PIB do Paraná cresce 3,86% no terceiro trimestre impulsionado pela indústria, diz instituto — Foto: José Fernando Ogura/AEN
Crescimento foi em relação ao mesmo trimestre de 2020; no comparativo aos três meses anteriores, o aumento foi de 0,93%, segundo dados do Ipardes divulgados nesta terça (21).
O Produto Interno Bruto (PIB) do Paraná no terceiro trimestre deste ano cresceu 3,86% em relação ao mesmo período de 2020, de acordo com dados divulgados nesta terça-feira (21) pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes).
Os números mostram a expansão da indústria em 4,59% e do setor de serviços em 3,83%. Por outro lado, houve retração de -8,94% na agropecuária, conforme o instituto. O resultado é consequência direta das quebras nas safras de soja, milho e cana-de-açúcar e do clima.
No trimestre, o PIB totalizou R$ 140,97 bilhões, sendo R$ 122,94 bilhões referentes ao valor adicionado a preços básicos e R$ 18,03 bilhões aos impostos.
No período, o crescimento da indústria foi capitaneado pela fabricação de caminhões, ônibus, carrocerias e reboques, além de madeira e equipamentos agrícolas. Já o aumento dos serviços segue a tendência das retomada das atividades nos segmentos de transportes, alojamento e alimentação.
O diretor-presidente do Ipardes, Daniel Nojima, atribui o resultado a uma recuperação do mercado doméstico do Paraná, associado a um retorno gradativo das atividades econômicas.
“Esse resultado para o terceiro trimestre é importante porque, em primeiro lugar, confirma uma recuperação em linha com a economia brasileira. Aos poucos, ambas vêm recuperando seus níveis de produção com relação aos piores momentos da pandemia”, explica.
Nos três primeiros trimestres de 2021, o PIB do Paraná cresceu 4,8% na comparação com o mesmo período do ano passado. A performance da indústria no período foi a que mais contribuiu para o desempenho do estado, com crescimento de 10,9%.
Segundo o Ipardes, o Paraná também apresentou desempenho positivo no índice que compara o resultado com o trimestre anterior. O PIB registrou aumento de 0,93% com relação ao segundo trimestre deste ano, impulsionado por variações positivas de serviços (0,71%) e indústria (0,68%).
“Comparativamente, estamos com indicadores dessazonalizados bem superiores do que o Brasil. Os números apontam para uma tendência de recuperação melhor se comparado à média brasileira, que foi no sentido contrário”, afirma o diretor do Ipardes.
De acordo com a análise do instituto, a expectativa para o quarto trimestre e para o início de 2022 é positiva. Com a continuidade da trajetória de recuperação, o Paraná deverá superar os 4% de crescimento em 2021.
Nojima aponta que o quarto trimestre é permeado por características sazonais, como a retração da indústria de um lado e uma maior força do comércio e serviços de outro. Mas, mesmo com essas particularidades, a tendência paranaense é de crescimento geral.
“Podemos entrar em 2022 com uma perspectiva melhor, em que pesem todas as questões que permanecem na economia brasileira — inflação ainda elevada no primeiro semestre, contexto de aumento de taxa de juros —, e apesar de tudo isso os indicadores dessazonalizados apontam para uma tendência que não pode ser desprezada em termos positivos”, complementa Nojima.
Todos os Certificados (CRNTRC) tiveram sua validade prorrogada para 31/05/2022, conforme informação dada pela Superintendente do transporte RODOVIáRIO e Multimodal de Cargas – Suroc, no 2º Encontro de Articulação Setorial sobre Transporte Rodoviário de Cargas, realizado no último dia 15/12, onde a NTC&Logística esteve presente representando o TRC.
Enquanto não for publicada a nova resolução que irá regulamentar procedimentos para inscrição e manutenção no Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Cargas – RNTRC, revogando a Res. 4.799/2015, fruto da Audiência Pública nº 008/2020, a ANTT firmou o compromisso de prorrogar nos sistemas as datas de validade dos CRNTRC a fim de evitar que os transportadores (ETC, CTC e TAC) tenham problemas na prestação de serviços de transporte de cargas.
