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Em MS nesta segunda, ministro Tarcísio Gomes assina ordens de serviço em rodovia e entrega obra do aeroporto

Em MS nesta segunda, ministro Tarcísio Gomes assina ordens de serviço em rodovia e entrega obra do aeroporto

Foto: Reprodução

O ministro também se encontra com o prefeito Marquinhos Trad (PSD) para discutir investimentos

O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, cumpre agenda em Mato Grosso do Sul nesta segunda-feira (9). Ele vai participar da entrega da obra de modernização do Aeroporto Internacional de Campo Grande, tratar sobre a ampliação da logística intermodal de transporte no estado e assinar ordens de serviços que garantirão a continuidade dos trabalhos de renovação das BRs 419 e 463 em área de MS.

O primeiro compromisso — vistoria às obras de pavimentação da BR-419/MS — será no município de Rio Negro. Além de Tarcísio de Freitas, participam a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina; o governador do estado, Reinaldo Azambuja; e o diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), general Santos Filho.

Após retorno à Capital, haverá assinatura das ordens de serviço para continuidade dos trabalhos do DNIT nesta rodovia e na BR-463. Os investimentos federais nas duas estradas são estratégicos para assegurar boas condições de trafegabilidade nas vias, onde há intensa movimentação de cargas.

O ministro terá encontro ainda com o prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD) para tratar sobre investimentos em ferrovias e da integração da logística intermodal de transportes para o escoamento de cargas no estado.

A agenda se completa com a entrega de obras realizadas pelo Governo Federal, por meio da Infraero, no Aeroporto de Campo Grande — principal acesso de turistas do país e do exterior ao Pantanal. Foram aplicados R$ 39,9 milhões — do Fundo Nacional de Aviação Civil (FNAC) — na reforma e ampliação do terminal de passageiros.

Houve ainda a renovação das pistas de taxiamento, do pátio de aeronaves e do acesso viário ao terminal aeroportuário, além da recuperação e do nivelamento da faixa preparada da pista de pouso, com implantação de RESAS (áreas de escape), e da recuperação do sistema de drenagem.

Confira a agenda completa do ministro em MS:

10h35 – Visita técnica às obras de pavimentação da BR-419/MS.

11h10 – Deslocamento, em helicóptero, para o Aeroporto de Campo Grande.

12h10 – Reunião com o prefeito de Campo Grande.

16h40 – Entrega da ampliação do terminal de passageiros do Aeroporto Internacional de Campo Grande e assinatura das ordens de serviço para adequação da Travessia Urbana de Dourados (BR-463/MS) e da pavimentação do Lote 4 da BR-419/MS.

Local: Saguão de embarque do Aeroporto de Campo Grande

17h40 – Vistoria às melhorias realizadas no Aeroporto de Campo Grande.

18h20 – Atendimento à imprensa.

Motorista troca vida de dona de casa por caminhão e defende mais mulheres nas estradas

Motorista troca vida de dona de casa por caminhão e defende mais mulheres nas estradas

Foto: Arcervo Pessoal

Rubia Brischiliari, que se tornou caminhoneira há menos de um ano em busca de independência, diz que falta infraestrutura para elas nas rodovias

Antiga dona de casa, dedicada integralmente aos filhos, Rubia Brischiliari decidiu trabalhar fora para não depender mais do ex-marido. Mas ela não sabia que a coragem a levaria aos volantes do caminhão graneleiro Scania 113, rodando quase mil quilômetros por dia, e com a importante função de escoar a safra de grãos do Paraná.

Com morada no município de Ibiporã (PR), a rotina da caminhoneira é descer cerca de 500 quilômetros até o Porto de Paranaguá com a carga cheia de soja, milho, trigo, e às vezes fertilizantes. Depois, circula durante a semana entre as cidades de Lapa, Castro, entre outras adjacentes ao porto, para conseguir mais viagens para Paranaguá no mesmo dia. “Só não gosto de passar o fim de semana fora”, ela diz ao contar que saudade de mãe é grande.

Para a logística, Rubia conta com o auxílio do Tmov, uma plataforma que faz a conexão entre caminhoneiros e quem precisa escoar a carga via transporte . “O aplicativo possibilita o retorno com o caminhão cheio, e aí a gente não roda vazio”, ela comenta ao dizer que as baixas temperaturas estão diminuindo muito o volume de trabalho.

