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NTC&Logística apoia o projeto “Na Onda do TRC” realizado pelo SETCESP

NTC&Logística apoia o projeto “Na Onda do TRC” realizado pelo SETCESP

A NTC&Logística é uma das apoiadoras do projeto “Na Onda do TRC”, que conta com o livro “A onda da transformação” e o curta-metragem “Da primeira à última milha”. A megaprodução inédita no setor de transporte de cargas, conta e registra a história do TRC, do SETCESP e do Brasil e mostra a relevância do setor para a indústria, o comércio e a sociedade em geral.

Conheça esta entidade que movimenta a cadeia logística no país diariamente, por meio do presidente Francisco Pelucio. Clique aqui.

O curta-metragem foi lançado no dia 21 de dezembro de 2022, em uma Avant Première no Cinemark do Shopping Iguatemi e estará disponível em breve na íntegra.

Chuvas atrasam serviço de transporte de cargas em Minas e podem impactar preço de mercadorias

Chuvas atrasam serviço de transporte de cargas em Minas e podem impactar preço de mercadorias

Foto: Arquivo/Marcelo Camargo/Agência Brasil

As chuvas em Minas Gerais causam prejuízos para o transporte no Estado de maior extensão de estradas do país. De acordo com a Polícia Militar Rodoviária (PMRv), há 134 pontos de interdição nas pistas mineiras na manhã desta quinta (13) e os impactos são sentidos no preço do frete e no abastecimento de cidades.

O diretor do Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas e Logística de Minas Gerais (Setcemg), Ulisses Martins, explica que, além dos trechos interditados, as estradas em más condições de tráfego atrasam as entregas de forma significativa.

“Um caminhão, em trechos que estão liberados, está tendo um atraso entre 50% e 100% no tempo de viagem. Isso sem falar se a estrada estiver fechada ou se a carga impedir o veículo de transitar no trecho, aí nem anda”, afirma.

Os atrasos não são um problema apenas por adiar as entregas, mas também porque os custos das mercadorias podem ficar mais altos, tanto para distribuidores como para o consumidor final.

“Se o transportador pode demorar quase o dobro para fazer a entrega, cai a produtividade e isso tem um reflexo no custo. Porém, não significa necessariamente que esse impacto seja repassado direto ao preço final, a não ser que exista uma cláusula contratual que exija isso”, explica Martins.

O impacto a longo prazo, porém, é mais difícil de contornar. Como os estragos nas estradas podem demorar para serem reparados, o aumento no preço das entregas acaba acontecendo e, como consequência, sobe o valor agregado das mercadorias.

“Sabemos que tem trechos que demoram 2,3,4 meses para voltar à normalidade. Nesses casos, há uma negociação para o futuro e cada tipo de atraso e mercadoria interfere diretamente no preço do frete. Em casos análogos ao das chuvas deste ano, a estimativa é de ocorra uma variação de até 15% em aumento direto”, diz o diretor do Setcemg.

O presidente do Setcemg, Gladstone Lobato, afirma que os impactos causados pelas chuvas nas estradas afetam os transportes de forma diferente de acordo com a carga transportada.

“O transporte de minério, por exemplo, fica muito comprometido e isso altera o valor da mercadoria. Se você pega o agronegócio, que é forte no Triângulo Mineiro e no Alto Paranaíba, o acesso fica muito comprometido por conta do fechamento de estradas vicinais e as mercadorias podem ser perdidas”, explica Lobato.

Depois da tempestade…

Para Gladstone, o problema das estradas em Minas vai além do período chuvoso e deve ser discutido durante todo o ano.

“Com as chuvas piora bastante, mas nossas estradas dificultam muito o transporte. A BR-381 entre BH e o Vale do Aço, por exemplo, não é estrada, é caminho. Dizem que depois da tempestade vem a bonança, mas em Minas não é assim, não”, critica.

Pesquisa divulgada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) em dezembro de 2021 apontou que Minas tem as piores avaliações de estradas do Sudeste brasileiro. De acordo com o levantamento, 69,9% das rodovias do Estado têm algum tipo de problema e são avaliadas como regular, ruim ou péssima.

