Assim como tem ocorrido nos últimos anos, a infraestrutura lidera os investimentos no Rio Grande do Sul. Um dos destaques é a energia eólica. As iniciativas somam R$ 7,5 bilhões e estão previstas para Tapes, Rosário do Sul, Santana do Livramento, Alegrete, Quaraí e Uruguaiana. Os projetos são possíveis, também, graças a obras bilionárias em linhas de transmissão e subestações, que começaram há alguns anos no Estado, e que tiveram continuidade neste ano.
Na carteira de projetos, cresce a expectativa pelos quase R$ 6 bilhões anunciados pelos espanhóis do Grupo Cobra para o complexo de regaseificação e usina térmica a gás em Rio Grande, iniciativa esperada há mais de 10 anos.
O segundo setor com maior volume de investimentos em 2021 é a indústria, com R$ 8,7 bilhões em aportes. A agroindústria mais uma vez mostrou o seu peso para a economia gaúcha. Fábricas ligadas à atividade agrícola lideram os investimentos em um ano marcado pela supersafra de soja.
Esta movimentação também se reflete em algum nível de recuperação no mercado de trabalho do Estado, em que a indústria lidera na geração de empregos formais. O setor gerou 38,8% dos 118,8 mil novos postos de trabalho nos primeiros oito meses do ano no Rio Grande do Sul, com destaque para o setor de máquinas agrícolas.
O ranking é seguido do setor de Serviços (37,6% do total), Comércio (16,8%), Construção (4,7%) e Agropecuária (2,1%). Ao avaliar o intervalo entre setembro de 2020 e agosto de 2021, o Novo Caged apontou alta de 7,65% na geração de empregos no Rio Grande do Sul.
BRDE celebra o alto volume de contratos deste ano
ITAMAR AGUIAR/ PALÁCIO PIRATINI/DIVULGAÇÃO/JC
Leany Lemos conta que o banco teve o melhor primeiro semestre em 25 anos
O Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) é um dos sinalizadores de que o Estado termina 2021 com recuperação econômica. De acordo com a atual diretora de operações para o Rio Grande do Sul do BRDE, Leany Lemos, foram mais de R$ 1 bilhão contratados no Estado, em um universo de R$ 3,5 bilhões em toda a região atendida pelo BRDE, até o final de novembro.
“Foi o nosso melhor primeiro semestre em 25 anos e, no volume total de contratos no ano, estamos praticamente certos com o segundo melhor resultado da história do banco. Em um ano marcado pela recuperação da economia, este dado é muito significativo para nós. Porque o BRDE foi, de fato, um parceiro nas transformações necessárias neste momento, com a atuação digital, mudanças nas avaliações de garantias e disponibilidade de capital de giro”, aponta a diretora, que até outubro presidiu o banco.
Além do setor agrícola, o BRDE avançou em 2021 nos financiamentos na área de energias renováveis, que foi justamente um dos trunfos no avanço dos investimentos em infraestrutura gaúcha neste ano. Conforme Leany, este será o caminho dos próximos anos. “Estamos alinhados com objetivo traçado pelo governador Eduardo Leite na COP-26, de reduzir em 50% a pegada de carbono do Rio Grande do Sul até 2030. O caminho para isso é incentivarmos cada vez mais a produção limpa e a renovação da indústria gaúcha. Pensamos não apenas em um banco mais verde, mas em um futuro sustentável, ambiental e socialmente”, completa.
O planejamento também orienta os setores público e privado na tomada de decisões para dar mais eficiência aos serviços
O novo Plano Nacional de Logística 2035 traça uma visão estratégica da rede de transporte no futuro e, pela primeira vez, integra todos os modos de transporte. O plano foi apresentado nesta sexta-feira (3/11) pelo Ministério da Infraestrutura e a Empresa de Planejamento e Logística (EPL). Um dos principais objetivos do PNL 2035 é a transformação da matriz de transporte do Brasil para torná-la mais racional e sustentável.
No planejamento, foram elaborados nove cenários futuros que indicam necessidades e oportunidades para a infraestrutura de transportes que possam trazer melhoria de serviços, aumento da eficiência do transporte de cargas do país e redução de custos.
O secretário-executivo do Ministério da Infraestrutura, Marcelo Sampaio, destacou a importância de ter um planejamento coerente e detalhado para o setor.
