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Perfil Atual do Caminhoneiro

Caminhoneiro, profissão que iniciou final no século XX no nosso país com a chegada dos primeiros automóveis e consequentemente caminhões. As estradas eram muito precárias, cheias de buraco e lama, e não havia locais para descanso e nem alimentação. As rodovias começaram a ser pavimentadas apenas em 1940. A profissão ganhou força na época da ditadura militar, onde esses profissionais estavam relacionados ao progresso do país, pois já nessa época o transporte correspondia a 60% do transporte de mercadorias de todo país. Apesar disso havia muita informalidade na profissão, não garantindo a segurança desses profissionais. E infelizmente essa valorização foi apenas temporária.

Atualmente a profissão tem várias leis que regulamentam suas atividades, e a mais recente é a lei 13.103 que trouxe mais segurança ao motorista. A obrigatoriedade do exame toxicológico que para muitos seria uma ameaça, um “custo”, hoje já faz parte do dia a dia das empresas e dos profissionais, beneficiando a todos, inclusive a sociedade com a direção dos caminhões mais consciente e com menos riscos. Hoje o e-social, plataforma que o governo federal criou para lançamento e integração de informações das pessoas registradas em regime CLT, traz a transparência da inter e intrajornada dos motoristas, obrigando as empresas a respeitarem as paradas para descanso e alimentação.

Hoje, conforme pesquisa CNT, existem em torno de 1066 caminhoneiros no Brasil. Esse profissional tem uma média de tempo de atuação na área de 18,8 anos, e tem uma média de 44,8 anos de idade. Nesta mesma pesquisa, os caminhoneiros relatam como aspectos negativos da profissão: perigo e insegurança, desgaste e pouco convívio familiar. 50% acreditam que ganham pouco, 20% criticaram a infraestrutura e 15% a pouca qualificação disponível. Outros aspectos citados, são o aumento do diesel, frete defasado, alto custo de manutenção, o não repasse integral o valor das diárias e a desvalorização. Mas também existem os positivos como conhecer novas cidades ou países; conhecer pessoas; ter horário flexível; com a tecnologia dirigir veículos automáticos, cansando menos do que ficar na direção de veículos manuais. Esses caminhoneiros dirigem em média 8500 quilômetros por mês, durante um tempo médio de 11,5 horas dia, com uma renda média mensal líquida de R$ 4.600,00.

Alterações como feitas no porto de Suape, Recife, é que aumentam a satisfação do caminhoneiro atualmente:

Os pátios oferecem áreas de conveniência e serviços, tais como sala de descanso, banheiros, vestuários, restaurantes, unidades de primeiros socorros, oficina e borracharia, dentre outros, facilitando a rotina do caminhoneiro durante a espera”, ressalta Barros. […] Numa visão geral, foi perguntado aos caminhoneiros o que eles achavam da infraestrutura e instalações ofertadas pelas empresas e a média de satisfação para os três pátios foi de 94,3%.

Além disso, agora com os pátios mais organizados, e calçados, os caminhoneiros podem realizar agendamento, não necessitando mais ficar 12 horas esperando para realizar a operação.

Hoje a classe profissional do caminhoneiro, quer ter mais conforto, segurança, acesso a alimentação e higiene de qualidade, alinhado a uma tecnologia que faz com que se comuniquem com facilidade com suas famílias e tenham agilidade nas operações que realizam, diminuindo o tempo longe de seus entes queridos. Querem o direito de uma tabela mínima de frete, em casos de autônomos, cobrindo seus gastos com manutenção e depreciação do veículo, além de terem condições mínimas para ajudarem com as despesas de casa. E quem não almeja isso né?  Trabalhamos ter um crescimento pessoal e profissional, amando e tendo prazer no que fazemos.

