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Renovação de Frota com Energia Sustentável, o Momento Pede e o Mundo Precisa

Renovação de frota com energia sustentável, o momento pede e o mundo precisa.

A noticia recente que aponta que os níveis de poluição química já chegaram as zonas abissais nos remete a reflexão, verificando os estudos com crustáceos que suportam a pressão e vivem nos mais inóspitos locais onde a profundidade do oceano pode chegar a 11 km, mostram que eles tem em seu organismo materiais que foram proibidos há mais de 40 anos.

Com isso a nossa consciência deve ser extremamente voltada à reflexão de que devemos urgentemente rever nossas fontes de energia, principalmente as utilizadas pelas empresas de transporte de cargas, o modal que representa aproximadamente 65% de tudo que se transporta no Brasil.

Visando uma nova categoria de energia de preferencia renovável, e, que se adeque a realidade financeira atual, digo isso porque temos hoje um déficit incalculável de valor de remuneração de frete onde não se justifica a renovação de frota e ainda por cima não há programa de renovação de frota por sucateamento, elevando ainda mais o índice de canibalismo, se assim posso chamar o que vivemos hoje no quesito tarifa de frete.

Para que haja uma renovação de frota necessária a atender a demanda no que diz respeito às questões ambientais e que não tenhamos nos estudos descritos acima o componente carbono que é o principal resíduo que emitimos, precisamos de uma renovação forçada pelo governo sucateando a frota mais antiga, para que esta frota dê lugar aos veículos mais modernos e estes com custos operacionais maiores em quantidade de itens disponíveis e mais caros em valores específicos forcem aos operadores a elevar os valores de frete para sustentar o negócio e com isso possibilitem a entrada de novos e melhores meios já existentes como veículos elétricos ou a etanol, ou até mesmo por dirigíveis para longo curso como já está em teste e poderá atender o norte do país considerando a falta de estradas.

Os meios citados já são realidade e deveriam ter nossos olhos voltados a eles, porém não são comercializados por conta dos elevados custos aliados a baixa demanda inicial que só se compensaria com pedidos iniciais de grande volume as indústrias montadoras de caminhões, que gerariam um circulo virtuoso em prol da sustentabilidade mundial e sem sombra de dúvidas trariam inúmeros benefícios a quem utilizar os referidos veículos no que diz respeito ao apelo ambiental.

Indústrias e empresas cada vez mais estão se preocupando com as questões ambientais e em algumas delas os quesitos referentes a compensações ambientais já são vistos pelos departamentos de analise de fornecedores de transporte rodoviário de cargas como um diferencial necessário no momento da contratação do transportador, isso nos remete que é mais do que justo que os empresários do setor se motivem cada vez mais a incrementar seus negócios de maneira mais sustentável.

Algumas empresas já adotam em seus quadros pessoas responsáveis a pensar diferente para ter implantado em vossos negócios meios diferentes e com isso saem na frente sempre que são pressionadas pelo mercado, sabendo disso meus amigos, comecem já a pensar e agir diferente e quem sabe os resultados sejam melhores.

Responsável: Marcelo Rodrigues

COMJOVEM, A Sustentabilidade do TRC

Em 2004 quando o então presidente do Setcesp, Urubatan Helou reativou uma comissão de jovens empresários do TRC oriunda do Setcesp dos anos 90 que se chamava Comjovem, ele vislumbrou o que hoje seria a comissão dentre as mais atuantes no mundo do Transporte de Cargas, com jovens herdeiros, jovens empresários, diretores e gestores, das mais conceituadas Transportadoras Brasileiras.

Hoje podemos ver a Comjovem por outro aspecto quando em 2007, o então presidente da NTC & Logistica, Flávio Benatti e o presidente do Setcesp na época Francisco Pelúcio, convocaram três jovens herdeiros do TRC a percorrer o Brasil abrindo fronteiras junto a diversos sindicatos e a implementar a cultura da Comjovem por todo o país, André Ferreira – Rápido 900, Roberto Mira Junior – Mira Transportes e Tayguara Helou – Braspress, foram os três escolhidos e assumiram o compromisso de difundir a Comjovem nacional e fundar as Comjovens regionais dentro de diversos sindicatos por todas as regiões do Brasil,

Com esta envergadura criada vieram vários eventos por todo o Brasil, dentre eles os principais são, o Congresso Técnico e Olhar Empresarial que é realizado em Brasília no dia que antecede o Seminário Brasileiro do Transporte Rodoviário de cargas, e também o Encontro Nacional da Comjovem que acontece juntamente com o Congresso NTC, com os mais diversos temas, e os mais diversos tipos de fornecedores de serviços, equipamentos, veículos e implementos para o transporte rodoviário de cargas.