“Hoje, o Ministério da Infraestrutura sabe para onde quer ir, onde quer chegar. Queremos ter uma matriz de transporte balanceada, com mais de 30% da nossa matriz sendo composta pelo sistema ferroviário. Nossa expectativa é reduzir em termos de 14% as emissões de CO2, de gases poluentes. Também queremos ter um transporte de 9% a 10% mais seguro com os investimentos que vão ser feitos”, disse Sampaio.
Nas simulações dos cenários futuros foram levados em conta mais de 2 mil empreendimentos ou ações que foram mapeados como, por exemplo, contratos de concessões e parcerias vigentes, obras públicas em andamento e em estudo de viabilidade, novas ferrovias e todo o conjunto de arrendamentos, desestatizações e ampliação de capacidade de portos.
Nos cenários de maior oferta de infraestrutura foram considerados empreendimentos que totalizam até R$ 789 bilhões em investimentos públicos e privados até 2035.
Impacto positivo dos investimentos
O relatório executivo do PNL 2035 registra que os investimentos em infraestruturas de transportes em todos os cenários resultaram em impactos positivos na economia tanto nacional quanto regional.
“No cenário 1, que apresenta investimentos mais conservadores em infraestruturas de transportes, o impacto positivo observado no crescimento do PIB nacional foi de 6%. Já no cenário 6 que apresenta um dos maiores volumes de investimentos em infraestruturas de transportes, o impacto no crescimento do PIB foi de 11%”, registra o texto.
“O PNL 2035 apresenta nove cenários futuros configurados por meio da alteração de quatro atributos: a infraestrutura, a macroeconomia, a legislação e a tecnologia. Em relação à infraestrutura na simulação dos cenários futuros foram considerados vários investimentos que totalizam quase R$ 800 bilhões em investimentos públicos e privados. Esse é o novo marco para construir uma rede integrada de transportes”, afirmou o diretor-presidente da EPL, Arthur Lima.
Necessidades identificadas
A análise comparativa entre os cenários indicou algumas necessidades gerais para o desenvolvimento da rede de transportes brasileira. Uma delas é a necessidade dos modos de transporte ferroviário e aquaviário (cabotagem e navegação interior), desenvolverem iniciativas para modernização das frotas e melhorias operacionais para compensar ou amenizar a queda de velocidade média proporcionada pela migração da carga.
Outra é a necessidade dos modos de transporte de grande porte anteciparem as ampliações de capacidade (principalmente, o ferroviário e o portuário).
No que diz respeito ao meio de transporte RODOVIáRIO, o investimento na prevenção de acidentes, tendo em vista o desenvolvimento econômico também é uma das necessidades identificadas pela análise.
Construção participativa
Uma das novidades da construção desse Plano Nacional de Logística 2035 foi uma maior participação social ao longo do processo de elaboração, contemplando eventos para coleta de subsídios como a realização de webinars, reuniões participativas com atores do setor e consulta pública.
Cuiabá deve ganhar, ano que vem, uma Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), a criação de uma unidade regional da ANTT para atender também Mato Grosso do Sul, Rondônia, Acre, Amazonas e Roraima.
O assunto foi tema de mais uma rodada de discussão para o alinhamento da ação com empresários, o supervisor de Fiscalização da agência, Sandro Rogério Fuloni Carvalho, e o autor da indicação aprovada na Assembleia Legislativa, deputado Eduardo Botelho (DEM). “Estamos pedindo que venha essa unidade pra cá. Para se ter uma ideia, a BR-163 quem fiscaliza é a agência que fica lá no Rio Grande do Sul, totalmente fora, e não dá para ter disponibilidade frequente para virem aqui. Então, solicitamos à bancada federal para que façam a cobrança e implante aqui um polo regional da agência para atender toda essa região, fiscalizar e trabalhar, principalmente, na ferrovia que estamos implantando aqui, uma grande malha ferroviária”, defende Botelho.
“Ficando mais perto facilita a fiscalização e a interação com os empresários, inclusive, com passageiros, beneficia a todos. Próximo passo é encaminhar o pedido para a ANTT e usar a força dos nossos deputados federais e senadores para que seja atendido o pedido em Mato Grosso”, explicou o deputado, ao acrescentar que vai melhorar a competitividade, infraestrutura e logística.
