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Alta do Diesel preocupa setor de transportes de cargas

Alta do Diesel preocupa setor de transportes de cargas

Foto: Sérgio Malucelli

A Federação das Empresas de Transportes de Cargas do Estado do Paraná – Fetranspar, que representa mais de 20 mil empresas transportadoras de cargas, vê com preocupação o novo aumento na ordem de 8,89% no preço do óleo diesel anunciado pela Petrobrás.

O combustível que é o principal insumo que impacta nos custos do transportador, na ordem de 46%, já acumula elevação de 51% somente nos últimos 9 meses de 2021 e de 80% nos últimos doze meses.

A Federação pede para que os governos Estadual e Federal encontrem uma alternativa que não seja frequentemente ver o aumento do diesel ser repassado para o setor de transportes. É preciso tratar o tema com prioridade. A Federação lembra também que é hora do Senado e da Bancada Federal também tomar partido e defender o ‘absurdo’ que vem se vendo nas bombas.

O setor de transporte move o país que tem majoritariamente suas cargas transportadas por rodovias, e somente no estado do Paraná, é responsável por 6% do PIB estadual. “Não podemos assistir a essa inércia em relação ao aumento frequente do diesel. É preciso buscar alternativas plausíveis para esta questão que já vem se arrastando ao longo dos últimos meses tenha um desfecho favorável a sociedade como um todo”, destaca o presidente da Fetranspar e do Conselho Regional do SEST SENAT, Coronel Sérgio Malucelli.

A Federação lembra ainda que um recente estudo divulgado pela NTC&Logistica mostra que outros fatores ainda estão arrochando o setor nos últimos tempos como os juros básicos (SELIC) dos últimos seis meses que evoluíram de 2% para 8,5% (projeção para outubro/21). Os spreads bancários também subiram cerca de 2 pontos percentuais. Os preços de caminhões e implementos rodoviários aumentaram mais de 50% e a inflação setorial superou 30% no período.

Sem contêineres, 40% das cargas brasileiras de carnes suína e frango estão paradas, afirma ABPA

Sem contêineres, 40% das cargas brasileiras de carnes suína e frango estão paradas, afirma ABPA

COM CONTEINERES PARADOS, PRAZO DE ENTREGAS PARA A ÁSIA CHEGAM A OITENTA DIAS  (FOTO: REUTERS)

Crise logística deflagrada durante a pandemia continua a preocupar o setor, que espera ajuda do governo para mitigar o problema

A crise logística mundial provocada pela ruptura no fluxo de comércio internacional durante a pandemia de Covid-19, gerando alteração na rota de navios e redução na disponibilidade de contêineres, está deixando 40% das cargas brasileiras de carne suína e de frango paradas nos portos do país. A informação foi divulgada na quarta-feira (29/9) pelo coordenador do Grupo de Logística da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), José Perboyre, durante coletiva de imprensa realizada pela entidade que representa o setor.

“Para ser bem conservador, 40% das nossas carnes estão paradas hoje nos nossos portos. Tem fretes pra Ásia que levam oitenta dias para chegar lá e às vezes um contêiner chega a ficar 25 dias parado”, relatou Perboyre.

De acordo com o presidente da ABPA, Ricardo Santin, a associação entregou uma carta assinada com outras entidades representativas solicitando medidas emergências por parte do governo federal. O objetivo, segundo ele, é criar centros logísticos nos portos com maior capacidade de dragagem e calado no país.

“Têm poucas soluções de curto prazo, uma delas é a BR do Mar. Ela ajuda quando tiver cabotagem”, destacou Santin ao mencionar o projeto de lei 4.199 enviado pelo Executivo ao legislativo no ano passado e aprovado pela Câmara em dezembro. Caso aprovada, a lei passará a permitir a liberação progressiva de empresas estrangeiras em operações de navegação na costa do Brasil – atividade que, hoje, é restrita a companhias nacionais.

