A Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Estado do Paraná (Fetranspar) é a nova integrante do Conselho Deliberativo do Sebrae/PR. Oficializada na última semana, a entidade sindical passa a ser uma das 13 participantes do CDE, que possui modelo de gestão compartilhada e é formado por representantes de segmentos do setor produtivo, instituições de crédito, ensino e poder público.
“A atuação da Fetranspar em todo Paraná será um acréscimo para Sebrae, pois ela já está conosco no Sistema S e envolve também milhares de pequenos negócios, trabalhadores e suas famílias, num setor estratégico para o desenvolvimento”, destaca Fernando Moraes, presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae/PR e presidente da Faciap.
Fundada em 19 de abril de 1993, a Fetranspar atua no fortalecimento do setor de transporte de cargas RODOVIáRIO paranaense, agregando entidades que tenham como principal trabalho a movimentação de mercadorias e bens em geral. Também estão representadas categorias que prestam serviços logísticos, armazenagem ou de integração multimodal.
“O setor de transporte de cargas paranaense se orgulha em poder fazer parte do Conselho Deliberativo Estadual do Sebrae, por meio da Fetranspar. O Sebrae é uma instituição de credibilidade e de extrema importância para o desenvolvimento das empresas, colaborando diretamente para que empreendedores tenham suporte para o êxito de seus negócios. Temos a perspectiva de poder contribuir também com o nosso setor, que congrega milhares de empresas de transporte de cargas em todo o Paraná”, analisa o coronel Sérgio Malucelli, presidente da Fetranspar e do Conselho Regional do Sest Senat, no Paraná.
A federação possui dez sindicatos associados nas regiões de Curitiba, Ponta Grossa, Maringá, Francisco Beltrão, Dois Vizinhos, Foz do Iguaçu, Cascavel, Toledo e Guarapuava. A partir de 2017, a entidade também passou a administrar o sistema S no Paraná, que engloba o trabalho desenvolvido pelo Serviço Social do Transporte (Sest) e o Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (Senat) e outras nove unidades operacionais.
Conselho Deliberativo
O Conselho Deliberativo é um órgão com modelo de gestão compartilhada, que possui a responsabilidade de gerir os recursos financeiros, decidir sobre políticas, diretrizes e prioridades na aplicação destes recursos, além de promover ações de orientação e fiscalização das diversas ações da Instituição, tudo em conformidade com as normas aplicáveis, em especial com o Estatuto Social do Sebrae.
Com a Fetranspar, as 13 entidades que compõem o Conselho são a Fomento Paraná; Banco do Brasil; Caixa Econômica Federal; Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep); Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado do Paraná (Faciap); Federação das Associações de Micro e Pequenas Empresas do Paraná (Fampepar); Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep); Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR); Sebrae Nacional; Secretaria de Estado do Planejamento e Coordenação Geral; Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar); e Universidade Federal do Paraná (UFPR).
O diretor da Fetcemg, Adalcir Ribeiro Lopes, reuniu-se nesta semana, em Brasília, com o setor operacional da Polícia Rodoviária Federal (PRF), pedindo maior fiscalização no transporte das cargas excedentes em todo Brasil.
Durante a reunião, a liderança dos transportadores sugeriu parcerias com a PRF e o Sest Senat para o desenvolvimento de cursos para a formação de motoristas de veículos de escoltas para cargas excedentes.
Adalcir aproveitou o encontro para “solicitar o apoio da PRF na melhoria da legislação para abertura de novas empresas de escoltas, com carros mais equipados e preparados, proporcionando a substituição ainda maior das viaturas e agentes da PRF, por empresas de escoltas credenciadas pela Polícia.”
Desafiador. Assim será o cenário econômico brasileiro em 2022 nas palavras do economista e superintendente de macroeconomia do Itaú Unibanco, Fernando Gonçalves. Ano eleitoral, com ausência de grandes reformas, marcado por inflação ainda elevada, juros altos e PIB negativo. Nesse contexto, porém, o setor de transporte de cargas deve passar descolado e continuar crescendo.
Apesar da pressão nos custos dos transportadores, devido ao preço do diesel em trajetória ascendente, impulsionado pela recuperação do preço do barril de petróleo e pela manutenção do dólar acima de R$ 5, e da redução de margem de lucro diante do incremento dos juros, o setor do agronegócio deve seguir puxando a demanda rodoviária. Além disso, herança da pandemia, o e-commerce veio para ficar e continuará movimentando o serviço de entregas principalmente nos grandes centros.
