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Iveco Daily 2022 chega para atender ao Proconve L7

Iveco Daily 2022 chega para atender ao Proconve L7

Tuiuti, SP — Estimulada pela crescente demanda do e-commerce e de olho na nova etapa do Proconve, Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores, o L7, que começa a vigorar em janeiro para veículos de até 3,5 toneladas, a Iveco lançou na terça-feira, 14, a linha Daily 2022. A mais recente versão, 35-160, disponível a partir do dia 1º ao custo de R$ 240 mil a R$ 250 mil em São Paulo – os valores variam conforme o Estado, devido ao ICMS –, no entanto, não traz apenas a redução de emissões na nova roupagem.

Vem recheada de tecnologia, com a possibilidade de espelhar o celular, sensores que controlam a pressão do pneu e a velocidade do para-brisa conforme a intensidade da chuva, luz de neblina, maior conforto do banco que traz até regulagem de altura e tem espaço embaixo do assento, além propiciar economia de até 6% de combustível e, ao mesmo tempo, ser capaz de carregar mais peso. O câmbio é manual, mas ao parar na subida ele sustenta o veículo ao tirar o pé do freio. Sua autonomia é de 650 quilômetros e o tanque de arla dura 4 mil quilômetros, o equivalente a três ou quatro meses. A parada para revisão foi ampliada de 15 mil para cada 30 mil quilômetros, e o preço da manutenção preventiva, segundo a Iveco, está 22% menor com relação ao modelo anterior, lançado em março de 2020. Com direção leve, a sensação de pilotar o modelo, ainda que carregado com 700 quilos de carga, é a mesma de guiar um carro.

Carro-chefe da montadora, a linha Daily, disponível ainda nas versões 4,5 toneladas e 6,5 toneladas, que também estão ganhando atualização de motorização ao se prepararem para o Euro 6 – o motor foi customizado pela FPT especialmente para atender à América Latina –, vigente a partir de 2023, responde hoje por 40% do faturamento da marca, de acordo com Ricardo Barion, diretor comercial da Iveco. Tanto que no segmento de chassi-cabine detém 35,4% de market share enquanto que, no mercado como um todo, a montadora possui fatia de 8%. A versão 30-160 City estará disponível ao consumidor em abril e, as de 4,5 a 6,5 toneladas com a nova motorização, em 2023.

Segundo Márcio Querichelli, presidente da Iveco para a América Latina, o volume de vendas da montadora em 2021 está “muito próximo do mercado”, que deve encerrar o ano com expansão em torno de 40%. Das 145 mil unidades que devem ser comercializadas no País até o fim deste mês, estimou Barion, a projeção é que 13 mil sejam da marca e 4,7 mil da linha Daily – em 2019, para efeito de comparação, eram 3,3 mil.

Apesar de todas as dificuldades esperadas para 2022, segundo o diretor comercial, o cenário de juros elevados, a falta de componentes e as incertezas trazidas pelas eleições são o que mais preocupam a fabricante. Por outro lado, o aquecimento do agronegócio, e-commerce e construção civil continuam puxando a demanda. A antecipação de compras de veículos Euro 5, que só poderão ser produzidos até dezembro de 2022 também pesa a favor para crescer acima dos 10% projetados pelo mercado.

Para facilitar o acesso aos modelos, que este ano sofreram repasses da ordem de 30% e, no ano que vem, mais 10%, devido ao encarecimento de insumos, escassez de contêineres e do dólar na casa dos R$ 5,50, o banco da montadora facilitao pagamento em até 12 vezes sem juros ou em até 60 vezes com juros e carência de pagamento de três a seis meses. Em torno de 60% do público consumidor é autônomo.