Referências Bibliográficas

BARROS, Luiz Alberto. Pesquisa avalia satisfação de caminhoneiros com pátios de triagem no Porto de Suape. Disponível em <http://www.suape.pe.gov.br/pt/noticias/1539-pesquisa-avalia-satisfacao-de-caminhoneiros-com-patios-de-triagem-no-porto-de-suape>. Acessado em 26/09 as 13:44 hrs.

CARGON, Denis. Histórias dos caminhoneiros no Brasil: você conhece. Disponível em <https://cargon.com.br/historia-dos-caminhoneiros-no-brasil-voce-conhece/> Acessado em 16/08 as 19:13 hrs.

ROUSSEF, Dilma. Lei no 13.103de 02 de março de 2015. Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13103.htm> Acessado em 17/08 as 16:41 hrs.

SILVA, Daniela Giopato. Qual perfil do caminhoneiro hoje. Disponível em <https://www.ocarreteiro.com.br/qual-o-perfil-do-caminhoneiro-hoje/> Acessado em 28/07 as 17:34 hrs.

Pesquisa avalia satisfação de caminhoneiros com pátios de triagem no Porto de Suape. http://www.suape.pe.gov.br/pt/noticias/1539-pesquisa-avalia-satisfacao-de-caminhoneiros-com-patios-de-triagem-no-porto-de-suape

Por: Daniela Rabaiolli – COMJOVEM Joinville

Os Vazamentos de Dados na Realidade do Transportador

No mundo orientado a dados que vem se tornando realidade nos últimos anos, os vazamentos de dados, os data leaks, já se tornaram rotina. Considerando o relato do Tecnoblog de que o CPF de mais de 220 milhões de brasileiros vazaram1, entre vivos e falecidos, pode ser dito com segurança que é mais fácil encontrar um brasileiro com dados vazados, do que o contrário. No meio dessa tempestade, todos os setores da economia lutam para se adaptar às diretivas da Lei 13.709/2018, a LGPD, dentre eles o Transporte de Cargas.
A entrada em vigor da nova Lei Geral de Proteção de Dados, a LGPD, trouxe muito mais perguntas do que respostas. Precedentes judiciais sobre a temática ainda são esparsos e não trazem segurança jurídica para o jurisdicionado. Simultaneamente, o cenário fitossanitário trazido pela pandemia de COVID-19 acelerou uma série de mudanças que promoveram a digitalização de serviços, com destaque para o transporte de mercadorias.
Com o aumento exponencial do e-commerce, que registrou em agosto de 2021 uma alta de 22,05% em relação ao ano anterior2, cresceu também a exigência de transporte para atender à demanda. Esse crescimento no comércio eletrônico traz consigo uma onda gigantesca de dados pessoais que passa a circular entre consumidores, comerciantes e transportadores.
Apesar de raramente contratarem o transporte de cargas diretamente, os dados dos consumidores acabam nas mãos do transportador por intermédio de comerciantes e varejistas. Dados de identificação, além de informações como endereço e contato, são entregues ao transportador para tornar possível o processo de entrega da mercadoria, e para otimizá-lo. Essas informações, mesmo não tendo sido obtidas diretamente do titular,
precisam ser tratadas com a mesma cautela, à luz da LGPD.
Além das informações dos consumidores, dois grupos fundamentais de titulares de dados se dão presentes nas operações de transporte: os empregados e os terceirizados.
Os empregados e terceirizados fornecem uma série de informações exigidas pela legislação laboral ou pertinentes à execução do contrato. Em alguns casos, como o de motoristas, podem ainda ser tratados dados altamente sensíveis, como localização em tempo real, por meio de rastreadores, e resultados de exames toxicológicos.