“A situação climática atrapalha nosso trabalho. Esse frio intenso está atrapalhando muito. Está sem grãos”, conta. “O frete está melhor na região de Paranaguá do que no Norte, e não costuma ser assim”, destaca.

Uma forma de economizar, ela adiciona, é ficar de olhos atentos no preço do diesel. “Qualquer oportunidade de um diesel mais barato, a gente encosta”, ela conta, rindo. Ao se referir aos pedágios paranaenses, que têm fama do alto custo, ela prefere não reclamar. “Quando acontece alguma coisa, o guincho da concessionária chega mais rápido que o do seguro, então vale a pena.”

Rubia conta a história na primeira pessoa do plural. Sempre nós. E não é por acaso, já que viaja para cima e para baixo com o pai. Há menos de um ano nas estradas do Paraná e parte de Santa Catarina, o companheiro de cabine nunca trabalhou com caminhão, mas, já aposentado, incentivou a filha na profissão.

É que ele via a insatisfação dela quando trabalhava como motorista de ônibus em linhas urbanas. Primeiro, começou como cobradora, depois  superou o preconceito e o medo de dirigir veículos de grande porte e se tornou a motorista, o que durou cerca de nove anos.  “O ônibus cansava a mente. O caminhão cansa o corpo, mas o trabalho é mais prazeroso”, diz.

O pai comprou o caminhão, levou para casa e ela lembra da reação. “Eu ficava lavando louça de frente para uma janela, onde dava pra ver o caminhão estacionado, e pensava: o que faço com isso?”. Tomou coragem, foi para frente do volante e os irmãos, que também são caminhoneiros, deram todo o suporte, inclusive passando instruções à distância, pelo rádio.

Ela conta que há poucas caminhoneiras nas estradas, e isso acontece por dois motivos, segundo Rubia. Falta de coragem por parte das mulheres, falta de oportunidade por parte das empresas, que muitas vezes dão preferência a quem tem experiência, e não acolhem mulheres para ingressar neste mercado de trabalho.

Outra característica das estradas que pode passar despercebido pelos homens, mas é ponto de atenção da caminhoneira, é o banheiro. “É difícil ter um banheiro feminino nas paradas. Banho, então, é ainda mais arriscado, tem alguns que não dá para trancar a porta. Não tem infraestrutura que espere mulher”, lamenta ao dizer que a companhia do pai dá um pouco mais de segurança.

“Eu era machista comigo mesma”, admitiu Rubia, pois pensava que caminhão não era coisa de mulher. Mas quem pensa assim está errado, e ela pode provar. “O diesel corre no sangue”, afirma.

Com mudança climática, Brasil precisa repensar agronegócio, dizem especialistas

Com mudança climática, Brasil precisa repensar agronegócio, dizem especialistas

Foto: Ernesto Carriço/NurPhoto via Getty Images

Relatório do IPCC alerta para aumento do desmatamento e consequências para a Amazônia

Diante do relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), divulgado na manhã desta segunda-feira (9), especialistas ouvidos pela CNN concordam que o papel que o Brasil precisa assumir diante do cenário de crise ambiental inclui mudanças na maneira como é conduzido o agronegócio.

As razões não são apenas ecológicas — são também econômicas. Conforme o físico Paulo Artaxo, pesquisador na Universidade de São Paulo (USP) e uma das maiores referências mundiais sobre aquecimento global, o relatório indica que no “Brasil central o aumento da temperatura pode chegar a 4 ou 5°C nas próximas décadas”. “São mudanças muito fortes que podem inviabilizar o agronegócio como temos hoje”, ressalta. “O Brasil precisa olhar com muito cuidado as conclusões do relatório do IPCC.”

Estudos recém-publicados já vinham sugerindo isso. Trabalho realizado pela engenheira ambiental Rafaela Flach, da Universidade Tufts, nos Estados Unidos — publicado pela revista World Development — estimou em mais de 3,5 bilhões de dólares por ano os prejuízos da indústria da soja por conta do calor elevado. Segundo o trabalho dela, a produtividade do grão cai 5% a cada dia com temperatura acima de 30ºC.

