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Fontes Renováveis no Futuro do TRC

Talvez o “X” da questão seja saber diferenciar as renováveis das não renováveis para depois saber como otimizar o uso das fontes de energia em nosso TRC – Transporte de Cargas.
O jornalista João Pedro Malar, do CNN Brasil Bussines, publicou uma matéria1 dizendo que “a ideia é reduzir a participação dos combustíveis fósseis — gás natural, carvão e petróleo —, que emitem gás carbônico quando são usados para gerar energia” diante da urgência em se combater as mudanças climáticas.
Nessa mesma matéria, a professora Virginia Parente do IEE-USP, esclarece que uma fonte é renovável sempre que a velocidade de sua utilização é menor que a velocidade de sua produção pela natureza, como por exemplo: a energia hidrelétrica, a eólica, a solar, a oceânica, o chamado “hidrogênio verde”, a biomassa e a geotérmica.
Dentre esses exemplos, ao menos nesse momento da história e com as tecnologias existentes, podemos perceber possibilidades de uso no TRC das fontes de biomassa, “hidrogênio verde” e solar. Contudo, gostaria de focar em uma dessas fontes e citar exemplos interessantes de placas solares que já têm sido utilizadas em veículos de carga.
A jornalista Aline Feltrin, em matéria2 do Estadão, citou o projeto da 4Truck que instalou placas solares no teto do baú de alumínio acoplado num Volkswagen Delivery 11.180 4×4, sendo uma encomenda feita pela própria montadora Volkswagen. De acordo com o CEO da 4Truck, nessa experiência foi possível gerar energia suficiente para economizar cerca de 30% do diesel.
Já Fernanda Bastos, jornalista da Exame, publicou uma matéria3 citando a parceria entre a PepsiCo e a startup brasileira Sunew na instalação de painéis fotovoltaicos em 10 veículos no ano de 2020 aumentando para 250 veículos, dois anos depois, tendo o auxílio também da Facchini na instalação dos painéis nos caminhões da frota. Cita também que “só na concepção desses equipamentos, são economizadas quase 7,8 toneladas de emissões de CO2, que corresponde a 836 árvores, de acordo com a parceira Sunew”.
A Electrolux Group passou a realizar suas entregas utilizando veículos elétricos a partir de 2021 e uma novidade nesse processo foi a parceria com a empresa Hitech Electric com o gerenciamento sendo feito pela transportadora Ecolog, como publicou4 o portal Mundo Logística. Esse projeto instalou placas fotovoltaicas que, se carregadas de 10 a 12 horas, são capazes de dar um ganho de 20% na autonomia do veículo, trazendo uma expectativa de redução na ordem de 18,75 toneladas de CO2 emitido anualmente.
“A montadora sueca Scania iniciou a fase de testes do primeiro caminhão híbrido movido a energia solar do mundo” conforme informa o jornalista Igor Nischikiori em publicação5 para o portal UOL. Em parceria com uma empresa de entregas também da Suécia, os testes demonstraram que o veículo é capaz de rodar cinco mil quilômetros no período de um ano somente com esse tipo de energia, mas a expectativa é de que esse número dobre de tamanho em países com o Sol presente durante todo o ano.
É perceptível que os números ainda são tímidos, mas também são promissores. Há muita possibilidade de crescimento e desenvolvimento e isso nos dá a certeza de que teremos muita inovação nessa área surgindo nos próximos anos.
Então, vamos avançar! Afinal, também existem outras fontes renováveis chegando com grande potencial para agregar valor ao nosso TRC.

1 19/01/22 https://www.cnnbrasil.com.br/economia/conheca-os-tipos-de-energia-renovavel-e-quais-sao-usados-no-brasil/
2 12/09/22 https://estradao.estadao.com.br/caminhoes/conheca-o-caminhao-equipado-com-placas-de-energia-solar/

3 01/09/23 https://exame.com/esg/para-economizar-bateria-pepsico-instala-paineis-solares-e-baus-de-plastico-reciclado-nos-caminhoes/
4 21/08/2023 https://mundologistica.com.br/noticias/electrolux-inicia-entregas-caminhao-movido-energia-solar
5 10/09/2023 https://gizmodo.uol.com.br/scania-faz-testes-com-caminhao-hibrido-movido-a-energia-solar-veja-como-e/

Por: Filipe Cortes Teixeira – COMJOVEM Espírito Santo

Inteligência Artificial para o TRC

O transporte de carga desempenha um papel fundamental na economia global, movimentando mercadorias de forma eficiente e confiável. No entanto, os desafios inerentes à logística, como otimização de rotas, previsão de demanda e manutenção de veículos, estão sendo cada vez mais abordados por meio da aplicação da inteligência artificial (IA). Neste artigo, exploramos
como a IA está revolucionando o transporte rodoviário de carga, melhorando a eficiência, a sustentabilidade e a segurança desse setor essencial.

