por Claudineia Costa | dez 5, 2019 | Logística
(Foto: Divulgação)
‘Café da Manhã com Logística’ será no sábado (13) e recebe inscrições gratuitas com doação de 1 litro de leite.
O “Café da Manhã com Logística” está com inscrições abertas em Piracicaba (SP). O evento será realizado na sexta-feira (13) na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq-USP) e reunirá debates, painéis e presença de profissionais da área. A participação é gratuita, com doação de um litro de leite.
Segundo a organização, o objetivo é aproximar agentes do setor logístico para a apresentação dos principais acontecimentos do mercado de transporte de cargas agroindustriais.
A programação do evento começará às 8h, com o credenciamento dos participantes, seguida da abertura do “Café da Manhã” e das apresentações dos painéis sobre o panorama logístico de 2019, do mercado de grãos, de fertilizantes e do setor sucroenergético.
O encontro abordará também os custos rodoviários e as previsões para o mercado de fretes. Em seguida, será realizada a mesa redonda e o encerramento do evento. Os interessados devem se inscrever pela internet. ( link: https://esalqlog.esalq.usp.br/ )
De acordo com a organização, os leites serão destinados a entidades assistenciais de Piracicaba.
Serviço
Café da Manhã com Logística
Quando: sexta-feira (13), a partir das 8h
Onde: Esalq, na Avenida Pádua Dias, 11. São Dimas
Quanto: gratuito com doação de 1 litro de leite
por Claudio Pelucio | nov 29, 2019 | Logística
Fehring, diretor da RioGaleão, planeja um “condomínio logístico” contíguo ao aeroporto para
exportadores e importadores — Foto: Leo Pinheiro/Valor
Concessionária inaugura primeira fase de condomínio de armazéns operados por terceiros
O Rio pode ganhar espaço no mercado de logística de cargas internacionais, hoje dominado pelo aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP). A concessionária do Aeroporto Internacional Tom Jobim, a RioGaleão, inaugurou nesta semana o primeiro armazém operado por terceiros e já tem contratos assinados para a construção de outros dois. O lançamento é a pedra fundamental para a criação de um “condomínio logístico”, um complexo de galpões contíguo ao aeroporto com facilidades para atrair importadores e exportadores.
Batizada de RioGaleãoLog, a nova estrutura tem 8 mil m2 e fica dentro do Terminal de Cargas do Galeão, com acesso direto à pista. O galpão estava abandonado e, em 2014, por ocasião da concessão do aeroporto, passou ao controle da RioGaleão. A reforma custou R$ 15 milhões, desembolsados pela concessionária, controlada pela Changi Airports, administradora do aeroporto de Cingapura.
O diretor de negócios aéreos da RioGaleão, Patrick Fehring, diz que esse primeiro empreendimento é uma espécie de incubadora do que vem pela frente para consolidar o aeroporto como alternativa logística. O investimento próprio não deve se repetir: o plano prevê que os demais armazéns sejam construídos pelos operadores. Ao fim de 2022, a empresa planeja ter, ao menos, 88 mil m2 de área construída com essa finalidade dentro do sítio aeroportuário, incluindo espaços fora do terminal de cargas.
O armazém inaugurado está dividido em quatro módulos. Um ocupado pela AGS Holding, que tem como atividade principal a exportação de frutas. O segundo é operado pela Modern Logistics, focada no transporte de produtos de alto valor agregado, como eletro-eletrônicos. Para os demais módulos há conversas com quatro empresas, em negócios que podem ser fechados ainda neste ano.
O próximo passo da RioGaleão é viabilizar a construção de um armazém maior, de 50 mil m2, com investimento direto da empresa de logística BZLog, que atua com fundo de investimentos não revelado.
A BZLog terá contrato de cessão com prazo de 30 anos. A modalidade é análoga a um aluguel, mas com adaptações legais a ativos concedidos pela União, como é o terreno em questão. A RioGaleão vai disponibilizar a área em janeiro de 2020 e a operação deve começar em meados de 2021, segundo o diretor comercial da concessionária, Leandro Dantas.
Uma terceira área, de 30 mil m2, também é alvo de contrato com o mesmo modelo, mas a RioGaleão não revela o nome do investidor. O plano é que este armazém entre em operação entre o fim de 2021 e início de 2022. Além desses três espaços haveria, ainda, conversas iniciais para novas construções.
