O setor de logistica será completamente mudada com a entrada dos caminhões autonomos no mercado. Essa tendência veio para ficar?
Com a digitalização de processos e outras grandes mudanças da tecnologia, o setor de logística está passando por transformações profundas em todo o mundo. Por exemplo, em um curto prazo, os caminhões autônomos devem ganhar mais espaço nas rodovias, assumindo o lugar de caminhoneiros.
Um estudo recente da Universidade de Michigan demonstrou que os caminhões autônomos podem abocanhar cerca de 90% do mercado de transportes de longa distância. Acreditando ser um desafio menos complicado, os engenheiros de direção destacam que os caminhões autônomos devem ser focados para viagens de longas distâncias.
Viagens curtas de caminhões autônomos são muito mais complexas
Como nas viagens de longas distâncias não existem muitas curvas ou complexidades extras, os especialistas destacam que é muito mais fácil projetar um caminhão autônomo para esse fim. Por outro lado, as viagens curtas nas cidades a história é outra, já que existem milhares de curvas, pedestres e carros estacionados para o sistema autônomo dar conta.
Confira no link o vídeo sobre inovações destas tecnologia no Brasil
Sem Motorista! Conheça o caminhão autônomo projetado no Brasil, na USP – Via Olhar Digital
Para acelerar o uso dos caminhões autônomos, uma das soluções seria a montagem de estações entre as etapas. Os motoristas poderiam lidar com a primeira etapa, que é muito mais complexa. Já as viagens longas e demoradas podem ser feitas pela inteligência artificial.
“Quando conversamos com motoristas de caminhão, literalmente todos disseram: ‘Sim, essa parte do trabalho pode ser automatizada’’, disse Aniruddh Mohan, que fez um estudo sobre o tema na Universidade de Michigan, nos EUA.
O estudo destaca que se os caminhões autônomos superarem essas barreiras iniciais poderão substituir até 90% da condução humana no mercado de transportes de longas distâncias.
Os sistemas dos caminhões autônomos ainda precisam evoluir bastante. Um dos pontos em destaque é a capacidade dos caminhões darem conta de muita chuva, tempestades, buracos na estrada e acidentes. Outro ponto é conseguir que as autoridades autorizem caminhões sem motorista nas estradas. Para isso acontecer os mecanismos de segurança devem estar em um nível elevadíssimo.
A Petrobras anunciou hoje (10) um reajuste de 24,9% no diesel. Mais uma mudança para uma situação crítica para o transportador, que ainda está negociando com os seus clientes o repasse dos quase 50% de aumento que aconteceram em 2021.
Acreditava-se que, com a previsão de término da pandemia, os preços voltassem a ficar mais estáveis, porém a guerra entre Rússia e Ucrânia vem acarretando elevação do preço do barril de petróleo nunca vista, com graves reflexos no diesel.
O Conselho Nacional de Estudos em Transporte, Custos, Tarifas e Mercado da NTC&Logística (CONET), em sua última reunião de fevereiro deste ano, constatou a necessidade da recomposição do preço do frete em razão dos aumentos dos insumos do transporte. Na ocasião, foram apurados os índices a serem aplicados no serviço de cargas fracionadas (18,58%) e, na carga lotação (27,65%). O aumento de hoje do preço do diesel, da ordem de 24,9%, acarreta a necessidade de reajuste adicional no frete de, no mínimo, 8,75%, fator este que deve ser aplicado emergencialmente nos fretes, acumulando um reajuste total de 28,96% na carga fracionada e 38,82% na carga lotação.
A NTC&Logística reitera a importância do transportador negociar a inclusão nos contratos antigos e colocar nos novos contratos um gatilho para os aumentos do diesel.
Esta é a única solução para o problema trazido pelos constantes aumentos no preço do diesel e para os altos índices de reajuste que vem ocorrendo.
Destacamos que o diesel é um dos maiores custos nos insumos da atividade de transporte, chegando a média de 35% para uma transportadora e podendo chegar a 50%.
Brasília, 10 de março de 2022
Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística – NTC&Logística
Empresas que se preocupam de maneira constante com seus colaboradores, fornecedores e clientes atingem maior destaque no mercado
Um estudo divulgado por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) intitulado “Empresas Humanizadas no Brasil” apontou que as companhias que se preocupam com as necessidades de seus colaboradores – e de seus stakeholders em geral – alcançam mais lucro e produtividade nas suas atividades diárias. Para comprovar esse fato, foram avaliadas 1.115 empresas que, juntas, representam 50% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro.
