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Em carta a Lira, 120 associações empresariais se posicionam contra reforma do IR

Em carta a Lira, 120 associações empresariais se posicionam contra reforma do IR

NTC&Logística é uma das associações de impacto nacional signatária da manifestação

Movimento articulado por 120 entidades do setor empresarial contra o projeto do governo que altera o Imposto de Renda enviou uma carta ao presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), alertando para os impactos negativos da proposta e cobrando alterações no texto. As associações pedem que o Congresso vote primeiro a reforma administrativa, que mexe nas regras para contratar, promover e demitir os servidores públicos, antes do texto que prevê a taxação na distribuição de lucros e dividendos.

O setor produtivo pede na carta mais prazo e espaço para discussão transparente com a criação de uma comissão especial para discutir um projeto que traga “uma solução equilibrada, com impacto neutro sobre a arrecadação e, capaz de garantir crescimento com emprego e justiça social”. Entre os signatários estão a Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística), Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia), Associação Brasileira das Companhias Abertas (Abrasca), Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) e inúmeras entidades do setor de serviços, incluindo a Associação Brasileira de Rádio e Televisão (Abratel) e Associação Nacional de Jornais (ANJ).

A proposta entregue pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, no fim do mês passado, fixa em 20% a taxação de lucros e dividendos e extingue Juros sobre Capital Próprio, uma outra forma de remunerar os acionistas. O texto também prevê reduzir a alíquota do IRPJ para 12% em 2022 e 10% em 2023. Hoje, é de 15% e há cobrança de 10% sobre o lucro que exceder R$ 20 mil, que não seria alterada.

Os empresários não acreditam nos números do ministro de que não haverá aumento da carga tributária. Na carta, eles argumentam que a alíquota total sobre as empresas, de 34% (incluindo o IRPJ mais CSLL) subiria para 43,2%, com a adição da tributação sobre os dividendos. Segundo as entidades, o Brasil já figura entre “os países do mundo que mais tributam o consumo de bens e serviços, o emprego formal e o lucro dos empreendimentos”.

Ao presidente Lira, eles alertam que não é recomendável que uma proposta tão complexa, extensa e impactante tramite apressadamente, sob risco de serem cometidos graves erros, de difícil reparação futura. Lira já sinalizou que quer votar o projeto rapidamente e até admitiu a possibilidade que a votação ocorresse antes do recesso parlamentar das férias de julho. Essa posição do presidente deixou em estado de alerta os empresários que resolveram se unir.

Um grande evento de debates está sendo organizado para o próximo dia 18.”O Brasil não pode ter pressa para fazer algo que pode prejudicar o seu futuro”, diz a carta. As entidades alertam que o País sofrerá com menos crescimento econômico, empregos e aumento de preços. A carta foi disparada também por meio eletrônico para as lideranças da Câmara, onde o projeto tramita há cerca de 10 dias com a relatoria do deputado Celso Sabino (PSDB-SP). A articulação do setor empresarial na carta aponta dificuldades adicionais para aprovação da proposta. A grita maior é que haverá forte elevação da carga tributária sobre os investimentos no país.

Um dos principais alvos das críticas é o fim da isenção que existe hoje para lucros e dividendos com a fixação de uma alíquota de 20%. Os empresários alegam que há extenso rol de medidas negativas incluídas no projeto que “desestimulam a atração do investimento produtivo e no mercado de capitais e desfavorecem o empreendedorismo e a geração de empregos”.

O documento contém uma lista de 68 artigos no projeto com problemas. As entidades apontam também para o risco de aumento da burocracia, da complexidade e da insegurança jurídica. No ofício, são feitas diversas considerações sobre problemas identificados, com o impacto direto em pequenas empresas, profissionais liberais, financiamentos setoriais e organização empresarial.

As entidades citam que as dificuldades trazidas pela medida estão em linha com as duras críticas de três ex-secretários da Receita Federal: Everardo Maciel, Marcos Cintra e Jorge Rachid. Everardo é um dos conselheiros técnicos dessa articulação. Foi na sua gestão à frente da Receita que foi dada a isenção aos lucros e dividendos. Colunista do Estadão, Everardo é um dos mais ácidos críticos do texto.