Os eventos e encontros trazem ao jovem participante a visão atual do setor e dissemina a cultura da sustentabilidade de acordo com as tecnologias apresentadas nos debates, apresentações e exercícios presenciais.

Uma cultura jovem e que o jovem se identifica pelos seus pares e com as atuais ferramentas de comunicação como as redes sociais os jovens trocam ideias e as implementam nas suas empresas, a economia de combustível com veículos modernos, a economia de combustível com a utilização de softwares de telemetria, a economia de pneus com a própria telemetria, a economia de pneus com sensores de pressão interligados a tecnologia de rastreadores, e outros acessórios a mais que são ofertados nos eventos da Comjovem por todo o Brasil, trazem a tona uma enorme gama de produtos que podemos utilizar em nossas empresas e com eles além de economia real, ganho de produtividade, dentre outros benefícios, teremos também menos prejuízo ao nosso bolso e ao nosso eco sistema, gerando assim a sustentabilidade no setor.

Quando um jovem empresário que participa da Cojovem de sua região é convidado a visitar uma montadora de caminhões, ele após a visita com certeza irá rever seus conceitos no que diz respeito ao tipo de veículo e aplicação do mesmo na operação atual em sua empresa, as tecnologias oferecidas nos novos caminhões nos dão a visão da economia sustentável e a segurança total em investir e seguir um caminho que será o futuro da juventude no que diz respeito a sustentabilidade dos negócios.

Alem disso participando dos sindicatos e associações de nossa base, sempre teremos mais oportunidades de conhecimento dos mais diversos temas ligados a nossa categoria empresarial e com isso mais economia e mais lucratividade, foi seguindo esta premissa que a maioria dos grandes empresários do setor hoje estão sobrevivendo as intempéries da economia e as mazelas do setor.

Portanto meus amigos eu recomendo e indico aos que querem ser sustentáveis em vossas empresas participem pelo lado de dentro do sindicato de sua base, tenham a intenção de contribuir com suas próprias habilidades e sejamos um setor forte com empresas lucrativas.

Com toda a tecnologia aplicada ao nosso negócio junto com a inteligência do jovem atuante na Comjovem e antenado as novidades, acredito que as emissões de carbono antes da Comjovem em relação às emissões de carbono pós Comjovem sejam relativamente mais baixas.

A Sustentabilidade que a Comjovem proporciona ao TRC é sem sombra de dúvidas algo a se considerar nas planilhas de custo das empresas de Transporte.

Responsável: Marcelo Rodrigues

Sustentabilidade no TRC ou do TRC?

O conceito de sustentabilidade vem se tornando uma premissa básica em todos os segmentos de mercado. É comum agora, não só nas faculdades e universidades, mas até nas conversas de bares escutarmos alguém divagando sobre a sustentabilidade e seus efeitos a longo prazo. De fato, na sua teoria, é um princípio imprescindível que precisamos aprender e aplicar no presente para que as consequências sejam positivas no futuro. Mas realmente estamos prontos para assumir essa postura no TRC?

O termo “sustentável” provém do latim sustentare (sustentar; defender; favorecer, apoiar; conservar, cuidar), e o conceito de sustentabilidade começou a ser utilizado na década de 1980. Obviamente quando falamos de sustentabilidade trazemos um contexto voltado para as questões ambientais, visando a preservação e respeito dos recursos naturais, sociais e culturais. Mas ao relacionar o TRC com este conceito e observando melhor sua origem e etimologia, fica claro que precisamos antes de mais nada conquistar a sustentabilidade DO transporte de cargas.

Sustentar, defender, favorecer, apoiar, conservar, cuidar, ações básicas que precisamos mais do que nunca colocar em prática no TRC. Falamos muito sobre a crise e seus efeitos mas verdadeiramente sabemos que este não é o maior empecilho para as dificuldades que enfrentamos no nosso segmento. É claro que ela chegou e existem consequências negativas, mas devemos abrir os olhos para nos tornarmos antes de mais nada sustentáveis economicamente. Só desta forma conseguiremos aplicar os conceitos de sustentabilidade na sua fundamentação básica.

