por Claudio Pelucio | nov 26, 2019 | Ferroviário
Segundo representante do Ministério da Infraestrutura, expectativa é que a adoção do modelo de autorização para trechos ferroviários estimule um boom no setor.
O secretário-executivo do Ministério de Infraestrutura, Marcelo Sampaio Cunha Filho disse nesta segunda-feira (25) que o projeto para concessão do primeiro tramo da ferrovia Oeste-Leste será entregue no primeiro semestre do ano que vem.“Com modelo de autorização, teremos o boom ferroviário tão esperado”, disse Cunha Filho, que participa de evento no Rio.
O secretário-executivo também falou sobre setor aéreo e rodovias e informou que o objetivo do governo é atrair empresas aéreas de baixo custo para o país.
Alguns dos atrativos para chamar essas companhias para o Brasil serão, segundo ele, a redução de preços do querosene de aviação via fim do monopólio no setor e a extinção da taxa de embarque internacional.
Sobre rodovias, Cunha Filho explicou que o orçamento para manutenção de estradas este ano foi de R$ 3 bilhões, metade do valor disponível em 2018.
por Claudio Pelucio | nov 22, 2019 | Ferroviário
O vice-governador Lincoln Tejota e o secretário de Indústria e Comércio Wilder Moraes reuniram-se nesta quinta-feira, 21/11, com o presidente da Rumo Logística Malha Norte-Sul, Júlio Fontana, e diretores da empresa, concessionária da ferrovia. Em pauta, ajustes dos detalhes finais da conclusão da Ferrovia Norte Sul (FNS) e a entrada em operação do primeiro trecho.
Conforme o vice-governador Lincoln Tejota, em breve será demonstrado ao governador Ronaldo Caiado os detalhes do Programa de Desenvolvimento do Entorno da Ferrovia Norte-Sul, contemplando fomento a novas atividades do agronegócio, capazes de mudar a geografia econômica das regiões norte/nordeste de Goiás.
No caso da Rumo, os investimentos da companhia são estimados em R$ 2,72 bilhões. Segundo apresentação da empresa, o trecho Central ligando Anápolis a Porto Nacional (TO), está com construção finalizada, atualmente em diligência para averiguar o estado de conservação do leito ferroviário; e deve entrar em operação, no sentido Porto de São Luís, no ano que vem. O trecho Sul, de Rio Verde a Estrela D´Oeste (SP), está em obras e deverá ser entregue no começo de 2021.
Os diretores demonstraram ainda a capacidade do grupo em operar a logística que integra os trechos da FNS também ao Porto de Santos e ainda com o Norte do país, no transporte de volumetria (grãos, açúcar, bauxita, fertilizantes e biocombustíveis) como também bens de consumo, inclusive em containers refrigerados, tanto saindo de Goiás como no retorno das viagens.
“Estamos prontos para receber o grupo e acompanhar o cronograma de operações. O Estado que nossa população quer está ligado à conclusão desses projetos”, assegurou Tejota. O vice-governador lembrou que Goiás tem potencial para avançar no comércio exterior, especialmente atendendo às necessidades dos países asiáticos. “Esses países precisam de nossos insumos. Goiás, com a criação dessa nova plataforma de transporte ferroviário abre um novo leque de desenvolvimento” afirmou ele.
O secretário de Indústria e Comércio Wilder Morais, além de discutir cronograma das obras e início das operações, avançou-se também na sinergia tanto do governo como da empresa, no trabalho de captação e divulgação de negócios e oportunidades para a ferrovia. “O governo vai dar todas as condições para o início das operações. Vários empresários anteciparam investimentos e muitos outros aguardam a proximidade do funcionamento da ferrovia para abrir novas frentes de desenvolvimento”, informou.
por Claudio Pelucio | nov 18, 2019 | Ferroviário
Presidente fala da possibilidade de ativar economia do Vale por meio do turismo
Durante passagem pela Baixada Santista neste feriado prolongado de Proclamação da República (15), o presidente Jair Bolsonaro afirmou, em entrevista para a TV Tribuna, que há prospectos para investimento na região do Vale do Ribeira, local onde viveu por muitos anos.