Acidentes no transporte de cargas é o principal vilão nas rodovias

Acidentes no transporte de cargas é o principal vilão nas rodovias

De acordo com a Pamcary, no período de janeiro a novembro de 2021, os acidentes corresponderam a 57% dos prejuízos nas estradas

Os acidentes nas rodovias são os sinistros que mais acometem o setor de transporte de cargas. Ao analisar o cenário recente, em especial nos últimos anos, é possível constatar que os efeitos nefastos dessas ocorrências superaram as perdas com roubos. Somente no ano de 2021, 57% de todos os prejuízos envolvendo esse segmento corresponderam a acidentes. Os dados são da Pamcary, que atende às empresas em locais de sinistro e faz o monitoramento permanente das informações, para abastecer a Torre de Operações e atuar na predição de riscos.

Esses números assustam porque, quando uma carga é roubada, a perda financeira da mercadoria é do tamanho do valor roubado, mas a ocorrência de acidentes envolve prejuízos que vão muito além do financeiro, atingem a própria carga, o veiculo transportador, terceiros, danos de imagem, patrimoniais, ao meio ambiente e ceifam vidas humanas. Os principais casos de fatalidades decorrentes de acidentes ocorrem no 2º semestre, sendo que 85% são motoristas dos caminhões e 15% terceiros envolvidos.

Ricardo Monteiro, superintendente de gestão de riscos da Pamcary, avalia que as empresas que optam por gestão eficiente se preocupam com esses riscos e também com a qualidade do serviço ofertado. “O fator crítico do sucesso é atuar com prevenção, atingir e manter a melhor relação custo/ benefício, com manutenção da qualidade. Importante lembrar que esses sinistros podem impactar no aumento do custo dos transportes, interromper linha de produção ou até colocar em risco a vida de um paciente que necessita de medicamentos, para tratamento contínuo”, conjectura Monteiro.

A Pamcary possui uma base de dados inteligente originada dos mais de 6 mil atendimentos a eventos que são realizados todos os anos na estrada. Esses dados são analisados por softwares inteligentes (Business Intelligence) gerando informações valiosas para a prevenção e inteligência a serviço da boa gestão para o transporte de cargas. “Temos pleno conhecimento das causas e fatores contribuintes para a ocorrência de um sinistro”, explica Monteiro.

Atuar preventivamente faz a diferença, e esse é o diferencial da Pamcary. “Por intermédio da Torre de Operações o risco é tratado de forma proativa, antes mesmo que a viagem seja iniciada, antecipando e neutralizando as diversas ameaças e não conformidades a que esta estaria exposta”, diz.

Cuidados no período de férias

Nos acidentes, destacam-se o aumento do tráfego de motoristas com pouca experiência de direção nas estradas do país, associada à habitual imperícia, negligência e imprudência regularmente observadas por parte dos condutores.

As informações obtidas na base de dados e do atendimento dos eventos destacam o excesso de velocidade, excesso de direção contínua e consequente falta de descanso. O eventual uso de substâncias ilícitas que permitem os motoristas trafegar por mais tempo, o álcool consumido em demasia neste período, também contribuem de forma a elevar o risco de ocorrência destes eventos.

Suporte e atenção aos motoristas

A Pamcary mantém programas voltados para a construção de um comportamento consciente e de autocontrole do caminhoneiro. O programa VIDA (Valorizando Indivíduos, Diminuindo Acidentes), por exemplo, um dos principais projetos da área de Gestão de Riscos da empresa em 2021, traduz a preocupação da Pamcary frente ao recente protagonismo assumido pelos acidentes rodoviários nos últimos anos.

“O programa demonstra a preocupação em reduzir ao máximo os eventos desse tipo e é considerado um dos principais projetos da área de gestão de riscos para o biênio 2021/2022”, informa Ricardo Monteiro.

Alicerçado por três pilares: Educação, Prevenção e Requalificação, os motoristas recebem extenso material com dicas de segurança. Além disso, tem suporte da Torre de Operações da Pamcary na eventualidade de uma emergência, através do uso do aplicativo Infolog Riscos, que aliado a esse tem também o acompanhamento do Centro de Apoio ao Motorista em Risco, que orienta antecipadamente os motoristas durante seu trânsito, ao notar que sua velocidade e tempo de direção contínua podem ocasionar um acidente. Por fim, serão ouvidos, cuidados, recapacitados e reinseridos caso um acidente ocorra.

Por sua vez, o Programa MSR – Motorista Socialmente Responsável compreende a mais importante iniciativa do Instituto Cuidando do Futuro (ICF), cujo principal mantenedor é a Pamcary. Diretamente integrado ao pilar educacional do Programa VIDA, promove, através de seus voluntários, a oportunidade do motorista do transporte de cargas participar da Sala de Cultura em Segurança do ICF.