A secretaria de Mobilidade Urbana da cidade de São Paulo publicou, no Diário Oficial desta terça-feira (20), a portaria SMT.GAB nº 61, de 20 de dezembro de 2021, que prorroga até 31 de março de 2022, o prazo para obter a Licença Especial de Transporte de Produtos Perigosos (LETPP).
A medida levou em consideração a permanência das incertezas econômicas no Brasil, resultantes da pandemia do coronavírus.
RICARDO TEIXEIRA, Secretário Municipal de Mobilidade e Trânsito, no uso das atribuições que lhe são conferidas pelo Decreto nº 60.448, de 09 de agosto de 2021, e
CONSIDERANDO a permanência das incertezas econômicas no Brasil, resultantes da pandemia do coronavírus, bem como a alternativa conferida pelo caput e inciso I, ambos do § 1º, do artigo 5º, do Decreto nº 50.446, de 20 de fevereiro de 2009, na redação conferida pelo Decreto nº 60.169, de 9 de abril de 2021, para obtenção da Licença Especial de Transporte de Produtos Perigosos – LETPP,
RESOLVE:
Art. 1º Alterar a Portaria SMT.GAB nº 041, de 3 de setembro de 2021, para fins de conferir nova redação, nos seguintes termos:
“Art. 2º ………………………….
Parágrafo único. Na hipótese do caput desse artigo, a apresentação da documentação prevista no inciso VI, do artigo 9º, e a exigência prevista no inciso IV, do artigo 19, ambos do Decreto nº 50.446, de 2009, serão exigíveis, para fins de obtenção da LETPP, apenas a partir de 1º de abril de 2022.
Art. 3º Esta Portaria entrará em vigor na data de sua publicação, e produzirá efeitos até 31 de março de 2022.” (NR)
Art. 2º Esta Portaria entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.
Há quase dois anos, a pandemia da covid-19 mudou o cenário mundial, afetando diretamente os principais setores da economia e levando o país a uma das piores crises da história. Conforme dados do Boletim Focus, a estimativa para o final de 2021 é de um crescimento de 4,80% do Produto Interno Bruto (PIB) em comparação ao ano passado. Porém, as expectativas para 2022 não são as mais animadoras para a economia brasileira. De acordo com o relatório do Banco Goldman Sachs, o qual alerta sobre um cenário de inflação aquecida e de condições monetárias mais apertadas, podemos esperar um aumento de apenas 0,8% no cálculo de tudo que é produzido no país no próximo ano.
Com a possibilidade de estagflação (evento econômico caracterizado por inflação alta e crescimento estagnado associados a altos níveis de desemprego), em 2022 o país enfrentará um período desafiador, no qual, devido a índices de inflação elevados, diversas atividades econômicas importantes para o Brasil podem ser impossibilitadas de se manter no mercado, decorrente do alto custo de produção e dos recursos necessários para a atividade.
Para o transporte RODOVIáRIO de cargas (TRC), a situação se encontra em um cenário mais otimista. Segundo a pesquisa realizada pelo Radar da Confederação Nacional de Transporte (CNT), divulgada recentemente, o PIB do transporte cresceu 3,6% em volume no primeiro trimestre de 2021 puxado pelo avanço no setor neste ano. O segmento se deparou com uma alta no agronegócio, que deve seguir puxando a demanda do modal rodoviário no ano que vem.
O presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística do Oeste do Paraná (SINTROPAR), Antonio Ruyz, reforça a importância da região para a economia do estado devido ao cenário otimista da safra de verão. Além disso, há também a perspectiva de transportar produtos para o mundo todo pelo Porto de Paranaguá, um dos principais canais de escoamento de cargas para o oeste do Paraná, responsável pelo impulsionamento do agronegócio do estado, com cidades líderes na produção desses produtos, como Cascavel e Toledo.
