Responsabilidade social, sustentabilidade e gerenciamento adequado se tornaram recorrentes nas empresas de logística e a Scapini vem adotando cada vez mais práticas nesse sentido
A sustentabilidade se tornou um tema muito recorrente nos últimos anos e, com isso, as práticas sustentáveis passaram a ser cada vez mais exigidas no mercado. O assunto se tornou pauta de discussões, de palestras, de eventos e de reuniões e começou a ser adotado expressivamente no setor de transporte de cargas e logística, com a preocupação de como o meio ambiente é prejudicado nesse segmento.
Junto a isso, o ESG, que significa environmental, social and governance, ou, em português, “ambiental, social e governança”, ganhou destaque na sociedade e no mercado, despertando cada vez mais o desejo de valorização por parte de empresas que apostam na conscientização ambiental e na própria gestão. Esse conjunto de padrões e de boas práticas visa definir se a operação de uma empresa é socialmente consciente, sustentável e corretamente gerenciada.
Isso desperta uma imensa responsabilidade nas corporações e apresenta um grande papel de agentes transformadores – o que é preciso sempre mais para um ambiente melhor, principalmente no setor de transporte de cargas. Hoje, quem não é sustentável já enfrenta dificuldades no mercado.
De acordo com o relatório publicado pelo Observatório do Clima em 2018, a frota de caminhões foi responsável por emitir a maior parte dos poluentes climáticos no Brasil no ano de 2016. Além disso, ainda segundo as informações, o setor de transportes é o maior emissor dos segmentos analisados, sendo o causador de 39% do total das emissões dos setores de energia e de processos industriais e uso de produtos (PIUP).
Em vista disso, as transportadoras começaram a adotar medidas sustentáveis que não agridem o meio ambiente e, consequentemente, proporcionam melhor qualidade nos serviços e bem-estar para os colaboradores envolvidos, como é feito no Grupo Scapini. Situada em Lajeado, no Rio Grande do Sul, a rede de transporte de cargas implementou práticas no dia a dia para contribuir com o meio ambiente.
Segundo Helin Cristina Bianchini, responsável pelo setor de qualidade e meio ambiente, a empresa adota os seguintes hábitos: separação de lixo, com adoção de coleta seletiva gerenciando os resíduos (recicláveis e não recicláveis) nas áreas administrativas; separação de lixo com gerenciamento de resíduos perigosos classe I nas áreas de manutenção (oficina); controle da poluição atmosférica por meio de testes de opacidade nos caminhões realizado pelo Programa Despoluir; Projeto de Compensação dos Créditos de Carbono a fim de reduzir as emissões de gases poluentes da frota; e treinamentos ambientais constantes.
“Por meio da conscientização com os colaboradores e fornecedores do nosso Sistema de Gestão Ambiental, são realizados treinamentos constantes. Todo colaborador que ingressa na empresa recebe uma preparação de integração na qual são apresentadas a POLíTICA ambiental do grupo e todas as ações ambientais que a empresa realiza”, informa a responsável pelo setor.
A empresa também atua com a estação compacta AQUAFLOT ETAR-2500, utilizada para o tratamento e para o reuso de água na lavagem de veículos contaminados com material em suspensão (argilas, óleos, graxas, tintas e sabões). Além disso, é uma das primeiras transportadoras do Brasil a conquistar o selo de carbono neutro.
Levando em consideração os resíduos que são gerados durante o transporte de cargas, o Boletim Ambiental do Despoluir – Programa Ambiental do Transporte apontou que o modal RODOVIáRIO é o que apresenta maior participação da emissão de CO2 (dióxido de carbono) no Brasil, representando 20% do total do gás emitido no país.
Com essas práticas em pauta diariamente, Lucas Scapini, CEO do Grupo Scapini, conta como a empresa enxerga esse tema: “Prezamos muito pela sustentabilidade em todas as operações. Sabemos dessa importância e de como a preservação do meio ambiente é essencial. Trabalhamos constantemente para que essa conscientização seja disseminada pelos colaboradores, fornecedores e terceirizados com bom gerenciamento e comprometimento. Isso é o mínimo. Temos muito trabalho pela frente, e isso sempre vai ser uma das nossas prioridades”.