Antes de entrar no Forte dos Andradas, em Guarujá, o presidente comentou que tem conversado com o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, sobre a possibilidade de reativação da ferrovia de Santos, que vai até a cidade de Cajati, no Vale do Ribeira.
“Existe a possibilidade, mas logicamente, vai ser a iniciativa privada que vai fazer esse investimento. Tem que ver a viabilidade econômica. A economia da região (do Vale do Ribeira) é a banana, mas também pode ser voltada ao Turismo”, falou.
Governo do Estado também realiza projetos na região
O governador do Estado, João Doria, esteve no Vale do Ribeira na última terça-feira (12) para o lançamento de diversos projetos de geração de emprego e empreendedorismo. Foi a primeira vez que o chefe do Executivo paulista veio à região após o lançamento do Programa Vale do Futuro, que planeja trazer melhorias a 22 municípios.
Doria esteve nos municípios de Registro, Iguape e Miracatu. Durante a visita, o governador falou sobre a relevância do programa Vale do Futuro, que investirá R$ 2 bilhões em todo o Vale do Ribeira para desenvolvimento social e econômico.
por Claudio Pelucio | nov 13, 2019 | Ferroviário
Decidi voltar a este tema, já que dois fatos novos aconteceram e não tenho observado divulgação na mídia, apesar da relevância do tema para o nosso Estado.Adnan Demachki *
O primeiro fato refere-se à ANTT.
A agência promoveu mudanças no processo de renovação das concessões das Ferrovias de Carajás e Vitória-Minas, ambas concessionadas à Vale.
A concessão da Ferrovia Vitória-Minas deverá ser renovada por 1.5 bilhão de reais, cujos recursos a ANTT destinará para a construção de um trecho novo de Ferrovia entre Cariacica e Ubu (ES), e além disso, a ANTT obrigará a Vale a construir somente com a renovação dessa concessão, uma nova Ferrovia – a FICO de Campinorte (Go) a Água Boa (MT).
E quanto à renovação da concessão da Ferrovia de Carajás? A ANTT reviu seus cálculos (já tínhamos questionado que estavam subestimados) para cima e a outorga tornou-se positiva e não mais negativa. Ou seja, a Vale terá que pagar ao governo federal pela renovação.
O segundo fato novo, é que com as tragédias do rompimento de barragens em Mariana e Brumadinho, a Vale foi obrigada a reduzir em torno de 50% sua produção de minério de ferro em Minas Gerais (dados da ANM informam que estão paralisadas as minas de Córrego do Feijão, mina do Pico, mina de Fábrica, Complexo Vargem Grande, minas de Alegria, Timbopeba, Fazendão e Fábrica Nova).
E o que mudou com esses dois novos fatos?
Bom, A ANTT decidiu que com os recursos da renovação da concessão da Ferrovia Vitória Minas, construirá dois novos trechos de ferrovia.Bom, A ANTT decidiu que com os recursos da renovação da concessão da Ferrovia Vitória Minas, construirá dois novos trechos de ferrovia.Mas ainda não decidiu o que fazer com os recursos que serão obtidos com a renovação da concessão da Ferrovia de Carajás. Estudiosos do setor de infra estrutura dizem que possivelmente os recursos irão para a FIOL- Ferrovia de Integração Oeste-Leste, atendendo Bahia e Tocantins.
Portanto, importante a sociedade paraense estar atenta, já que é uma oportunidade ímpar para que a classe POLíTICA paraense, caso esteja coesa, unida, reivindique que os recursos da renovação da Ferrovia de Carajás permaneçam no Pará, e seja construída no Estado uma ferrovia para transportar a produção e o cidadão paraense, e o único projeto existente é o da Ferrovia Paraense – Fepasa (ou outro nome que o governo quiser nominar) de Santana do Araguaia-Marabá- Barcarena.
E o que tem a ver a queda de produção da Vale em Minas Gerais com uma nova ferrovia no Pará?
