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Brasil segue com potencial para tornar-se o maior produtor de alimentos do mundo, diz presidente da ABRALOG

Brasil segue com potencial para tornar-se o maior produtor de alimentos do mundo, diz presidente da ABRALOG

Logística tem um papel fundamental para continuar contribuindo com o crescimento do setor e com a redução de desperdícios

Segundo a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), o Brasil já é o terceiro maior produtor de alimentos do mundo, ficando atrás apenas da China e dos Estados Unidos, e o segundo maior exportador global, depois dos norte-americanos. Mas, é possível ir ainda mais longe. É o que acredita o presidente da Associação Brasileira de Logística (ABRALOG), Pedro Moreira, que participou de um webinar especial sobre o setor agropecuário brasileiro na última quinta-feira (20), realizado em parceria com a Intermodal – plataforma de negócios voltada aos segmentos logístico, de transporte de cargas e comércio exterior – com o tema “A Logística do Agro: Diferencial Competitivo”.

“Atualmente, o setor agropecuário brasileiro representa aproximadamente 27% do PIB nacional, o que nos coloca no patamar de um dos maiores produtores de alimentos do mundo e com grande potencial para se tornar o primeiro. Mas, para que isso aconteça, a logística tem um papel fundamental para continuar contribuindo com o crescimento do setor, com a redução de desperdícios, dos tempos em trânsito e dos custos logísticos, além de colaborar para a melhora dos níveis de serviços executados no segmento. Tudo isso, sempre com o olhar atento para o desenvolvimento da área de infraestrutura como um todo, de seus modais, da tecnologia, da sustentabilidade e das pessoas em si”, afirmou.

Quem também participou do debate foi o coordenador técnico do Grupo de Pesquisa e Extensão em Logística Agroindustrial da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (ESALQ-LOG), Thiago Péra, que, por outro lado, ressaltou os diversos desafios de fazer uma logística totalmente eficaz no setor. “O interessante é que, quando falamos em agronegócio, a logística acaba sendo uma vilã do setor. Isso porque somos bastante produtivos dentro dos campos (aumentando produção e tendo uma boa gestão de custos), mas perdemos parte dessa competitividade por conta da nossa logística atual, pelo fato de o Brasil ser um país de dimensões continentais e que ainda utiliza muito o transporte , o que acaba encarecendo ainda mais o processo”, disse.

Ele exemplificou: “Para se ter uma ideia, a participação dos fretes nas commodities, como a soja, chega a ser de 30% a 40% dos custos do grão em algumas épocas do ano. Quando se fala em milho, isso chega a dobrar. Em alguns outros insumos, o frete é mais caro que o próprio produto. Sem contar quando a pandemia chegou, que nos trouxe mais uma série de adversidades no início, como questões relacionadas aos motoristas (muitas regiões não conseguiam fazer o escoamento adequado da produção local, porque os motoristas estavam preocupados com a situação, não tinham interesse em captar carga), ao desabastecimento nas centrais de distribuição, entre outros fatores”.

Para minimizar esses impactos, o economista chefe da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (ABIOVE), Daniel Furlan, reforçou o que foi feito pela entidade com os filiados. “Nós tivemos um cuidado muito grande em mostrar a importância do setor de alimentos para o país, mesmo durante uma pandemia, e de realçar como que deveria ser preservada a movimentação correta desses produtos, tanto do ponto de vista do abastecimento interno quanto das exportações. Claro que estamos falando de um momento difícil, mas alimento não pode faltar, é essencial. Na verdade, é o mínimo para se ter a paz na sociedade: uma oferta de alimentos garantida”.

Já o diretor de supply chain para a América Latina da Cargill, João Paes de Almeida, pontuou que o melhor caminho para ele, diante da pandemia, foi o de garantir a segurança dos profissionais da empresa antes de qualquer outra coisa. “O que posso adicionar neste ponto é que um dos fatores fundamentais, para nós, foi a manutenção de dois dos nossos princípios na Cargill: priorizar as pessoas e a segurança delas em primeiro lugar, além de colaborar com nossos clientes e fornecedores da melhor forma possível. Ao fazermos isso diariamente, conseguimos mitigar muito os problemas que poderiam ter ocorrido com toda a situação e seguirmos firmes em nossa missão de nutrir o mundo de forma segura”.