A mudança, explica Perboyre, permitirá remanejar as cargas de portos menores para outros mais modernos e com capacidade para receber embarcações maiores. “Houve, ao longo do tempo, um crescimento na capacidade dos navios – que hoje chegam a levar até 15 mil contêineres. Mas não temos portos com calado para recebê-los. É um ou outro que pode receber e um dos pedidos objetivos que estamos fazendo para o governo é que a legislação permita tirar a carga de um porto que não tenha essa capacidade e levar a um porto maior”, explica Perboyre. Ele estima que a medida aumentaria de 35% a 40% a capacidade de exportação do país.

“O Brasil deve crescer 41% no fornecimento de alimentos como um todo. Só no caso de aves e suínos, essa previsão é de 7,5 milhões de toneladas se olharmos linearmente. Então precisamos, sim, olhar para as condições logística para poder escoar essa produção, já que o mundo vai querer que o Brasil consiga produzir mais para ajudar na segurança alimentar deles”, completou Santin.

Entidades realizam levantamento estatístico inédito sobre acidentes com produtos perigosos

Entidades realizam levantamento estatístico inédito sobre acidentes com produtos perigosos

Foto: Reprodução

Desde a sua criação em 1999 pela então Secretaria de Transporte, a Comissão de Estudos e Prevenção de Acidentes no Transporte de Produtos Perigosos no Estado de São Paulo busca obter dados estatísticos dos acidentes que acontecem no setor. A Associação Brasileira de Transporte e Logística (ABTLP), que compõe o grupo desde a sua criação, sempre foi procurada para fornecer essas informações, mas até então ninguém as possuía de maneira consolidada. Cada instituição, como Corpo de Bombeiros, Polícia Rodoviária Estadual, Defesa Civil, Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB), Agência de Transporte do Estado de São Paulo (ARTESP), entre outras, mantinham seus dados separadamente, às vezes com conceitos distintos de acidente.

Com muito esforço, a comissão de estudos, composta por representantes das instituições citadas anteriormente, tendo em vista a Resolução ST nº 5/1999 e Resolução SLT nº 9/2015, desenvolveu uma planilha de acidentes que está sendo preenchida pela ARTESP, pelo Comando do Policiamento Rodoviário de São Paulo (PMRV), pela CETESB e pelo Pró-Química, obtendo assim os dados estatísticos das ocorrências (acidentes e incidentes) no transporte rodoviário de produtos perigosos no Estado de São Paulo.

Foi elaborado também um manual para o preenchimento da planilha de acidentes, oferecido também às instituições pelo coordenador da comissão, coronel Gilberto Tardochi da Silva.

O primeiro resultado extraído da análise dos dados apontou um total de 939 ocorrências, tendo a média de 78,25 ocorrências por mês. O número é elevado se considerarmos a premissa de que todo acidente é evitável.

Acidentes são descritos como um evento definido ou uma sequência de eventos fortuitos e não planejados que dão origem a uma consequência específica e indesejada, em termos de danos humanos, materiais ou ambientais. Os exemplos incluem colisões, abalroamentos, capotamentos, avarias em tanques, válvulas ou linhas que provocaram (ou poderão provocar) vazamento do produto transportado, dentre outros.

Incidentes, por sua vez, são definidos como um evento indesejável e inesperado que, no entanto, não resulta em danos às pessoas, ao meio ambiente ou ao patrimônio. Os exemplos incluem ocorrências do tipo pane seca, avaria mecânica, pneu furado, quebra de para-brisa, dentre outros.

Segundo o levantamento realizado pela comissão de estudos, os combustíveis lideram os acidentes nas estradas. O produto perigoso com maior incidência é o etanol (ONU 1170) com 18,1%, seguido do óleo diesel (ONU 1202) com 12,6% e da gasolina (ONU 1203) com 4,6%, perfazendo um total de 35,3%.  A Rodovia Governador Mario Covas (Rodoanel – SP021) apareceu em destaque no resultado de 2020, com 12,3% das ocorrências; na sequência, a Rodovia Castelo Branco (SP280), com 11,25%.

De acordo com coronel Tardochi, a ideia dessa apuração qualificada vem sendo desenvolvida há mais de 3 anos. “Já existia uma estatística que antes não era qualificada, porém não tínhamos dados como o tipo de caminhão e o tipo de produto. Agora ela é bastante específica”.