Nos mais diversos eventos dos sindicatos, federações, NTC, Comjovem é fácil identificar que os assuntos e temas mais discutidos estão relacionados a custos, tabelas e precificação dos fretes. Obviamente é a parte mais sensível e importante na prestação do serviço pois é a efetivação do trabalho em forma de resultado financeiro. Porém é necessário estudar e entender melhor os motivos pelo qual o nosso setor não consegue evoluir nessas questões, sair um pouco da reflexão do preço ou valor final, da tabela de custos ou reajustes, e buscar a origem desse problema. É comum ouvirmos dos nossos pares que muitas vezes é necessário se sujeitar aos pedidos dos clientes de redução ou não reajuste dos fretes pois se não o fizer alguém o fará e ele vai perder o cliente. De fato isso ocorre, e nos perguntamos como é que alguém consegue fazer aquela operação que já não era rentável com um valor ainda menor. Deixamos de concorrer por resultados para brigar contra prejuízos. Por isso o sinal vermelho está aceso a muito tempo e devemos tornar o TRC sustentável.

O melhor caminho para isso é a nossa união! Mas com ações práticas, sem muito “mimimi”. Regulamentação urgente do setor, fiscalização, denúncia de práticas incorretas, tudo isso parece assustador ou incomoda as relações empresariais e mercadológicas, mas enquanto ficarmos cegos para tudo isso, continuaremos discutindo sobre frete, tabelas e custos, sem muita efetividade. Sustentar e defender nossos empreendimentos de forma justa e igualitária. Acredito que essa seja a missão dos nossos sindicatos e associações e por isso a importância de uma maior participação de todos, para cobrarmos e dividirmos as responsabilidades de tornar o TRC sustentável. Você realmente está pronto para a sustentabilidade?

Responsável: Luis Felipe Machado

Sobrevivendo em Tempos de Crise

Estamos quase no final de 2017, porem nossa memoria permanece na crise que se iniciou em 2015 e agravou em 2016, não é difícil entender porque desta memoria latente do ano que passou, todos passamos por momentos difíceis, de decisões drásticas e, sobretudo doloridas, vimos pessoas queridas perdendo seus empregos e tendo que reestruturar suas vidas por completo, muitos ainda estão se reorganizando, ajustando seu padrão de vida para sua nova realidade. Não quero neste pequeno artigo, apontar culpados ou heróis, e sim situações que passamos como pessoas e empresas e como isso afetou e afeta nossa visão de presente e futuro.

E nossas empresas? Bem, com elas nada disso foi diferente, alias, diria que foi muito pior, além da natural redução do quadro de colaboradores, tivemos queda de receita, queda de rentabilidade e naturalmente aumento de despesas com juros, capital de giro e empréstimos. Não podemos esquecer-nos do passivo tributário que criamos ao deixar algumas obrigações tributarias para trás para que pudéssemos prosseguir de pé que muitos de nós tivemos que se submeter para passar por mais esta etapa na vida de empresários eu somos, de seres humanos comuns sujeitos a intempéries como qualquer outro.

Pois bem! E como passamos por esta etapa? Como sobrevivemos à crise? Quais as marcas deixadas? Quais os aprendizados? O que fizemos de certo e de errado? O que jamais deveríamos ter feito? Como vemos o futuro dos nossos negócios depois desta etapa? A crise realmente acabou? Em que fase dela estamos? Com certeza são poucas perguntas e com respostas das mais variáveis possíveis, entendo que cada um de nós sabe muitas das respostas, outros, talvez não conseguiram passar por mais essa crise, e não poderão responder parte das perguntas. Quero aqui deixar meu breve relato da minha primeira grande crise como empresário e algumas atitudes que tomamos que nos fizeram passar e superar uma faz comum na vida de qualquer empresário.

Muitos dizem que tivemos sorte, outros que temos bons clientes, alguns afirmam que temos uma ótima equipe, que temos ótimos gestores, ou ainda que temos colaboradores engajados, comprometidos e motivados. Alguns simplesmente não dizem nada, pois bem, eu digo que temos tudo, ou, um pouco de tudo, mas mais do que qualquer coisa, somos apaixonados pelo que fazemos, pesquisamos, estudamos ficamos noites em claro, vimos nossos resultados derreterem ao longo de 2016, mas mantivemos o foco, soubemos ouvir o mercado e a voz dos mais experientes, de que isso é só uma crise e assim como ela teremos outras talvez melhores, talvez piores. Dentre as muitas ações que tomamos, ao longo da crise, uma delas foi, não reduzir preços, muito pelo contrario, mantivemos nosso ritmo de reajustes e realinhamento de preços, abrimos mão de contas que chegavam a representar 10% de nosso faturamento. Fizemos contas como nunca fizemos antes! Isso, teremos como lição!