Com todos esses dados em mãos, os quais são indispensáveis à operacionalização do transporte de cargas, resta ao transportador apenas a adequação de seus processos para melhor proteger os titulares das informações armazenadas. Na ocasião do vazamento desses dados – o data leak, se demonstrada a causalidade, o controlador e o operador podem ser severamente punidos.
Para evitar essas punições, o transportador precisa buscar a adequação à LGPD na sua integralidade. Apesar de ainda não estarem completamente definidos os mecanismos de apuração das penalidades aplicáveis aos casos concretos, a lei deixa claro em seus princípios que a boa-fé e a intenção do controlador de proteger os dados dos titulares é um fator que deve ser levado em conta.
Ou seja, pelos princípios jurídicos apresentados na LGPD, a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) tem o önus de levar em conta o contexto da conduta do infrator no momento da aplicação da penalidade. Isso significa que, muito embora não seja possível erradicar completamente a possibilidade de que ocorram ataques que resultem em data leaks, a demonstração pela transportadora, por meio de evidências, de que buscou efetivamente cumprir a legislação, e proteger os dados dos titulares, pode ser suficiente para mitigar significativamente as penalidades que possam vir a ser impostas pela Autoridade.
A aplicação plena da LGPD ainda não é uma realidade em nenhum setor da economia, e isso não é diferente no transporte. A regulamentação da norma ainda é parcial, e os precedentes judiciais ainda são escassos e pouco trazem de segurança jurídica.
Ainda assim, seja por pressão do Poder Público ou das forças do mercado globalizado, ela deve ganhar cada vez mais força, fomentada pela economia orientada a dados e pelo avanço incessante da tecnologia. Ao transportador, como a todos os setores, resta se adaptar a esta realidade que já é presente, sob pena de sofrer as consequências pela mão do Estado, ou da sempre presente concorrência.


Referências:
1 VENTURA, Felipe. Tecnoblog. Exclusivo: vazamento que expôs 220 milhões de brasileiros é pior do que se pensava. Disponível em:
https://tecnoblog.net/404838/exclusivo-vazamento-que- expos-220-milhoes-de-brasileirose-pior-do-que-se-pensava/. Acesso em: 26 set. 2021.
2 BARBOSA, Fernando. Revista Pegn. E-commerce cresce e chega a 1,59 milhão de negócios no país. Disponível em: https://revistapegn.globo.com/Economia/noticia/2021/08/e-commerce-cresce- e-chega159-milhao-de-negocios-no-pais.html. Acesso em: 26 set. 2021

Por:

Guilherme Cesca Salvan – COMJOVEM Região Sul de SC

Data Leak – “Lago de Dados”

O termo data lake, “lago de Dados”, foi criado por James Dixon, CTO (chief technology officer) da Pentaho para nomear um grande repositório de dados brutos de fontes distintas que não passaram por nenhuma análise nem processamento. Um exemplo simplório é importar do sistema de emissão de documentos fiscais, RH e Financeiro da empresa informações distintas e em formatos diversos que estarão disponíveis para serem utilizados.

O acesso a ferramentas tecnológicas facilitou imensamente a coleta de dados. Nunca foi tão fácil coletar informações, seja por um formulário do google docs,  um app de mensagens ou um elaborado e robusto sistema.

A facilidade em coletar dados pode influenciar a captação e consequentemente na  armazenagem de dados irrelevantes, fator que com a entrada em vigor da LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) deve ser analisado pelas empresas, pois a lei que  prevê a execução de rotinas que visam garantir a proteção e segurança de dados pessoais de pessoas físicas e jurídicas qualificados como sensíveis. Na redação do texto base da LGPD há sanções em caso de descumprimento das regras ali dispostas. Sendo assim, proteger os dados é uma obrigação que requer planejamento, análise e aporte financeiro.

Por tanto mensurar o fluxo de informação é fundamental para evitar multas ou mesmo desperdício de tempo e dinheiro na coleta e armazenagem de dados. O que? De quem? Para quem? Porque? são perguntas fundamentais para direcionar seu plano de gerenciamento de dados.