Os empresários dizem que é consenso a necessidade de maior justiça fiscal, começando pela correção da tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física, mas não é aceitável o limite do desconto simplificado para a classe média (em R$ 40 mil anuais), onerando substancialmente sua renda. “O valor de R$ 13,5 bilhões para a correção não deveria vir de aumento de impostos e sim, prioritariamente, da redução dos gastos públicos”, diz.

O ponto que os empresários querem convencer os parlamentares a não votar o projeto é o de que, se de um lado a proposta, traz algum alívio para os assalariados, de outro ameaça seus empregos, a geração de novas vagas de trabalho e ainda tende a aumentar o custo dos bens e serviços que a população consome.

Veja a lista completa das associações:

ABAP: Associação Brasileira de Agências de Publicidade

ABCFAV: Associação Brasileira de Cursos de Formação e Aperfeiçoamento de Vigilantes

ABCVP: Associação Brasileira de Controle de Vetores e Pragas

ABEO: Associação Brasileira de Empresas de Odontologia

ABERC: Associação Brasileira das Empresas de Refeições Coletivas

ABERT: Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão

ABES Software: Associação Brasileira das Empresas de Software

ABIA: Associação Brasileira da Indústria de Alimentos

Abicalçados: Associação Brasileira das Indústrias de Calçados

ABIH-SP: Associação Brasileira Indústria Hotéis São Paulo

ABIMAQ: Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos

Abinee: Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica

Abisemi: Associação Brasileira da Indústria de Semicondutores

ABIT: Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção

ABMES: Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior

ABPA: Associação Brasileira de Proteína Animal

ABRAFAC: Associação Brasileira de Facilities

ABRAFESTA: Associação Brasileira de Eventos Sociais

ABRAFI: Associação Brasileira das Mantenedoras das Faculdades

ABRALIMP: Associação Brasileira do Mercado Limpeza Profissional

ABRASCA: Associação Brasileira das Companhias Abertas

ABRASEL: Associação Brasileira de Bares e Restaurantes

ABRATEL: Associação Brasileira de Rádio e Televisão

ABREVIS: Associação Brasileira de Empresas de Segurança e Vigilância

ABRIESP: Associação Brasileira da Indústria do Esporte

ABRINQ: Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos

ABT: Associação Brasileira de Telesserviços

ABTV: Associação Brasileira das Empresas de Transporte de Valores

ALSHOP: Associação Brasileira de Logistas de Shoppings

AMB: Associação Médica Brasileira

ANACEU: Associação Nacional dos Centros Universitários

ANCORD: Associação Nacional das Corretoras de Valores

ANER: Associação Nacional de Editores de Revistas

ANFRAVIST: Associação Nacional dos Franqueadores de Serviços de Vistoria

ANJ: Associação Nacional de Jornais

Anjos do Brasil

ANPTrilhos: Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos

APM: Associação Paulista de Medicina

APRAG: Associação dos Controladores de Vetores e Pragas Urbanas

Assespro: Federação das Associações das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação

CACB: Confederação das Associações Comerciais do Brasil

CEBRASSE: Central Brasileira do Setor de Serviços

Central de Outdoor

CICB: Centro das Indústrias de Curtume do Brasil

CNCOM: Confederação Nacional de Comunicação Social

CNS: Confederação Nacional de Serviços

Conexis: Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia

CONFENEN: Confederação Nacional dos Estabelecimentos de Ensino

Contic: Confederação Nacional da Tecnologia da Informação e Comunicação

Fabus: Associação Nacional dos Fabricantes de Ônibus

FACESP: Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo

FEADUANEIROS: Federação Nacional dos Despachantes e Aduaneiros

FEBRAC: Federação Nacional das Empresas de Serviços e Limpeza Ambiental

FEBRATEL: Federação Brasileira de Telecomunicações

FENACON: Federação Nacional das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas

FENAERT: Federação Nacional das Empresas de Rádio e Televisão

FENAINFO: Federação Nacional das Empresas de Informática

FENAJORE: Federação Nacional das Empresas de Jornais e Revistas

FENAPRO: Federação Nacional das Agências de Propaganda

FENASERHTT: Federação Nacional dos Sindicatos de Empresas de Recursos Humanos, Trabalho Temporário e Terceirizado

