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Transporte rodoviário de cargas abre mais de 33 mil vagas de emprego no primeiro trimestre

Transporte rodoviário de cargas abre mais de 33 mil vagas de emprego no primeiro trimestre

Contratações superiores às demissões são confirmadas pelo Painel CNT do Emprego no Transporte

Fundamental no abastecimento do país, especialmente neste momento conturbado da pandemia de Covid-19 (Coronavírus), o transporte de cargas segue em crescimento. Prova disso, é saldo positivo na geração de empregos no segmento.

De acordo com levantamento mais recente do Painel do Emprego no Transporte, iniciativa da Confederação Nacional do Transporte (CNT), o transporte rodoviário de cargas brasileiro encerrou o primeiro trimestre de 2021 com 33.768 novos postos de trabalho. O saldo positivo é resultado das 145.634 admissões frente aos 111.866 desligamentos.

Considerando cada mês separadamente, março conquistou uma posição de destaque, graças as maiores contratações, 52.738 admissões, e as menores demissões, 36.886 desligamentos, números que resultaram em um saldo positivo de 15.852 novos postos de trabalho.

O Painel do Emprego no Transporte também traz dados relevantes por regiões e estados. Dentre as cinco regiões brasileiras, o Sudeste acumulou a maior parte dos novos postos de trabalho, 17.914 vagas no primeiro trimestre do ano, seguido pela região Sul com 7.723, Centro-Oeste com 4.632, Nordeste com 2.668 e Norte 801 novos postos de trabalho.

Já o levantamento por Estados revelou que 23 unidades federativas e o Distrito Federal registraram saldos positivos nas contratações de novos colaboradores. Apenas Alagoas, Piauí e Sergipe registraram mais demissões que admissões no primeiro trimestre de 2021.

Transporte urbano de passageiros

Ainda fortemente impactado pela pandemia de Covid-19, o transporte rodoviário de passageiros urbanos segue demitindo mais profissionais que contratando. Segundo o Painel do Emprego no Transporte, somente no primeiro trimestre de 2021 foram 9.985 postos de trabalho fechados, resultado das 24.023 demissões frente as 13.038 contratações.

Balanço geral do setor de transportes

No geral, ou seja, considerando todos os segmentos, o transporte brasileiro encerrou o primeiro trimestre do ano registrando uma boa recuperação no mercado de trabalho, após encerrar 2020 demitindo mais que contratando.

De acordo com o Painel do Emprego no Transporte, que se baseia nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério da Economia, a diferença entre admissões (180.191) e desligamentos (158.700) de janeiro a março, resultou em um saldo positivo de 21.491 novos postos de trabalho nos três primeiros meses do ano.

Confira na íntegra os dados do Painel do Emprego no Transporte: CLIQUE AQUI

Confiança da indústria sobe em maio e interrompe ciclo de queda, aponta CNI

Confiança da indústria sobe em maio e interrompe ciclo de queda, aponta CNI

O resultado de maio encerra um ciclo de quatro quedas consecutivas e reverte parte da queda ocorrida entre janeiro e abril deste ano

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) verificou que a confiança da indústria está maior e mais disseminada em maio. O Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) subiu 4,8 pontos na comparação com o mês anterior, alcançando 58,5 pontos. Em uma escala de zero a cem, 50 pontos é a linha de corte entre a confiança e a falta de confiança.

O resultado de maio encerra um ciclo de quatro quedas consecutivas e reverte parte da queda ocorrida entre janeiro e abril deste ano, de 9,4 pontos. Na comparação com maio de 2020, mês em que as indústrias foram obrigadas a paralisar suas atividades devido à pandemia, o Icei registra alta de 23,8 pontos.

O gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo, apontou que a confiança do empresário voltou a se afastar da linha divisória de 50 pontos, principalmente porque melhorou a percepção em relação ao Índice de Condições Atuais, que cresceu 5,3 pontos, atingindo 50,2 pontos em maio. Já o Índice de Expectativas cresceu 4,5 pontos e ficou em 62,6 pontos, bem acima da linha divisória de 50 pontos, o que indica otimismo em relação aos próximos seis meses.

Índice de Confiança do Agronegócio cai 4 pontos no 1º trimestre, dizem Fiesp e IC Agro

Índice de Confiança do Agronegócio cai 4 pontos no 1º trimestre, dizem Fiesp e IC Agro

Pela metodologia do estudo, índices superiores a 100 pontos demonstram otimismo do setor e, abaixo dessa marca, pessimismo

O Índice de Confiança do Agronegócio (IC Agro), divulgado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e pela CropLife Brasil nesta terça-feira, fechou o primeiro trimestre de 2021 em 117,4 pontos, quatro abaixo do levantamento anterior.