Plano Nacional de Logística 2035 (PNL 2035) – Outro ponto de destaque foi o Plano Nacional de Logística 2035 – apresentado pelo Ministério da Infraestrutura recentemente, que prevê, entre outros objetivos, atrair mais investimentos para a logística do país, na ordem de R$ 400 bilhões em até 15 anos – e os eventuais impactos no setor agropecuário nacional.

Sobre isso, Furlan, da ABIOVE, comentou que é um plano que merece elogios, já que é um trabalho que procura dar orientação para a área de infraestrutura brasileira nos próximos anos, tendo uma visão de Estado, que transpassa governos. “A ABIOVE participou da consulta pública do PNL e contribuiu com a inclusão de alguns pontos relevantes na discussão. Um deles, do ponto de vista da associação, é a expansão da malha ferroviária que estamos vendo e que deve continuar. Listamos alguns projetos importantes para que as conexões ferroviárias, especialmente da região Centro-Oeste com os terminais do Norte, sejam completadas. Isso, para nós, é importante, porque é uma região que tem muito a crescer, especialmente no agro”, salientou.

Para Péra, da ESALQ-LOG, o PNL também está muito bom, pois conta com uma série de contribuições ao setor e é uma grande evolução em relação aos planos anteriores. No entanto, ainda há o que melhorar. “Acredito que falta contarmos, por exemplo, com um mapeamento mais elaborado sobre os gargalos de infraestrutura no país. Isso não está claro no documento, aliás, me parece que este tema não foi bem tratado”.

Tecnologia – Destaque do webinar também foi a questão da evolução tecnológica no setor agropecuário nacional e a inserção de inovações no segmento, como o conceito de Agro 4.0 e a adoção de ferramentas dotadas de inteligência artificial. “Esse ambiente de digitalização vem em um ritmo cada vez mais forte e acelerado no setor. Claro que ainda tem muito o que desenvolver, mas com o avanço do acesso à conectividade no ambiente rural, cada vez mais tecnologias, que já estão super estabelecidas em ambientes mais urbanizados, se tornarão realidade no campo também. A velocidade com que o agronegócio se moderniza é impressionante”, afirmou Almeida.

Para ele, já é possível vislumbrarmos desde tecnologias que já estão dominadas pelos produtores, como sistemas de rastreio de cargas no campo, até inovações que realmente permitem entregar uma nova experiência. “Atualmente, já levamos e disponibilizamos aos produtores soluções que possibilitam a conectividade até com mercados internacionais, permitindo a eles que consigam atendê-los e abastecê-los sem percalços. E isso é só o começo, o Brasil se tornará um celeiro de muita inovação tecnológica dentro do agro em breve”, finalizou o executivo da Cargill.

Papo em Movimento 2021 – O encontro virtual foi o quarto episódio da série Papo em Movimento 2021 – um dos canais de comunicação da plataforma Intermodal, que oferece entrevistas em vídeo e webinars estratégicos com players do setor logístico para debater ideias, ações e compartilhar boas práticas do mercado. O debate foi uma prévia do Agro Digital Series, evento online da Intermodal e da Agrishow dedicado exclusivamente à relação da logística e do agronegócio, agendado para o dia 29/06, a partir das 10 horas.

Economia surpreende e BC deve elevar projeções, afirma Campos Neto

Economia surpreende e BC deve elevar projeções, afirma Campos Neto

“Março foi uma surpresa boa em todos os aspectos”, disse o presidente do Banco Central

O desempenho da atividade econômica surpreendeu positivamente no primeiro trimestre e o Banco Central (BC) deve revisar para cima a sua projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano, afirmou ontem o presidente da autoridade monetária, Roberto Campos Neto. “Março foi uma surpresa boa em todos os aspectos”, disse em evento organizado pela eB Capital. A projeção mais recente do BC mostrava alta de 3,6% para o PIB de 2021.

Durante o evento, Campos destacou que o mercado também tem revisado seus números e que as projeções dos economistas caminham para algo em torno de 4% neste ano. Nos últimos dias diversas instituições financeiras e consultorias revisaram para cima suas projeções para a atividade em 2021. Segundo Campos, além de um primeiro trimestre melhor do que o esperado, o desempenho econômico do segundo trimestre também vem surpreendendo positivamente.

Na divulgação do Relatório Trimestral de Inflação (RTI), em março, o diretor de Econômica do BC, Fabio Kanczuk, havia afirmado que a autoridade monetária projetava um desempenho da atividade econômica no primeiro semestre pior do que o mercado projetava. Mas na segunda metade do ano a tendência era a situação se inverter, com a estimativa do BC superando a do mercado, segundo o diretor.