O Papel da IA na Logística de Transporte Rodoviário de Carga
Otimização de Rotas
Uma das aplicações mais visíveis da IA no transporte de carga é a otimização de rotas. Sistemas de IA podem considerar uma variedade de fatores, como condições de tráfego em tempo real, restrições de peso e tamanho do veículo, prazos de entrega e custos de combustível para determinar a rota mais eficiente. Isso não apenas economiza tempo e dinheiro, mas também reduz a
pegada de carbono ao minimizar as emissões.

Previsão de Demanda
A IA desempenha um papel vital na previsão de demanda, permitindo que as empresas de transporte de carga se adaptem às flutuações sazonais e às mudanças nas necessidades dos clientes. Algoritmos de aprendizado de máquina podem analisar dados históricos e em tempo real para prever com precisão a demanda futura, permitindo uma alocação de recursos mais eficaz.

Manutenção Preditiva
Manter uma frota de veículos em condições de funcionamento é essencial. A manutenção preditiva, uma aplicação da IA, usa sensores e análises avançadas para monitorar o desempenho dos veículos. Isso permite que as empresas identifiquem problemas antes que se tornem críticos, evitando paralisações não planejadas e reduzindo custos de manutenção.

Rastreamento e Monitoramento em Tempo Real
A rastreabilidade e o monitoramento em tempo real são cruciais para a segurança e a transparência no transporte de carga. A IA possibilita o rastreamento contínuo de mercadorias, permitindo que as empresas e os clientes saibam exatamente onde uma remessa está a qualquer momento. Isso reduz o risco de roubo, extravio e atrasos.

Desafios e Considerações
Embora a IA ofereça inúmeras vantagens, também apresenta desafios e considerações importantes. A segurança de dados e a privacidade são preocupações significativas, especialmente quando informações confidenciais sobre remessas e rotas estão envolvidas. Além disso, a implementação da IA requer investimentos em infraestrutura, treinamento de pessoal e atualização
de sistemas.

Benefícios para a Sustentabilidade
A aplicação da IA no transporte rodoviário de carga não apenas melhora a eficiência operacional, mas também contribui para a sustentabilidade ambiental. A otimização de rotas reduz o consumo de combustível e, consequentemente, as emissões de carbono. Além disso, a previsão de demanda evita o transporte desnecessário e, portanto, diminui o impacto ambiental.

Conclusão
A inteligência artificial está revolucionando o transporte rodoviário de carga, proporcionando maior eficiência, sustentabilidade e segurança. À medida que a tecnologia continua a avançar, é crucial que as empresas do setor acompanhem essas inovações para permanecerem competitivas e atenderem às crescentes demandas de uma economia globalizada. Com a IA como aliada, o futuro do transporte de carga rodoviário é promissor e sustentável.

Por: João Júnior Marques – COMJOVEM Centro Oeste

Fontes Renováveis no Futuro do TRC

O transporte de carga é uma parte vital da economia global, mas também é responsável por uma parcela significativa das emissões de gases de efeito estufa. À medida que a conscientização sobre as mudanças climáticas cresce e as regulamentações ambientais se tornam mais rígidas, surge a necessidade de transformar o setor de transporte para torná-lo mais sustentável. Neste contexto, as fontes renováveis de energia desempenham um papel crucial no futuro do transporte rodoviário de carga.

O Desafio das Emissões de Carbono
O transporte rodoviário de carga tradicional é altamente dependente de combustíveis fósseis, como o diesel. Isso resulta em emissões significativas de dióxido de carbono (CO2) e outros poluentes do ar, contribuindo para a degradação da qualidade do ar e o aumento do aquecimento global. Para enfrentar esse desafio, é fundamental buscar alternativas mais limpas e sustentáveis.