FENATAC: Federação Interestadual das Empresas de Transporte de Cargas

FENAVIST: Federação Nacional das Empresas de Segurança e Transporte de Valores

FENEP: Federação Nacional das Escolas Particulares

FENINFRA: Federação Nacional de Call Center, Instalação e Manutenção de Infraestrutura de Redes de Telecomunicações e de Informática

FEPRAG: Federação Brasileira das Associações de Controle de Vetores e Pragas Sinantrópicas

FETCESP: Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Estado de São Paulo

FETRACAN: Federação das empresas de Transporte de Cargas e Logística do Nordeste

Fetranscarga: Federação do Transporte de Cargas do Estado do Rio de Janeiro

FETRANSCESC: Federação das Empresas de Transporte de Carga e Logística no Estado de Santa Catarina

FÓRUM: Fórum das Entidades Representativas do Ensino Superior Particular

GETA: Grupo de Estudos da Tributação no Agronegócio

IBDA: Instituto Brasileiro de Direito do Agronegócio

IBRACON: Instituto dos Auditores Independentes do Brasil

Instituto Brasil 200

Instituto Unidos Brasil

MPA: Motion Picture Association Brasil

NTC: Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística

NTU: Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos

P&D Brasil: Associação de Empresas de Desenvolvimento Tecnológico Nacional e Inovação

SEAC-ABC: Sindicato das Emp. de Asseio, Conservação e Afins do Grande ABCMD, RP e RGS

SEAC-BA: Sindicato das Empresas de Servços e Limpeza Ambiental do Estado da Bahia

SEAC-DF: Sindicato das Empresas de Asseio e Conservação do Distrito Federal

SEAC-ES: Sindicato das Empresas de Asseio e Conservação do Estado do Espírito Santo

SEAC-MG: Sindicato das Empresas de Asseio e Conservação de Minas Gerais

SEAC-MS: Sindicato das Empresas de Asseio e Conservação do Estado de Mato Grosso do Sul

SEAC-PA: Sindicato das Empresas de Serviços Terceirizáveis, Trabalho Temporário, Limpeza e Conservação Ambiental do Estado do Pará

SEAC-PE: Sindicato das Empresas de Asseio e Conservação do Estado de Pernambuco

SEAC-PR: Sindicato das Empresas de Asseio e Conservação no Estado do Paraná

SEAC-RJ: Sindicato das Empresas de Asseio e Conservação do Estado do Rio de Janeiro

SEAC-SC: Sindicato das Empresas de Asseio, Conservação e Serviços Terceirizados do Estado de Santa Catarina

SEAC-SP: Sindicato das Empresas de Asseio e Conservação do Estado de São Paulo

SEACEC: Sindicato das Empresas de Asseio e Conservação do Estado do Ceará

SECOVI: Sindicato da Habitação

SEJOPE: Sindicato das Empresas Editoras de Jornais do Estado de Pernambuco

SELUR: Sindicato das Empresas de Limpeza Urbana no Estado de São Paulo

SEMEESP: Sindicato das Empresas de Escolta do Estado de SP

SEMERJ: Sindicato das Entidades Mantenedoras dos Estabelecimentos de Ensino Superior no Estado do RJ

SEMESP: Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior no Estado de São Paulo

SESCON-SP: Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas no Estado de São Paulo, Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas no Estado de São Paulo, Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas no Estado de São Paulo

SESVESP: Sindicato das Empresas de Seg. Privada Seg. Eletrônica e Cursos de Formação do Est. de SP

SINDASSEIO: Sindicato das Empresas de Asseio e Conservação do RGS

SINDEJOR-PR: Sindicato das Empresas Proprietárias de Jornais e Revistas do Estado do Paraná

SINDEJOR-SC: Sindicato das Empresas Proprietárias de Jornais e Revistas de Santa Catarina

SINDEPARK: Sindicato das Empresas de Garagens e Estacionamento do Estado de São Paulo

SINDEPRES: Sindicato das Empresas de Prestação de Serviços no Estado do Espírito Santo

SINDEPRESTEM: Sindicato das Empresas de Prestação de Serviços a Terceiros, Colocação e Administração de Mão-de-Obra e de Trabalho Temporário no Estado de São Paulo