Cada um dos cerca de 3000 produtos classificados como perigosos pela Organização das Nações Unidas (ONU) possui sua própria característica e afeta de forma diferente o meio ambiente.

O transporte de produtos perigosos é uma atividade totalmente regulamentada que envolve diversos agentes e não só a empresa de transporte. Um acidente no deslocamento desses produtos alcança responsabilidades nas esferas administrativa, civil e criminal. Dependendo do dano causado, pode acarretar obrigações de reparação, indenização ou compensação.

“O bem mais importante é a vida; não só a do motorista, mas também da comunidade que vive no entorno, pois as ocorrências causadas no transporte de produtos perigosos podem causar contaminação do lençol freático, de captação de água, do solo e até do ar, podendo levar a óbitos”, afirma Tardochi.

Com a utilização da planilha de acidentes, as instituições dispõem da mesma ferramenta, facilitando assim a obtenção dos dados, que por sua vez poderão ser mais bem analisados pela comissão. Além disso, está previsto também o desenvolvimento de um aplicativo para dinamizar ainda mais os dados.

“O foco da Comissão de Estudos é conhecer os locais onde estão acontecendo os acidentes e buscar sugestões para diminuir a incidência naquela região, independentemente do número. O importante é buscar aprimorar a captação das respostas enviadas pelos fornecedores de dados para que não sejam comprometidas as informações e a análise”, explica a assessora técnica da Associação Brasileira dos Distribuidores de Produtos Químicos e Petroquímicos (ASSOCIQUIM), Gloria Benazzi.

Atualmente, esses dados estão sendo apurados somente no Estado de São Paulo, local de origem da comissão de estudos, mas esse primeiro levantamento está servindo de piloto. “Estamos testando e analisando para ver se tudo funciona corretamente para futuramente realizarmos essa pesquisa em nível nacional. Nesse caso, conseguiríamos identificar pontos onde há uma incidência maior de acidentes com produtos perigosos, permitindo-nos analisar com maior precisão o perfil da via por onde está sendo transportado aquele produto, como a quantidade e o equipamento, ou se existe um problema de construção naquele local”, completa o vice-presidente da ABTLP, Sérgio Sukadolnick, que também é coordenador da Subcomissão de Estudos da Região da Baixada Santista.

Esses levantamentos estatísticos serão bastante explorados principalmente a partir deste ano, quando serão apurados mensalmente pela Comissão de Estudos.

“Eu gostaria de prestar os meus agradecimentos e as minhas homenagens à equipe que atua nesta comissão de estudos, que existe há mais de 20 anos e que é tão importante para a análise e para a prevenção de acidentes neste segmento. Fui muito bem acolhido, e eles são os agentes que merecem o prestígio desta grande caminhada que é o transporte rodoviário de produtos perigosos”, finaliza o coronel Tardochi.

A equipe da ABTLP é responsável pela compilação dos dados, apresentação dos gráficos e finalização do relatório. “Esse levantamento é importante para o setor e para as empresas porque tem o intuito de prevenir”, ressalta o presidente da ABTLP, José Maria Gomes.

Confira o relatório completo do levantamento estatístico em: https://drive.google.com/file/d/1ssSpY1s5eV0VdQwolkePwTlg-W6zwBYE/view.

Indústria do aço volta a ter produção no nivel pré-pandemia

Indústria do aço volta a ter produção no nivel pré-pandemia

A indústria brasileira do aço conseguiu retomar a sua capacidade parada e a produção voltou ao patamar pré-pandemia.

De acordo com o presidente do Conselho Diretor do Aço Brasil e Vice-Presidente da Gerdau Aços Brasil, Argentina e Uruguai, Marcos Faraco, no auge da pandemia a indústria operou com apenas 40% da sua capacidade, mas diante de medidas governamentais e dos cenários micro e macroeconômicos, o setor conseguiu se recuperar.

Faraco abordou a drástica redução das exportações do setor do aço brasileiro que ocorreu na pandemia, para atender o mercado interno, além da evolução do preço das commodities em todo o mundo, em um nível que não era registrado desde 2000.