Em maio, a revista Nature publicou outro trabalho que seguia a mesma toada. De acordo com os pesquisadores, entre eles o engenheiro florestal Argemiro Teixeira Leite Filho, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), a estiagem decorrente do desmatamento já implica em gastos anuais adicionais de 1 bilhão de dólares por ano para a agropecuária realizada na região sul da chamada Amazônia Legal.

Amazônia

O X da questão é a Amazônia. Com o avanço descontrolado da agropecuária para terras antes ocupadas pelo bioma, a floresta brasileira gradativamente deixa de ser um grande sumidouro de dióxido de carbono e se torna um emissor do gás.

“No caso brasileiro, não é tanto negacionismo climático, como se vê em outros países grandes como Estados Unidos e Austrália, mas sobretudo desconhecimento”, acredita o biólogo Mairon Bastos Lima, pesquisador no think tank sueco Instituto Ambiental de Estocolmo. “As coisas muitas vezes são apresentadas como ocorrendo dentro da sua variabilidade natural, como sendo fruto do El Niño ou de alguma outra dinâmica que se tenta explicar, mas o que este relatório do IPCC reafirma é precisamente que o clima do planeta não está dentro da sua variabilidade normal.”

“Talvez haja menos um negacionismo e mais um receio em contar ao público brasileiro que mais de 70% das emissões brasileiras provêm da agropecuária ou do desmatamento”, acrescenta.

O relatório mais recente do Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa (SEEG), iniciativa do Observatório do Clima, mostra que em 2019 quase a metade de todas as emissões brasileiras vieram do desmatamento. Esses dados haviam caído de 2004 e 2010, e voltaram a subir a partir de 2012. “A agropecuária, por si só, mesmo excluindo as emissões pelo desmatamento, ainda emite mais do que toda a indústria brasileira e transpor somados”, calcula Lima.

O relatório IPCC apresenta o risco dos chamados “eventos de alto risco e baixa previsibilidade”. Um deles está na Amazônia. “É onde o desmate reduz a evapotranspiração, que por sua vez compromete ainda mais as chuvas”, explica Lima. “Isso pode fazer com que a floresta entre num ciclo autodestrutivo. Menos árvores, menos chuva, e se transformar numa savana. É o chamado ‘forest dieback’, que este relatório pela primeira vez explicitamente reconhece.”

“Para o Brasil já não basta zerar emissões, mas remover o que está na atmosfera. E, a floresta amazônica precisa ser protegida urgentemente, pois ela é um dos grandes sumidouros naturais de carbono do planeta. É necessário zerar o desmatamento e favorecer os serviços ecossistêmicos para reduzir nossa vulnerabilidade diante das mudanças climáticas”, comenta o engenheiro florestal Mauricio Voivodic, diretor-executivo do WWF-Brasil.

“Se passarmos do ponto de não-retorno no qual esse processo tem início, as consequências são gravíssimas”, acrescenta o Lima. “A Amazônia está diretamente envolvida no chamado Sistema de Monção da América do Sul, que gera as chuvas — das quais dependem muito da agricultura e das hidrelétricas brasileiras — do Sudeste e Centro-Oeste do Brasil de novembro a março. O relatório do IPCC aponta que esta região  pode experimentar um aumento de temperatura até duas vezes maior que a média global. Então o problema diz respeito a nós muito diretamente.”

Águas e conta de luz mais cara

Outro aspecto trazido pelo IPCC que implicaria diretamente sobre o Brasil, com seus 7,4 mil km de costa marítima, é o aumento do nível do mar, em decorrência do aquecimento global. “Pode chegar a até 1 metro nas próximas décadas. Imagine o impacto em cidades como Santo, Rio de Janeiro, Recife e Florianópolis? O impacto no Brasil é enorme e somos nós quem temos as maiores vulnerabilidades”, afirma, o físico Paulo Artaxo, pesquisador na USP.

Pesquisador no Instituto do Homem e Meio Ambienta da Amazônia (Imazon), o engenheiro florestal Paulo Barreto atenta para o que o brasileiro já está vendo na conta de luz, mais cara para frear o consumo. “O Brasil está mais seco e a tendência é que piorará sem a redução drástica das emissões de poluentes que causam o aquecimento global”, afirma.

“As secas mais frequentes, acompanhadas de queimadas, vão empobrecer a floresta amazônica. A floresta mais rala terá menos capacidade de modular a quantidade de chuvas em outras regiões do país. Já estamos vendo alguns efeitos do que isso significa: menos chuvas estão reduzindo a produtividade agropecuária no sul da Amazônia, reservatórios das hidrelétricas estão reduzidos e rios mais secos dificultam o transporte de cargas em hidrovias.”