SINDESP-CE: Sindicato das Empresas de Seguranças Privadas do Estado do Ceará

SINDESP-ES: Sindicato das Empresas de Segurança Privada

SINDESP-MG: Sindicato das Empresas de Segurança e Vigilância do Estado de Minas Gerais

SINDESP-RJ: Sind. das Empr. de Segurança Privada do Estado do Rio de Janeiro

SINDESP-RS: Sindicato das Empresas de Segurança e Vigilância do Estado do Rio Grande do Sul

SINDESP-SC: Sindicato das Empresas de Segurança Privada do Estado de Santa Catarina

SINDHOSP: Sindicato dos Hospitais, Clínicas, casas de saúde laboratório de pesquisa e análises clinicas e demais Estabelecimentos de serviços de saúde do estado de São Paulo

SINDICERV: Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja

SINDIJORE-RJ: Sindicato das Empresas Proprietárias de Jornais e Revistas do Município do Rio de Janeiro

SINDIJORES: Sindicato das Empresas Proprietárias de Jornais e Revistas do Espírito Santo

SINDIMOTOR: Sindicato de Remanufaturamento, Recondicionamente ou Retífica de Motores e seus Agregados e Periféricos no Estado de São Paulo

Sinditêxtil SP: Sindicato das Indústrias de Fiação e Tecelagem do Estado de São Paulo

SINDJORE: Sindicato das Empresas de Jornais e Revistas de São Paulo

SINDJORE-RS: Sindicato das Empresas Proprietárias de Jornais e Revistas no Estado do Rio Grande do Sul

SINDJORI: Sindicato das Empresas Proprietárias de Jornais e Revistas do Estado de São Paulo

SINDPRAG: Sindicato das Empresas Especializadas na Prestação de Serviços de Controle de Vetores e Pragas do Estado de São Paulo

SINEATA: Sindicato Nacional das Empresas Prestadoras de Serviços Auxiliares de Transporte Aéreo

SINFAC-SP: Sindicato das Sociedades de Fomento Mercantil – Factoring do Estado de São Paulo

SINHORES OSASCO: Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares do Município de Osasco e Região

Sinicom Sindicato Nacional da Indústria da Construção Pesada

SINSERHT – MG: Sindicato das Empresas de Prestação de Serviços à Terceiros, Colocação e Administração de Mão de Obra, Recursos Humanos e Trabalho Temporário no Estado de Minas Gerais

SINSTAL: Sindicato Nacional das Empresas Prestadoras de Serviços e Instaladoras de Sistemas e Redes de TV por assinatura- Cabo-MMDS-DTH e telecomunicação

Senado confirma em Plenário dois novos diretores para a ANTT

Senado confirma em Plenário dois novos diretores para a ANTT

O senador Espiridião Amin (PP-SC) foi o relator da indicação para a ANTT

Foi aprovado pelo Plenário do Senado nesta quarta-feira (7) a indicação (MSF 29/2021) do engenheiro Rafael Vitale Rodrigues para o cargo de diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Foram 41 votos a favor, 1 voto contrário e 1 abstenção. Ele cumprirá mandato de cinco anos à frente da diretoria da Agência.

Também foi aprovada a nomeação de Guilherme Theo da Rocha Sampaio para integrar a diretoria da ANTT. Ele é ex-chefe de gabinete da presidência da Confederação Nacional do Transporte (CNT). Sampaio foi indicado (MSF 31/2021) para mandato que se inicia neste ano. Ele foi aprovado com 45 votos a favor, 4 contrários e 1 abstenção.

Ambos foram sabatinados pela Comissão de Infraestrutura (CI) na terça-feira (6).

Rafael Vitale Rodrigues é engenheiro civil com especialização em ferrovias. Ele passou pela iniciativa privada, pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e pelo Ministério da Infraestrutura. Mais recentemente, estava na Subchefia de Articulação e Monitoramento da Casa Civil da Presidência da República. O relator da indicação foi o senador Esperidião Amin (PP-SC).

O indicado afirmou na sabatina a determinação de exercer uma gestão transparente à frente da ANTT, com alinhamento junto ao Ministério da Infraestrutura e harmonização entre os interesses do Estado, dos atores do setor de transportes e dos usuários.