Hoje nossos custos estão mais apurados do que nunca, por isso abrimos mão de clientes e fomos mais felizes com isso, nosso resultado melhorou como nunca em 2017. Numa passagem em um evento da comjovem em Campos do Jordao, lembro claramente das palavras de um colega palestrante, falando sobre a rentabilidade de nossos maiores clientes e da coragem que temos que ter para tomar as decisões mais difíceis de uma transportadora, que é abrir mão de clientes que não trazer rentabilidade e não entram na margem de contribuição do nosso negocio, essa foi uma das maiores decisões que tivemos que tomar neste ano, abrir mão de grandes contas, e abrir mão de possíveis grandes contas futuras, com preços fora da realidade e prazos de pagamento inatingíveis para o nosso segmento, aprendemos a dizer NÃO.

Pois é, dizer não parece simples, parece fácil, mas é muito mais habito do que dificuldade, hoje dizemos não com uma facilidade ímpar! Isso foi à crise que nos ensinou, e essa é uma das grades lições da crise, a outra, como já fora mencionado, foi aprender a fazer contas a ter seu custo dentro da sua realidade. Mantivemos nossos talentos, eles fizeram a diferença nos tempos difíceis, esses talentos não tem preço. Não poderia deixar um ponto passar, algumas estruturas pesadas em uma empresa de transporte estão alicerçadas em custos variáveis, isso nos tirou uma carga muito pesada nos momentos de baixo fluxo de carga e de caixa.

Hoje, vemos o futuro mais otimista, sabemos que a crise ainda é parte do nosso cotidiano, vemos algumas situações de concorrentes e amigos que sabemos que não podemos seguir, e não sofremos por causa disso temos consciência de onde estamos e onde queremos chegar, isso este disseminado na estrutura enxuta que temos e mantivemos. Somos transportadores natos! Amamos o que fazemos, mas além do amor que temos, fazemos contas e entendemos que nem tudo é possível.

Responsável: Evandro S. Ferrari

Como Sobreviver no País dos Escândalos e Corrupções

Vivemos numa época singular da história do nosso país. Nunca se investigou tanto, nunca se descobriu tantas informações e nunca tivemos a verdade tão escancarada a respeito de corrupção, suborno, doações ilegais e uma infinidade de desonestidade no cenário empresarial e público do nosso país.

Todos os dias somos bombardeados com informações, dados, notícias, áudios, vídeos e imagens que comprovam minuto a minuto, que estamos todos envolvidos num emaranhado de negociações comerciais escusas que deixam evidente a sensação de que para ter uma empresa bem-sucedida e com contratos rentáveis e lucrativos é necessário entrar nesse “jogo”.

As investigações não chegaram ao nosso pedaço da cadeia, mas vão chegar, inevitavelmente. Transporte está envolvido em absolutamente todas as operações comerciais. Com advento da tecnologia cada vez mais pessoas se conectam e produzem relações de compra e venda em lugares totalmente distinto do nosso país, e nossos caminhões entram em cena para coletar, transferir e entregar esses produtos.

Eis o cenário que estão entregando as novas lideranças, jovens assim como eu, que se prepararam, estudaram, se capacitaram e estão chegando ao mercado para assumir e gerenciar as empresas de suas famílias. Jovens cheios de vontade, de ideais e planos de inovar e valorizar um setor que cresceu na brutalidade de senhores como meu pai, que começaram suas empresas dirigindo seu primeiro caminhão, os conhecidos motoristas que deram certo.

Nesse cenário, que esfrega na nossa cara juvenil e idealizadora, a todo momento, que empresário só dá certo pagando propina, fazendo negócios ilegais e “comprando” pessoas. Isso porque estamos focando somente nas questões comercias, mas poderia falar ainda das questões trabalhistas extremamente protecionistas ou ainda as questões tributárias que sufocam e imobilizam centenas de empresários.

Somos testados a exaustão. Vale a pena ser empreendedor no nosso país? Vale a pena acreditar e empenhar toda nossa energia em nos tornarmos os jovens empresários do transporte brasileiro?

Sim.

Se existe uma parte boa nesse caos, e sempre existe uma parte boa, é a renovação. Todas essas mudanças estão acontecendo porque existem cidadãos persistentes que desejam um mundo melhor para seus filhos. Cabe a cada um de nós, jovens empresários, acreditar.