“Nossa região tem uma grande relevância e importância na economia do Paraná, pois somos uma região voltada para o agronegócio e para a agroindústria. Temos grandes cooperativas de âmbito nacional localizadas nessa região. Com o aumento da produção em 2022, o transporte também precisa contribuir para o escoamento do produto primário. Deste modo, estamos bastante confiantes e otimistas para o ano que vem devido à região Oeste ser um grande produtor de alimentos para o país e para o mundo”, afirma Ruyz.
Um dos fatores que contribuíram para tal crescimento do setor foi a evolução mercadológica, que nos últimos dois anos obrigou as empresas a se reinventarem para se manter em atividade, fato decorrente da pandemia que assolou o mundo em 2020. A vertente do e-commerce se tornou uma necessidade para as transportadoras neste período, pois viabilizou que as cargas alimentícias, hospitalares e de outros segmentos pudessem ser entregues à sociedade mesmo com as dificuldades enfrentadas no período.
Observando essas mudanças no TRC, Diego Nazari, diretor de desenvolvimento e negócios da Rodovico Transportes e diretor comercial do SINTROPAR, afirma que o e-commerce foi um grande contribuinte para as transportadoras, pois permitiu aos motoristas profissionais de caminhões que continuassem exercendo suas atividades. Nazari ainda lista que o Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e) foi um dos grandes benefícios para o segmento transportador, pois trouxe conhecimentos como redução de custos do controle e facilidade na identificação de operações irregulares.
“Acredito que no transporte, principalmente nessa modalidade em que atuamos, que é o agenciamento de carga, nosso principal negócio é vender. Para isso, precisamos de inteligência com a qual possamos entender o comportamento do consumidor, identificando onde ele está e qual frete ele está procurando e, com isso, saber o perfil de rota do motorista. Assim, a plataforma do e-commerce traz essas soluções para que possamos ser mais assertivos na hora de buscar o motorista ideal para determinada rota de modo que o frete seja calculado de forma correta e justa” ressalta Nazari.
Dificuldades do setor
O ano de 2021 também foi marcado por constantes aumentos nos insumos para a atividade das empresas de transporte no oeste do Paraná. Segundo dados do levantamento de novembro da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o preço médio da gasolina atingiu a marca de R$ 6,30 e o álcool se encontra em R$ 5,46 o litro.
“Nos últimos 12 meses, o TRC vem sofrendo um aumento muito significativo em seus insumos, e isso vem trazendo uma grande defasagem para o setor de transporte. Nossa maior dificuldade, analisando o cenário de 2022, é repassar esse custo operacional, como o aumento no diesel, na mão de obra e na manutenção do caminhão, pois são fatores que não conseguimos controlar”, conclui Ruyz.
O presidente da entidade ainda afirma que os transportadores vão precisar se reinventar em 2022. Serão necessários reajustes adequados para que as empresas do TRC se mantenham em atividade, pois não há previsões de uma redução nos custos de insumos, o que acarretará um aumento de custo operacional e um novo cálculo de frete aos clientes.
Foram entregues 18 obras que garantiram mais mobilidade, economia e segurança para a região, além da concessão à iniciativa privada da rodovia Dutra, com redução do preço do pedágio
Região com os principais terminais para exportação de produtos brasileiros, o Sudeste do país recebeu importantes investimentos em infraestrutura de transportes no ano de 2021. Além de obras realizadas com verbas do Orçamento da União, também ocorreram concessões à iniciativa privada que vão garantir avanços em rodovias, ferrovias, portos e aeroportos nos quatro estados.
São exemplos desses avanços na região a relicitação da rodovia Dutra, uma das mais importantes do país, que terá investimentos de R$ 14,8 bilhões durante a duração dos contratos. Deste valor, R$ 1,5 bilhão serão aplicados somente na região de Guarulhos (SP) para solucionar gargalos e facilitar o acesso ao aeroporto internacional de São Paulo, o maior da América da Sul e a principal saída aérea do continente para a Europa.
Outro avanço foi no porto de Santos, que teve o maior leilão da história do setor portuário com o arrendamento do terminal STS08A. São R$ 678,3 milhões para aprimorar a infraestrutura para movimentar mais de 140 milhões de toneladas de petróleo e seus derivados. Além de gerar mais de 12 mil empregos, a concessão garante abastecimento de combustível para toda a região.