Durante apresentação no evento Olhares para 2022: Transporte RODOVIáRIO de Carga, realizado pela plataforma online da Fenatran, a Rota Digital, Gonçalves apontou que a perspectiva do banco para a geração de riquezas no País é de crescimento de 5% em 2021 e de recuo de 0,5% no ano que vem: “Durante boa parte deste ano os juros estiveram baixos, o que ajudou quem precisava financiar algo e também auxiliou o aquecimento da economia. O problema é que, com o aumento dos preços de commodities e dos insumos, além da falta de oferta deles, a inflação começou a subir nesta reta final do ano, o que exigiu aumento dos juros”.
A projeção do Itaú Unibanco é a de que em dezembro o IPCA acumule 10,1% e, no mesmo mês do ano que vem, caia a 4,3%. Isso ao custo do ajuste da Selic, que deve encerrar o ano em 9,2% e que, no fim de 2022, chegará a 11,2%. Nesse contexto, o dólar deverá permanecer em R$ 5,50.
“Apesar da redução dos casos de covid e do isolamento social, devido ao avanço da vacinação, a atividade econômica está dando sinais de queda. As famílias estão mais conservadoras no consumo de bens apesar da retomada de serviços, como bares, restaurantes, salões de cabeleireiro e hotelaria. A redução na confiança do comércio e do consumidor desencadeada pela alta da inflação tem antecipado o impacto de desaceleração na indústria e no varejo, o que era esperado apenas para o ano que vem”.
O maior comprometimento da renda devido à inflação elevada faz com que as famílias fiquem mais endividadas. Embora as parcelas assumidas não pesem tanto no bolso devido aos juros menores oferecidos à época da contratação, agora restará menos renda para o consumo mensal, diante do aumento de contas básicas, como fazer supermercado, abastecer o carro e pagar a conta de luz. Adicionalmente, a taxa de desemprego, que deve chegar a 12,2% no fim do ano, pode aumentar a 13,3% no ano que vem.
O especialista destacou ainda que o consumo responde por 70% do PIB, daí o cenário de recessão técnica: “Temos fatores que nos levam à tempestade perfeita. A indústria sofre com a alta dos custos dos insumos e com a pressão do repasse dos preços, o consumidor retrai o consumo e a escassez de chuvas eleva as tarifas de energia elétrica para todos”.
Na avaliação de Fernando Gonçalves o único fator que poderia reverter o cenário seria a aprovação de reformas estruturais por parte do governo, a exemplo da administrativa, para conter o aumento dos gastos: “Mas o ano que vem é eleitoral e ao que tudo indica haverá disputa bastante polarizada do presidente Jair Bolsonaro com o ex-presidente da Luiz Inácio Lula da Silva. Como nas projeções Bolsonaro está atrás de Lula, o governo deverá lançar medidas de curto prazo, o que pode ajudar a economia, mas de forma pontual”.
Coordenada pelo assessor jurídico da NTC&Logística, Narciso Figueirôa Junior, a Câmara técnica de assuntos trabalhistas, sindicais e de negociações coletivas reuniu-se na manhã da última sexta-feira (12) com representantes de diversos sindicatos e federações de todo o Brasil, associadas à entidade. A reunião aconteceu de forma 100% online.
Foram abordados assuntos importantes para o setor, bem como para a segmentação da Câmara. Dentre os destaques da reunião, incluíram-se as propostas para a Agenda Trabalhista do Transporte para 2022, a avaliação das Negociações Coletivas no Transporte RODOVIáRIO de Cargas em 2021, as perspectivas para o próximo ano. Além disso, o grupo apresentou os efeitos da decisão do STF na Ação Direta de Inconstitucionalidade 5766, que tornou inconstitucional a cobrança dos honorários de sucumbência e periciais aos beneficiários da Justiça gratuita em questões trabalhistas.
Na oportunidade houve a participação dos assessores jurídicos das entidades dos estados de RS, SC, PR, SP, RJ, MG, CE, PB e PE.
Produção será puxada pela recuperação da safra de milho
A primeira estimativa para a safra agrícola de 2022, divulgada ontem (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), prevê a produção de 270,7 milhões de toneladas de grãos, cereais e leguminosas.
De acordo com o instituto, se os dados do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) forem confirmados, será um recorde da série histórica, iniciada em 1975, com um aumento de 7,8% em relação às estimativas deste ano, o que representa 19,5 milhões de toneladas a mais.
A expectativa do IBGE é que a produção seja puxada pelo milho, após uma queda grande na safra do grão deste ano, por causa do atraso do plantio da segunda safra e da falta de chuvas nos principais estados produtores. Para 2022, a previsão é de alta de 11,1% para a primeira safra, com 2,8 milhões de toneladas, e de 26,8% para a segunda safra, com 16,2 milhões de toneladas.
Segundo o gerente da pesquisa, Carlos Barradas, além da previsão de normalidade climática para o próximo ano, a alta do dólar incentiva os produtores de commodities.