Fontes Renováveis de Energia
Eletrificação
Uma das soluções mais promissoras é a eletrificação dos veículos de carga.
Os caminhões elétricos estão ganhando tração rapidamente devido às vantagens ambientais e econômicas que oferecem. Eles são alimentados por baterias que podem ser carregadas usando eletricidade de fontes renováveis, como a solar e eólica. Além disso, os motores elétricos têm uma eficiência muito maior em comparação com os motores a combustão, reduzindo o

Hidrogênio Verde
Outra opção é o uso de hidrogênio verde. O hidrogênio produzido a partir de fontes renováveis, como eletrólise da água usando energia solar ou eólica, é conhecido como “hidrogênio verde”. Os caminhões a hidrogênio têm a vantagem da rápida recarga, maior autonomia e emissões zero, pois o único subproduto é a água.

Desafios e Considerações
Apesar das vantagens evidentes das fontes renováveis, há desafios a serem superados. A infraestrutura de carregamento e abastecimento deve ser expandida e aprimorada para acomodar veículos elétricos e movidos a hidrogênio em grande escala. Além disso, o custo inicial de aquisição de veículos elétricos ainda pode ser um obstáculo, embora os custos estejam
diminuindo à medida que a tecnologia avança.

Benefícios Econômicos
Além dos benefícios ambientais, a transição para fontes renováveis no transporte rodoviário de carga também pode trazer benefícios econômicos significativos. A redução dos custos de combustível e manutenção, juntamente com incentivos fiscais e regulamentações favoráveis, pode tornar os veículos movidos a energias limpas uma opção economicamente atrativa.

Conclusão
O futuro do transporte rodoviário de carga está inextricavelmente ligado ao uso de fontes renováveis de energia. A eletrificação e o hidrogênio verde estão emergindo como alternativas viáveis e sustentáveis aos combustíveis fósseis.
Embora haja desafios a serem enfrentados, a busca por soluções mais limpas e eficientes é essencial para reduzir as emissões de carbono e mitigar os impactos das mudanças climáticas. Com investimentos adequados em pesquisa, desenvolvimento e infraestrutura, podemos pavimentar o caminho para um futuro mais verde e sustentável no transporte de carga rodoviário.

Por: João Júnior Marques – COMJOVEM Centro Oeste

Etanol de Segunda Geração no Brasil: Uma Abordagem Sustentável para o Futuro Energético

Resumo: Esse artigo explora o papel do etanol de segunda geração (E2G) como uma fonte alternativa sustentável e promissora para a produção de biocombustíveis no Brasil. Analisamos a matéria-prima, os processos de produção, os desafios enfrentados e os beneficios ambientais desse avançado biocombustível.


Introdução: O Brasil é um dos líderes mundiais na produção de etanol de primeira geração, principalmente a partir da cana-de-açucar. No entanto, a crescente demanda por biocombustíveis e a busca por soluções mais sustentáveis levaram à exploração de novas fontes de matéria-prima, dando origem ao etanol de segunda geração. Neste artigo, exploraremos a transformação de resíduos agrícolas em etanol de celulose e o impacto desse avanço na industria de biocombustíveis.


ETANOL DE SEGUNDA GERAÇÃO: O QUE É?
Matéria-Prima e Processo: O etanol de segunda geração utiliza materiais lignocelulósicos, como resíduos agrícolas, bagaço de cana-de-açúcar e capim-elefante. As estruturas vegetais têm alguns compostos básicos como a lignina, a celulose, hemicelulose, cinzas e agua.


VANTAGENS SUSTENTÁVEIS
Uso de Resíduos: O etanol de segunda geração utiliza resíduos que, de outra forma, seriam descartados, o que ajuda a reduzir a pressão sobre as culturas alimentares. Devido a utilização da matéria-prima de resíduos do plantio, ele permite aumentar os ciclos produtivos das fontes alimentares. Consequentemente, a produção do Etanol 2G amplia em até 250% a capacidade produtiva por hectare se comparada a produção de Etanol de primeira geração.
Redução de Emissões: A produção e o uso desse biocombustível reduzem as emissões de gases de efeito estufa e contribuem para a mitigação das mudanças climáticas. Ele é importante para a descarbonização dos grandes centros urbanos, já que ele emite menos de 90% de gás carbônico (CO²) do que a gasolina, contribuindo para diminuir a poluição e melhorando a qualidade do ar, ajudando a mitigar as mudanças climáticas.
Eficiência Energética: A Eficiência energética do etanol de segunda geração (E2G), também conhecido como etanol de celulose, é geralmente maior do que o etanol de primeira geração, principalmente porque se aproveita uma matéria-prima diferente e mais complexa.