Tem muito a ver. Mais do que nunca a Vale precisará elevar a produção da mina de Canaã dos Carajás (com custo de produção baixo e única mina da Vale sem barragens) para compensar a queda da produção em MG e nesse sentido a Vale precisará de um novo Porto além de Itaqui (MA), e esse novo Porto é Barcarena, mas para que a Vale chegue com seu minério em Barcarena, também dependerá da Fepasa (de uma ferrovia ligando o sul do Pará ao Porto de Barcarena)
A hora da conquista é agora.
Caso contrário, o trem vai passar novamente só daqui há 30 anos quando ocorrer novo processo de renovação da concessão.
Atualização do artigo
RESPOSTA DO MINISTRO TARCÍSIO À MINHA POSTAGEM : ANTT MUDA REGRAS PARA RENOVAÇÃO DA CONCESSÃO DA FERROVIA DE CARAJÁS
Encaminhei a postagem com o título acima, por What’s App, ao Ministro dos Transportes – Tarcísio Homem de Freitas, que conheci ainda à época que ele estava na PPI- Parcerias de Programas Estratégicos da Presidência da República, quando lhe apresentei o projeto da FEPASA, mas como ocorreram de lá pra cá, fatos novos, seja de mudanças de regras da ANTT e seja em relação a estratégia de operação da Vale, rapidamente obtive a seguinte resposta do Ministro:
“Caro Adnan“Caro AdnanNão procede a história de enviar recursos para a FIOL. A FIOL tem outra estratégia. Como a outorga da EFC ficou positiva, não há problema algum em empregar o recurso no Pará. Havendo a ferrovia aí, podemos destinar os recursos a ela sim. Temos, na EFVM, o ramal de Cariacica para Anchieta e a FICO. Os outros recursos podem ir para o Pará”.
Agradeço ao Ministro a pronta resposta e a possibilidade dos recursos serem destinados a uma ferrovia no nosso Estado.Agradeço ao Ministro a pronta resposta e a possibilidade dos recursos serem destinados a uma ferrovia no nosso Estado.Contudo, entre a “possibilidade” e a “decisão” há um caminho a ser perseguido. Pois outros Estados também poderão reinvindicar esses recursos. Cabe a classe política e à sociedade paraense, coesa, tornar real o aceno do Ministro.
EFC – Estrada de Ferro de CarajásEFC – Estrada de Ferro de CarajásEFVM- Estrada de Ferro Vitória Minas
Adnan Demachki é advogado e foi prefeito de Paragominas por dois mandatos consecutivos, além de secretário de governo na gestão de Simão Jatene
por Bruno Benite | out 3, 2019 | Ferroviário
Foto: Exame
A General Motors avalia investir em parcerias com diferentes grupos empresariais para diversificar a forma de transportar veículos exportados do Brasil para a América do Sul. Opções ao sistema RODOVIáRIO, como os modais ferroviário, fluvial e cabotagem, estão nos planos da empresa para reduzir custo logístico e melhorar a competitividade no mercado externo.
Outros dois pilares são a melhora da produtividade local e a redução da carga tributária. Nesse caso, estão adiantadas discussões com o governo para aumento da alíquota do Reintegra (programa de incentivo à exportação) de 0,1% para 5%.
Atualmente, a GM brasileira exporta 30 mil veículos por ano para países da região (excluindo a Argentina) e acredita ser possível atingir 150 mil a 180 mil unidades anuais, ou seja, cinco a seis vezes mais. “Desenvolver um sistema multimodal de transporte é fundamental, pois com o custo logístico atual, é difícil competir para exportar”, diz o presidente da empresa na América do Sul, Carlos Zarlenga.
Ele ainda não dá detalhes de como estão os estudos, mas ressalta ser possível, por exemplo, desenvolver o transporte ferroviário, “como tem feito a Vale”. Segundo ele, a “GM não está sozinha” no projeto, que não seria só para exportação de veículos, mas de vários outros produtos.
O governo também participará das discussões. Uma possibilidade não citada por ele seria a parceria com empresas concessionárias que já operam trechos ferroviários ou cabotagem.