Na tentativa de driblar a pressão de custos, a Iveco vem ampliando o índice de nacionalização de seus componentes. O objetivo é passar do intervalo de 60% a 65% para 65% a 70% de localização em 2022. O maior porcentual cabe à linha Daily. Para Querichelli, essa iniciativa é um dos pilares estratégicos da companhia:

“Costumo explicar aos nossos colegas europeus que a foto que foi tirada no Brasil dez anos atrás é completamente diferente da de hoje. Quando trouxemos o Euro 5, por exemplo, o dólar era cotado a R$ 1,08 e, hoje, está R$ 5,06. A taxa Selic era altíssima e até alguns meses atrás estava baixa, apesar de agora ter voltado a subir. Ou seja, vivemos em uma montanha-russa e para fazer negócio no Brasil e na América Latina tem que ter estômago. Por isso o tema da localização é tão importante quanto o de emissões. Para a sobrevivência de qualquer companhia com esse câmbio, esse custo absurdo de importação de componentes, custo de frete marítimo e aéreo, é fundamental ter perto de nós componentes para abastecer a produção.”

A respeito do ganho de fatia do mercado deixado pela Ford, Barion disse que isso ocorreu com leves e semipesados, sem especificar quanto. Mas ponderou que no segmento de pesados, que é o que mais cresce, em torno de 70%, não é herança da montadora estadunidense. Querichelli complementou que os pesados representam 40% de todo o volume de veículos e estão fabricando mais pesados do que leves:

“Nossa fábrica de Sete Lagoas, MG, tem muito espaço e potencial para crescer. Tem capacidade produtiva para duplicar, triplicar e quadruplicar a produção.”

A planta possui três linhas de produção, sendo duas ativadas. Uma é de veículos leves, dedicada à Daily, e a segunda é de pesados, mas são montados ônibus também. O uso da capacidade instalada está entre 65% e 70%. “A terceira linha não está sendo usada, mas podemos ativá-la a qualquer momento.”

Atualmente, há 3,5 mil funcionários na Iveco América Latina pós-spin off, incluindo FPT, sendo 2,5 mil na unidade mineira, que ganhou recentemente o reforço de 800 profissionais – a produção aumentou em 120% ante 2020.

Argentina é o principal mercado de exportação da Daily, junto com Chile, Peru e Colômbia. Em janeiro será formado o Iveco Group e, na sequência, será feito anúncio de investimentos globais e para a América Latina. Somente em engenharia, a montadora investiu em torno de US$ 20 milhões este ano.

Escoamento do agronegócio é dificultado pelas estradas ruins

Escoamento do agronegócio é dificultado pelas estradas ruins

Foto: Auto On

Mesmo sendo um dos maiores produtores do segmento, estado ainda possui 64% da malha rodoviária em condições não apropriadas

Ao contrário dos Países mais desenvolvidos, o Brasil é altamente dependente do transporte de cargas. O setor é responsável por cerca de 65% de tudo que é transportado no país segundo dados da “Pesquisa CNT de Rodovias 2021” realizada pela Confederação Nacional dos Transportes. Porém, levando em consideração sua relevância, a realidade da pavimentação nas estradas vai contra o desenvolvimento do segmento: ainda segundo a pesquisa, 26,2% das rodovias do país apresentam problemas de pavimentação.

No Centro-Oeste, a situação se reflete, visto que, mesmo sendo uma das regiões que detêm uma produtividade expressiva no agronegócio, enfrenta inúmeros problemas de infraestrutura que afetam toda a cadeia logística. A região é essencial ao escoamento da produção agrícola por sua localização privilegiada, que atinge todos os cantos do país. Por isso, é de suma importância que a qualidade das estradas em que os produtos são transportados reflita o valor que o transporte rodoviário de cargas do Centro-Oeste traz para todo o Brasil.

Um indicador disto é o Mato Grosso (MT), líder na produção das três principais commodities brasileiras: milho, soja e algodão. Mesmo com sua grande importância para o agronegócio nacional, o estado possui apenas 35,9% de sua malha rodoviária em boas ou ótimas condições, já que 64,1% das estradas do estado foram consideradas regulares, ruins ou péssimas segundo a pesquisa da CNT.

Além disso, o estado enfrenta problemas de infraestrutura que interferem no trabalho e na distribuição desses produtos. Um reflexo disso são seus mais de 22 mil quilômetros de rodovias não pavimentadas. Desses, 51,9% da extensão de sua malha rodoviária apresentam problemas, 48,1% estão em condição satisfatória e 0,2% está com o pavimento totalmente destruído.

