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As Redes Que Nos Protegem

Um assunto bastante debatido nos nossos seios familiares, profissionais e educacionais é o impacto das redes sociais nas nossas relações e no nosso dia-dia. Sejam muitos os pontos positivos ou negativos um deles sempre me despertou a atenção, de como somos protegidos quando estamos nas redes.

Alguns devem estar torcendo o nariz por acreditarem justamente no contrário, que nas redes estamos expostos demais. Mas derivem um pouco comigo. A palavra rede no dicionário da língua portuguesa tem como seu significado original “um entrelaçado de fios formando um tecido de malhas com espaçamento regulares”.

Mas qual a relação disso com as redes sociais me perguntam? Sempre relacionamos o significado da palavra rede com a parte do entrelaçamento numa metáfora com a ligação entre pessoas e coisas, mas esquecemos sempre da parte do espaçamento regular. É justamente nesse quesito do espaçamento que apoio minha opinião de que a rede nos protege, e digo isso tanto da rede física como da socialmente conectada. Mesmo interligados existe uma separação física que sustenta a ideia de que podemos ser quem quisermos nas redes sociais.

Esse distanciamento, que passa muitas vezes despercebido, é que carrega o peso dos pontos negativos advindos pela tecnologia. Lá (ou aqui) nas redes nos transformamos em pessoas extremamente felizes, em defensores de diversos temas e assuntos, viramos comentaristas, mobilizamos opiniões, pessoas, encaminhamos tudo que achamos estar correto e vamos vivemos entre a tela e o teclado do smartphone ou computador.

Os radicais me questionam: e é por isso que vamos abnegar a tecnologia? Não senhores, muito pelo contrário, cada dia que passa devemos e podemos usar a tecnologia ao nosso favor. Mas então por que essa conversa “fiada” querido autor? Por que precisamos ir muito além dessa dependência tecnológica. Principalmente no que tange as redes sociais para podermos preencher justamente os espaçamentos que essa “virtualidade” gera. É preciso que além de todo o nosso “mimimi” que espalhamos nas redes, sejamos homens e mulheres capazes de anunciarmos e praticarmos isso na vida real.

Seja na , no seu trabalho, nas associações e sindicatos, nas comissões, inclusive dentro da sua casa prezado leitor. Coloquemos em prática, em ações, no papel (pode ser num tablete também) tudo aquilo que costumamos gritar, brigar, defender e querer nas redes sociais. Preencha esses espaçamentos vazios com a sua presença física que teremos resultados muito melhores do que um simples “like” nas redes.

Responsável: Luis Felipe

A Representação no TRC

Em maio de 2018 ocorreu uma das maiores se não a maior paralisação já vista, feita por motoristas autônomos de caminhão que ora foi totalmente organizada por uma ferramenta fundamental nos dias de hoje chamado Whatsapp.

A rapidez na disseminação das informações entre os inúmeros grupos criados em todo território nacional teve um ponto de partida que obviamente foi o descontentamento da classe de trabalhadores com relação aos constantes aumentos no óleo diesel, onde a cada dia se fortalecia e conquistava a população pelas redes sociais, enquanto o tempo ia passando e as informações de bloqueios e mais bloqueios iam se formando as autoridades acuadas e sem saber por onde e com quem negociar viram-se à mercê de uma ameaça muito maior do que imaginavam, tanto que no auge da paralisação insumos básicos para abastecimento das cidades, hospitais, supermercados e etc., faltaram e nada podia-se fazer pra reestabelecer a ordem.

Em uma investida errada e de forma desesperada o governo procurou CNPJ's para colocar a culpa, multou e colocou de alguma forma a população contra os empresários do TRC em um mesmo balaio que os originais atores de todo o movimento que nasceu e terminou com os autônomos nos principais noticiários.

História relembrada vamos ao ponto:

Quanto no governo de Getulio Vargas institui-se via CLT os sindicatos dos empregados a prerrogativa deu-se a criação dos sindicatos patronais onde em sua essência seriam as duas ferramentas básicas para se discutir as relações trabalhistas entre empregados e empregadores.