Trata-se de uma ótima oportunidade de reforçar seus conhecimentos técnicos, por meio de conteúdo programático dividido em módulos, majorando a segurança de seu ofício. Dessa forma, os empresários do setor poderão desenvolver seu quadro de funcionários, fomentando a perícia e a saúde de seus contratados, além parcerias comerciais mais robustas e vantajosas.

DER-MG suspende emissão de Autorização Especial de Trânsito até 25/1

DER-MG suspende emissão de Autorização Especial de Trânsito até 25/1

Foto: Divulgação Agência Minas

Documento é exigido nas rodovias de Minas para transporte de cargas em veículos do tipo rodotrem, bitrem e tritrem

Em decorrência das diversas interdições de rodovias estaduais, causadas pelas fortes e frequentes chuvas em todo o estado, o Departamento de Edificações e Estradas de Rodagens (DER-MG) suspende, a partir desta quarta-feira (12/1), a emissão de Autorização Especial de Trânsito (AET) para veículos de transporte de carga. A suspensão vai até 25/1.

Todos os transportadores, representantes e interessados no transporte de cargas, nas rodovias sob responsabilidade do DER-MG, em veículos com dimensões acima dos padrões estabelecidos na resolução Contran 882/2021, precisam obter a AET para transportarem cargas em veículos do tipo rodotrem, bitrem, tritrem, treminhão e outros, nas rodovias de Minas Gerais.

A restrição é determinada por motivos de segurança, até que seja feita reavaliação da capacidade de tráfego das rodovias.

Conab estima 284,4 milhões de toneladas de grãos para safra 2021/22

Conab estima 284,4 milhões de toneladas de grãos para safra 2021/22

Foto: CNA/Wenderson Araújo/Trilux

Estimativa indica crescimento de 12,5% sobre a colheita anterior

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou ontem (11) a quarta estimativa para a safra 2021/22 de grãos, em que prevê produção de 284,4 milhões de toneladas.

A cifra representa crescimento de 12,5% em relação à safra 2020/21, o equivalente a 32 milhões de toneladas. A previsão, contudo, foi reduzida em relação à terceira estimativa, que tinha sido de 291,1 milhões de toneladas.

Segundo a Conab, condições climáticas desfavoráveis no Sul do país prejudicaram as estimativas de produção da primeira safra de milho e da soja, com registro de um dezembro seco no Rio Grande do Sul, por exemplo.

O destaque continua sendo a soja, com incremento de 3,8% na área plantada e estimativa de produção de 140,5 milhões de toneladas, o que representa redução de 2,3 milhões de toneladas em relação à previsão anterior.

No caso do milho, a produção para a primeira safra está estimada em 24,8 milhões de toneladas. A previsão para a produção total, incluindo a segunda e a terceira safras, é 112,9 milhões de toneladas.

Outro destaque é o trigo, cuja safra já foi encerrada com colheita de 7,7 milhões de toneladas, resultado superior ao da safra anterior, apesar do registro de estiagens e geadas que prejudicaram a produção. Favoreceu a cultura o incremento da área plantada, informou a Conab.

Outra cultura que teve bom desempenho foi o algodão, com aumento de 1,5 milhão na área plantada e produção de pluma de 2,7 milhões de toneladas. No caso do arroz, porém, a área plantada se reduziu, e a produção está estimada em 11,38 milhões de toneladas.

O feijão também seguiu tendência de queda, com redução de 2% na área a ser semeada na primeira safra, cuja estimativa de produção ficou em 988,4 mil toneladas. Incluindo-se a segunda e terceira safras, a estimativa total é de 3,08 milhões de toneladas.

Exportações

A Conab informou que as exportações de soja chegaram a 86,1 milhões de toneladas no ano passado, superando o recorde anterior, registrado em 2018.

No caso do algodão em pluma, no ano passado foram exportadas 2 milhões de toneladas, 58% acima da média dos últimos cinco anos. Para 2022, é estimado crescimento para 2,05 milhões.

O levantamento completo pode ser encontrado no portal da Conab.