Por: Eider Castro – COMJOVEM Centro Oeste Mineiro

Como Tratar Dados

A corrida pelo tratamento dos dados ainda está na velocidade máxima, nunca tanto se ouviu sobre a riqueza e poder que eles podem gerar, nunca houve tanta assertividade, foco,
enquadramento nos perfis, alcances das campanhas de marketing, vendas e ações com os consumidores. A personalização da comunicação, os funis, a previsibilidade do consumo, todos
vivem seus momentos de glória e crescimento. É um caldeirão, e misturando isso tudo com a inteligência artificial, que também vai se tornando mais orgânica e viva, parece que estamos só
no começo de um futuro desconhecido.
Assim como vislumbramos e vivenciamos uma expectativa sobre o motorista do futuro, falar sobre dados, ainda que com toda certeza de ser o novo petróleo, é um processo com muito
potencial para ser completamente diferente da nossa imaginação. Conseguimos apenas enxergar um futuro breve e é nele que me parece estarmos sentados agora, pegando uma carona na boleia
do tratamento de dados dentro de limites. Sem dúvidas a carga da vez é como tornar isso mais humano e digno.
Aqui no Brasil, como em outros locais, o advento da lei de proteção de dados é um caminho sem volta. Fazer acontecer sem antes bater na porta e pedir licença vai começar a incomodar
esses petroleiros dos dados. E com razão! Se meus dados valem tanto assim, por favor, quero saber usá-los, ou ao menos poder escolher. Afinal de contas, sem saber em qual ordem de
importância eles estão, temos sentimentos e dados, exigimos consentimento! (Segura esse termo técnico ai da LGPD).
Paralelos e brincadeiras a parte o assunto é sério e precisamos despertar este olhar e ações para tal. Recentemente fiz o curso disponibilizado pelo Sest Senat sobre a LGPD e saí com a sensação que vai ser uma trabalheira enorme fazer todas as adequações, mudanças, protocolos, regras, para cumprir o que a lei pede e evitar situações como “data leak” ou no português claro, vazamento de dados. Foram 3 dias de dúvidas, incertezas, incoerências, relutâncias, indignações, divisões, todo sentimento que nos faz sacudir a cadeira e bater os pés no chão parecendo birra
de criança. Findado esse período apocalíptico do curso, comecei a retomar minhas anotações para ver se meu interno GPS me ajudava a encontrar a localização exata de onde eu estava e
onde deveria chegar. Nessa reflexão toda, luzes de uma pista mais segura emergiram, e por isso venho dividir aqui com vocês.

De trás para frente o objetivo da lei é muito claro, precisamos frear esse caminhão antes que ele perca o controle e tombe. E para quem serve isso? Se você está com dados na sua carroceria,
me entenda claramente, se você tem dados, você precisa saber tratá-los. É difícil fazer isso?
Tecnologicamente não. O difícil é absorvermos a ideia central desta demanda, pois foge do nosso know hall, foge do nosso escopo principal. Voltaremos ao apocalipse então? Não! Mesmo não
sendo o salvador, ajudo vocês ao menos a acender a luz da cabine. Tratar dados requer duas características mágicas, com elas e com algumas coisas práticas da LGPD vocês poderão ter
clareza de como agir: bom senso e discernimento. Aquela frase batida que sempre falamos, “se coloque no lugar do cliente”, agora podemos mudar para “se coloque no lugar do titular (pessoa
natural identificada ou identificável”), mais um parêntese para vocês entenderem: (usei o termo técnico da lei).
Tenham em mente que tratar dados obrigatoriamente passará pelo nosso bom senso como usuários e empresários (lembrem que vocês estão nos dois pontos da cadeia), passará também
pelo discernimento ao tomar decisões, de entender que há algo valioso, comparado ao petróleo e ao ouro, que tem dono e que tem regras. Desta forma vamos poder de forma mais tranquila,
sem parecer estar vivenciando um martírio, aprender e colocar em prática o verdadeiro tratamento de dados. Aquele tratamento que mesmo usando inteligência artificial e todo
aparato tecnológico colocará o ser humano como centro, respeitando e reafirmando nosso compromisso social! Dando possibilidade de consentimento do uso, segurança e acesso aos
titulares. Dados estão para além dos dados, esse é futuro nós conhecemos.