O presidente da Fenatac – Federação Interestadual das Empresas de Transporte de Cargas, Paulo Afonso Lustosa, reflete sobre como a qualidade das estradas afetam diretamente o negócio do transporte rodoviário de cargas em relação aos custos com os quais as transportadoras precisam arcar pelo mau estado das vias.

“Há projeções que dizem que uma estrada com má pavimentação pode onerar o custo do transporte em até 30%. Para que as empresas possam desempenhar melhor seu papel, é fundamental que os estados invistam mais em infraestrutura nas suas rodovias”, afirma Lustosa.

Para mudar este cenário, o Matogrosso vem recebendo investimentos promissores nas suas estradas pelo governo estadual. A Secretaria do Estado de Infraestrutura e Logística (SINFRA) apresentou Projeto de Lei Orçamentária Anual (LOA) 2022 à Assembleia Legislativa com um orçamento estimado em cerca de R$ 26 bilhões (ou exatamente R$ 26.585.827.900,00). Destes, a previsão é que R$ 356 milhões sejam destinados à pavimentação de rodovias de um modo geral, e a restauração das estradas já pavimentadas tem custo previsto de R$ 100,1 milhões.

Segundo Guilherme Blatt, assessor de imprensa da SINFRA, o estado já recebeu 1.000 km de asfalto e, no momento, cerca de 1.660 km de contratos de pavimentação estão em andamento. Para o futuro, aproximadamente 900 km serão licitados em breve, e outros 2.900 km de estradas com projetos estão sendo elaborados.

Para Blatt, investir na malha rodoviária é elevar as expectativas do desenvolvimento do estado, dos municípios e, principalmente, da qualidade de vida do cidadão. “As rodovias levam ao desenvolvimento e fazem a economia girar. É um investimento que fazemos para possibilitar viagens intermunicipais, o comércio regional, o transporte escolar, o escoamento da produção e a transferência de pacientes para hospitais mais estruturados”, ressalta.

A LOA- Lei Orçamentária Anual segue em trâmite no parlamento do estado e já foi discutida em duas audiências públicas. A previsão é que sua primeira votação aconteça até o final de dezembro. Para Lustosa, cada vez mais investimentos como esse devem ser um dos pontos centrais dos governos estaduais e federais para ajudar o negócio do transporte rodoviário de cargas a continuar com o crescimento.

“Estima-se que cada R$ 1 investido em infraestrutura retorna R$ 1,44 para a economia. É questão matemática. Por isso, precisamos que no futuro haja uma melhora no montante de investimento em infraestrutura, sobretudo no transporte; aí sim nós teremos condições de crescimento”, conclui.

CNC: faturamento do varejo no Natal deverá ser de R$ 57,48 bilhões

CNC: faturamento do varejo no Natal deverá ser de R$ 57,48 bilhões

Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

Faturamento deve ter alta de 9,8% em relação a igual período de 2020

Estimativa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) mostra que o varejo brasileiro deverá movimentar, neste Natal, R$ 57,48 bilhões em vendas, com alta do faturamento de 9,8% em relação a igual período do ano passado. O economista sênior da CNC, Fabio Bentes, advertiu, entretanto, em entrevista à Agência Brasil hoje (13), que uma vez descontada a inflação, o volume de vendas sofrerá retração pelo segundo ano consecutivo, da ordem de 2,6% em 2021, comparativamente ao volume de vendas natalinas em 2020.

Em 2019, as vendas do Natal tiveram expansão de 4,8%. O Natal é a principal data comemorativa do varejo brasileiro, tendo respondido por 22% do total das vendas de dezembro nos últimos dez anos.

Bentes destacou que o aumento no faturamento deverá ser corroído pela inflação alta de dois dígitos. “Isso fez toda a diferença, para fazer com que o comércio, pelo menos na nossa expectativa, chegasse ao segundo Natal seguido com retração no volume de vendas, o que não acontecia desde 2016”.