DESAFIOS E PERSPECTIVAS:
Custo de Produção: A produção do E2G a partir de materiais lignocelulósicos pode ser mais cara em comparação com a produção de etanol de primeira geração a partir de culturas alimentares.
Tecnologia em Desenvolvimento: A produção em larga escala de etanol de segunda geração ainda enfrenta desafios técnicos e econômicos, é necessário diminuir custos. Porém, ainda estão em fase de teste e desenvolvimento.
Escalabilidade: A produção em larga escala de etanol de segunda geração ainda é um desafio. Garantir que essas tecnologias sejam viáveis em grande escala é fundamental para sua adoção generalizada.
Concorrência por recursos: A competição por resíduos lignocelulósicos, como palha de trigo ou bagaço de cana-de-açúcar, pode surgir com outros usos, como matéria-prima para a produção de papel ou produtos químicos.
Investimentos necessários: São necessários investimentos em pesquisa e desenvolvimento. Bem como em infraestrutura, para a expansão bem-sucedida dessa tecnologia.
Eficiência Energética: Embora o Etanol de segunda geração seja mais eficiente em termos energéticos do que os combustíveis fósseis, melhorias continuas na eficiência energética são necessárias para maximizar seus benefícios.


EXEMPLOS DE IMPLEMENTAÇÃO
Usinas-Piloto: As usinas piloto de etanol de segunda geração (E2G) permitem que as empresas e pesquisadores experimentem os processos de produção em escala menor antes de escalá-los para produção em larga escala. A Raízen que está localizada em Piracicaba, no interior do Estado de São Paulo, possui umas das patentes de tecnologia utilizada na produção desse tipo de Etanol de segunda geração.


CONCLUSÃO:
O etanol de segunda geração representa uma promissora abordagem sustentável para o futuro energético do Brasil. A transformação de resíduos em biocombustível contribui para a redução de emissões, a eficiência energética e a diminuição de pressão sobre as culturas alimentares. No entanto, é essencial continuar investindo em pesquisa e infraestrutura para superar os desafios e permitir uma adoção mais ampla dessa tecnologia. A transição para o etanol de segunda geração é um passo importante em direção a um setor de biocombustíveis mais sustentável e amigável ao meio ambiente no Brasil e representa um importante esforço global para enfrentar as mudanças climáticas e reduzir a poluição do ar.