Por: Luis Felipe Machado – COMJOVEM São Paulo

Se o presente é digital, o futuro inevitavelmente será analítico! O que isso quer dizer?

Muito se fala que dados são o novo petróleo, afinal, em um mundo com muitos deles, tomar decisões de negócios sem consumir e usar as melhores informações eleva o risco de um fracasso. Os dados trabalhados podem produzir informações valiosas, desde que o armazenamento seja de forma organizada e haja interpretação adequada, mas será que as empresas e seu líderes estão preparados para trabalharem esse caldeirão de dados e acelerar esse processo tecnológico e analítico?

Para respondermos esta pergunta é necessário entendermos que não se trata apenas de termos líderes da área de dados e tecnologia, e sim, de líderes de qualquer área de negócios que já percebam que a tecnologia da informação pode contribuir muito para liderar essa revolução, ou seja, precisamos evoluir para um mindset e uma cultura mais aberta a consultar os dados.

É perceptível que muitas empresas, principalmente da área de tecnologia e que se utilizam do comercio eletrônico, e-commerce, já se beneficiam da tecnologia da informação para acelerar o processo de consumo reduzindo o fator, achismo, existente no processo decisório, no entanto quando estudamos as empresas com perfis mais tradicionais, como o setor de transportes, percebermos que ainda se utilizam pouco do poder destas análises.

Hoje, a informação é o dado que está inserido no contexto dos processos, mas o conhecimento só é adquirido pela capacidade de interpretação destes dados, obtendo respostas como padrões, tendências, melhorias e oportunidades. E como trabalhar esses dados?

Para fazermos parte deste contexto mundial precisamos diferenciar a cultura analítica, também conhecida como cultura de dados ou cultura Data-Driven, das ferramentas tecnológicas. A cultura está ligada à como uma organização faz as coisas, digamos que é o seu jeitão, seu DNA, onde uma empresa que possui a cultura de dados é reconhecida por ser orientada por dados, já as ferramentas, resumem-se a um conjunto de tecnologias, métricas, regras de negócio e pessoas que vão auxiliar na velocidade e na análise de um grande volume de dados.

No dia a dia dos negócios já ouvirmos muitos termos que se tornam cada vez mais populares, como:  Big Data, Data Lake, Data Mining e BI, todos eles se referem ao uso de dados, mas cada um está ligado a uma maneira diferente de se fazer isso, então vamos explorar um pouco:

Big Data – se refere a trabalhar com grandes conjuntos de dados, complexos e variados.

Data Lake – está relacionado ao tipo de repositório em que os arquivos são organizados em seus formatos originais para que possam ser utilizados pela empresa junto a ferramentas de tecnologia.

Data Mining – é minerar os dados organizacionais para obter análises cada vez mais precisas.

BI – Business Intelligence – combina análise empresarial, mineração de dados, ferramenta/infraestrutura de dados e práticas para ajudar a obter respostas as perguntas da empresa e assim nortear as decisões.

Todos esses recursos, usados de maneira independente ou combinada, ajudam as empresas a serem mais assertivas, o grande desafio é criar o hábito de consultar os dados para tomar uma decisão, isso é, criar uma cultura, pois é preciso executar um determinado conjunto de ações por um longo tempo para que esteja presente no DNA.

Na frase de Willliam Thomson, tudo deve ser medido, analisado e melhorado, fica claro que estudar os dados vai contribuir para que as empresas perdurarem neste mundo cada vez mais analítico.