Com o passar dos tempos e a evolução natural das mais diversas situações os partícipes das entidades viram a necessidade de partirem rumo à e aos políticos para algumas necessidades do dia a dia com relação a modificação de leis e adequação à modernidade, fato esse que com a participação de inúmeros sindicatos espalhados pelo país houve a possibilidade após varias audiências públicas a modificação e modernização da legislação trabalhista com a reforma que foi feita recentemente.

Nesta reforma inclusive uma das propostas dentro das novidades é a liberdade dos empregados e empregadores para filiação em sindicatos onde era obrigatório, com isso aqueles sindicatos que mantém serviços, informação, educação e outros atrativos a mais, perpetuarão em suas bases e com certeza serão referência.

Falando em filiação, podemos entender que uma forma mais simples ou menos complexa do que um sindicato que é regido baseado nas premissas da CLT, temos a possibilidade de associação civil onde existem varias representações que de forma organizada podem e devem representar junto aos órgãos públicos e privados das mais diversas localidades e interesses os seus associados em questões inerentes ao dia a dia.

Uma associação civil com um bom regimento e um bom estatuto pode e deve representar seus associados e refletir a vontade da maioria por seus representantes nos mais diversos assuntos relacionados à categoria a qual ele representa, dentre eles a política e seus interesses.

Isto posto em nossa atual estrutura de representação podemos entender que no que reflete a parte trabalhista em sua essência temos os sindicatos para nos representar e no que diz respeito a todos os outros assuntos temos as associações para nos representar.

Portanto sugiro a quem não é associado ou filiado a um ou outro, que seja e cobre da entidade a qual se juntar as suas necessidades com relação aos temas a qual o dia a dia lhe cobrar por soluções. 

E assim representados de fato podemos, devemos e seremos ouvidos e saberemos onde iremos com nossos negócios e pessoas envolvidas em um mesmo ideal.

Responsável: Marcelo Rodrigues

Sucessão Familiar

Notadamente o setor de TRC é em sua maioria formado por empresas familiares.

Temos visto que há um GAP entre a geração atual a frente dos negócios e dos sucessores diretos que já estão sendo pulados na linha sucessória por conta do aumento na expectativa de vida dos fundadores, estes na sua maioria ainda estão à frente dos negócios, por isto as inovações dos sucessores diretos não se assemelham com as ideias iniciais do empreendedor, portanto com a discussão os filhos sucessores diretos acabam indo para outros caminhos e assim abrem oportunidades para os netos, em alguns casos estes com ideias disruptivas. naturalmente com a interferência direta do fundador conseguem implantar a ideia disruptiva e alçar diferentes formas de empreender com a mesma base inicial.

Em que pese à questão do profissionalismo no setor temos a convicção da interferência direta do fundador nas principais operações das empresas sendo este o decisor final da ação a ser tomada, e com entrada da novíssima geração e a disrupção de processos iniciais esta ação cai por terra, colocando o presidente no conselho da empresa e não atuando diretamente nas ações diárias.

Isso tem trazido à empresa em questão um ganho enorme em processos, ações, novos acordos comerciais, novas atitudes administrativas e outros ganhos que a falta de entendimento tecnológico da gestão fundadora não obteve em sua trajetória.

Com a aplicação devida de tecnologia aliada a tradição e ao conhecimento da nova com a velha geração abre se um enorme precedente para que esta empresa seja uma boa opção para a compra de uma multinacional que queira investir no Brasil que será uma grande potência a curto prazo, ou abre se as portas a algum investidor para o crescimento.

Portanto meus amigos precisamos nos atentar a quebra de paradigmas internos e deixar o medo de lado para crescer e prosperar.

Responsável: Evandro Samuel Ferrari

A Renovação das Lideranças no TRC

Muito se discute sobre os atuais líderes no cenário do Transporte de Cargas quando olhamos para dentro das entidades que representam a classe patronal do setor,

Quando olhamos com conhecimento temos a impressão de que estamos bem representados e sem dúvida nenhuma por pessoas que conhecem os desafios e dificuldades que rodeiam as empresas,

Quando digo que o olhar com conhecimento traduz a tranquilidade da impressão é que se participarmos das entidades e entendermos o que a entidade tem condições de fazer e entender que tudo dentro da entidade depende de apoio político entenderemos porque algumas coisas demoram ou simplesmente não acontecem,

Se os participantes de uma entidade sindical ou associação de classe são taxados ou rotulados pelo que não fazem e quando fazem ninguém percebe, quais os motivos para a participação dos líderes que compõem as entidades?