O supervisor de Fiscalização da ANTT em Mato Grosso, Sandro Rogério Fuloni Carvalho, defende a instalação da unidade regional em Mato Grosso. “Hoje, estamos vinculados a sede em Brasília. Então, estamos distantes das decisões e acabamos ficando preteridos quando há distribuição de recursos, recursos humanos, operações, fiscalização. E a realidade de Mato Grosso é diferente de Brasília. Então, é necessário que a agência fique próxima do mercado regulado. Melhora a atuação junto ao mercado regulado, seja na fiscalização no transporte RODOVIáRIO de cargas, de passageiros, fiscalização das concessionárias que administram as rodovias. É preciso fiscalizar a execução do contrato e nada melhor que o fiscal esteja no estado para ver a execução das obras, isso feito à distância não tem o mesmo impacto”, disse Carvalho, através da assessoria.
Ontem, quarta-feira (1), o diretor financeiro da NTC&Logística, Marcelo Rodrigues, foi recebido na sede da Mira Transportes em São Paulo pelo presidente da companhia, Roberto Mira, e pelo diretor geral da empresa, Roberto Mira Júnior.
Durante o encontro, foi possível conhecer ainda mais a estrutura da transportadora e ficar por dentro dos planos e projetos futuros. A empresa possui mais de 40 anos de atuação em todo o Brasil por meio de 11 filiais que dão dinamismo e suporte ao trabalho desenvolvido.
A transportadora ainda possui certificações importantes, investe constantemente em tecnologia, segurança, ações de responsabilidade social e meio ambiente, além de prezar pela qualidade em seus serviços com alto rigor técnico.
Segundo Rodrigues, “Foi uma visita de cortesia a um dos mais antigos associados e parceiros da entidade. Acreditamos muito em uma maior proximidade da diretoria da NTC junto aos associados, é de extrema importância continuarmos alinhados com os anseios dos transportadores, buscando o desenvolvimento em prol dos transportadores”, destacou.
Perspectiva é de safra recorde para a soja, diz Conab
A análise do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), divulgada hoje (1º), mostra cenários positivos para a safra de grãos em 2022. “Os dois principais grãos, soja e milho, contarão com estimativa de produção positiva, o que pode contribuir para uma maior oferta no mercado doméstico”, analise Ana Cecília Kreter, pesquisadora associada do Ipea.
O estudo do Ipea contou com a participação de técnicos da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP).
“A perspectiva é de safra recorde para a soja (+3,4%), recuperação e expectativa de recorde na produção de milho (+34,1%) – prejudicada pela seca e geadas em 2021”, explica o superintendente de Inteligência e Gestão da Oferta da Conab, Allan Silveira, que participou da pesquisa junto com economistas do Ipea.
Segundo o boletim econômico, o terceiro trimestre deste ano mostrou uma estabilidade “em patamares elevados” para os preços domésticos, na comparação com o trimestre anterior. Destaque para a soja, que teve alta causada pelos baixos estoques e demanda aquecida. E do milho, que teve alta justificada pelas preocupações com o clima, a boa demanda doméstica e a elevada paridade de importação.
O presidente do Senado, senador Rodrigo Pacheco (PSD), se reuniu com líderes do setor produtivo e autoridades na tarde desta segunda-feira, 29, na sede do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas no Paraná (Setcepar) para falar sobre o atual momento econômico do Brasil, indicar ações que impactam o setor produtivo e apresentar as fases de cada reforma em andamento no Congresso Nacional.
Pacheco iniciou a sua fala apresentando um panorama sobre o desenvolvimento econômico do Brasil e do Paraná; posteriormente comentou a atuação do Senado durante a pandemia, como o primeiro parlamento a funcionar 100% digital e com um trabalho que garantiu agilidade na compra de vacinas, e também sobre a atuação em reformas necessárias para o bom andamento do governo. “É fundamental que o senado assuma o seu papel de ser um reformista perene”, disse em um trecho.
Posteriormente, Pacheco respondeu algumas perguntas elaboradas pelo coordenador do G7 e presidente da Faciap, Fernando Moraes, sobre a PEC 45/2019 e a PEC 110/2019, ambas referentes à reforma tributária; sobre a PEC 23/2021 dos precatórios; a PEC 32/2020 da reforma administrativa; a reforma cambial; o PL 2058/2021, das gestantes; o PL 4728, de 2021, sobre o Programa Especial de Regularização Tributária (PERT); e o PL 1829/2019, que moderniza a legislação de Turismo
Reformas tributária e administrativa
Primeiro o presidente do Senado falou sobre a reforma tributária. Segundo Pacheco, há divergências entre União e estados, estados e municípios e entre o setor produtivo. “O governo federal não capitaneou uma reforma que fosse ampla no Brasil, como, por exemplo, que contemple a unificação dos impostos”, lamentou.