Apesar de o fluxo de consumidores estar voltando aos níveis pré-pandemia, Fabio Bentes observou que o bolso dos consumidores está diferente. De acordo com pesquisa do Google, realizada no fim da primeira semana de dezembro, pela primeira vez desde o início da pandemia, o fluxo de consumidores em estabelecimentos comerciais superou a quantidade observada de clientes ao fim de fevereiro de 2020, com alta de 1,9%. No mesmo período do ano passado, o fluxo de consumidores estava 13,4% abaixo do nível pré-pandemia.

O economista da CNC lembrou que no Natal do ano passado, a inflação estava na casa dos 5% a 6%. “Hoje, a inflação é o dobro disso”. O país agora tem juros mais altos também, o que torna o crédito nada atraente para o consumidor. Em dezembro do ano passado, a taxa média de juros ao consumidor estava em 37% ao ano. Este ano, deverá ficar acima de 45% ao ano. “Isso faz diferença na hora do consumo a prazo”, diz Bentes.

Destaques

O ramo de supermercados deverá ser o destaque no Natal deste ano, respondendo por 38,5% (R$22,11 bilhões) do volume total, seguido pelos estabelecimentos de vestuário, calçados e acessórios (35,3% do total ou R$ 20,28 bilhões) e pelas lojas de artigos de usos pessoal e doméstico (13,2% ou R$ 7,60 bilhões).

Em termos regionais, os estados de São Paulo (R$ 18,01 bilhões), Minas Gerais (R$ 5,19 bilhões), Rio de Janeiro (R$ 4,93 bilhões) e Rio Grande do Sul (R$ 3,62 bilhões) concentrarão mais da metade (55%) da movimentação financeira prevista.

Importações

Como os preços no mercado interno têm subido muito para o varejo, acima dos praticados no exterior, isso acabou estimulando a importação de produtos tipicamente natalinos no trimestre que antecede a principal data comemorativa do comércio brasileiro. Dados da Secretaria de Comércio Exterior mostram que as importações de produtos natalinos efetuadas entre setembro e novembro de 2021 (US$ 436,1 milhões) cresceram 19% em relação ao mesmo período de 2020 (US$ 367,2 milhões), alcançando patamar ligeiramente inferior (-1%) àquele verificado no mesmo período de 2019 (US$ 439,6 milhões). A taxa média de câmbio entre setembro e novembro de 2021 (R$ 5,57) foi praticamente idêntica à do mesmo período de 2020 (R$ 5,58).

“Nós estamos sujeitos à inflação de custos aqui muito mais forte e significativa do que a desvalorização cambial que, praticamente, não houve. Tivemos períodos de oscilação este ano, mas quando a gente compara o pré-Natal deste ano com o do ano passado, a taxa de câmbio foi praticamente a mesma, o que colocou as importações do varejo em um patamar bem acima das do ano passado e um pouco abaixo das de 2019”. Os produtos importados com maiores aumentos comparativamente ao Natal de 2020 foram perfumes (+550%) e brinquedos (+60%).

Do ponto de vista do emprego, a expectativa da CNC é de que sejam criadas 89,4 mil vagas temporárias para o Natal deste ano, 31% maior do que as contratações para o atípico Natal de 2020, porém inferior às 91,6 mil vagas criadas para a data, em 2019. Há três meses, a entidade projetava abertura de 94,2 mil postos de trabalho temporários. A redução está atrelada à perspectiva de um Natal mais fraco, que acaba inibindo a contratação de temporários. “Vai existir, mas em um patamar menor do que de anos anteriores”.

Segundo a CNC, a maior oferta de vagas (63% do total ou 56,27 mil) ocorrerá nas lojas de vestuário, calçados e acessórios, seguidas pelos segmentos de hiper e supermercados (16,63 ou 19% do total) e lojas de artigos de uso pessoal e doméstico (11,08 mil ou 12% do total). Regionalmente, São Paulo (25,61 mil), Minas Gerais (9,63 mil), Paraná (7,09 mil) e Rio de Janeiro (6,63 mil) vão oferecer a maior parte das vagas.