O nível de confiança do setor, apesar da queda, supera em 17 pontos o índice do primeiro trimestre de 2020, no início da pandemia de covid-19, segundo a Fiesp. Pela metodologia do estudo, índices superiores a 100 pontos demonstram otimismo do setor e, abaixo dessa marca, pessimismo.

Segundo o diretor titular do Departamento do Agronegócio da Fiesp, Roberto Betancourt, a maior parte das entrevistas para o cálculo foi realizada em março.

“Pegamos a fase do avanço no número de casos de covid-19, o que levou à redução na atividade devido a lockdowns em várias regiões do País e às sucessivas revisões negativas das estimativas para o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) em 2021”.

No período, houve um “descolamento” entre o otimismo dos produtores agropecuários e a percepção das indústrias. O real desvalorizado e a alta das commodities agrícolas no mercado externo impulsionaram os preços pagos a agricultores no Brasil. Mas as indústrias enfrentaram pressões sobre os custos e viram crescer os sinais de descontrole da inflação.

“(A inflação) é sempre uma ameaça aos planos de investimento e, no caso das empresas de alimentos, ao consumo das famílias”, argumenta a Fiesp.

O índice de confiança das indústrias inseridas nas cadeias agropecuárias caiu 6,2 pontos, para 110,7 pontos. Elas abrangem os segmentos “antes da porteira”, que fornecem insumos para a produção, e “depois da porteira”, que utilizam produtos agrícolas como matéria-prima.

No caso do índice de confiança das indústrias antes da porteira, a queda foi de 4,9 pontos no primeiro trimestre, para 108 pontos. O menor otimismo das empresas foi influenciado pelas condições do mercado no fim do trimestre, explica na nota o presidente executivo da Croplife Brasil, Christian Lohbauer, entidade que reúne de empresas de defensivos agrícolas. Segundo ele, após a compra antecipada de insumos agropecuários por agricultores no início do ano, muitas empresas tinham expectativa de crescimento no mercado.

Importações impulsionam alta na movimentação portuária do Paraná

Importações impulsionam alta na movimentação portuária do Paraná

As importações puxaram a movimentação de cargas pelos portos do Paraná no primeiro quadrimestre do ano. Com altas significativas na descarga de produtos dos segmentos de Carga Geral e Granéis Sólidos, os terminais de Paranaguá e Antonina movimentaram 18.262.189 toneladas, de janeiro a abril.

“Fechamos os primeiros quatro meses do ano com movimentação 1% maior que a registrada no mesmo período, em 2020. As chuvas e o atraso na chegada da soja prejudicaram as exportações, enquanto as importações tiveram alta de 12% no período”, explica o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia.

Do volume total, entraram no Brasil 7.444.115 toneladas de cargas estrangeiras em 2021. No ano passado, foram 6.628.630 toneladas. “As compras de produtos diversos, que chegam em contêiner, por exemplo, cresceram 25%. Nos granéis sólidos, destaque para o desembarque de malte e cevada, que cresceu 21%, e de fertilizantes, 12%”.

ADUBOS – Os fertilizantes representaram cerca de 43% do total de produtos importados através dos Portos de Paranaguá e Antonina. Nos quatro primeiros meses do ano, foram 3.221.386 toneladas de fertilizantes importadas. No mesmo período, em 2020, foram 2.875.263 toneladas.

Considerando somente as importações de abril, foram descarregadas 830.191 toneladas de fertilizantes – 13% a mais que nos mesmos 31 dias, em 2020, com 734.234 toneladas.

O Porto de Paranaguá segue sendo a principal porta de entrada dos fertilizantes que chegam ao Brasil. As importações pelos terminais paranaenses respondem por mais de 30% do produto importado para os campos do país.

INDÚSTRIA CERVEJEIRA – Em menor volume, mas em maior percentual de aumento na comparação dos períodos de 2021 e 2020, a descarga de malte e cevada somou 234.977 toneladas neste ano. Os produtos são utilizados como matéria-prima da indústria cervejeira e tiveram 21% de alta na comparação com o primeiro quadrimestre do ano passado, quando foram 193.560 toneladas importadas.

Considerando a movimentação apenas no último mês de abril, o aumento registrado na importação chegou a 2.511%. Enquanto em abril de 2020 foram importadas 2.998 toneladas de cevada e malte; este ano, no mês, foram 78.260 toneladas.

CARGA GERAL – No segmento de carga geral, o primeiro quadrimestre de 2021 registrou 1.785.909 toneladas de produtos importados. No mesmo período, do ano anterior, foram 1.427.162 toneladas.