Em segundo lugar, respondeu o questionamento sobre a reforma administrativa, que segundo ele, também conta com uma série de divergências, principalmente por parte do funcionalismo público e por estar tão próxima ao ano eleitoral. “Acho que o Brasil, com os déficits educacionais, não tem condições para defender o estado mínimo. Temos déficit de inclusão, alfabetização, imagine deixar o estado fora disso. Mas temos que deixar menos dependente”. Pacheco se mostrou favorável a aprovação da reforma administrativa, mas defendeu que além da ajuda social, é de extrema importância oferecer aos brasileiros condições para o próprio sustento, por meio da geração de empregos. “Tem que ter a porta de entrada, mas a mesma porta de entrada tem que ser a de saída”, disse. “Não se trata de um estado mínimo, o estado tem que agir, mas de maneira inteligente. Temos que ter um estado que privilegie mais a atividade fim do que a atividade meio, isso está na PEC da reforma administrativa”, comentou.
Precatórios
Em relação aos precatórios, Pacheco afirmou que o Senado vai discutir a PEC nesta semana, mas que um problema a ser discutido de imediato é a dificuldade com o teto de gastos. “As vezes nosso problema não é financeiro, arrecadação tem, mas o teto de gastos não permite o uso do dinheiro”. Além disso, segundo o presidente do Senado, a solução encontrada para a PEC dos precatórios foi “a solução possível”, por meio de um consenso entre todos os envolvidos.
Por fim, Pacheco encerrou sua fala fazendo um apelo para que os brasileiros tenham mais união. “Temos que nos unir para preparar o Brasil para as crises”, finalizou.
Além do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, estiveram presentes no encontro o vice-governador do Paraná, Darci Piana; o chefe da Casa Civil, Guto Silva; o secretário de estado de Justiça, Família e Trabalho, Ney Leprevost; o secretário de estado do Desenvolvimento Urbano e Obras Públicas, João Carlos Ortega; o secretário de estado da Fazenda, Rene Garcia Junior, o secretário de estado de Infraestrutura e Logística, Sandro Alex Oliveira; o secretário do estado do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo, Márcio Nunes; o presidente da Assembleia Legislativa do Paraná, Ademar Traiano; o deputado estadual, líder do governo na Alep, Hussein Bakri; o presidente do Tribunal de Justiça do Paraná, desembargador José Laurindo de Souza Netto; o presidente do Tribunal de Contas do Paraná, Conselheiro Fabio Camargo; o vice-prefeito de Curitiba, Eduardo Pimentel Slavieiro; o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab; o presidente da Faciap e coordenador do G7, Fernado Moraes, o presidente da Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Estado do Paraná; Sérgio Malucelli; o presidente da Federação da Agricultura do Estado do Paraná, Ágide Meneguette; o presidente do Sistema da Organização das Cooperativas do Estado do Paraná, José Roberto Ricken; o presidente da Associação Comercial do Paraná, Camilo Turmina; o diretor superintendente do Sebrae Paraná, Vitor Tioqueta; o diretor de Administração e Finanças do Sebrae Paraná e o diretor de operações do Sebrae Paraná, Julio Cesar Agostini.
Este site usa cookies para melhorar sua experiência. Vamos supor que você esteja bem com isso, mas você pode optar por não participar, se desejar. Cookie settingsACEITAR
Política de Cookies e Privacidade
Privacy Overview
This website uses cookies to improve your experience while you navigate through the website. Out of these, the cookies that are categorized as necessary are stored on your browser as they are essential for the working of basic functionalities of the website. We also use third-party cookies that help us analyze and understand how you use this website. These cookies will be stored in your browser only with your consent. You also have the option to opt-out of these cookies. But opting out of some of these cookies may affect your browsing experience.
Necessary cookies are absolutely essential for the website to function properly. This category only includes cookies that ensures basic functionalities and security features of the website. These cookies do not store any personal information.
Any cookies that may not be particularly necessary for the website to function and is used specifically to collect user personal data via analytics, ads, other embedded contents are termed as non-necessary cookies. It is mandatory to procure user consent prior to running these cookies on your website.