De acordo com Campos, a média móvel de vacinação no Brasil “caiu um pouco” nas últimas semanas. Com isso, o ritmo está um pouco abaixo do esperado pelo BC. “Tivemos dificuldade com os insumos, mas entendemos que a aceleração vai ser grande em junho”, disse ele, apostando que no segundo semestre haverá maior sobra de vacinas no exterior, o que pode beneficiar países emergentes. Outro ponto positivo, avalia ele, é que as economias, de uma forma geral, têm aprendido a conviver melhor com a pandemia.

Já a inflação no Brasil tem apresentado surpresas altistas, na avaliação do presidente do BC. Mas, apesar de a inflação “cheia” ter se elevado, os núcleos se mantiveram equilibrados em relação a outros países emergentes.

Por sua vez, as expectativas de inflação subiram no Brasil diante de uma mistura de piora nas perspectivas fiscais e incerteza política, segundo o presidente da autoridade monetária. Ele disse que o BC acompanha de perto os movimentos das expectativas de inflação. Na apresentação, ele mostrou que as taxas de inflação implícita de mais longo prazo também têm subido.

Instituto de pesquisa especializada desenvolve relatório sobre cargos e salários praticados

Instituto de pesquisa especializada desenvolve relatório sobre cargos e salários praticados

O Mapa do Emprego do TRC é a nova ferramenta desenvolvida pelo Instituto Paulista do Transporte de Carga (IPTC) com o intuito de auxiliar as empresas no momento da admissão de novos colaboradores. No portal, é possível consultar diversas informações relacionadas ao setor de transportes de carga, como salários praticados pelas empresas do segmento para as principais funções contratadas.

Para que o Mapa do Emprego do TRC fosse elaborado, foi realizada uma pesquisa utilizando os dados do Ministério do Trabalho disponibilizados no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) para o ano de 2020, especificamente os dados para o transporte de cargas.

As empresas associadas ao Sindicato das Empresas de Transportes de Carga de São Paulo e Região (Setcesp) poderão ter acesso às informações do relatório na íntegra ainda este mês.

Com este mapeamento, as empresas poderão tomar decisões mais assertivas nas admissões de novos colaboradores. “Por se tratar de um benchmarking, as empresas poderão verificar como está sendo a contratação no mercado de uma forma bem confiável, principalmente, por conta de a fonte destes dados ser o próprio Ministério do Trabalho.

Assim, a transportadora consegue saber se está desvalorizando ou valorizando demais alguma ocupação, verificar condições de contratação, a variação dos salários em relação ao tamanho da empresa e a experiência do funcionário, por exemplo”, afirma o diretor executivo do IPTC, Fernando Zingler.

Alguns desafios foram encontrados no decorrer do estudo, especialmente por conta de muitos cargos terem sido criados desde que a Classificação Brasileira das Ocupações (CBO) foi definida, em 2012. “Analisar essas classificações mais defasadas em relação à realidade das empresas, e conseguir casar esses dois mundos, foi um desafio”, aponta Zingler.

No entanto, o diretor executivo também observou que analisar os dados requer bastante atenção, já que há cargos que apresentam uma flutuação de salários muito grande, como mostra as ocupações de diretor e gerente. “Algumas empresas menores contratam gerentes com uma faixa salarial de 3 mil reais a 5 mil reais, enquanto grandes empresas, chegam a pagar 30 mil reais ou 40 mil reais”, diz Fernando.

Com os dados levantados pelo IPTC, é possível identificar as principais categorias e funções no mercado de trabalho, além da estrutura de organização mais comum dentro das transportadoras.

Com alta acumulada de 12,3%, indústria lidera reação da economia gaúcha no primeiro trimestre

Com alta acumulada de 12,3%, indústria lidera reação da economia gaúcha no primeiro trimestre

Recuperação mais consistente de comércio e serviços depende do avanço da vacinação e da retomada da confiança dos consumidores

Após um ano marcado por incertezas e instabilidade econômica, a indústria tem protagonismo na tentativa de retomada no primeiro trimestre deste ano no Rio Grande do Sul. O segmento é o único entre os três principais setores da economia no país a apresentar crescimento na comparação com o mesmo período de 2020, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De janeiro a março deste ano, a produção industrial cresceu 12,3% no Estado, em comparação aos três primeiros meses de 2020, quando o impacto da pandemia no país ainda era incipiente. O desempenho do Rio Grande do Sul acompanha o resultado positivo do país, 4,4%, mas com fôlego bem maior. Fabricação de máquinas e equipamentos e de produtos de metal estão na ponta desse avanço.