Natalie Unterstell, presidente do think thank Talanoa, dedicado à climática, e mestre em políticas públicas pela Universidade de Harvard, atenta para outros impactos decorrentes da previsão de aumento generalizado de secas afetando as regiões norte e nordeste do Brasil, “mesmo em cenários de baixa emissão”. “Diversas regiões da América do Sul vão experimentar o que chamamos de secas agrícolas e ecológicas. Isso quer dizer que eles preveem impactos em larga escala sobre a produção agrícola, quebras de safra e isso, obviamente, vai impactar em questões como inflação”, ressalta. “Isso tem conexão com as preocupações de bancos em tentar regular os riscos climáticos, gerir os riscos climáticos. Porque isso pode afetar nossa estabilidade financeira e controlar alguns componentes da macroeconomia.”

“Infelizmente, o poder público tem atuado na direção contrária do que seria necessário para reduzir e adaptar ao risco climático. Além de já ter reduzido a proteção ambiental que resultou em aumento de desmatamento, o governo e Congresso estão aprovando uma lei que tenderia a aumentar o desmatamento por vários anos”, diz ele, sobre o projeto conhecido como PL da grilagem. “A lei beneficia invasores de terras públicas – dando um perdão e possibilitando a compra das áreas por preços muito abaixo do mercado. Esse prêmio aos criminosos estimula novas ocupações e mais desmatamento.”

Essa postura brasileira pode sair cara economicamente. Conforme ele ressalta, há um movimento crescente na Europa que busca “impor uma taxa a produtos importados de países com políticas ambientais fracas”. “O Brasil deveria ser mais ativo na busca das soluções, interna e externamente”, defende. “O Brasil poderia conseguir recursos internacionais para ajudar a conservar as florestas nativas e a reflorestar para ajudar a ‘limpar o ar’, ou seja, retirar o carbono da atmosfera pelo crescimento das árvores.”

Agropecuária

Para o pesquisador Leite Filho, o IPCC deu uma “chamada”, indiretamente, ao Brasil ao indicar que o desmatamento impacta na questão das chuvas e, por consequência, prejudica o próprio agronegócio. Na fronteira agropecuária brasileira, ou seja, no limiar da Amazônia Legal, isso é um verdadeiro ciclo vicioso.

“Não tem como o Brasil continuar com essa narrativa de que desenvolvimento necessita de destruição florestal”, ressalta ele. “É importantíssimo a gente entender que é necessária a mudança de paradigma. O relatório fala que haverá um aumento de seca em várias regiões do globo, mas esses efeitos variam — em alguns pontos haverá aumento na precipitação; em outros, secas severas. Na bacia amazônica, a previsão é de secas fortes, a precipitação deve diminuir à medida que o mundo for se aquecendo.”

“Como grande parte da fronteira agrícola do Brasil avança ali, em direção à floresta, precisamos verificar também o desmatamento, qual a responsabilidade que temos quanto a isso. Já há evidências de que a Amazônia emite mais CO2 do que é capaz de absorver, devido ao desmatamento”, acrescenta o pesquisador.

Em comunicado divulgado à imprensa, o WWF-Brasil ressaltou que o relatório aponta, para o Brasil, que “não basta zerar as emissões — é preciso remover o carbono já existente na atmosfera”. “Como a floresta Amazônia é um dos grandes sumidouros naturais de carbono do planeta, sua preservação é mais importante que nunca”, diz o texto. “Estudos indicam que partes da floresta já estão emitindo mais carbono do que capturando, em função de sua degradação que, se persistir nos níveis atuais, poderá pressionar todo o bioma além de seu ponto de equilíbrio, afetando o clima em todo o planeta, mas mais especificamente na América do Sul, colocando em risco a segurança alimentar, hídrica e energética do Brasil.”

A CNN procurou o Palácio do Planalto, os ministérios do Meio Ambiente, da Agricultura e de Minas Energia e o Conselho da Amazônia para comentar o relatório e a opinião dos especialistas e aguarda retorno.