Por: Andréa Rocha Carvalho – COMJOVEM São Paulo

Inteligência Artificial no Transporte Rodoviário de Cargas

Inteligência Artificial é um campo da ciência da computação que se dedica a criar sistemas e máquinas capazes de realizar tarefas que exigem inteligência humana. Essas tarefas incluem aprendizado, raciocínio, resolução de problemas, percepção, compreensão da linguagem natural e interação social. Conhecida como IA, pode ser desenvolvida para imitar a inteligência humana de diversas maneiras, usando algoritmos e modelos matemáticos complexos.
A tecnologia pode ser aplicada em diversas áreas, inclusive no transporte de cargas, sendo possível automatizar o controle manual de diversas maneiras, com aplicabilidade nas seguintes operações: otimização de rotas e logística, manutenção preventiva, rastreamento e monitoramento de cargas, gestão da frota, integração com dispositivos móveis, automação de processos operacionais, entre outras.
Há inúmeros softwares disponíveis para auxiliar o setor de transportes, aliados com a IA. Os mais conhecidos são os sistemas de rotograma falado, telemetria, i roll (roda livre), Gobrax (gestão de frota), sistemas de inteligência para armazém, e-commerce, roteirização, controle de roubo de carga, jornada de motorista e banco de horas, integrados com os rastreadores, sensores de aproximação e limites de faixas laterais (pacote de segurança).
A aplicação da IA dentro do TRC é cada vez mais utilizada por empresas, para melhorar o controle de seus dados e reduzir possíveis perdas. Uma das formas mais comuns de utilizar esses recursos é a instalação de câmeras com sensores de fadiga nos veículos, com capacidade de identificação de sinais de cansaço do motorista, manuseio de celular durante a direção e qualquer outra ação que tira do motorista o foco na direção, tudo com o auxílio dessa promissora inovação.
Esses sistemas funcionam 24 horas por dia e em tempo real. Podemos informar para IA quais informações desejamos ter, por exemplo, assim que configurado para o sistema que necessitamos que emitam um aviso sonoro dentro do veículo toda vez que identificado uma situação de sono ou cansaço, o aviso sonoro faz com que o motorista retome a atenção, evitando em casos ainda mais sérios que o mesmo cochile ao volante, impedindo um talvez futuro acidente.
Além disso, abre uma enorme janela para a empresa gerenciar e controlar os motoristas, entender se o seu colaborador está pilotando o veículo de acordo com as regras da respectiva empresa, dando chance para a empresa identificar possíveis fatores de riscos. Sabemos que acidentes são causados na maioria das vezes por uma falha humana, geram um risco de vida dos motoristas e de terceiros e mesmo que causem apenas danos materiais, produzem inúmeros prejuízos e incômodos. Poder utilizar um mecanismo através da Inteligência Artificial é um grande avanço para o setor de transportes rodoviários.
As informações geradas pelos sensores de fadiga chegam para os gerenciadores das frotas de veículos em tempo real, possibilitando que possa ser solicitado ao motorista que pare em local seguro e descanse.
A Inteligência Artificial juntamente com a utilização de sensores e análise preditiva pode prever falhas em veículos e equipamentos, concedendo uma manutenção preventiva e minimizando o tempo ocioso do veículo, diminuindo gastos desnecessários.
A Inteligência Artificial trabalha de forma rápida e muito eficiente, tendo um poder de analise grande, gerando um aumento significativo de produtividade pois possui uma capacidade alta de ler e interpretar os dados e solucionar os respectivos problemas encontrados. Dessa forma, a IA dentro do transporte rodoviário de carga permite que a empresa padronize e opere a sua linha de produção minimizando erros e gerando estabilidade nos processos.
Embora seja muito promissora a utilização de Inteligência Artificial dentro do TRC, podemos nos deparar com diversos desafios para a implantação. Cada sistema demanda de um custo, seja para obter ele ou até mesmo mensalidades para sua utilização, sabemos que a tarifa do frete vem a grande período defasado por inúmeros fatores que envolvem a operação. Além disso, os sistemas ainda são prematuros, trazendo ainda muitas falhas na operação. O aceite pelos motoristas também vem de em passos lentos, é necessário orientá-los de forma minuciosa que essas tecnologias estão vindo para auxiliar e não para prejudica-los.
Estamos cientes que a implantação da Inteligência Artificial dentro do setor do transporte rodoviário de carga estará cada vez mais presente no dia-dia das empresas, é momento de cada empresa avaliar como utilizar dessas ferramentas dentro da sua realidade.

Por: Taisa Piacentini Cagnin – COMJOVEM Videira

Fontes Renováveis no Dia a Dia

O Brasil é conhecido por sua vasta extensão territorial e possui uma forte dependência do transporte de cargas. Enfrentamos desafios significativos na redução das emissões de carbono e na transição para uma matriz energética mais limpa e sustentável. Neste contexto, as energias renováveis ​​desempenham um papel cada vez mais importante no setor do transporte rodoviário de mercadorias do país e oferecem soluções promissoras para mitigar os impactos ambientais e reduzir a dependência dos combustíveis fósseis. O conhecimento das fontes de energias renováveis é fundamental para impulsionar a implantação de projetos nessa área, na medida em que a análise de viabilidade, escolha de tecnologias apropriadas, o acesso a incentivos e subsídios e o estabelecimento de parcerias estratégicas, depende do contexto operacional específico de cada companhia.

Desempenhando um papel vital na economia brasileira, o Transporte Rodoviário de Cargas movimenta mercadorias de um canto a outro do país, e atualmente é altamente dependente de combustíveis fósseis, como o diesel, o que contribi significativamente para as emissões de gases de efeito estufa e para a poluição atmosférica. É aqui que a energia renovável entra em jogo.Um dos sucessos mais notáveis ​​no Brasil é o uso de biocombustíveis como o biodiesel. O país é um dos maiores produtores de biodiesel do mundo, obtido principalmente a partir do óleo de soja. O Biodiesel pode ser utilizado em caminhões convencionais movidos a Diesel, sem grandes modificações. Muitas empresas de transporte já adotaram o biodiesel como alternativa ao diesel convencional, reduzindo as emissões de CO2 e contribuindo para a economia local.