Com isso podemos dizer que os principais pilares para obtermos uma cultura analítica são:

  • Regra de negócio – saber quais questões queremos responder, objetivo, o que iremos medir, para que iremos medir, aonde queremos chegar… isso é importante, pois não adianta iniciarmos este processo se não sabemos o que queremos responder;
  • Cultura – jeitão de fazer as coisas, ambiente, engajamento, hábito de fazer algo todos os dias, governança;
  • Pessoas – time com habilidades analíticas;
  • Ferramentas tecnológicas – método, técnica, prática e sistemas e infraestrutura para tratar os dados;

As vantagens mais visíveis de iniciarmos esta cultura está na economia de tempo, informações com acesso instantâneo, tomada de decisões baseadas em dados, mapeamento do perfil do cliente ideal, informações em um só lugar, previsões de tendências de mercado etc.

Muitos estudiosos da área de ciência de dados acreditam que a formatação de um time ideal para análise de dados é composta por 20% de pessoas que entendam do Business, 40% por pessoas de tecnologia e 40% por matemáticos e estatísticos.

Mas não é preciso começar robusto, lembre-se quanto mais simples melhor! Então procure observar que sua organização já possui uma determinada geração de dados, aprenda com eles, entenda o volume e a variedade, procure um sistema que organize pra você estes dados e mais importante, faça a pergunta certa, mais importante do que ter a informação é saber perguntar!

 START!! Lembre-se: objetivos + pessoas + sistema + informação = evolução analítica.

Por: Thais Bandeira Cardoso – COMJOVEM Porto Alegre

O Motorista do Futuro

A evolução tecnológica não se trata mais de ser um diferencial de uma empresa, mas sim, uma questão de permanência dela no mercado. A décadas a tecnologia vem transformando a forma de fazer negócios, de comprar e de vender, e de se relacionar com o cliente. Para os gestores e empresários do TRC o principal benefício foi a facilidade de integrar informações para análise de dados e tomada de decisões. E assim, como em qualquer outro segmento, o desafio está em garantir que a mão de obra dos profissionais se atualize e se capacite da mesma forma.
O motorista, para o transporte de cargas, é peça fundamental para o sucesso do negócio. Além de suas habilidades de direção, mecânica e principalmente experiência de estrada, ao se apresentar para o mercado ele se depara com diversas soluções tecnológicas, que fazem parte do dia a dia de um motorista profissional nos tempos atuais.
Saber como operar rastreadores via satélite, funções de telemetria, como se comunicar em tempo real com as gerenciadoras de risco, cumprir do plano de viagem e paradas obrigatórias em pontos autorizados conforme PGR, utilizar plataformas e aplicativos de confirmação de entrega e envio de canhotos digitais, usar cartões de abastecimento, ler controles de temperaturas das carretas e operar sensores de travas de baú, transacionar
recebimento de pagamentos eletrônicos de frete e vale pedágio e utilizar aplicativos de ofertas e aceites de cargas, para o caso dos motoristas autônomos, são exemplos de ferramentas tecnológicas as quais as transportadoras vêm buscando avaliar como requisito obrigatório para
a contratação deste profissional.
Empresários do TRC contam com uma gestão integrada de informações aonde toda uma equipe de analistas inicia o seu trabalho após receber a confirmação de dados, em tempo real, diretamente pelos próprios motoristas que estão em viagem e concluindo suas entregas. É a partir daí, que os canhotos se transformam em dinheiro, que o cliente final recebe seu tracking da carga, que as análises de média e produtividade dos veículos são geradas e que a gestão da Companhia é feita como um todo por seus gestores.
Caminhões elétricos vem se tornando comuns, baterias recarregáveis via painéis solares instalados no teto das carretas também, e projetos de caminhões autônomos já estão sendo testados na prática. Estas, são novidades que já estiveram em um futuro distante e que hoje são uma realidade. Ainda assim, sempre haverá a necessidade da ação humana sobre todas estas inovações. O motorista do futuro necessita compreender que, muito mais do que saber dirigir um caminhão, o seu grande diferencial como profissional é se atualizar tecnologicamente na
mesma velocidade em que as soluções são ofertadas e implantadas no mercado. E este é um desafio para todo o segmento do transporte rodoviário de cargas.