Fehring, da RioGaleão, afirma que esse tipo de condomínio logístico integrado é pioneiro no Brasil. Em geral, transportadores e integradores logísticos mantém armazéns próximos, mas não dentro do espaço aeroportuário, disse.
Para as cargas que já vêm para o Rio, a iniciativa diminui o risco de roubo e traz o fim dos chamados “trechos mortos” – quando uma carga internacional é armazenada longe do aeroporto e volta dias depois para ser redistribuída pelo país. “É redução de tempo e de custo”, diz Fehring sobre cargas que poderão ser embaladas e etiquetadas no aeroporto antes de serem enviadas ao destino final. Grandes grupos que armazenam fora do Rio terão opção no Estado, diz o executivo. Ele cita a Zara, que importa 70% de sua carga via Galeão, mas armazena tudo em São Paulo.
“Viracopos sempre vai ter um peso maior porque muitas indústrias se instalaram nos arredores. Mas com os benefícios que teremos aqui, vamos poder começar a competir”, afirma Fehring. Além de carga, a RioGaleão planeja atrair oficinas de manutenção de aeronaves. Só a TAP mantém esse serviço no aeroporto.
Os contratos entre a RioGaleão e terceiros podem ter prazo de até 30 anos, tempo além da concessão, que vai até 2039. O formato, segundo executivos da concessionária, tem sido fundamental para atrair investidores que vão construir os novos galpões, pois propicia tempo de retorno adequado.
por Claudio Pelucio | nov 29, 2019 | Logística
O Infra2038 tem como meta contribuir para que o Brasil figure entre os 20 melhores do mundo
em infraestrutura até 2038 — o que exige um salto de 58 posições
O Brasil teve uma década perdida no quesito infraestrutura, mas um ganho de três posições nesse pilar do ranking de competitividade do Fórum Econômico Mundial, verificada do ano passado para cá, mostra uma possível reversão de cenário.
A conclusão é do projeto Infra2038, que avalia anualmente as condições do país na área, e tem como meta que o Brasil figure entre os 20 melhores do mundo no pilar infraestrutura até 2038 — o que exige um salto de 58 posições.
Para isso, seria necessário aumentar o estoque de infraestrutura do Brasil de 36% para 51,9% do Produto Interno Bruto (PIB), o que exigiria investimentos na ordem de 3,55% do PIB ao ano ao longo das próximas duas décadas.
O relatório divulgado nesta quarta-feira (27) destaca que é possível ganhar velocidade nessa melhora devido à maior estabilidade das condições macroeconômicas e, pelo menos no horizonte visível, taxas de juros estruturalmente mais baixas, fatores que tendem a canalizar poupanças para ativos de maior risco como a infraestrutura.
“No âmbito federal, há maior continuidade nas políticas de governos do que se verificou no passado, e menos intervenção regulatória indesejável. Dessa forma, as condições transversais podem ser vistas como mais favoráveis a um salto nos investimentos em infraestrutura”, diz o texto.
O relatório ressalta que o financiamento de infraestrutura no Brasil esteve, por muito tempo, concentrado no BNDES, que oferecia taxas de juros subsidiadas e, com isso, afastou o mercado privado e de capitais.
Esse quadro, no entanto, se alterou nos últimos anos, com as severas restrições fiscais. Cerca de 94% das despesas do governo hoje são obrigatórias por lei, o que significa que sobra pouco para direcionar a investimentos, área que acaba sendo a primeira vítima de cortes em momentos de crise.
“Com a criação do PPI (Programa de Parcerias de Investimentos) e uma nova orientação governamental, algumas mudanças significativas foram incorporadas, dentre elas a criação da TLP (Taxa de Longo Prazo) que elimina o subsídio destes financiamentos”, diz.
Criado durante o governo de Michel Temer, o PPI é o órgão responsável pelas privatizações e liquidações de empresas. No governo Bolsonaro, o Ministério dos Transportes, Portos e Aviação foi transformado no Ministério da Infraestrutura.
Apesar dos importantes movimentos no ambiente institucional do país para projetos de infraestrutura, em sua maioria positivos, os resultados ainda não apareceram, segundo o estudo.
por Claudio Pelucio | nov 28, 2019 | Logística
A Budweiser realizou a sua primeira entrega de cerveja em um veículo com zero emissão de poluentes nos Estados Unidos, na última quinta-feira (21). A novidade faz parte de uma série de iniciativas sustentáveis tomadas pela Anheuser-Busch nos países onde está presente, já que recentemente ela anunciou a meta de reduzir as suas emissões de carbono em 25% até 2025.