A cesta de produtos mais demandados no Natal revela alta de 13,8% nos últimos 12 meses até dezembro, superior à inflação acumulada no mesmo período pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que ficou em 10,7%. O resultado é maior também que a variação de 15,1% registrada nos 12 meses até dezembro do ano passado. Artigos de maquiagem apresentaram a maior variação (16,4%), enquanto bacalhau e aparelho telefônico mostraram deflação de 2,6 e 1,4%, respectivamente.

Pessimismo

Na capital fluminense, o aumento dos preços dos alimentos e a queda da renda familiar darão aos cariocas uma ceia de Natal mais modesta que a do ano passado. Essa é a percepção de 76% de 350 consumidores entrevistados pelo Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro (CDLRio) entre a segunda quinzena de novembro e a primeira semana de dezembro. Outros 20% responderam que a ceia será igual e 4% que será mais farta.

Apesar do cenário difícil, 76% dos consultados pretendem gastar até R$ 250 com a ceia de Natal; 20% entre R$ 300 e R$ 400, e 4% acima de R$ 450; 70% pretendem pagar suas despesas com cartão de crédito parcelado; 24% com cartão alimentação; 5% à vista e 1% com cheque pré-datado. Englobando a ceia de Natal e presentes, 80% dos consumidores ouvidos disseram que pretendem comprometer até 15% da sua renda; 15,5% entre 16% e 25%; 4,5% acima de 35%.

Ministério da Infraestrutura prevê internet para 36 mil quilômetros de rodovias

Ministério da Infraestrutura prevê internet para 36 mil quilômetros de rodovias

Foto: Trucão

A expansão e o desenvolvimento da infraestrutura de transportes e logística no Brasil ganha uma aliada estratégica, após a concretização do leilão do 5G: a partir de agora, mais rodovias brasileiras terão conectividade. O sinal de internet chegará a 35,7 mil quilômetros de estradas, cobrindo trechos de rodovias importantes como a BR-116 (a maior do país), a BR-101 (que acompanha o litoral), a BR-163 (fundamental para o escoamento de grãos) e a BR-230 (Transamazônica). Todos os estados brasileiros serão beneficiados com a chegada da conexão, que irá otimizar custos do setor e aumentar a produtividade econômica do país.

O investimento para levar cobertura 4G será feito pela Winity II – empresa que arrematou a faixa de radiofrequência de 700 MHz (megahertz). No edital, já era previsto o compromisso de cobertura de 1.185 trechos de rodovias, totalizando 31,4 mil km. Outros 1.164 trechos (equivalentes a outros 4,3 mil km) foram adicionados às obrigações, após a conversão do ágio desse lote, que excedeu em R$ 1,2 bilhão (805%) o preço mínimo estipulado. Com os investimentos, todas as rodovias federais pavimentadas passarão a ter internet disponível.

O ministro das Comunicações, Fábio Faria, enfatizou a importância do leilão para assegurar recursos que beneficiem brasileiros. “Já temos mais de R$ 40 bilhões para investimentos nas estradas, vamos ampliar a conectividade em todas as BRs, em escolas, postos de saúde e em outros espaços públicos”, salientou. O valor econômico total obtido com a licitação foi R$ 47,2 bilhões. Dos quais, R$ 42,4 bi serão revertidos em compromissos.

ESTRADAS CONECTADAS

Receberão cobertura de internet móvel as rodovias que ainda não contam com infraestrutura de conectividade. A região que mais terá malha rodoviária conectada será o Nordeste (11,2 mil km), seguida do Centro-Oeste (7,5 mil km), Norte (7,2 mil km), Sudeste (5,2 mil km) e Sul (4,4 mil km).

Entre os estados, Minas Gerais lidera o ranking com 4,5 mil km de rodovias indicados para receber cobertura 4G. Serão conectados trechos que passam por cidades relevantes para a produção agrícola, como as da região do Triângulo Mineiro – entre elas, Uberlândia, Ituiutaba, Frutal e Prata. A conectividade contribui para otimizar o setor de transportes, permitindo melhor monitoramento de cargas e uso de tecnologias que reduzam o desperdício nos trajetos.