A eletrificação de frotas de veículos rodoviários de carga está ganhando impulso. As empresas têm investido em caminhões elétricos que utilizam eletricidade produzida a partir de fontes renováveis. Essa tecnologia tem se aprimorado a cada dia, disponibilizando novos recursos que otimizam a renovação energética, como a regeneração, armazenamento e recarga por energia solar. À medida que a infraestrutura de carregamento se expande, espera-se que esta tendência assuma um papel cada vez mais importante na redução da dependência de combustíveis fósseis.Uma nova alternativa tem se destacado também: A produção de hidrogênio verde. Obtido pela eletrólise da água utilizando energia renovável, tem potencial para se tornar uma fonte de energia limpa para o transporte rodoviário de cargas. Algumas iniciativas já exploram esta tecnologia, apesar de ainda pouco desenvolvida.Além das opções já citadas, o Brasil é abençoado com altos níveis de radiação solar, criando oportunidades para integrar a energia solar em operações de transporte rodoviário e marítimo. Painéis solares instalados em veículos e infraestruturas de transporte podem fornecer energia para sistemas auxiliares e carregamento de baterias. Algumas iniciativas já se destacam com protagonismo nessa jornada em busca de alternativas sustentáveis e na redução de emissões de CO2.

A Ambev, uma das maiores empresas de bebidas do Brasil, investiu em uma frota elétrica para transporte de cargas em parceria com as montadoras Volkswagen Caminhões e Ônibus, JAC Motors e FNM/Agrale. Essa iniciativa resultou na entrega de cervejas e refrigerantes em caminhões elétricos movidos a energia limpa em São Paulo e outras localidades, reduzindo significativamente as emissões de CO2. Algumas transportadoras também são exemplos de empresa de logística que introduziram o biodiesel em sua frota de veículos, reduzindo as emissões de carbono e contribuindo para a produção agrícola nacional, uma vez que o biodiesel é produzido a partir de matérias-primas agrícolas.

Iniciativas como instalação de painéis solares em caminhões, auxiliando na alimentação de sistemas auxiliares dos veículos, como ar-condicionado, já são cada vez mais vistas nas estradas brasileiras, reduzindo o consumo de combustível através da tecnologia da energia solar.Universidades e instituições de pesquisa no Brasil estão trabalhando em projetos para desenvolver tecnologias de frete rodoviário mais sustentáveis, incluindo pesquisas em biocombustíveis avançados e novas tecnologias de propulsão.Embora tenha havido avanços significativos no uso de energias renováveis ​​no transporte rodoviário de cargas no Brasil, ainda existem desafios que precisam ser superados. Estes incluem a necessidade de infraestruturas de carregamento mais amplas, os elevados investimentos na aquisição de veículos elétricos e a garantia de um fornecimento confiável de biocombustíveis sustentáveis. A autonomia dos veículos elétricos ainda é uma preocupação, que restringe as possibilidades. Embora a tecnologia esteja avançando, muitos veículos elétricos ainda têm menor alcance do que os veículos a combustão.

Além disso, é essencial que a indústria continue a apoiar políticas públicas favoráveis, como incentivos fiscais e regulamentações, que apoiem a adoção de tecnologias limpas. Políticas governamentais favoráveis, subsídios e incentivos fiscais são muitas vezes necessários. A partilha de boas práticas entre empresas de transportes e o trabalho com parceiros estratégicos, como os fornecedores de energias renováveis, também são essenciais, contribuindo para a evolução do conhecimento, treinamento e educação de motoristas e equipes técnicas para operar e manter veículos e sistemas renováveis de maneira eficiente e segura. Superar esses desafios requer esforços coordenados entre governos, indústria, instituições acadêmicas e outros stakeholders. À medida que as tecnologias avançam e a conscientização sobre a importância da sustentabilidade cresce, é esperado que muitos desses desafios sejam menos relevantes ao longo do tempo.Em suma, o Brasil tem um potencial significativo para liderar a transição para um transporte rodoviário de carga mais sustentável e energeticamente eficiente. Ao adotar estrategicamente energias renováveis ​​e implementar soluções inovadoras, a indústria pode ajudar a reduzir as emissões de carbono, ao mesmo tempo que promove economia e a sustentabilidade. Estes esforços podem inspirar outros países e indústrias a seguirem o exemplo rumo a um futuro mais verde e limpo.

Por: Alexandre Denzin – COMJOVEM Espírito Santo