São muitos os benefícios para os participantes e dentre eles o conhecimento do cenário antes de todos aqueles que não participam, além de estar por dentro de leis que mudam a cada momento e com estas tirar proveito em possíveis benefícios fiscais de forma que gere lucro na atual operação, dentre outros benefícios como os melhores fornecedores de bens e serviços para nosso negócio com preços mais baixos do que o mercado comum, e muitos outros benefícios,

Se por um lado temos a impressão de ter sempre os mesmos líderes, por outro lado temos a esperança da renovação com o fenômeno que vem se consolidando nos mais diversos sindicatos espalhados pelo Brasil chamado de Comjovem, este nome foi concebido em São Paulo pelo Setcesp inicialmente para denominar a então Comissão de Jovens Empresários e Executivos do Transporte Rodoviário de Cargas e o nome Comjovem fixou de maneira que se propagou por todos os sindicatos e virou o símbolo da renovação quando a NTC & Logistica levou a ideia a frente inserindo nos mais diversos locais a ideia,

A Comjovem é sem sombra de dúvidas uma realidade dentro das entidades e com relevantes serviços prestados ao TRC no que diz respeito à formação de novos líderes, dentre eles já temos exemplos de sucessão como o caso do Setcesp em São Paulo que é o maior sindicato patronal de transporte rodoviário do Brasil e que tem o atual presidente oriundo da Comjovem, Tayguara Helou teve uma trajetória na comjovem e é herdeiro de uma tradicional empresa de transporte rodoviário de cargas e também herdeiro de seu pai Urubatan Helou ex presidente do Setcesp das habilidades sindicais as quais ele dedica hoje parte de seu tempo em prol do setor,

Com esse exemplo que firma a posição da Comjovem dentro dos sindicatos, e outros mais como as constantes trocas de presidentes de sindicatos que estão ocorrendo Brasil a fora podemos vislumbrar em um futuro próximo um setor mais forte mais unido e mais moderno,

A modernidade que sugiro será primordial se ocorrer a tão esperada reforma trabalhista que da forma como está proposta acabará a contribuição compulsória aos sindicatos e eles somente sobreviverão se tiverem serviços a oferecer aqueles que espontaneamente se associarem,

Além do mais em 2018 ocorrerão eleições na CNT Confederação Nacional do Transporte, entidade máxima que coordena todos os modais de transporte inclusive o TRC e onde a previsão é de que a próxima presidência seja de algum representante do Transporte Rodoviário de Cargas e com isso abriria mais vagas ainda para novas gerações nas bases sindicais,

Meu caro leitor com certeza recomendo a vossa participação nas entidades de sua base territorial e espero que some as atuais lideranças e cobre destes as necessidades da sua região.

Responsável: Marcelo Rodrigues

A Logística Reversa e o Descarte de Veículos Pesados Após Sua Vida Útil – Uma Breve Dissertação

A Logística Reversa e o Descarte de Veículos Pesados Após Sua Vida Útil – Uma Breve Dissertação

No mundo atual na qual existe a crescente preocupação da sociedade em relação ao meio ambiente, ao desenvolvimento sustentável e o descarte ideal de milhões de toneladas de produtos manufaturados, lanço um olhar especificamente ao mercado de caminhões e a responsabilidade das montadoras quanto a devolução ecologicamente correta do seu produto onde, nós transportadores somos os principais consumidores deste bem. Sabemos que o mercado da logística reversa está em franca ascensão por uma pressão legal e sócio-ambiental e cada dia mais engloba diferentes segmentos de produtos. A logística reversa é a área da logística empresarial que “planeja, opera e controla o fluxo e as informações logísticas correspondentes, do retorno dos bens de pós-venda e de pós-consumo ao ciclo de negócios ou ao ciclo produtivo”, utilizando os canais de distribuições reversos. (LEITE 2005, p.16). No diagrama abaixo verificamos um figura que exemplifica esse fluxo.