— Considerando a minha formação acadêmica e experiência profissional, sinto-me apto a exercer o cargo de diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres. Caso esta nobre Casa me confira tal responsabilidade, exercerei uma gestão transparente, com independência, mas prestando obediência às leis e buscando alinhamento junto ao Ministério. Promoverei sempre o diálogo, buscando harmonizar os interesses do Estado, do governo, dos agentes regulados e dos usuários — prometeu Rodrigues.

Sampaio trabalhou como advogado, foi assessor jurídico do Sindicato das Empresas de Transporte de Carga de Minas Gerais e trabalhou na presidência da CNT de 2019 a 2021. Segundo o relator da sua indicação, o senador Wellington Fagundes (PL-MT), o indicado pode integrar a diretoria da ANTT porque foi apenas empregado da CNT, e não membro de conselho ou diretoria (a legislação veda que essas pessoas assumam cargos em agências reguladoras).

Na sabatina à CI, Sampaio prometeu que pautará sua atuação na ANTT com “autonomia e independência, interesse nacional e promoção do desenvolvimento econômico e social, unidade nacional e integração regional, proteção dos interesses dos usuários quanto à qualidade e à oferta de serviços de transporte, modicidade tarifária, preservação do meio ambiente, liberdade de escolha, estímulo à competitividade e estímulo à intermodalidade, em tudo buscando manter a sustentabilidade existente no sistema”.

Ele também afirmou que a ANTT tem o papel de implementar políticas públicas, garantir a movimentação de pessoas e de bens, e cumprir os padrões de eficiência, segurança, conforto, regularidade e pontualidade.

— Também pautarei a minha atuação, assim como a da agência, em harmonizar os objetivos dos usuários, das empresas, sempre preservando o interesse público, porque esta é a finalidade que se tem de exercer da agência. E ressalto a importância de interlocução com as demais agências reguladoras, com relação à implementação da intermodalidade, algo que esta Casa vem muito a prezar e estabelecer — disse Sampaio à CI.

Comércio paranaense cresce quase 9% nos primeiros cinco meses do ano

Comércio paranaense cresce quase 9% nos primeiros cinco meses do ano

O volume de vendas do comércio paranaense cresceu 8,9% nos primeiros cinco meses de 2021. É um comparativo com o mesmo período do ano passado, severamente impactado pela pandemia do novo coronavírus. O estudo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) foi divulgado nesta quarta-feira (07/07) e leva em consideração todos os setores, o chamado comércio ampliado, inclusive construção civil e automóveis/peças de automóveis, que foram os grandes indutores do resultado positivo.

Volume de vendas – O volume de vendas cresceu 3,6% em maio, na comparação com abril, e 8,8% em relação ao mesmo mês de 2020. O índice acumulado dos últimos 12 meses (junho de 2020 a maio de 2021 contra período exatamente anterior) foi de 5%. Os sucessivos aumentos apontam recuperação da economia e estímulo renovado nesse setor, nos mesmos moldes do crescimento da indústria.

Indicador – No indicador sem construção civil e automóveis, que têm peso muito grande sobre o cálculo final, o crescimento foi de 2,8% em maio (ante abril), 2,5% na comparação com maio de 2020, e de 1,6% no acumulado dos primeiros cinco meses do ano e nos últimos 12 meses.

Construção civil – Nas lojas de construção civil, o crescimento das vendas alcançou 23,1% na comparação com maio de 2020 e 24,3% nos primeiros cinco meses. Em relação ao setor de veículos, partes e peças, os aumentos foram de 20,6% em maio e 22,8% entre janeiro e maio de 2021.

Retomada – O governador Carlos Massa Ratinho Junior disse que os números refletem um momento de retomada econômica já indicado pelo crescimento de quase 16 mil carteiras assinadas em maio, tendo o comércio como grande propulsor. O Produto Interno Bruto (PIB) paranaense cresceu 1,07% no trimestre, terceira alta consecutiva.

Novo momento – “Esses números apontam novo momento, que esperamos que seja duradouro. A indústria está produzindo com intensidade e o comércio voltou a vender. O Estado implementou um auxílio emergencial para setores mais afetados e também tem linhas de crédito com juros reduzidos. A expectativa é de crescimento ainda mais significativo a partir do segundo semestre”, disse.