O economista-chefe da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), André Nunes de Nunes, afirma que esse movimento no setor ocorre na esteira do crescimento observado na segunda metade do ano passado após um primeiro semestre fraco em razão da crise sanitária:

— A indústria ainda vem produzindo para tentar atender a essa demanda reprimida de 2020 por conta do período mais intenso de pandemia.

Ao analisar o desempenho da indústria mês a mês neste início de 2021, a produção apresenta elevação em janeiro e queda em fevereiro e março, levando em conta a comparação imediata com o mês anterior. Nunes explica que isso é normal, pois os primeiros meses do ano são comparados com o pico de produção registrado na reta final de 2020.

— A indústria do Rio Grande do Sul, por exemplo, chega em novembro de 2020 já produzindo a mesma quantidade que produzia no pré-pandemia. Ela vem de um nível muito alto lá em dezembro e janeiro e começa, a partir de fevereiro e março, na medida que os estoques começam a se adequar, a se estabilizar, a ver uma redução de produção na margem — explica Nunes.

O setor de serviços, carro-chefe da economia no país, recuou 4,9% no Estado em relação ao ano passado, segundo dados divulgados pelo IBGE na semana passada. O mau desempenho no período foi puxado pelo grupo de serviços prestados às famílias, com retração de -22,6%. Esse segmento também agrega atividades de hotelaria e de alimentação, que estão entre as mais impactadas pelas restrições de circulação.

O professor da Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) Marcelo Portugal avalia que a mudança de hábito dos consumidores durante a pandemia é um dos fatores que ajudam a explicar o pior desempenho dos serviços na comparação com a indústria.

— As pessoas passaram a consumir mais bens e menos serviços. Houve uma mudança no padrão de consumo das famílias. Isso gerou uma necessidade, um aumento de demanda para a indústria, em especial para aquilo que a gente chama de indústria de transformação, que produz o automóvel, a geladeira, o móvel etc — destaca Portugal.

No comércio, o tombo foi maior no período, segundo pesquisa do IBGE. O setor recuou 7,1% no primeiro trimestre deste ano. Na comparação entre os meses, o setor apresentou crescimento em fevereiro e voltou a ter queda em março, mas em patamar menor ante janeiro.

A economista-chefe da Federação do Comércio de Bens e de Serviços do Estado do Rio Grande do Sul (Fecomércio-RS), Patrícia Palermo, elenca o período sob bandeira preta no distanciamento controlado do Estado como um dos fatores que acabaram freando o avanço do comércio nos primeiros meses do ano.

— A gente enxerga, nesses meses do ano, uma repercussão negativa do recrudescimento da pandemia e, consequentemente, das ações do governo do Estado em relação às atividades — afirma Patrícia.

A economista explica que existe uma diferença grande entre os subsetores de comércio e de serviços, com algumas cadeias se saindo melhor na recuperação diante do distanciamento e das restrições. Ou seja, segmentos que conseguem se adaptar melhor à nova realidade, como o de supermercados e de alimentação a domicílio, acabam apresentando resultados melhores durante a instabilidade.

O pesquisador Martinho Lazzari, do Departamento de Economia e Estatística (DEE), da Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão, destaca que o tombo registrado nos setores, principalmente em março deste ano, foi menos impactante do que o esperado, pensando em um cenário onde a abertura das atividades ficou mais restrita no controle da pandemia.

— Mesmo com as restrições no mês de março, o efeito foi bem menor do que março de 2020. Parece que lá em 2020, mesmo que tenha sido somente na segunda parte do mês, o efeito sobre a atividade foi muito mais forte.

Lazzari destaca que ainda é cedo para estimar o impacto do desempenho dos setores no Produto Interno Bruto (PIB), que deve ter o resultado do primeiro trimestre divulgado em junho.