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Itens como agrotóxicos, pilhas e baterias, pneus, óleos lubrificantes, lâmpadas fluorescentes e produtos eletroeletrônicos já tem sua destinação legal regulamentada, sendo essa de responsabilidade de seus fabricantes pelo seu retorno

Quanto ao mercado de veículos pesados vimos que tem se tornado um problema ambiental crescente já que a vida útil dos caminhões tem sido estendida por anos a fio, muito além do recomendável. Verificamos facilmente unidades com mais de quarenta anos nas ruas trafegando livremente, gerando poluição e riscos de segurança viária em decorrência da inexistência de uma eficaz de renovação de frota. E quando esses veículos finalmente param, não existe uma destinação legal apropriada, quando não abandonado nas vias públicas e em locais ermos.

Estima-se que 98,5% da frota nacional termina em desmanches e depósitos, segundo estimativa do Sindicato do Comércio Atacadista de Sucata Ferrosa e Não Ferrosa (SINDIFESA). Ainda segundo o SINDIFESA, apenas 1,5% da frota brasileira que sai de circulação vai para o processo de reciclagem. Um contra ponto sera os Estados Unidos, 95 % dos veículos retirados de serviço nos Estados Unidos são destinados à reciclagem, com cerca de 83% dos materiais sendo reaproveitados. ( Art. Simpoi 2012-FGV pag12)

O questionamento se dirige em relação a um setor tão representativo na economia, não ter um papel relevante quanto a sua responsabilidade na logística reversa do seu pós consumo. Ações efetivas para fazer os caminhões serem devidamente descartados ou através de planos coletivos entre as demais montadoras ou mesmo através de ações individuais não são vistos e muito menos questionados de forma recorrente principalmente pelo impacto que gera a coletividade e ao meio ambiente.

O intuito do texto é fazer uma provocação e uma reflexão aos setores automobilísticos sobre seu papel em um mundo que está a cada dia mais preocupado em seu desenvolvimento sustentável.

Responsável: Alexandre Otsuz

Empresas Familiares X Relações Familiares: Conflitos Emocionais

Historicamente o setor de transportes é formado por uma grande gama de empresas familiares. O enredo do visionário que comprou um caminhão e iniciou sua pequena empresa povoa a história das transportadoras de pequeno, médio e grande porte.

Esses empreendedores que apostaram suas vidas e suas carreiras em formar uma empresa de transporte de cargas via de regra trazem consigo sua família, num desejo por vezes secreto outras explicito, de que seus herdeiros sejam seus sucessores e perpetuem o historia de sucesso de suas companhias.

Nesse cenário temos pais guerreiros, empreendedores e sonhadores, na mesma mesa que filhos estudados, conectados e preparados, buscando realizar uma gestão compartilhada e obter os melhores resultados para as empresas.

Os processos de sucessão começam a ser discutidos, filhos são preparados, muito se investe em estudos e formação com objetivo único de preparar o jovem a assumir os negócios do pai. Porém esse pai não está se preparando para ceder seus negócios, sua posição e sua responsabilidade aos filhos.

As relações começam a se misturar, pai-trão, gerente junior quando não se sabe ao certo se é junior ou Junior. Se reduzir o conflito de gerações já é algo difícil imagine com o advento da relação paitrão – subordinado.

E uma nova gestão se faz necessária – a gestão emocional. A gestão emocional ou inteligência emocional é a habilidade de uma pessoa se conhecer, saber controlar seu estado de espírito, saber administrar suas emoções para viver com estabilidade e harmonia. Esse autoconhecimento serve também de base para potencializar as relações pessoais e profissionais de forma positiva.

Se fundadores e sucessores trabalharem de forma a potencializar sua inteligência emocional as relações serão mais sólidas, verdadeiras e saudáveis, proporcionando um ambiente de trabalho mais equilibrado, harmônico e profissional uma vez que não se misturam mais conflitos emocionais com conflitos profissionais.

Acredito que a proposta para uma sucessão familiar de sucesso é equilibrar a inteligência racional com a inteligência emocional de modo que as decisões sejam tomadas baseada em resultados que contemplem também os anseios sentimentais, fortalecendo assim as relações familiares.

Responsável: Barbara Calderani