Setores – Segundo o IBGE, o crescimento acumulado do ano e mensal foi impulsionado pelos setores de construção e veículos/peças. No primeiro caso, são cinco meses seguidos de avanços comparativos (10% em janeiro, 17,8% em fevereiro, 30,9% em março, 43,2% em abril e 23,1% em maio), o que significa que os cinco meses de 2021 foram melhores que 2020. Em veículos, foi a terceira alta seguida (43,2% em março, 106,6% em abril e 20,6 em maio).

Itens – Setorialmente, o crescimento nos cinco primeiros meses de 2021 teve como condutores materiais de construção (24,3%); veículos, motocicletas, partes e peças (22,8%); artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (22,6%); móveis (17,2%); artigos de uso pessoal e doméstico (14,4%); móveis e eletrodomésticos (11,3%); tecidos, vestuário e calçados (7,6%); e equipamentos para escritório, informática e comunicação (5,3%).

Mensal – Já o crescimento setorial mensal (diferença do volume de vendas entre maio de 2020 e maio de 2021) foi impulsionado por tecidos, vestuário e calçados (40%); artigos de uso pessoal e doméstico (30%); materiais de construção (23,1%); artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (28,8%); veículos, motocicletas, partes e peças (20,6%); livros, jornais, revistas e papelaria (5,7%); e combustíveis e lubrificantes (5,2%).

Nacional – O volume de vendas do comércio varejista nacional cresceu 1,4%, em maio frente a abril, na série com ajuste sazonal. A média móvel trimestral foi de 1,1% no trimestre encerrado em maio. O acumulado no ano foi a 6,8% e o acumulado em 12 meses, a 5,4%. Sete das oito atividades pesquisadas tiveram alta.

Comércio varejista – No comércio varejista ampliado também foi o segundo mês seguido de alta, sendo que o volume de vendas cresceu 3,8% em relação a abril. Frente a maio de 2020, houve alta de 26,2%. No ano, o varejo ampliado acumula alta de 12,4% e, em 12 meses, as vendas subiram 6,8%. Nacionalmente, também tiveram desempenho positivo veículos, motos, partes e peças e materiais de construção. (Agência de Notícias do Paraná)

Diretor financeiro da NTC&Logística participa do 1º Fórum Transporte Sustentável

Diretor financeiro da NTC&Logística participa do 1º Fórum Transporte Sustentável

Aconteceu, ontem (6) o evento online realizado pela Revista Transporte Mundial, em parceria com a Fabet – Fundação Adolpho Bósio de Educação no Transporte. O 1º Fórum Transporte Responsável, é uma ação que faz parte da 9ª edição do Prêmio Transporte Responsável. O fórum tem como objetivo debater as mudanças no transporte impulsionadas pela pandemia e expor ideias, fatos e atitudes sobre como o setor vem superando o momento.

A NTC&Logística foi representada no segundo bloco do evento pelo diretor financeiro, Marcelo Rodrigues, que ressaltou a transformação operacional digital. “A pandemia trouxe a digitalização de como se comunicar com os públicos, seja da NTC ou de entidades pelo Brasil. Até mesmo para aqueles que não possuíam mais afinidade com a tecnologia. Foi uma grande transformação”. Além disso, ressaltou os trabalhos realizados pela entidade no ano de 2020 para munir de informação para o transportador brasileiro frente à pandemia.

A ocasião foi dividida em três blocos e contou com a participação do presidente do SETCESP – Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas de São Paulo, Tayguara Helou, do presidente do SETCERGS – Sindicato das Empresas de Transportes de Carga e Logística no Estado do Rio Grande do Sul, Sérgio Gabardo e do conselheiro da Fabet, Tibério Pereira. Todos os debates contaram com a participação e intermediação do editor da Transporte Mundial, Marcos Villela e do editor da Revista Carreteiro, João Geraldo.

Governo decide vender 100% do capital dos Correios, diz secretário

Governo decide vender 100% do capital dos Correios, diz secretário

O governo federal definiu o modelo de privatização dos Correios e quer se desfazer de 100% do capital da estatal. A informação foi confirmada pelo secretário especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados do Ministério da Economia, Diogo Mac Cord, em entrevista ao jornal O Globo.