Zarlenga informa que o grupo GM é líder de vendas na região que contempla Colômbia, Equador, Chile, Peru, Bolívia, Paraguai e Uruguai há 18 anos. Porém, apenas 17% das vendas da marca são de veículos fabricados no Brasil. A maior parte é exportada por países como México, China e Coreia do Sul, “todos bem longe da região, mas com vantagens de custo”.
Sete carros em 2020. Zarlenga diz que os veículos que serão lançados no País entre 2020 e 2024, dentro do plano de investimento de R$ 10 bilhões anunciado em março, serão todos voltados também à exportação. “Com o novo portfólio e preços competitivos essa participação nas vendas na região poderá chegar a 80% de carros produzidos localmente”, diz.
A GM tem 30 lançamentos previstos até 2024, sendo 11 neste ano. Para 2020, serão sete novos carros, adianta Zarlenga.
Dos projetos previstos para este ano, nove já foram lançados, entre os quais a nova geração do Onix, que começou a chegar às lojas há duas semanas na versão sedã. O modelo é líder de vendas no País há quatro anos.
Outra novidade é o elétrico Bolt, cujas vendas começam neste mês a R$ 175 mil, valor que inclui o carregador de bateria e sua instalação. O modelo, importado dos Estados Unidos, tem autonomia de 400 km.
Se a fábrica de Gravataí (RS) opera a todo vapor com o novo Onix, o mesmo não ocorre em São Caetano do Sul (SP), que tinha boa parte de sua produção exportada para a Argentina, reduzidas drasticamente neste ano em razão de uma crise cambial. Zarlenga avalia com o Sindicato dos Metalúrgicos medidas para lidar com a ociosidade na fábrica.
por Bruno Benite | ago 9, 2019 | Ferroviário
O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, disse ontem (8), em São Paulo, que o governo pretende praticamente dobrar o percentual de cargas transportadas por trens nos próximos oito anos. “Com o que nós planejamos, a gente tira a participação do modo de transporte ferroviário de 15% para 29% em oito anos”, afirmou durante palestra.
Ele disse que estão sendo buscadas soluções criativas para contornar a falta de recursos e tirar os projetos do papel. “Nós vamos fazer ativos sem depender de orçamento”, destacou.
Como exemplo, Freitas disse que parte da Ferrovia de Integração do Centro-Oeste, que deverá escoar a produção de grãos da região, deverá ser construída pela mineradora Vale como contrapartida pela renovação do contrato de concessão da Estrada de Ferro Vitória-Minas. “Aquela outorga que você ia pagar para o Tesouro, você vai construir uma ferrovia, vai me entregar o ativo pronto”, enfatizou Freitas sobre o acordo.
Relicitação
O ministro comentou ainda que vão ser preparados os modelos de acordo para encerrar os contratos das concessionárias de estradas e aeroportos que enfrentam dificuldades financeiras.
“A gente tem que fechar com o mercado a metodologia para indenizar os investimentos não amortizados. A gente quer estabelecer acordos, e acordo tem que ser bom para todo mundo. Eu tenho que criar os incentivos para aquele concessionário aderir ao acordo”, disse o ministro a respeito da estratégia para romper os contratos antes do fim do prazo de vigência.
Entre as concessionárias que já demonstraram interesse em devolver os ativos está a administradora do Aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), e da BR 040, que passa por Goiás, Distrito Federal e Minas Gerais.
Segundo o ministro, as empresas apresentaram problemas tanto pelo modelo de licitação, como pelo envolvimento de alguns empreendedores em casos de corrupção descobertos pela Operação Lava Jato.
“Nós temos um problemaço para resolver que são aquelas concessões que deram errado. Deram errado por problema de modelagem. Em algum momento, a ideologia substitui a aritmética. Quando isso acontece, as coisas não dão certo”, ressaltou.
A ideia é fazer aditivos nos contratos para manter as rodovias e aeroportos em bom estado e funcionando até que seja possível passar os ativos para outros empreendedores. “Manter esses ativos operando para que a gente consiga estruturar novas concessões, em novos parâmetros”, finalizou.