Somente no mês de abril, o aumento registrado na comparação 20/21 foi de 8%. No último mês, 422.838 toneladas de carga geral foram importadas. Em 2020, nos mesmos 31 dias, 391.333 toneladas.

ANTT cria conselho do usuário para melhorar qualidade do serviço público

ANTT cria conselho do usuário para melhorar qualidade do serviço público

De acordo com a Agência, entre as dinâmicas propostas pela plataforma estão as enquetes e o fórum de melhorias

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) abre um canal de comunicação entre o governo e a sociedade civil, por meio do Conselho de Usuários de Serviços Públicos, plataforma da Controladoria Geral da União (CGU) que foi oficializada pela Portaria nº 2/2021 – publicada nesta terça-feira (4) no Diário Oficial da União (DOU. O objetivo é fomentar o uso da plataforma virtual do conselho de usuários.

De acordo com a ANTT, com a ferramenta, a administração pública horizontaliza sua comunicação, facilitando a interação com os usuários, permitindo um retorno direto sobre a qualidade dos serviços prestados pelo governo federal. Isso se aplica, da mesma forma, à ANTT e aos seus usuários. Agora, o usuário poderá opinar e avaliar os serviços prestados pela Agência, bem como sugerir melhorias que possam dar qualidade e efetividade na prestação dos serviços.

Que Responsa!

Os conselhos de usuários de serviços públicos são órgãos de natureza consultiva, aos quais compete acompanhar e participar da avaliação de qualidade e efetividade da prestação dos serviços públicos como propor melhorias na prestação dos serviços públicos, contribuir para a definição de diretrizes para o adequado atendimento ao usuário e acompanhar e auxiliar na avaliação da atuação das ouvidorias do sistema de ouvidoria do poder executivo federal.

O conselho busca, de forma simples e direta, saber se o usuário compreende como e onde ele pode utilizar o serviço ofertado pela Agência, a lista de documentação necessária para o acesso facilitado aos serviços, a percepção sobre o tempo para a prestação do serviço e se o usuário consegue monitorar todo o processo.

Entre as dinâmicas propostas pela plataforma estão as enquetes e o fórum de melhorias, que são práticas que facilitarão a interação entre usuários e Ouvidoria, permitindo que o usuário consiga mostrar sua percepção ao serviço que a ANTT oferece.

Enquetes

As enquetes são as principais ferramentas de interação entre a Ouvidoria, conselheiros e o conjunto de usuários do serviço público. Elas poderão ser apresentadas como consultas ou pesquisas e visam colher informações e opiniões que possam colaborar com o fórum de melhorias.

Fórum de Melhorias

O Fórum de Melhorias é um ambiente, dentro da plataforma, destinado ao compartilhamento de propostas de melhorias pelos conselheiros, que visa, além de dar publicidade à ideia, permitir que os demais conselheiros apresentem apoio à plataforma e publiquem seus comentários.

O fórum permite que a Ouvidoria da ANTT avalie a aceitação das ideias junto aos conselheiros, mantenha um repositório com as sugestões de melhorias e possa acessá-las para entregar uma informação qualificada para o gestor do serviço.

Contribua

Se você se interessa em participar do Conselho de Usuários da ANTT, basta seguir as seguintes etapas:

● Realizar cadastro na Plataforma Virtual do Conselho de Usuários de Serviços Públicos;

● Selecionar o ícone “Tornar-se Conselheiro”;

● Escolher o órgão “ANTT – Agência Nacional de Transportes Terrestres”; e

● Clicar no ícone “+” para confirmar.

Qualquer pessoa pode se inscrever e tornar-se conselheira, sugerir propostas de melhorias e propor soluções para o melhor atendimento às necessidades da população.

As informações sobre todos os serviços oferecidos pela ANTT podem ser encontradas no site: www.gov.br/antt.

Com alta nas exportações, superávit pode ir até a US$ 73 bi, novo recorde

Com alta nas exportações, superávit pode ir até a US$ 73 bi, novo recorde

Se alcançado, resultado deste ano será 30% superior ao de 2017, último recorde; retomada da China e dos EUA deve continuar ampliando as vendas de soja e minério de ferro; em abril, foi registrado saldo comercial positivo de US$ 10,3 bi

Com a demanda por produtos como soja e minério de ferro em alta, principalmente na China, e o reaquecimento da economia dos Estados Unidos, as exportações brasileiras devem dar um salto neste ano e a balança comercial registrar um saldo positivo recorde. Bancos e consultorias estimam que o superávit poderá chegar a US$ 73 bilhões. Se alcançado, o número será 30% maior que o de 2017, quando o País bateu seu último recorde, com US$ 56 bilhões. Na comparação com o ano passado, a alta do saldo seria de 46%.