Numa era tão digital, cabe a nós resgatar as relações comerciais, o aperto de mão que sela o contrato, o olho no olho que revela a verdade, a palavra que vale mais que uma assinatura. Precisamos mostrar a esse país que transportamos mais do que produtos, transportamos valores, princípios e sonhos, pois somos uma só família, a família do transporte de cargas. A mudança está em cada um de nós.

Responsável: Barbara Calderani

Dificuldade De Abastecimento Dos Grandes Centros – O Caso Da Cidade De São Paulo

Falar sobre a dificuldade de abastecimento de uma cidade como São Paulo, não é tarefa das mais complicadas. Os problemas são diários, estampam as mídias diariamente e engordam as estatísticas de trânsito e congestionamentos.

As vias são disputadas por pedestres, ciclistas, motociclistas, veículos coletivos de passageiros, veículos de transporte de cargas entre outros. Todos com necessidades específicas, e que devem obedecer a regras e determinações legais cada vez mais complexas.

Em uma tentativa desesperada de gerir essa imensa massa de usuários, o poder público opta por atitudes pontuais, focadas muitas vezes em um único nicho de usuários e que acaba por prejudicar ou muitas vezes impedir o uso e interesse do coletivo.

A implantação dos corredores de ônibus e das ciclovias, muitas vezes numa mesma via, impede o acesso ao desembarque de passageiros ou ainda o processo de descarga em determinados locais, uma vez que é infração grave de trânsito estacionar ou parar sobre ciclo-faixa ou corredor de ônibus. Vemos claramente nas ações do poder público um foco político com cunho eleitoreiro principalmente no que tange a implantação de ciclovias, que se multiplicam desenfreadamente sem estudo de impacto no trânsito e em muitos bairros como vemos, elas se repetem em ruas paralelas sem demanda latente, e a consequência disso é vista nas empresas, no trânsito e no comércio, que vê seu movimento cair e as empresas de transporte que se veem com esforço maior para realizar as mesmas entregas, tornando o tempo de entrega e os custos inerentes cada vez maiores.

O fato é que apesar de ser considerado o grande vilão do trânsito, os veículos de carga precisam circular para abastecer a cidade. A farinha de trigo precisa chegar à padaria, para você ter o seu pãozinho fresquinho no café da manhã. O corte nobre de carne precisa chegar ao seu restaurante favorito para você degustar do seu grelhado. O vinho importado, precisa estar na adega da cantina italiana que você pretende levar sua esposa comemorar o aniversário de casamento. O remédio que tanto alivia sua dor de cabeça precisa chegar à farmácia mais próxima da sua residência. O mercado precisa ser abastecido diariamente.

Privilegiar o transporte público de massa deve ser a prioridade das ações públicas, mas para isso acontecer não devem ser restringidos os acessos de veículos de carga, que abastecem os grandes centros como São Paulo. Acreditamos que a solução
está em viabilizar através de ações focadas e com base em estudos de impacto. Privilegiando transporte de massa com qualidade (metrô, ônibus) e o abastecimento urbano com menores restrições de acesso, não esquecendo ainda das operações noturnas de abastecimento de grandes redes com segurança e incentivo político. Outro ponto importante para o abastecimento dos grandes centros é a criação de pequenos terminas de carga nas regiões de maior concentração do comércio, com isso o abastecimento se torna local, com menor deslocamento e menores veículos para atendimento, gerando praticidade, comodidade e melhora na vazão do fluxo de carga.

Não poderíamos deixar de fora a aprovação do VUC metropolitano, com 7,20m de comprimento, ante aos 6,30m anteriores, que foi uma decisão assertiva embandeirada pelo SETCESP em parceria com a prefeitura de São Paulo. Esta medida gera um aumento de 22% de carga útil nos veículos, ou seja, para fazer a mesma quantidade de entregas antes eram necessários cinco VUCs, hoje somente quatro, o trânsito e as empresas de transporte agradecem.

Para isso, precisamos propor soluções urgentes e realizáveis, promovendo uma logística de abastecimento que colabore com o fluxo de trânsito e promova o abastecimento adequado da cidade.

Todos os meios de transporte são importantes para a cidade e vitais para empresas e pessoas. O que precisamos é que todos se integrem e que haja prioridades claras nos meios de transporte e que as prioridades sejam sempre pelo bem maior, que é o cidadão, comércio/indústria e por consequência, a cidade que é o maior beneficiário econômico/financeiro deste emaranhado funcionando ordenadamente.

Responsável: Barbara Calderani e Evandro Ferrari