No setor portuário, o Governo Federal apresentou o projeto de desestatização da Companhia de Docas do Espírito Santo (Codesa), que trará investimentos aproximados de R$ 330 milhões. Com a concessão à iniciativa privada, os portos de Vitória e de Barra do Riacho terão sua capacidade aumentada, tornando-se uma alternativa viável para o transporte de cargas de longo trajeto.
Escoamento de safras
Somados recursos públicos e privados, foram investidos R$ 1,8 bilhão entre janeiro e dezembro em 18 obras, sendo 11 rodovias federais, dois aeroportos, três ferrovias, uma hidrovia e três novos empreendimentos no porto de Santos, incluindo a terceira linha do sistema ferroviário que integra o terminal portuário.
Essencial para ligar Goiás, um grande estado produtor de commodities, ao porto de Santos, a Ferrovia Norte-Sul, teve 172 quilômetros de linha férrea entregues em março de 2021 para auxiliar no escoamento das safras de soja produzidas na região. São R$ 711 milhões totais investidos, sendo R$ 145 milhões para a parte em Estrela D’Oeste, em São Paulo, e o restante em São Simão, Goiás. Segundo projeção da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), a previsão é de que a Norte-Sul movimente 22,73 milhões de toneladas de cargas até 2055.
Para isso, é fundamental investir no maior porto da América do Sul. O Governo Federal trabalhou para entregar três novos empreendimentos no Porto de Santos: a 3ª Linha do Paquetá, que integra o sistema ferroviário do terminal (Portofer); inauguração do píer da Ageo, na Ilha do Barnabé; e as obras de extensão e aprofundamento do Cais do Tecon. O investimento de R$ 600 milhões na construção da linha férrea e na ampliação de dois cais privados terão impacto no aumento no processamento de cargas a serem escoadas pelo porto e é reflexo da POLíTICA pública do Governo Federal em conceder ativos para a iniciativa privada.
Ligações rodoviárias
Entre as principais obras do setor RODOVIáRIO, a restauração na Travessia Urbana de Itaperuna, no Rio de Janeiro, garantiu mais conforto e segurança para os motoristas que trafegam pela via e para ciclistas e pedestres, que contam agora com ciclovia e novas calçadas.
E a inauguração da Avenida Portuária do Rio de Janeiro, na BR-101/RJ, facilitou o acesso rodoviário para caminhões entre a Avenida Brasil e o Porto do Rio de Janeiro. A expectativa é de que trafeguem, diariamente, 2,6 mil veículos, diminuindo consideravelmente o tráfego na região.
Já em Minas Gerais o Complexo do Taiaman, na BR-365/MG, em Uberlândia, melhorou o trânsito para os moradores da região com a implantação de uma trincheira com pistas duplicadas para o tráfego de veículos da rodovia, em desnível com dois viadutos superiores, que proporcionam a passagem do trânsito urbano, além de passagens de pedestres.
Foi entregue também o novo terminal de passageiros do Aeroporto de Uberlândia, aumentando a capacidade total do local de 1,7 milhão para 3,9 milhões de passageiros por ano. O aumento de capacidade é fundamental para absorver a demanda crescente que virá pelo agronegócio, pela agroindústria, pelo conjunto de infraestrutura que vai atender a região.
Novas tabelas entram em vigor em 1º de janeiro de 2022
A contribuição sindical está prevista no Artigo 149 da Constituição Federal de 1988 e nos Artigos 578 a 591 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Possui natureza tributária e é facultativamente recolhida pelos empregadores, no mês de janeiro, e pelos transportadores autônomos, no mês de fevereiro de cada ano.
A contribuição sindical, anteriormente denominada como imposto sindical, é essencial para o funcionamento e a manutenção da autonomia das entidades na defesa dos interesses do setor transportador junto às esferas de Poder.
Por previsão legal, os valores arrecadados a título de contribuição sindical serão divididos entre o sindicato que representa a categoria (60%), a Conta Especial Emprego e Salário (CEES) do Ministério do Trabalho (20%), a Federação Estadual (15%) e a Confederação (5%).
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