DESEMPENHO DOS SETORES

VARIAÇÃO ACUMULADA DE CADA SETOR NO PRIMEIRO TRIMESTRE

Na comparação com o mesmo período do ano anterior (em %)

DESEMPENHO DOS SETORES

VARIAÇÃO ACUMULADA DE CADA SETOR NO PRIMEIRO TRIMESTRE

Na comparação com o mesmo período do ano anterior (em %)

Retomada com mais fôlego passa pela vacina

O professor Marcelo Portugal prevê um cenário mais propício para retomada da economia, principalmente no setor de serviços, nos próximos meses. O economista destaca o avanço na vacinação como um dos ingredientes que permitem esse otimismo.

— Acho que a perspectiva é de melhoria no setor de serviços. Pela soma dessas coisas todas: vacina, menor medo por parte da população e menor restrição por parte do governo — pontua.

A economista-chefe da Fecomércio também relaciona o crescimento mais expansivo nos próximos meses ao movimento de imunização no país. Patrícia Palermo destaca que é importante nessa soma, juntamente com a vacinação e a reabertura dos setores, o retorno da confiança dos consumidores, isso porque, em momentos de crise e incerteza, acaba-se apertando o cinto nos gastos futuros, priorizando itens essenciais.

— Se avançarmos na vacinação, as restrições e as incertezas futuras diminuírem, fazendo com que as pessoas estejam mais disponíveis a consumir bens e serviços, veremos crescimento — avalia.

A economista destaca que esse movimento é igual no comércio, mas que o setor tende a se recuperar mais rápido em relação ao de serviços, que tem a característica de aglomeração em alguns segmentos.

Na indústria, o economista-chefe da Fiergs estima estabilidade na produção, com algumas oscilações no volume mês a mês, mas com acumulado positivo no ano. Nunes destaca a recuperação de alguns setores no âmbito da exportação em razão do câmbio elevado, como o de couro e calçados, celulose e papel e produtos químicos, o que torna o ambiente mais atrativo.

O pesquisador Martinho Lazzari destaca que, além do funcionamento das atividades em um cenário com condições melhores, o mercado de trabalho também precisa reagir nos próximos meses para gerar uma retomada mais consistente.

— A gente vê que os dados de intenção de consumo estão muito baixos ainda no Rio Grande do Sul, bastante em função dessa ausência de uma expectativa mais forte de recuperação de emprego, de ter um emprego mais firme.

Governo de São Paulo repassou R$ 9,6 milhões para obras de infraestrutura urbana

Governo de São Paulo repassou R$ 9,6 milhões para obras de infraestrutura urbana

Ao todo, 29 municípios foram contemplados

O Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Regional (SDR) repassou, hoje (14), mais recursos para a melhoria da infraestrutura urbana dos municípios paulistas. O montante de R$ 9,6 milhões contemplou 29 municípios.

“Iniciamos o mês de maio repassando mais R$ 9,6 milhões para obras de infraestrutura urbana em 29 municípios paulistas. São obras essas que vão melhorar a vida do cidadão paulista. Vamos continuar repassando recursos ao longo de todo o ano, e celebrar novos convênios para todos os municípios”, afirma o Secretário de Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi.

O investimento é destinado a obras de infraestrutura urbana, com a execução de diversas demandas importantes para a população local, como recapeamento asfáltico, pavimentação, aquisição de caminhão pipa, revitalização de praças públicas.

Dentre os pagamentos efetuados, vale destacar R$ 1,4 milhão repassado ao município de Itapevi referente à segunda parcela do convênio destinado à execução de 57.900,89m² de recapeamento em diversas vias do município. O investimento total do Estado é de R$ 3,8 milhões.

Outro importante repasse é para o município de Pacaembu, localizado na Região Administrativa de Presidente Prudente. O montante de R$ 100 mil, repassado em parcela única possibilitou a reforma e ampliação de mini campo, localizado na Av. Corifeu de Azevedo Marques, no Bairro Jardim Canadá.

“Esses repasses são fundamentais para atender as diversas demandas dos municípios. Seguimos trabalhando para melhorar a qualidade de vida da população paulista”, conclui o Secretário Vinholi.

Confira a lista completa dos repasses efetuados nesta sexta-feira, aqui.

Repasses em 2021

A Subsecretaria de Convênios com Municípios e Entidades Não Governamentais da SDR registrou que, em 2021 municípios de todas as 16 Regiões Administrativas do estado já foram contempladas com recursos para obras de infraestrutura urbana. O investimento do Estado até esta sexta-feira (14) é de R$ 157,4 milhões. Para conferir a lista completa dos pagamentos efetuados pela SDR em 2021, clique aqui.