O esperado avanço para os transportes em 2022

O esperado avanço para os transportes em 2022

Ministério da Infraestrutura espera que o Porto de Santos se torne o maior do Hemisfério Sul com investimento privado.| Foto: Ricardo Botelho/Ministério da Infraestrutura

A necessária revolução no transporte brasileiro depende de duas condições: a remoção de restrições exageradas e desnecessárias a quem pretende prestar o serviço, e a modernização da infraestrutura física. De pouco adianta haver várias empresas interessadas em transportar pessoas e cargas, a preços competitivos em um ambiente de verdadeira concorrência, se portos, aeroportos e estradas permanecerem obsoletos; da mesma forma, terminais de última geração e rodovias em perfeito estado de conservação serão pouco aproveitados se uma regulamentação exagerada impedir a entrada de novos players e dificultar o trabalho de quem já atua no mercado. Felizmente, o governo federal vem atuando em ambas as frentes, e promete mais avanços em 2022.

Um caso emblemático é o da navegação de cabotagem, com transporte de carga por via marítima entre portos brasileiros. Em dezembro, o Congresso Nacional aprovou a “BR do Mar”, projeto apresentado pelo governo em 2020 e que facilita a operação de empresas no setor ao eliminar exigências de frota própria, permitindo às companhias afretar embarcações estrangeiras, o que aumentará a oferta e levará a uma potencial redução nos preços do frete marítimo. O governo tem grandes expectativas para a “BR do Mar”, prevendo uma elevação de quase 70% no total transportado – de 1,2 milhão de TEUs (unidade equivalente a 20 pés) de contêineres transportados por ano para 2 milhões de TEUs – ainda neste ano. Se tal demanda se concretizar, será preciso que os portos brasileiros estejam à altura do novo cenário.

Em 2021, o governo federal realizou o leilão de concessão de 13 terminais localizados em nove portos diferentes; apenas um não teve interessado. Os leilões levantaram R$ 813,7 milhões em outorgas e devem resultar em R$ 1,8 bilhão de investimentos e quase 27 mil empregos. Para 2022, o plano é realizar a concessão de portos inteiros, o que é inédito na história do país. Na sequência divulgada pelo Ministério da Infraestrutura, o primeiro porto a ser leiloado será o de Vitória (ES); depois virão São Sebastião (SP), Itajaí (SC) e Santos (SP). O porto catarinense é o segundo do país em movimentação de contêineres, e o de Santos já é o maior da América Latina; o ministro Tarcísio Gomes de Freitas promete transformá-lo “no maior porto do Hemisfério Sul. O porto que movimentava 130 milhões de toneladas vai movimentar 250 milhões”.

Além dos avanços no setor de navegação, o ano trará concessões importantíssimas no setor aéreo: a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) aprovou os estudos da sétima rodada de leilões de aeroportos, que agora depende do aval do Tribunal de Contas da União. Os 16 aeroportos incluídos correspondem, somados, a um quarto do total de embarques e desembarques realizados no país; as “joias da coroa” serão Congonhas, em São Paulo, e o Santos Dumont, no Rio de Janeiro. E a manutenção do modelo de blocos garante que os futuros concessionários invistam também nos aeroportos menores que fazem parte do mesmo lote – quem levar Congonhas, por exemplo, fica obrigado a investir também nos aeroportos de Campo Grande (MS), Corumbá (MS), Ponta Porã (MS), Santarém (PA), Marabá (PA), Parauapebas (PA) e Altamira (PA), impulsionando a aviação regional.

No setor , o governo pretende leiloar um total de 13 mil quilômetros, com destaque para a BR-381, em Minas Gerais; trechos da BR-116 e da BR-040; e as rodovias do Anel de Integração do Paraná. Por fim, no transporte ferroviário, duas concessões devem ser renovadas e uma terceira será leiloada, somando 9,8 mil quilômetros – isso sem contar todos os projetos que estão sendo apresentados ao Ministério da Infraestrutura dentro do novo Marco Legal das Ferrovias.

O transporte é um dos setores em que a iniciativa privada já se mostrou mais capaz que o poder público. Algumas poucas concessões mal-sucedidas, como as de Viracopos e de um trecho da BR-040, que acabaram devolvidas, não anulam a regra geral, que pode ser comprovada em obras como o Terminal 3 de Guarulhos ou a liderança dos trechos concedidos em todos os rankings de qualidade de rodovias medidos pela Confederação Nacional dos Transportes. Deixar que seja o setor privado a administrar a infraestrutura de transportes nada mais é que aplicar o princípio da subsidiariedade e reconhecer o papel da iniciativa privada como o verdadeiro motor do desenvolvimento nacional.