Segundo ele, a expectativa para 2021 é de que o setor tenha um crescimento em torno de 14% na produção de aço bruto, em relação a 2020.

Nas vendas internas, a projeção é de alta de 19% e de 24% no consumo aparente:

“Todas as nossas expectativas seguem muito positivas. Estamos iniciando um círculo virtuoso e longo. Consideramos como prioridade a recuperação da competitividade sistêmica do setor do aço brasileiro, e isso está diretamente ligado ao Custo Brasil. É imprescindível a aprovação da reforma tributária, sendo ampla, diminuindo a cumulatividade de impostos”.

Aço Brasil 2021

Junto com o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, o presidente do Conselho Diretor do Instituto Aço Brasil participou da abertura do Congresso Aço Brasil 2021, que reuniu nesta quarta-feira, autoridades, empresários e especialistas, de forma virtual, para debater as perspectivas e a importância do setor do aço para a economia brasileira.

O ministro destacou, em sua apresentação virtual, que o Brasil, assim como outros países, atravessou a pandemia da covid-19 que provocou a maior recessão global desde a Segunda Guerra Mundial, mas a economia tem mostrado “uma fortaleza muito grande e grande resiliência”.

Para isso, segundo Tarcísio de Freitas, o país tem contado com a indústria do aço, produto, que na visão dele, é um indicador antecedente da economia.

“Indústria que de janeiro a agosto, deste ano, produziu em termos de aço bruto mais de 24 milhões de toneladas, com crescimento de 20,9% em relação aos primeiros oito meses do ano passado. Temos visto crescimento nas vendas internas e no consumo aparente de produtos siderúrgicos. Aço é um indicador de antecedência. Significa que na esteira desse crescimento do consumo de aço, verificaremos também o crescimento do nosso produto interno bruto”, observou.

Infraestrutura

Tarcísio de Freitas afirmou que a indústria do aço tem produzido e atendido à demanda, que atualmente já está em patamares maiores do que os anteriores à pandemia.

E é, a partir disso, que o governo busca expandir a infraestrutura com investimentos do setor privado. “A nossa missão no Ministério de Infraestrutura é fazer com que mais aço seja demandado e mais aço seja produzido. Nós vamos fazer isso mediante os investimentos em infraestrutura”, disse, acrescentando que o governo de Jair Bolsonaro é o que mais leiloou aeroportos para a iniciativa privada (34), mais realizou certames de arrendamentos portuários (29), mais assinou contratos de adesão para terminais privados (99), além dos leilões de ferrovias e de rodovias.

“Estamos buscando o investimento em infraestrutura pela via do capital privado. É a forma da gente fazer a provisão da infraestrutura em um cenário de extrema restrição fiscal. Já foram 74 leilões de ativos realizados com sucesso e mais de R$ 80 bilhões de investimentos contratados e a jornada não para por aí. Vamos iniciar agora uma nova jornada de leilões, incluindo o leilão da Rodovia Presidente Dutra, a ligação do Rio de Janeiro com São Paulo, incluindo mais 16 aeroportos com Congonhas e o Santos Dumont”, completou.

Tarcísio de Freitas afirmou que o Brasil caminha “a passos largos” para que no final de 2022 alcançar mais de R$ 300 bilhões contratados com a iniciativa privada, que vão tomar corpo nos próximos anos. “Lá para 2024, 2025 e 2026, quando os investimentos contratados com o setor privado estiverem se materializando, o Brasil vai se transformar realmente em um grande canteiro de obras e isso é geração de emprego na veia, isso é consumo de aço. Isso é desenvolvimento”, concluiu.

Pandemia

Ainda no encontro, o presidente-executivo do Instituto Aço Brasil, Marco Polo de Mello Lopes, afirmou que a expectativa do setor indicava que 2020 seria o ano da recuperação. “Começamos o ano operando com 63% da nossa capacidade instalada, veio a pandemia, com a pandemia veio o isolamento social necessário e importante, mas junto com o isolamento social veio uma gravíssima crise de demanda que na nossa percepção não foi divulgada e nem analisada com profundidade”, disse.

