade da nossa operação.
E existem outras tantas ferramentas detecnologia que tem melhorado significativamente o dia a dia das empresas, basta analisar e optar pela que mais se ajusta ao seu negócio e que pode lhe oferecer os melhores retornos.
O mercado mudou, estamos na era do Cliente 4.0, sua empresa está preparada para atender esse novo consumidor dos seus serviços ? Está na hora de nos reinventarmos e criar o Transportador 4.0 onde a prioridade é a informação e esse caminho se dará não mais nas rodas movidas a diesel e sim com engajamento onde o combustível será a informação.
Responsável: Barbara Calderani
por comjovem | fev 6, 2019 | Artigos, Núcleo São Paulo
Ao iniciar a carreira dentro das empresas é comum, o fato do jovem empresário, não necessariamente de idade, mas na vontade avassaladora de empreender, procurar meios técnicos de como fazer diferente, ou mesmo implementar processos que busquem inovações, consequentemente, a eficiência operacional.
Nesse sentido, ele inicia a procura para conseguir os referidos conhecimentos técnicos. Seja nas faculdades, cursos técnicos ou especializados em Gestão. Mas, o grande pulo do gato, é conhecer outros empresários que estão com entusiasmo para empreender, ou mesmo, aqueles que já venceram que construíram empresas solidas, que estão de portas abertas para oferecer um benchmarking.
Melhor ainda, quando existe um grupo de empresários chamado de COMJOVEM, que é especializado no setor, extravagantemente importante para a economia, o Transporte RODOVIáRIO de Cargas. Assim, toda aquela incerteza e dificuldade são convertidas em esperança e motivação, uma vez que centenas de jovens empresários, em todo o Brasil, decidiram juntos fazer o melhor e da maneira mais eficiente, não apensa pensando no lucro, como também no valor que estão gerando para a sociedade.
Esses empresários que estão espalhados por todo o Brasil, estão distribuídos em núcleos regionais, regidos por uma coordenação nacional, que os motiva por metas. Que vão de reuniões mensais, confecção de artigos técnicos, visitas técnicas e ações sociais. Além do engajamento político e sindical que o empresário é inserido.
Ao longo dos anos, o COMJOVEM foi impulsionado por criar relações profissionais e pessoais. Desde quando foi criado no SETCESP, e posteriormente, reativado na NTC&Logistica, as profissionais são fomentadas quando os jovens empresários, que estão buscando conhecimentos técnicos, descobrem que outros empresários são especializados num determinado segmento de transporte, que podem complementar e integrar o seu serviço, assim nascem as parcerias e as referidas relações profissionais. E a partir desse ponto, as relações pessoais são potencializadas, quando os jovens passam a se encontrar diariamente, ou mesmo as famílias passam a conviver.
Atualmente, o COMJOVEM não é apenas um grupo de empresários, mas sim uma grande família e um modelo de gestão a ser seguido.
Responsável: Antonio Neto
por comjovem | dez 10, 2018 | Artigos, Núcleo São Paulo
Há muito tempo o mercado de transporte RODOVIáRIO no Brasil sofre com a defasagem nos fretes que são esmagados pelos embarcadores nos transportadores que por sua vez apertam o cinto junto aos caminhoneiros autônomos baixando a régua geral de fretes a patamares nunca vistos.
Com a recente greve iniciada por uma categoria de caminhoneiros autônomos com trágica consequência a economia e mercado financeiro e toda a cadeia logística nacional, um dos pleitos dos caminhoneiros foi a tabela mínima de frete.
Para o leigo que vê com preocupação as manifestações recentes tudo é caminhoneiro, e ao bem da verdade não é, o que podemos dizer, é que dentro de uma categoria de trabalhadores há vários tipos de serviços de transporte onde eles se encaixam por se tratar de um Motor que precisa de um Motorista.
O motorista é um trabalhador como qualquer outro, mas com responsabilidades enormes e condições mínimas de trabalho não reconhecidas pelo estado nas estradas que em sua grande maioria exceto ao redor das grandes capitais escondem as mazelas, dentre elas segurança e saúde.
Vamos ao ponto…
O governo acuado com as visíveis consequências na mais absoluta rapidez fez uma tabela de preços mínimos de fretes colocando no mesmo balaio reconhecido pelas siglas na ANTT como ETC o transportador empresário, CTC o transportador cooperado e o TAC transportador autônomo, e isso pode ter sido um erro irreparável se considerarmos que o empresário transportador vai comprar mais veículos em detrimento a terceirização com os autônomos pela inviabilidade de aplicação nas rotas onde não há grande oferta de carga, sendo assim o famoso frete retorno acabará.
A tabela de um modo geral atende um anseio da categoria dos autônomos colocando eles ao mesmo nível de preço do frete do transportador em algumas regiões de um pais continental que em certos pontos tem grande oferta de cargas onde deverá ser fácil a implantação da tabela e há localidades onde a tabela será absorvida pela indústria com penalidades altíssimas ao preço final do produto.
Quando analisamos a tabela percebemos que há divisões por serviços, mas colocando mais dúvidas do que regulando o que deveria ser o propósito da mesma, as dúvidas surgem por conta dos mais diversos tipos de veículos de transporte rodoviário de cargas na mesma
classificação de CNAE, ou seja, um mesmo veículo com o mesmo motorista pode ser utilizado para mais de um tipo de serviço com custos totalmente diferentes, e não foram considerados em detalhe pela tabela publicada.
O ponto chave dos negócios de transporte em minha opinião é a produtividade do veículo que por uma ineficiência logística do carregamento até a descarga pode influenciar a última linha da planilha de custos de forma muito expressiva, a tabela da maneira que está é o modelo simples de custo por KM sem contar com esta parte importantíssima na composição dos custos do veículo, cito isso porque o custo fixo de um veículo de transporte rodoviário de cargas é altíssimo e este custo é coberto pela conta em paralelo com a coluna do KM Rodado, onde a diferença entre o consumo dos insumos variáveis deve ser maior do que a soma dos custos fixos para que o superávit seja considerado o valor dos outros componentes inerentes ao negócio como seguros de cargas, impostos e imprevistos, mais LUCRO.
Podemos considerar a princípio que a tabela tem o lado bom pela visão do empresário que utilizar ela como mark-up no principio de suas negociações, ali poderemos ter um inicio de um negócio saudável coisa que a tempos não se vê no mercado de transporte rodoviário de cargas.
Aos autônomos cabe exigir o cumprimento da lei, aos empresários cabe à aplicação das devidas correções que houver nas tabelas vigentes.
Responsável: Marcelo Rodrigues