Brasil quer chegar a 2030 com 30% de combustíveis renováveis

Brasil quer chegar a 2030 com 30% de combustíveis renováveis

Atualmente, 25% dos combustíveis usados no país são renováveis

O Brasil atualmente a segunda posição no que se refere à produção de biodiesel no mundo e é o maior produtor de etanol vindo da cana de açúcar, afirmou o secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia (MME), José Mauro Coelho, em entrevista ao programa A Voz do Brasil. Segundo ele, nossa matriz energética e de transporte é uma das mais limpas do mundo. Cerca de 25% do combustível que utilizamos é proveniente de fontes renováveis e a meta é de chegar a 2030 com uma participação de 30%. “Isso é único no mundo”.

Um dos responsáveis por esse incremento será o programa Combustível do Futuro. Lançado em abril deste ano, ele tem como objetivo aumentar a participação de combustíveis renováveis e de baixo teor de emissões na nossa matriz e desenvolver tecnologias veiculares nacionais. “O Brasil avançou muito nos veículos Flex Fuel, na utilização dos biocombustíveis. Nesse período de transição energética temos de desenvolver ainda mais essa tecnologia veicular.” Outro objetivo é desenvolver novos biocombustíveis: “Estamos olhando pra frente e vendo novos combustíveis que possam ser inseridos na nossa matriz energética, na nossa matriz de transportes”, disse.

De acordo com Coelho, o mercado de biocombustíveis já é uma realidade no transporte de cargas com o uso do biodiesel. Outras opções são o diesel verde, que já vem sendo usado na Europa, o gás natural e o biometano. Segundo ele, a ideia é, por meio do meio do Combustível do Futuro, desenvolver opções para o setor aéreo e aquaviário. No caso da aviação, será utilizado o bioquerosene de aviação.

O programa Combustível do Futuro também traz estímulos para que operadores de Petróleo e Gás Natural invistam em pesquisa e desenvolvimento.
Acompanhe a entrevista completa: https://youtu.be/ipcaVD7GkEc

Montadoras prorrogam paralisações nas fábricas devido à falta de semicondutores

Montadoras prorrogam paralisações nas fábricas devido à falta de semicondutores

Foto: Portal Novo Varejo 

Ainda com desabastecimento de chips, Fiat, GM, Volkswagen e Renault reduzem turnos ou adiam volta de operários às fábricas; escassez do item se arrasta desde o fim de 2020

Agosto começou com mais paralisações nas montadoras por falta de semicondutores para a produção. O problema afeta principalmente as três maiores fabricantes – Fiat, General Motors e Volkswagen -, mas nesta semana a Renault também parou suas fábricas em razão da dificuldade em obter chips.

A escassez do item eletrônico produzido na Ásia se arrasta desde o fim de 2020 e tem gerado impactos nas vendas, em razão da falta de carros nas concessionárias.

A Fiat suspendeu ontem, mais uma vez, a produção de um turno de trabalho em uma de suas linhas na fábrica de Betim (MG) pelos próximos dez dias. Com exceção da picape Toro – feita na unidade da Jeep em Pernambuco -, os demais modelos da marca saem da fábrica mineira.

Atual líder no mercado de automóveis e comerciais leves no País, a Fiat tem adotado reduções parciais de produção para ajuste ao volume de entregas de semicondutores. É uma estratégia para não paralisar toda a fábrica, como vêm fazendo algumas das concorrentes.

Na Volkswagen, o retorno ao trabalho na unidade de Taubaté (SP) previsto para ontem, após 20 dias de paralisação, ocorreu com apenas um turno de trabalho. O outro teve a parada estendida por mais dez dias. A fábrica produz o Gol e o Voyage.

Já a unidade de São Bernardo do Campo, no ABC paulista, está com um turno suspenso desde o dia 19, com cerca de 1,5 mil funcionários em férias coletivas. A volta estava prevista para o dia 9, mas já foi prorrogada por mais 20 dias. Lá, são feitos o Polo, Virtus, Nivus e Saveiro.

Volta parcial na GM

A produção do Chevrolet Onix – até o início do ano o carro mais vendido no mercado brasileiro – será retomada no dia 16 na fábrica de Gravataí (RS), mas apenas com um turno de trabalho.

O mesmo vai ocorrer com a unidade de São Caetano do Sul, também no ABC paulista, que voltará a ligar as máquinas no dia 26 – também com apenas um turno.