Ao longo da análise, de 4 a 16 anos, os pesquisadores comprovaram que as instituições humanizadas conseguiram aumentar em 240% a satisfação de seus clientes e elevar para 225% o crescimento do bem-estar de seus colaboradores. Com isso, tornou-se um grande diferencial adotar o conceito de gestão humanizada dentro das organizações, de modo que a atenção seja voltada para o crescimento do profissional e para a eficiência nos serviços.
Isso também se desenvolveu dentro do setor de transporte de cargas, e as transportadoras já começaram a implementar cada vez mais essa administração. Para Antônio Lodi, CEO da Transportadora Andrade, “a essência dessa gestão está relacionada às necessidades de todos aqueles que a suportam, e isso vai das preferências de acionistas até os demais colaboradores, de modo que todos se tornam igualmente importantes e possuem os mesmos interesses no negócio. Isso faz com que a empresa tenha valores que colaboram com o bem-estar das pessoas e, consequentemente, impactam por trazer prosperidade, crescimento e responsabilidade social para todos os envolvidos”.
Ainda mais depois da crise gerada pela covid-19, a gestão humanizada se tornou uma estratégia, uma vez que o modo de enxergar o trabalho, assim como as pessoas, foi fortemente modificado. Os valores se inverteram e o mercado precisou, rapidamente, implementar métodos que atendessem à nova realidade que estava sendo imposta para o mundo. Assim, esse gerenciamento contribui de maneira positiva para toda essa mudança, já que consegue conciliar as transformações trazidas por esse cenário e as alterações psicológicas às quais os indivíduos foram submetidos.
A tecnologia também se mostra presente nesse cenário, dado que oportuniza e otimiza as atividades dentro da organização. Além disso, traz redução de cargas físicas na força de trabalho e viabiliza a necessidade de se exercitar a mente, apresentando soluções mais práticas e eficazes. A tendência é que esse cenário mais potencializado digitalmente se mantenha de uma forma intensificada a cada ano e, com isso, o cuidado com a mente para se adaptar a essas inovações se torne fundamental dentro das empresas combinado ao processo de desenvolvimento de cada colaborador.
“Em relação ao futuro, vejo que o aperfeiçoamento dessa gestão deverá ser constante e intenso para promover ferramentas que proporcionem uma maior valorização dos colaboradores, com aumento de motivação, vontade de criar novas soluções e, principalmente, crescimento da produtividade. Para tal, as principais ações para estimular esse ambiente são investimentos em um local de trabalho híbrido, maiores benefícios para colaboradores, programas que consigam envolver a família, técnicas mais eficientes e soluções tecnológicas”, conclui Antônio.
Atualmente, falar sobre o mercado mundial e não citar a pandemia da Covid-19 não é mais uma realidade. De longe, esse fator foi o grande responsável por modificar a realidade na qual os negócios estão inseridos e por fazer com que todos os profissionais se adaptem a uma nova maneira de desenvolver suas atividades, de revolucionar seus serviços e de inovar seus produtos para se manterem firmes no campo de atuação.
Esse “novo normal” interferiu nos mais diversos segmentos, porém é inegável o quanto transformou o setor de transporte de cargas e logística, sendo um dos mais afetados pelas crises e um dos mais importantes para a progressão do desenvolvimento econômico e social do país. No primeiro ano de pandemia no Brasil, em 2020, houve uma queda de 8% nos fretes nos primeiros seis meses. Contudo, o número de cargas transportadas só nas rodovias aumentou 62% em comparação ao ano anterior.
Entretanto, além do novo coronavírus, outras duas crises chegaram nesse tempo para mostrar como o setor pode ser instável e como as empresas precisam se adaptar rapidamente às mudanças. A escassez de contêineres, elevando o frete marítimo a valores jamais vistos, e o aumento do diesel que, em 2021, subiu 44,6% nos postos de combustíveis do país, segundo levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), foram outras eventualidades que também impactaram a área.
Diante disso, o Luiz Gustavo Nery, diretor comercial do Grupo Rodonery Transportes e coordenador do Instituto COMJOVEM de Desenvolvimento Mercadológico da NTC&Logística, comenta como lidar com essas dificuldades no âmbito profissional. “Superar as crises também faz parte e, por isso, o primeiro passo é não ignorar o problema. É preciso entender qual o verdadeiro cenário e o quanto ele pode afetar o seu negócio. Ter o controle dos custos para reduzi-los ao máximo possível, analisar os recursos alocados de maneira eficiente, renegociar os preços e os prazos com os fornecedores e expandir o portfólio são algumas atividades que podem organizar a empresa e contribuir positivamente nesses momentos de vulnerabilidade”.