Conforme a CNET, a carga de cervejas da Budweiser saiu da fábrica em um caminhão movido a hidrogênio da Nikola Motor Company e seguiu até a transportadora, de onde foi levada para seu destino final, em St. Louis, no estado do Missouri, em um caminhão elétrico da BYD.
O destino da encomenda foi o Enterprise Center, uma arena com capacidade para quase 20 mil pessoas, que é a casa do St. Louis Blues, time de hóquei no gelo da cidade que participa da National Hockey League (NHL).
Se essa foi a primeira entrega sem emissão de poluentes da cervejaria, o futuro promete ser bem diferente, uma vez que a companhia encomendou um total de 800 cavalos mecânicos movidos a hidrogênio da Nikola, startup americana especializada em veículos híbridos, segundo a publicação. A ideia é trocar toda a sua frota pelos modelos sustentáveis nos próximos anos.
Como funcionam os caminhões sustentáveis da Budweiser
A nova frota de caminhões ecológicos da Budweiser para a realização de entregas regionais e também de longa distância será formada por modelos da Nikola nas versões One e Two.
Eles são movidos com células de hidrogênio, que é o combustível principal, cuja autonomia chega a mais de 1.200 quilômetros, mas contam também com uma bateria movida a energia elétrica, que adiciona mais 563 quilômetros à autonomia. Já os caminhões elétricos BYD complementam os cavalos mecânicos.
Um painel solar de 958,5 kW até foi construído pela Anheuser-Busch para carregar os seus novos veículos com energia renovável.
por Claudio Pelucio | nov 25, 2019 | Logística
Senador Zequinha Marinho anuncia decisão do governo após audiência com ministro da Infraestrutura
O governo federal finalmente resolveu olhar para a Amazônia como solução e não como problema, para alcançar a retomada da economia. Em reunião solicitada pelo senador Zequinha Marinho (PSC-PA), coordenador da Bancada do Pará no Senado, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, anunciou que obras de infraestrutura no Estado do Pará, a partir de agora, estão entre as prioridades do governo federal.
O encontro em Brasília foi logo após a última reunião do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), realizada na terça (19), na qual ficou decidido que as rodovias BR-155 e BR-158 entrarão para o grupo de prioridades nacionais da União.
Isso quer dizer que até março do ano que vem sairá o estudo de viabilidade para a concessão dessas duas importantes vias. Com a concessão, finalmente essas rodovias vão avançar para a sua conclusão, em condições dignas e seguras para o escoamento da produção de grãos e o transporte de pessoas na região, resgatando uma dívida histórica com o Pará e o Mato Grosso.
“Será o fim dos problemas das pontes da BR-158. Conhecidas como pontes assassinas, onde muitas pessoas, sem alternativa de deslocamento, arriscam-se diariamente e muitas já perderam a vida em razão da precariedade dessas pontes. Há muito lutávamos para que a União pudesse fazer algo para resolver esse problema”, comemorou o senador Zequinha Marinho.
Estratégico
O Pará é visto pelo atual governo como estratégico em seus planos para o desenvolvimento do País. “Com a concessão, que se justifica pela movimentação atual de cargas nessas duas vias, as estradas receberão pavimentação adequada e melhores condições para o transporte”, disse o ministro ao senador.
“O fluxo de carretas que trafegam por essas duas rodovias é tão intenso quanto na BR-163. Merecia mesmo atenção do governo. Que bom que agora será prioridade nacional. Parabéns ao presidente Bolsonaro, ao ministro Tarcísio e a todos os envolvidos por esta decisão”, elogiou Zequinha.
Na reunião, o ministro Gomes de Freitas fez questão de revelar ao senador paraense a fotografia da situação em que se encontra as obras na BR-163 (Cuiabá-Santarém). “A obra está entrando na reta final da pavimentação da rodovia. O governo conclui e deverá inaugurar em dezembro desse ano a pavimentação da rodovia até o porto de Miritituba, no Rio Tapajós, na altura do município de Itaituba. Serão mais 70 km pavimentados, o que impulsionará a economia, escoando a produção agrícola brasileira.”