Abate de frangos e suínos no Brasil registra recorde, diz IBGE

Abate de frangos e suínos no Brasil registra recorde, diz IBGE

Foto: Arquivo Agência Brasil

Foram abatidos 13,72 milhões de suínos e 1,54 bilhão de frangos

O país registrou recordes nos abates de frangos e de suínos no terceiro trimestre deste ano, segundo informações divulgadas hoje (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com o IBGE, foram abatidos 13,72 milhões de suínos e 1,54 bilhão de frangos no país no período, os maiores patamares desde o início da pesquisa, em 1997.

O abate de suínos foi 4,5% maior do que o registrado no trimestre anterior e 7,8% a mais na comparação com o terceiro trimestre de 2020. Já o número de frangos abatidos foi 0,7% superior ao segundo trimestre deste ano e 1,2% maior do que o terceiro trimestre do ano passado.

O abate de bovinos, por outro lado, teve o patamar mais baixo para um terceiro trimestre desde 2004, com 6,94 milhões de cabeças. Isso representou perdas de 2% em relação ao segundo trimestre deste ano e de 10,7% na comparação com o terceiro trimestre de 2020.

Ovos, leites e couro

No terceiro trimestre de 2021, a produção de ovos de galinha chegou a 1 bilhão de dúzias, queda de 1,8% em relação ao terceiro trimestre de 2020 e alta de 1,5% frente ao trimestre segundo trimestre deste ano.

A aquisição de leite cru pelas unidades beneficiadoras foi de 6,19 bilhões de litros, queda de 4,9% em relação ao terceiro trimestre de 2020 e aumento de 6,1% ante o segundo trimestre deste ano.

Já a aquisição de couro pelos curtumes investigados pelo IBGE teve quedas de 10,4% em relação ao adquirido no 3° trimestre de 2020 e de 2,2% na comparação com o segundo trimestre deste ano.

Momento de incertezas econômicas exige cautela do transportador

Momento de incertezas econômicas exige cautela do transportador

A avaliação faz parte do Radar CNT do Transporte divulgado nesta quarta-feira, 08, pela Confederação

A taxa básica de juros da economia brasileira (Selic) sofre um novo aumento e fecha em 9,25%. O percentual, divulgado nesta quarta-feira (08/12), na última reunião de 2021 do Comitê de Monetária (Copom), serve como sinal de alerta para o transporte. Apesar de o setor registrar um desempenho positivo no Produto Interno Bruto (PIB), o cenário pode mudar devido a uma série de incertezas. O risco de aumento da inflação é o principal deles. A análise está retratada no Radar CNT do Transporte, publicado pela Confederação Nacional do Transporte.

No PIB, o desempenho do setor de transporte no 3º trimestre de 2021 teve um crescimento de 1,2% em relação ao 2º trimestre deste ano. A taxa de variação percentual está à frente de componentes tradicionais da produção, como agropecuária (-8%), indústria (0%) e até mesmo a de serviços (1,1%). Este último sofreu com o isolamento social na pandemia e tem se recuperado por conta do avanço da vacinação. Já a indústria está estagnada por falta de insumos e a agropecuária por questões relacionadas a clima e safra.

A Selic está aumentando para evitar que a inflação suba demais, só que essa medida afeta o consumo, que por sua vez influencia no desempenho do transporte. Esse movimento torna mais difícil o acesso a crédito e os riscos envoltos no processo de investimento. Somam-se a esse quadro interno as possíveis repercussões advindas da descoberta de uma nova variante do vírus da covid-19 (ômicron), dentre elas o fechamento temporário de fronteiras, a desaceleração mais intensa do ritmo de recuperação da atividade econômica global e o aumento da percepção de risco por parte dos agentes econômicos internacionais.

Para o setor de transporte, o impacto mais direto deve se dar na tomada de crédito, uma vez que a Selic influencia todas as demais taxas de juros do Brasil, como as cobradas em empréstimos, financiamentos e até de retorno em aplicações financeiras. A decisão do Copom foi motivada pelo aumento progressivo do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). A inflação medida pelo IPCA acumulado em 12 meses passou de 4,56%, em janeiro de 2021, para 10,67%, em outubro, segundo os últimos dados disponibilizados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Acesse aqui o Radar CNT do Transporte