Segundo ele, a pretensão é vender o controle da empresa de forma integral, num leilão tradicional, “com abertura de envelopes”. O comprador levará ativos e passivos da companhia.

Após conseguir aprovar a privatização da Eletrobras, o governo quer votar logo na Câmara o projeto de lei de privatização dos Correios. A ideia é fazer isso entre 12 e 15 de julho, antes do recesso parlamentar. Segundo o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), o relatório do deputado Gil Cutrim (Republicanos-MA) está pronto e há acordo com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para a votação na última semana antes do recesso.

A proposta cria a Anacom (Agência Nacional de Comunicações), que deverá substituir a atual Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações). A nova agência irá regular os serviços do Sistema Nacional de Serviços Postais.

“A empresa vai pegar o Brasil inteiro. A gente chegou a avaliar fatiar por região, mas entendemos que para garantir a universalização é preciso ter o subsídio cruzado dentro da própria empresa”, disse Mac Cord ao jornal.

Ainda não há valor previsto para a privatização e, segundo o secretário, a intenção é publicar o edital ainda neste ano, provavelmente no mês de dezembro.

“Por isso é tão importante votar na Câmara antes do recesso. Senão, o cronograma começa a ficar comprometido. O projeto precisa estar resolvido até agosto. Publicamos o edital em dezembro para que a licitação ocorra em março”, argumentou.

Na avaliação do secretário, “os Correios precisam ser privatizados, sob pena de desastre no Orçamento”. Ele cita dados de um estudo do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), que afirma, entre outras, que a empresa não tem tecnologia, tem baixa produtividade e que o faturamento no ano passado caiu 6% em relação a 2019.

O desempenho da economia de São Paulo

O desempenho da economia de São Paulo

Caso cresça 7,1% neste ano, desempenho da economia paulista será bem melhor do que o esperado para toda a economia brasileira

Com os resultados aferidos até abril e os estimados até maio, a Fundação Seade projeta expansão de 7,1% do Produto Interno Bruto (PIB) do Estado de São Paulo neste ano. Se confirmado, o desempenho da economia paulista será bem melhor do que o esperado para toda a economia brasileira, que deve crescer cerca de 5%.

Entre março e abril, o PIB paulista cresceu 0,5%, com o que o resultado dos quatro primeiros meses do ano é 9,2% maior do que o de igual período de 2020. Já o PIB acumulado de 12 meses até abril cresceu 3,9%, mantendo os ganhos de velocidade que se observam desde novembro do ano passado.

O resultado de maio, apurado com base em estatísticas preliminares, mostra queda de 0,1% em relação a abril, mas o acumulado de 12 meses voltou a crescer, alcançando 6,0%.

Nas projeções para todo o ano, a Fundação Seade observa que o comportamento da indústria tem sido comparável ao do setor de serviços, com expansão anualizada (até abril) de mais de 4%. Entre os fatores que impulsionam a produção industrial é citada a recomposição de estoques.

Na avaliação dos economistas da Fundação Seade, os aspectos favoráveis ao crescimento continuam a se impor às tensões e incertezas, o que justifica projeções mais otimistas para a economia do Estado de São Paulo neste ano.

Entre os fatores positivos é citada a rápida recuperação da economia mundial, o que estimula as exportações. Até abril, as vendas externas do Estado haviam crescido 19,3% em relação às de igual período de 2020. O crescimento da indústria, que ganha corpo com a recuperação de segmentos importantes, que impulsionam uma cadeia extensa, é outro fator positivo. Igualmente os juros, que ainda são baixos em termos reais, ajudam os investimentos e o consumo.

Mas há fatores que preocupam ou podem vir a preocupar, se persistirem nos próximos meses. Um deles é a inflação. Além da corrosão do poder de compra no momento, “uma preocupação reside na inércia que começa a ser gerada para o futuro, tornando o processo menos transitório do que inicialmente esperado”, adverte o estudo.

A evolução do mercado de trabalho é outro motivo de cautela. O número de pessoas ocupadas no Estado diminuiu em 1,8 milhão entre o primeiro trimestre do ano passado e o deste.