A fábrica gaúcha está parada há quase cinco meses e não há data definida para a volta do segundo turno. O Onix é o único modelo em linha e sua falta nas revendas levou a General Motors, líder do mercado até janeiro, a ficar em sétimo lugar em vendas nos últimos três meses.

Parada desde o dia 16 de junho, a fábrica de São Caetano passa por reforma para iniciar a produção da nova picape Montana. O retorno dos funcionários estava previsto para ontem, mas foi adiado por mais três semanas. Inicialmente, apenas um turno (cerca de 2 mil funcionários) retomará atividades na produção dos modelos Onix Joy, Spin e Tracker, e não há data estabelecida para o retorno da segunda equipe.

Na fábrica da GM em São José dos Campos (SP), de onde saem a picape S10 e o SUV Trailblazer, um grupo de 250 operários está com os contratos de trabalho suspensos de 12 de julho a 25 deste mês.

Outra montadora que decidiu dar férias coletivas aos funcionários em razão da falta de componentes eletrônicos é a Renault. A produção da fábrica de veículos de passeio no complexo industrial de São José dos Pinhais (PR) foi interrompida na quinta-feira passada, e só voltará a operar na próxima segunda-feira. Já a unidade que produz comerciais leves ficará fechada nesta semana.

A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) calcula que o setor tenha deixado de produzir de 100 a 120 mil veículos no primeiro semestre. A entidade divulgará novos dados sobre o setor na sexta-feira.

Vendas de carros caem pelo segundo mês

As vendas de veículos novos em julho caíram pelo segundo mês seguido e somaram 175,5 mil unidades, quase o mesmo volume de igual mês de 2020, quando o setor começava a se recuperar das fortes quedas de abril e maio em razão da pandemia.

O número parcial, obtido com fontes do mercado, inclui caminhões e ônibus e é 3,8% menor que o de junho e 0,6% superior ao de julho de 2020. No ano, foram vendidos 1,25 milhão de veículos, alta de 27,1% ante igual período do ano passado.

Só o segmento de automóveis e comerciais leves vendeu 163,1 mil unidades no mês – queda de 4,2% ante junho e alta de 6,4% ante julho de 2020 – e 1,17 milhão no ano, 28,2% mais que em 2020. Segundo fabricantes, há demanda, mas faltam carros nas lojas por causa da baixa produção resultante da falta de chips.

A Fiat se distanciou ainda mais dos concorrentes ao encerrar julho com fatia de 26,8% das vendas. A Toyota está em segundo lugar (11,4%), seguida por Volkswagen (11%), Hyundai (9,3%) e Jeep (8,3%). A GM ficou em sétimo lugar, com 5,8%.

No ano, a fatia da Fiat é de 22,8%, seguida pela Volkswagen (15,7%), GM (11,4%), Hyundai (9,4%) e Toyota (8,3%).

Denúncias de problemas em estradas do Ceará podem ser feitas via WhatsApp

Denúncias de problemas em estradas do Ceará podem ser feitas via WhatsApp

Foto: Reprodução 

A plataforma será coordenada pela Superintendência de Obras Públicas (SOP)

O Governo do Ceará lançou, nesta terça-feira (3), um serviço via WhatsApp para reclamações e denúncias sobre problemas estruturais e outros em rodovias estaduais. Os cidadãos poderão enviar uma mensagem para o contato (85) 98404-9800.

As informações foram divulgadas pelo governador Camilo Santana (PT), em transmissão ao vivo, na tarde desta terça-feira (3). “É um serviço importante para tomarmos conhecimento, termos mais agilidade e rapidez”, disse o chefe do executivo. 

A plataforma será coordenada pela Superintendência de Obras Públicas (SOP).

Em nota enviada ao Diário do Nordeste, a pasta informou que, pelo WhatsApp, “o cidadão deve fornecer informações básicas, como a rodovia a que ele se refere e a localização do trecho (como km ou ponto de referência/ município), bem como imagens do local”.

Assim, informou a SOP, a reclamação ou denúncia será direcionada “para a área técnica para análise das devidas providências”.

A SOP reforçou que o número é exclusivo para demandas relacionadas às rodovias estaduais (CEs) pavimentadas, “que são de competência da autarquia”.

Durante live, Camilo frisou já ter iniciado a recuperação de 2.038 quilômetros de estradas no Ceará.