O Relatório Focus, elaborado pelo Banco Central com base em projeções das principais casas de análise econômica do País, indica que, por enquanto, a mediana do mercado para o superávit de 2021 é de US$ 64 bilhões – ainda assim, um recorde. Ao contrário do que ocorreu em 2017, quando a debilidade das importações garantiram o saldo histórico, desta vez o superávit será impulsionado pelo aumento das exportações.

Além de os principais parceiros comerciais do País – China e EUA – estarem se recuperando rapidamente da crise da covid-19, há uma retomada do comércio internacional que deve favorecer as exportações brasileiras. A Organização Mundial do Comércio estima crescimento de 8% para este ano, após um tombo de 5,3% em 2020.

A consultoria LCA é uma das mais otimistas com o saldo comercial brasileiro, projetando US$ 73 bilhões para 2021. A estimativa foi feita no começo de abril, mas já há um viés de alta, segundo a economista Ana Luisa Mello. Quando o ano começou, explica ela, era esperado um superávit significativo porque os preços das commodities vinham subindo. Agora, somou-se a isso uma elevação no volume de produtos embarcados. “O crescimento das exportações está acima do que se esperava em janeiro, quando ainda não havia informações sobre o sucesso do processo de vacinação nos EUA”, diz Ana Luisa.

A consultoria Tendências vinha prevendo um superávit de US$ 53,8 bilhões para o ano, mas vai revisar o número ainda nesta semana. “Acho que dá para pensar entre US$ 60 bilhões e US$ 70 bilhões”, diz o economista Silvio Campos Neto.

De acordo com Campos Neto, ainda que o minério de ferro seja o produto que concentra a maior elevação no preço – a tonelada passou de US$ 67,6 em abril de 2020 para US$ 129,8 em abril de 2021 –, essa alta está disseminada e favorece também produtos como soja e celulose.

A economista Lia Valls, pesquisadora do Instituto Brasileiro de Economia, da FGV, afirma que até manufaturados (como têxteis e calçados) devem começar a registrar maiores embarques, puxados pela desvalorização do real. “Como o mercado interno está mais encolhido, as indústrias acabam se voltando para setor externo.”

O Itaú Unibanco estima superávit de US$ 72 bilhões para este ano. A economista do banco Júlia Gottlieb destaca que a alta nas commodities registrada no começo do ano está chegando agora aos preços praticados. Por isso, os resultados recentes da balança comercial foram mais positivos.

As exportações brasileiras bateram recorde em abril, quando a venda de bens para o exterior somou US$ 26,5 bilhões, uma alta de 50,5% na comparação com abril de 2020. Foi o maior valor para todos os meses da série histórica, que tem início em janeiro de 1997.

As importações também aumentaram, com as empresas brasileiras comprando mais insumos, e chegaram a US$ 16,1 bilhões, um avanço de 46,8%. Ainda assim, o saldo comercial bateu recorde, alcançando US$ 10,3 bilhões. “O boom de commodities internacionais tem ajudado o Brasil e as compras chinesas também ajudam, porque a China tem formado estoques de matérias-primas”, afirmou o economista-chefe da Infinity Asset, Jason Vieira.

Como ponderação, ele lembra que o crescimento expressivo, tanto das exportações como das importações, se deu sobre uma base de comparação bastante fraca, já que abril de 2020 foi o auge do impacto da pandemia na economia brasileira.

As exportações do mês passado foram impulsionadas pela soja, com 17 milhões de toneladas, o maior montante já vendido em um mês. O produto respondeu por 27,1% de todos os embarques de abril. “Há demanda mundial aquecida por produtos brasileiros no contexto de recuperação econômica em países como China, da União Europeia e EUA”, disse o diretor do subsecretário de Inteligência e Estatística de Comércio Exterior do Ministério da Economia, Herlon Brandão.

Impacto

Apesar de serem consideradas positivas por trazerem receita ao País, as exportações recordes não serão suficientes para impulsionar a economia do País. Isso porque elas têm uma participação pequena no PIB. “O PIB pode até ser beneficiado pelas exportações, mas elas não conseguem alavancar o crescimento sozinhas”, diz Lia Valls. Campos Neto, da Tendências, lembra que a participação do comércio exterior no PIB poderá crescer de 12% para 15% neste ano, mas o movimento ocorrerá em grande parte por causa da desvalorização do real. Como o PIB é mensurado em dólar, as atividades internas pagas em real acabam perdendo representatividade. /COLABOROU EDUARDO LAGUNA