“Veio a retomada, religamos os equipamentos e essa estupenda reação do setor, já em junho colocando mais no mercado interno do que se colocava no período que antecedeu a economia”, acrescentou.

De acordo com Marco Polo, o setor do aço tem um parque produtor com 31 usinas e capacidade instalada de 51 milhões de toneladas/ano de aço bruto.

Os investimentos entre 2008 e 2020 foram equivalentes a US$ 28,2 bilhões. A previsão para o período 2021 a 2025 é de mais US$ 8 bilhões e uma produção de aço bruto de 31,4 milhões de toneladas.

O Brasil é o nono maior produtor de aço no mundo e está muito próximo da posição da Alemanha.

A construção civil, o setor de bens de capital e o automotivo representam são os segmentos que mais consomem o produto no Brasil. No total atingem 82,1%.

Indústria cearense cresce 44,96% no segundo trimestre; veja resultado por setor

Indústria cearense cresce 44,96% no segundo trimestre; veja resultado por setor

Os segmentos de transformação e construção civil tiveram os principais resultados, trazendo a alta para um patamar acima do que era esperado pelo Ipece

Influenciada pelos segmentos de transformação, construção civil e eletricidade, gás e água, o Produto Interno Bruto (PIB) da indústria cearense cresceu 44,96% no segundo trimestre deste ano na comparação com igual período de 2020. Os resultados foram divulgados nesta terça-feira (28) pelo Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece).

VEJA OS NÚMEROS DA INDÚSTRIA:

  • Transformação: 57,91%
  • Construção civil: 39,08%
  • Eletricidade, gás e água: 32,39%
  • Extrativa Mineral: -10,25
  • De acordo com dados do Ipece, a indústria já acumula alta de 22,92% nos últimos 12 meses.

O PIB do Ceará teve crescimento de 18,34% no segundo trimestre de 2021 na comparação com igual período do ano passado. O resultado foi superior ao do Brasil, que subiu 12,4%, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

CONFIRA OS DADOS DO PIB POR SETOR:

  • Indústria: 44,96%
  • Serviços: 15,94%
  • Agropecuária: -5,42%

INDÚSTRIA EM ASCENSÃO

A indústria cearense vem em ascensão desde o quarto trimestre do ano passado. O resultado deste trimestre, inclusive, apesar de positivo comparado a 2020, apresentou queda de 1,67% em relação ao primeiro trimestre deste ano.

O resultado da indústria foi superior ao do país no mesmo período. A indústria brasileira cresceu 10,8%, segundo o IBGE.

Conforme o analista da área de indústria do Iprece, Witalo Paiva, o cenário deste ano foi bastante diferente do ano passado. A taxa de crescimento expressivo veio em decorrência da base de comparação baixa de 2020, quando a indústria amargou perdas, mas também de fatores que fugiram à previsão do instituto.

Witalo atribui a alta ao dinamismo do setor, que atende uma demanda reprimida após o fechamento dos estabelecimentos. A demanda continua aquecida, principalmente nas indústrias têxtil, de confecção e calçados, carros-chefes do Estado. 

A construção civil também teve alta significativa no ano passado com a redução dos juros imobiliários e o desempenho continuou no segundo trimestre deste ano, apesar do aumento da taxa Selic e do cenário de instabilidades.

No caso do segmento de eletricidade, gás e energia, o aumento tem a ver com a retomada da economia, já que a reabertura da economia traz uma exigência de maior consumo energético. O Estado também se beneficiou do aumento da geração de energia, com destaque para a térmica, que cresceu 250%.

O analista destaca que apesar dos efeitos negativos da crise energética, parte do crescimento do segmento vem devido ao acionamento das termelétricas do Ceará. 

SERVIÇOS

Principal setor da economia cearense e brasileira, os serviços também tiveram aumento no segundo trimestre de 2021. O crescimento foi de 15,94%, maior que os 10,8% registrados nacionalmente.

O analista de serviços do Ipece, Alexandre Cavalcante, enfatiza que o bom desempenho representa uma melhoria da dinâmica da economia como um todo e uma recuperação da forte restrição das atividades econômicas no ano passado em razão da pandemia.