Essas e outras ações contribuem não só para um bom funcionamento dos serviços, mas também para a preparação de um melhor cenário do setor para as futuras gerações, que é conquistado pelo olhar que as transportadoras devem ter desde cedo e, agora, implementando a agenda ESG. Isso gera reconhecimento e confiança pela sociedade e pelos clientes como uma empresa diferenciada e alinhada com os termos sustentáveis, que devemos priorizar cotidianamente.
Na manhã de ontem (30), o presidente da NTC&Logística, Francisco Pelucio, juntamente com o corpo executivo da entidade, visitou o Banco de Alimentos do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre.
O Banco de Alimentos é uma iniciativa empresarial voluntária e sem fins lucrativos. Contribuindo para uma transformação cultural, o BA conta com o apoio do SETCERGS, que coordena o plano de logística do banco, distribuindo e transportando os alimentos coletados. São mais de 20 milhões de quilos de alimentos doados desde 2000.
Na visita, o presidente Pelucio celebrou a parceria entre a NTC&Logística com a iniciativa. “É uma ação nobre que a NTC tem alegria de fazer parte. Que a gente leve o Banco de Alimentos para o Brasil todo”.
Estiveram presentes, também, o diretor financeiro da NTC, Marcelo Rodrigues; o presidente da FENATAC, Paulo Lustosa; o vice-presidente extraordinário de Responsabilidade Social e articulador social do projeto, João Pierotto, Adir e Ademir Fração que são ex-dirigentes do TRC, também foram fundadores do Expresso Mercúrio e hoje são diretores do Banco de Alimentos.
O trabalho desenvolvido pelos irmãos Fração, tem feito a diferença no estado e por todo o Brasil. Iniciativa ímpar que transforma diariamente a vida de muitas pessoas que precisam, principalmente na pandemia onde centenas de famílias precisaram desse apoio tão importante.
Na oportunidade Pelucio também ressaltou o trabalho desenvolvido pelos empresários. “O Brasil precisa de mais homens como vocês, queremos fazer parte desse importante trabalho, muito obrigado”, ressaltou.
A Câmara dos Deputados pode votar hoje, terça-feira (31) a Medida Provisória 1050/21, que aumenta de 10% para 12,5% a tolerância para o excesso de peso por eixo de ônibus de passageiros e de caminhões de carga sem aplicação de penalidades. A sessão do Plenário está marcada para às 15 horas.
Segundo o governo, essa é uma reivindicação do setor de transporte RODOVIáRIO porque cerca de 43% das multas ocorrem nesse intervalo.
Além disso, para veículos com peso bruto total igual ou inferior a 50 toneladas, a tolerância de excesso de peso por eixo poderá ser maior se respeitado o limite técnico por eixo definido pelo fabricante e o veículo não passar de 5% do peso bruto total definido para sua categoria.
A MP altera a Lei 7.408/85 e define a vigência desta lei até 30 de abril de 2022, a fim de que o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) regulamente o assunto como permitido pelo Código de Trânsito Brasileiro.
A NTC&Logística apresentou emendas e espera que sejam aprovadas para o bom funcionamento do transporte rodoviário de cargas em todo o Brasil.
Conectividade entre máquinas, sistemas e produtos gera redes inteligentes na cadeia de suprimentos – MERCEDES BENZ/DIVULGAÇÃO/JC
A modernização, automação e digitalização de processos estão se difundindo em diversos campos da economia e a logística não é exceção. Essa evolução, também chamada de logística 4.0, é algo que precisa ser acompanhado pelas empresas do setor, caso contrário a perspectiva é de perda de mercado, de competitividade ou até mesmo do encerramento das atividades.
O presidente da Câmara Brasileira de Logística e Infraestrutura, Paulo Menzel, considera que esse novo cenário deriva de uma necessidade provocada pela indústria e pelo agronegócio. “Não é mais possível se fazer logística aos moldes que se fazia antigamente”, sustenta o dirigente. Ele argumenta que as pontas do mercado, o vendedor e o comprador, entenderam que há um elo importante entre esses extremos que é justamente a logística. Menzel destaca que agora a prática é vista como uma parte da operação em si.