Também em dezembro, o governo entrega a pavimentação dos 12 km da Transamazônica, a BR-230, no trecho que corta o Pará. Esse era o trecho que ainda estava sem asfalto e que liga Marabá até a margem do Rio Araguaia, na divisa com o Estado do Tocantins.
Além de defender melhores condições nas nossas estradas, o senador ressaltou ao ministro outra obra essencial para o desenvolvimento do estado: “A urgência para que inicie a obra de derrocamento do Pedral do Lourenço. Nos foi informado pelo ministro, que, no último dia 11 de novembro, a empresa contratada para fazer a obra entregou no Dnit – Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes – os estudos de complementação do Eia/Rima. No ano que vem deverão caminhar juntos os processos para o licenciamento e o projeto executivo da obra”, anunciou o senador após a reunião com o ministro.
“Seguiremos firmes em nosso compromisso de cobrar e lutar para que o Pará seja tratado de acordo com sua importância, conforme o seu tamanho, atendendo todo esse potencial que precisa urgentemente ser transformado em benefícios para a população paraense”, reafirmou o senador paraense.
por Leonardo Soldá | nov 11, 2019 | Logística
Foto: Divulgação
Dos três portos catarinenses que são propriedade da União – São Francisco do Sul, Itajaí e Imbituba – pelo menos um está no plano de desestatização imediata do governo federal. Uma reunião no Ministério da Infraestrutura definirá, ainda este mês, a inclusão do Porto de Itajaí no Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), que fechará o ano com mais de 50 leilões para privatização de portos, aeroportos e ferrovias em todo o país. A expectativa é que o Porto de Itajaí tenha o edital lançado ao mercado no segundo semestre do ano que vem.
A pedido do governo federal, o prefeito de Itajaí, Volnei Morastoni (MDB), e o superintendente do porto, Fábio da Veiga, emitiram ofício no mês passado informando que concordam com a inclusão do terminal no programa prioritário. Desde que seja mantida a autoridade portuária pública e municipal.
Municipalizado
Embora o porto pertença à União, a gestão em Itajaí é municipal desde 1997 – caso único no país. Inicialmente, falava-se de uma venda de “portas fechadas”. Mas o governo federal tem adotado modelos específicos para cada terminal, e levou em conta que a municipalização em Itajaí teve resultados positivos. O Complexo Portuário do Itajaí-Açu é o segundo maior movimentador de contêineres do país.
Um Grupo de Trabalho, formado por representantes do governo federal – da Advocacia Geral da União (AGU) à Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) – vem debatendo o assunto.
Operação
A proposta, neste momento, é que toda a estrutura física do porto seja concedida, incluindo a responsabilidade pela manutenção da infraestrutura do canal de acesso. À autoridade portuária pública caberá a gestão de segurança, meio ambiente, planejamento da expansão portuária, e coordenar a relação entre o porto e a cidade. O modelo é diferente do atual, em que o porto é público, com áreas arrendadas para a iniciativa privada. Em tese, o modelo proposto traz mais liberdade de atuação para a concessionária e menos interferência do poder público.
De tirar o fôlego
O circuito da Serra do Rio do Rastro é uma das quatro rotas cênicas que a empresa Biosphera, de Balneário Camboriú, pretende implementar pelo Estado. Esta semana, a Santur assinou a acordo de cooperação técnica, para apoio institucional do governo no projeto. A ideia é desenvolver o turismo em alguns dos cenários mais deslumbrantes de SC. Além da Serra, com sete cidades no roteiro, serão criadas rotas no Litoral, na região dos cânions no Sul do Estado, e no extremo Oeste, em parceria com a província de Missiones, na Argentina.
Foto: SC Par
Estadual
São Francisco do Sul e Imbituba, os outros dois portos públicos de Santa Catarina, ainda não têm previsão para entrarem no programa de concessões. E o Governo do Estado, que administra os terminais por meio da SC Par, não tem pressa. O entendimento é que o modelo atual de operação funciona bem e atende aos interesses de Santa Catarina, segundo Fabiano Ramalho, diretor jurídico da SC Par. Os dois portos estão em superávit.
Expansão
A SC Par está tocando estudos para expandir os processos de arrendamento da operação no Porto de Imbituba (foto). O processo está na fase de tratativas com o Ministério da Infraestrutura e a Antaq. Em São Francisco do Sul, a discussão no momento é sobre investimentos prioritários – e de que maneira captar recursos.