O comércio foi o principal segmento, com alta de 38,06%. Alexandre destaca os subsegmentos de manutenção de carros, venda de materiais de construção e móveis.

O transporte também cresceu em razão do dinamismo da economia, que trouxe maior necessidade de locomoção à medida que os estabelecimentos voltaram à atividade. O analista chama atenção para o transporte aéreo, que tem crescido com as pessoas se sentindo mais confortáveis para viajar.

“Com o avanço da vacinação, as pessoas estão se sentindo mais protegidas e retomando a vida na normalidade, retomar viagens”, explica.

AGROPECUÁRIA

Ao contrário dos outros dois setores, a agropecuária apresentou queda de 5,42% no segundo trimestre de 2021. O resultado foi inferior à média nacional, que teve alta de 1,3%.

A analista de agropecuária do Ipece, Cristina Lima, diz que o desempenho vem devido à falta de chuvas, que atrapalhou a cultura de sequeiro e a safra de insumos como milho, feijão e tubérculos em geral.

Apesar do resultado negativo na agricultura, a especialista ressalta que a pecuária está com bons números, sobretudo para aves e ovos. 

“É um resultado que, embora negativo, tem uma boa perspectiva para fechar o ano como positivo”, espera. 

SETCERGS leva informações sobre segurança à comunidade

SETCERGS leva informações sobre segurança à comunidade

Ação da Semana Nacional de Trânsito abordou motoristas e visitou transportadora

Na última sexta-feira, dia 24, a blitz educativa aconteceu na avenida São Pedro, em frente à sede do sindicato, e teve o apoio da Brigada Militar. O presidente do SETCERGS, Sérgio Gabardo, acompanhou a ação. “A preocupação com a segurança no trânsito é responsabilidade de todos, assim como a adoção efetiva de medidas para reduzir os acidentes e mortes”, disse Gabardo.

Com apoio do Programa Despoluir, SEST SENAT, da Fetransul e da Concessionária Transrio, foram distribuídos materiais com informações de prevenção e brindes. “Estamos dando suporte como empresa parceira do SETCERGS”, disse Adriano Panzini, representante de vendas da Transrio. “Por isso, é importante participarmos desses eventos, além de ser uma vocação da empresa.”

A Cooperativa de Crédito Transpocred foi outra apoiadora. “Como somos a única cooperativa de crédito no segmento do transporte, achamos muito importante trazer esse apoio e conscientização para a comunidade”, explicou Carine Cardoso, gerente da Transpocred.

A atividade teve também a presença do secretário de Segurança de Sapucaia do Sul, Coronel Oto Amorim.

No sábado (25), Dia Nacional do Trânsito, as equipes foram até a filial da Empresa Cooperlíquidos, em Canoas, para a abordagem de motoristas no trânsito e uma palestra para os profissionais dentro da empresa. A iniciativa teve o apoio da prefeitura de Canoas. O secretário adjunto de Transportes e Mobilidade do município, Lucas Lacerda, representou o prefeito Jairo Jorge.

Na palestra, o agente de trânsito Marcos Carús mostrou como funciona um etilômetro e enfatizou a importância de evitar o álcool e as drogas, ter cuidado com as ultrapassagens e respeitar a velocidade. Ele ilustrou o conteúdo com exemplos de acidentes reais. “Temos muitas fotos de acidentes acontecidos aqui em Canoas, então podemos mostrar e comentar as causas”, explicou.

A ação foi acompanhada por Ana Maria Viezzer, presidente da Liga Feminina de Combate ao Câncer de Canoas, e por Iracema Gabardo, que representou também a Transportes Gabardo.

A presidente da Cooperlíquidos, Etiane Clavijo, agradeceu a iniciativa. “Como aqui temos três tipos de transporte dentro da empresa, é importante conscientizar não apenas os motoristas mas também os funcionários para que eles tenham o entendimento de como realmente funciona o trânsito lá fora, com os veículos pesados”, disse. “Agradecemos esse grupo tão especial que está aqui, trazendo esse conhecimento.”

As ações tiveram apoio da Brigada Militar.