“Até pouco tempo, se negociava tudo em volta de quem comprava e quem vendia e se chamava alguém para levar a mercadoria até o destino e hoje a logística é um fator crucial”, comenta o integrante da Câmara Brasileira de Logística e Infraestrutura. O dirigente salienta que a logística não é uma “solução de prateleira” e quase sempre tem um DNA personalizado para cada cliente.
Em virtude disso, cresce a importância da atualização e diversificação das iniciativas apresentadas pelos agentes do setor. “Quem não seguir a evolução tecnológica, fatalmente sairá do mercado”, reforça Menzel. Um dos pontos essenciais nesse contexto, segundo o presidente da Câmara Brasileira de Logística e Infraestrutura, é a rastreabilidade das mercadorias, da sua origem ao destino.
Ele acrescenta que os marketplaces, que comercializam os mais diversos tipos de artigos em um mesmo lugar, transformaram os produtos em uma espécie de commodities. “Você encontra o mesmo item no Magazine Luiza, Amazon, Mercado Livre ou outro, o consumidor já não compra pelo produto, o consumidor está levando em conta o tempo de entrega”, comenta o dirigente. Menzel frisa que o prazo para uma encomenda chegar ao cliente vem caindo vertiginosamente. Isso obriga ainda mais as empresas a aprimorarem seus processos logísticos.
O head da HRM Logística Consultoria & Treinamento, Hélio Meirim, considera que neste novo mundo da logística fez-se necessário uma adequação nos modelos de negócios, que passaram a demandar processos mais enxutos, ágeis, personalizados, com possibilidades de transações digitais (informação, escolha, compra, pagamento, troca) e que possibilitem uma experiência cada vez melhor aos clientes. De acordo com Meirim, a logística 4.0 baseia-se na conectividade entre máquinas, sistemas e produtos, possibilitando às empresas criarem redes inteligentes ao longo de sua cadeia de suprimentos.
A maior influência no IPP de julho veio da indústria alimentícia – Foto: José Fernando Ogura/AEN-PR
Os preços da indústria subiram 1,94% na passagem de junho para julho, resultado superior à alta registrada de maio para junho e maior variação dos últimos três meses – houve variação de 1,29% em junho e de 0,99% em maio. O acumulado no ano atingiu 21,39%, recorde em toda a série histórica, iniciada em dezembro de 2014, e, em sete meses, já é maior do que o acumulado em todo o ano de 2020 (19,38%). O acumulado em 12 meses (35,08%) está entre os quatro maiores da série, iniciada em dezembro de 2014. Em julho de 2020, a alta foi de 3,22%. Os dados são do Índice de Preços ao Produtor (IPP), divulgado hoje (27) pelo IBGE.
A pesquisa mede a variação dos preços de produtos na “porta da fábrica”, sem impostos e frete, de 24 atividades das indústrias extrativas e da transformação. Dessas, 20 tiveram variações positivas em julho. A maior influência no índice veio de alimentos (0,49 p.p.), refino de petróleo e produtos de álcool (0,32 p.p.), indústrias extrativas (0,27 p.p.) e metalurgia (0,27 p.p.).
“Em linhas gerais o indicador de julho é muito influenciado pelas condições do comércio internacional devido às altas acumuladas e correntes das commodities minerais, agropecuárias e do petróleo, com impacto nos preços de venda e na estrutura de custos das atividades de maior influência no mês. Um inverno mais rigoroso em 2021 e a entressafra de insumos importantes à fabricação de alimentos também contribuíram para deteriorar as condições de oferta de matéria-prima, pressionando as margens do produtor industrial desse setor”, diz o analista do IPP Felipe Câmara.
Os resultados foram homogêneos, sem um grande destaque setorial. Eles refletem as altas das atividades de metalurgia (3,68%), indústrias extrativas (3,61%), vestuário (3,45%) e refino de petróleo e produtos de álcool (3,26%).