“Outra razão para a perspectiva de recorde diz respeito à questão econômica. Apesar do aumento dos custos de produção, os preços das commodities agrícolas como milho, trigo e soja estão altos, ajudados pela valorização do dólar, fazendo o produtor aumentar o plantio e investir mais nessas lavouras”, explica.
O instituto prevê crescimento de 0,8% na produção de soja, com 1,1 milhão de toneladas a mais; de 2,4% no algodão herbáceo em caroço, com 84,9 mil toneladas, 12,8% no sorgo, com 302,4 mil toneladas; 6,9% no feijão primeira safra, com 80,9 mil toneladas, e aumento de 9,8% no feijão segunda safra, com previsão de 101 mil toneladas.
Por outro lado, a pesquisa estima quedas nas produções do arroz, de 3,9% ou 451,6 mil toneladas; do feijão terceira safra, de 0,9% ou 5,1 mil toneladas, e do trigo, de 10% ou 785,8 mil toneladas.
Safra de 2021
A pesquisa do IBGE aponta que a estimativa de outubro para a safra de 2021 é de 251,2 milhões de toneladas, o que representa 1,2% ou 3 milhões de toneladas a menos do que a obtida em 2020, quando a produção de grãos, cereais e leguminosas no país chegou a 254,1 milhões.
A área a ser colhida deve aumentar 4,6% este ano, alcançando 68,5 milhões de hectares. Somados, o arroz, o milho e a soja representam 92,5% da estimativa da produção do país e respondem por 87,6% da área a ser colhida.
Na produção deste ano, o IBGE aponta aumento de 10,3% para a soja e de 4,5% para o arroz em casca. Por outro lado, a previsão é de queda de 17,5% no algodão herbáceo e de 16% no milho, sendo 2,8% a menos na primeira safra e 20,6% de queda na segunda.
A produção de soja deve chegar a 134,1 milhões de toneladas e o milho 86,7 milhões de toneladas, sendo 25,9 milhões de toneladas na primeira safra e 60,9 milhões de toneladas na segunda safra. A produção do arroz foi estimada em 11,5 milhões de toneladas e a do algodão em caroço em 5,8 milhões de toneladas.
Contratações superiores às demissões são confirmadas pelo Painel CNT do Emprego no Transporte
Superando as incertezas econômicas e mantendo o ritmo de recuperação dos impactos gerados anteriormente pela pandemia de Covid-19 (Coronavírus), o mercado de trabalho do transporte RODOVIáRIO de cargas brasileiro segue aquecido e em crescimento. Prova disso é o número maior de contratações em relação ao número de demissões.
De acordo com levantamento mais recente do Painel do Emprego no Transporte, iniciativa da Confederação Nacional do Transporte (CNT), o segmento chegou ao final de setembro acumulando um total de 90.483 novas vagas de emprego no país. O saldo positivo é resultado das 449.481 admissões frente aos 358.998 desligamentos.
O Painel do Emprego no Transporte também traz dados relevantes por regiões e estados. Dentre as cinco regiões brasileiras, o Sudeste acumulou a maior parte dos novos postos de trabalho, 50.957 vagas até setembro deste ano, seguido pela região Sul com 17.949, Centro-Oeste com 9.856, Nordeste com 8.478 e Norte 3.213 novos postos de trabalho.
Já o levantamento por Estados revelou que 25 unidades federativas e o Distrito Federal registraram saldos positivos nas contratações de novos colaboradores. Apenas Roraima registrou mais demissões que admissões até o final de setembro 2021.
Transporte urbano de passageiros
Na contramão do transporte de cargas, o transporte rodoviário de passageiros urbanos segue demitindo mais profissionais que contratando. Segundo o Painel do Emprego no Transporte, até setembro de 2021 foram 20.470 postos de trabalho fechados, resultado das 68.520 demissões frente as 48.050 contratações.
Balanço geral do setor de transportes
No geral, ou seja, considerando todos os segmentos, o transporte brasileiro chegou ao final de setembro de 2021 registrando uma boa recuperação no mercado de trabalho, após encerrar 2020 demitindo mais que contratando.
De acordo com o Painel do Emprego no Transporte, que se baseia nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério da Economia, a diferença entre admissões (566.434) e desligamentos (491.669) de janeiro a setembro, resultou em um saldo positivo de 74.765 novos postos de trabalho.
“O mercado de trabalho do transporte se mantém aquecido mesmo com a crise que o país vive. Os resultados positivos registrados pelo Painel do Emprego no Transporte mostram o empenho do transportador em manter a economia girando, apesar dos sucessivos aumentos nos insumos necessários para a operação de nossas empresas”, ressalta o presidente da CNT, Vander Costa.
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