O serviço de transporte é um dos mais relevantes para a economia e, com a retomada da indústria e com o reequilíbrio entre oferta e demanda, tende a evoluir gradativamente mais nos próximos anos. Ainda de acordo com Luiz, voltar ao valor adequado do frete marítimo, reabastecer os contêineres nas principais áreas afetadas, aumentar o volume de cargas escoadas e avançar na indústria nacional são apenas alguns dos fatores que ajudarão neste processo.
“As crises sempre poderão estar à espreita do negócio, principalmente para aqueles que não estiverem atentos às constantes transformações, mas ter a sabedoria para administrá-las é o fator crucial para a reinvenção. Acredito que estamos no início de um futuro promissor e inovador do transporte de cargas, principalmente mais tecnológico, e devemos estar prontos para fazer jus a essa posição com, cada vez mais, criatividade, inovação e adaptabilidade”, finaliza o diretor comercial.
Reforçar a participação dos caminhões Mercedes-Benz no mercado brasileiro sem perder de vista a lucratividade e a sustentabilidade das operações locais: esta foi a missão recebida por Achim Puchert, novo presidente da companhia para o Brasil desde 1º de janeiro, que chega para concluir o ciclo de investimento de R$ 2,4 bilhões iniciado em 2018 e começar a trabalhar no próximo.
Alemão, de 42 anos, Puchert desembarcou aqui na terça-feira, 11. Ao lado da CEO global da Daimler Trucks, Karin Radström, que visita o País pela primeira vez, conheceu as operações de São Bernardo do Campo, SP, Juiz de Fora, MG, e conversou com funcionários, clientes e concessionários. Aguarda seu visto de trabalho para mudar de vez para o País.
“As primeiras impressões foram muito boas”, afirmou Puchert a um grupo de jornalistas em entrevista por videoconferência na quinta-feira, 13. “Vamos concluir e amadurecer o ciclo de investimentos atual. O volume de investimento que a companhia pode fazer não é ilimitado e, então, precisa fazer sentido e ser rentável. Não quer dizer que não faremos um novo ciclo, mas ainda é cedo para falar a respeito.”
Sob a direção de Puchert a Mercedes-Benz brasileira inaugurará, em 2022, a última etapa da transformação de São Bernardo do Campo em indústria 4.0, com a linha de powertrain 4.0. Novos produtos, serviços e tecnologias estão na agenda, bem como a participação na Fenatran e na LatBus, duas importantes feiras do setor de transporte de carga e de passageiros.
Outro desafio é retomar a liderança, perdida no ano passado para a Volkswagen Caminhões e Ônibus. “Costumo dizer que quem define a liderança é o cliente. No ano passado foi diferente: perdemos a primeira posição porque não tivemos como atender a todos os pedidos”, argumentou Roberto Leoncini, vice-presidente de vendas e marketing de caminhões e ônibus da Mercedes-Benz. “Foi um ano desafiador, com as dificuldades de abastecimento. Os desafios continuarão em 2022 na questão dos semicondutores e na preparação para a entrada do Euro 6. E estamos prontos, fazendo a nossa parte.”
Seguindo a Anfavea a companhia projeta mercado de 140 mil caminhões este ano, 8,8% acima do resultado de 2021, e de 17 mil ônibus, crescimento de 20%, disse Leoncini: “Tudo dependerá dos semicondutores”.
Foto: Divulgação/Mercedes-Benz
Quanto à saúde financeira dos negócios locais, os executivos preferiram não entrar em pormenores, pois o balanço global ainda não foi divulgado. Radström adiantou, porém, que existem progressos e também desafios: “Damos um passo de cada vez. Nada está finalizado, mas tenho confiança no grupo de que chegaremos lá”.
Documento é exigido nas rodovias de Minas para transporte de cargas em veículos do tipo rodotrem, bitrem e tritrem
Em decorrência das diversas interdições de rodovias estaduais, causadas pelas fortes e frequentes chuvas em todo o estado, o Departamento de Edificações e Estradas de Rodagens (DER-MG) suspende, a partir desta quarta-feira (12/1), a emissão de Autorização Especial de Trânsito (AET) para veículos de transporte de carga. A suspensão vai até 25/1.
Todos os transportadores, representantes e interessados no transporte de cargas, nas rodovias sob responsabilidade do DER-MG, em veículos com dimensões acima dos padrões estabelecidos na resolução Contran 882/2021, precisam obter a AET para transportarem cargas em veículos do tipo rodotrem, bitrem, tritrem, treminhão e outros, nas rodovias de Minas Gerais.
A restrição é determinada por motivos de segurança, até que seja feita reavaliação da capacidade de tráfego das rodovias.
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