Felipe Câmara destaca ainda os efeitos da depreciação cambial corrente, após dois meses de apreciação, que tudo o mais constante, provoca um aumento do montante em reais (R$) recebido pela venda de produtos cotados em moeda estrangeira em toda a indústria. E, destaca como, no caso dos alimentos, a alta acumulada e corrente das commodities afeta os preços da carne bovina e do açúcar.
“A carne bovina vem sendo afetada em sua estrutura de custos pela alta acumulada na cadeia da soja nos últimos meses, efeito que em julho, em particular é reforçado pela entressafra do abate. Ao mesmo tempo, pelo lado da demanda, os preços do produto são pressionados por uma procura internacional aquecida. E, um resultado colateral importante da alta no preço da carne é o efeito substituição na demanda doméstica por proteína animal, com aumento da procura e dos preços da carne de frango, que também é destaque de influência no mês. Uma dinâmica similar afeta os preços do açúcar, que reflete os efeitos da entressafra da cana ao mesmo tempo que tem os preços internacionais em alta”, diz Câmara.
Os aumentos correntes do preço internacional do minério de ferro e do óleo bruto afetam diretamente as indústrias extrativas, além disso, as altas acumuladas ao longo dos últimos meses pressionam os custos das atividades de metalurgia e indústria de refino. Esta última repassando o impacto dos maiores preços do óleo bruto à cadeia dos derivados do petróleo.
“Na metalurgia, temos o minério de ferro pressionando os produtos de aço, assim como os produtos de alumínio repercutindo os maiores preços do seu insumo base. O setor convive, ainda, com um movimento de recomposição de estoques na cadeia de distribuição dos produtos siderúrgicos, em função da demanda aquecida dos últimos meses que termina por pressionar o preço industrial deste grupo econômico”, completa o analista do IPP.
Em relação às grandes categorias, a influência sobre o IPP (1,94%) foi de 2,14% em bens de capital; 1,90% em bens intermediários; e 1,98% em bens de consumo, sendo que 0,76% foi a variação observada em bens de consumo duráveis e 2,22% em bens de consumo semiduráveis e não duráveis.
Mais sobre a pesquisa
O IPP tem como principal objetivo mensurar a mudança média dos preços de venda recebidos pelos produtores domésticos de bens e serviços, bem como sua evolução ao longo do tempo, sinalizando as tendências inflacionárias de curto prazo no país. Constitui, assim, um indicador essencial para o acompanhamento macroeconômico e um valioso instrumento analítico para tomadores de decisão, públicos ou privados.
A pesquisa investiga, em pouco mais de 2.100 empresas, os preços recebidos pelo produtor, isentos de impostos, tarifas e fretes e definidos segundo as práticas comerciais mais usuais. Coletam-se cerca de 6 mil preços mensalmente. As tabelas completas com os resultados estão disponíveis no Sidra.
Ontem (26), aconteceu mais uma reunião ordinária com a participação dos membros da diretoria da NTC, representantes de entidades, presidentes, executivos e convidados.
A ocasião foi conduzida pelo presidente da entidade, Francisco Pelucio, que aproveitou para comentar as principais ações da NTC no mês de agosto.
Durante o encontro foram discutidos diversos assuntos de importância para o setor como a desoneração da folha de pagamento, o DT-e, a Reforma Tributária, Roubo de Cargas, Taxas de Tributação, PL 591 e a privatização dos correios.
Houve também a participação dos ex-presidentes da entidade, Geraldo Vianna, Urubatan Helou e Flávio Benatti, o presidente da CNT, Vander Costa e como convidados especiais da presidência, o deputado federal, Jerônimo Goergen e o fundador da Expresso Mercúrio, Ademir Fração.
Em sua fala, Fração declarou: “Apenas pelos assuntos de suma importância para o setor, tratados nessa reunião, percebemos o tipo de trabalho essencial que a NTC exerce. Essa entidade é um grande braço para o transportador, precisamos da NTC forte para lutar pelo setor de transporte.”
Os executivos e técnicos da entidade também participaram da reunião, relatando suas atividades e encaminhamento de demandas do setor para os órgãos superiores.
O vice-presidente da NTC, Eduardo Rebuzzi, encerrou a reunião destacando “Temas importantes foram tratados e continuarão sendo seguidos pelas entidades”.
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