Campanha do movimento Maio Amarelo em 2021 propõe respeito e responsabilidade no trânsito

Campanha do movimento Maio Amarelo em 2021 propõe respeito e responsabilidade no trânsito

Meta da ONU e da OMS é reduzir em 50% o total de mortes até 2030

Quando falamos em semáforo (sinal ou sinaleira, dependendo de onde você estiver lendo este texto), imediatamente lembramos de três cores: verde, que permite o “siga livre”, amarelo, que recomenda “atenção”, e vermelho, que ordena “pare”. E é justamente porque alerta para prudência, cautela e cuidado a cor do sol ilumina os 31 dias do quinto mês de cada ano, conscientizando a sociedade para o alto índice de mortes e feridos no trânsito em todo o mundo. Em 2021, o Movimento Maio Amarelo, do Observatório Nacional de Segurança Viária (ONSV), traz como tema de campanha “Respeito e Responsabilidade: pratique no trânsito”, tendo a empatia como o carro chefe da convivência. Em outras palavras: não faça para o outro o que você não quer que alguém faça a você.

Movimento Maio Amarelo

Em 11 de maio de 2011, a Organização das Nações Unidas (ONU) decretou a Década de Ação para Segurança no Trânsito. Com isso, o mês de Maio se tornou referência mundial para balanço das ações que o mundo inteiro realiza. O amarelo simboliza atenção e também a sinalização e advertência no trânsito. O objetivo do movimento Maio Amarelo é uma ação coordenada entre órgãos de governos, empresas, entidades de classe, associações, federações e sociedade civil organizada, com incentivo ao uso das passarelas e faixas de pedestres, e o alerta aos condutores sobre os cuidados e a responsabilidade com os vulneráveis no trânsito, como pedestres, motociclistas e ciclistas.

Segundo o Ministério da Saúde, em 2019 foram registradas 31.945 mortes no trânsito no Brasil. Em fevereiro de 2020, na 3ª Conferência Global de Segurança Viária, promovida pela ONU e a Organização Mundial da Saúde (OMS), em Estocolmo, na Suécia, foi divulgado que 1,35 milhão de pessoas perdem a vida a cada ano no mundo todo.

Meta é reduzir em 50% os acidentes de trânsito até 2030

Nessa Conferência foi definida a Segunda Década de Ação pela Segurança no Trânsito e elaborada a Declaração de Estocolmo, que apontou o caminho que todo o mundo deve trilhar para reduzir em 50% o total de mortes no trânsito até 2030, e buscar zerar esses acidentes até 2050. A inspiração é o sistema seguro da “Visão Zero”, um conceito originado na Suécia que não considera aceitável nenhuma vida perdida no trânsito. A abordagem baseia-se no fato de que pessoas cometem erros – e esses erros podem ser prevenidos a partir de medidas de segurança como alterações no desenho viário e, principalmente, redução dos limites de velocidade.

Praticando respeito e responsabilidade

A pressa é a inimiga da perfeição. E da segurança também. O excesso de velocidade é a principal causa de mortes no trânsito em todo o mundo. É preciso respeitar sempre o limite de cada rodovia e não tirarmos o pé do acelerador só quando passamos por radares de velocidade. Não precisa entender de moda para saber que álcool e direção não combinam. A mistura, inclusive, é a segunda maior causa de mortes no trânsito no Brasil. Outra coisa que também é deselegante e, principalmente, proibida é o uso de dispositivos móveis (celular, GPS, etc.) enquanto estiver dirigindo. O uso de celulares ao volante é a terceira principal causa de mortes no trânsito no Brasil.

Sem moderação

Com o distanciamento social imposto pela pandemia por coronavírus, os automóveis viraram alternativas ao isolamento e uma forma de evitar aglomerações no transporte público. Cresce ainda mais a necessidade de respeito e responsabilidade no trânsito. Agir com gentileza demonstra educação e evita brigas, multas e até mesmo acidentes graves. Pequenos gestos transformam o seu dia e fazem toda a diferença nas ruas, avenidas e rodovias. Dê preferência ao pedestre e ao ciclista, seja educado ao pedir passagem para o outro veículo, sinalize sempre, tenha paciência, previna-se: respeite a vida.

Atividades na NTC

No próximo dia 26 de maio, a NTC realiza uma Live com Luís Pazetti, advogado e consultor de trânsito. Ele irá abordar sobre as mais recentes alterações do CTB.