O presidente do Senado, senador Rodrigo Pacheco (PSD), se reuniu com líderes do setor produtivo e autoridades na tarde desta segunda-feira, 29, na sede do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas no Paraná (Setcepar) para falar sobre o atual momento econômico do Brasil, indicar ações que impactam o setor produtivo e apresentar as fases de cada reforma em andamento no Congresso Nacional.
Pacheco iniciou a sua fala apresentando um panorama sobre o desenvolvimento econômico do Brasil e do Paraná; posteriormente comentou a atuação do Senado durante a pandemia, como o primeiro parlamento a funcionar 100% digital e com um trabalho que garantiu agilidade na compra de vacinas, e também sobre a atuação em reformas necessárias para o bom andamento do governo. “É fundamental que o senado assuma o seu papel de ser um reformista perene”, disse em um trecho.
Posteriormente, Pacheco respondeu algumas perguntas elaboradas pelo coordenador do G7 e presidente da Faciap, Fernando Moraes, sobre a PEC 45/2019 e a PEC 110/2019, ambas referentes à reforma tributária; sobre a PEC 23/2021 dos precatórios; a PEC 32/2020 da reforma administrativa; a reforma cambial; o PL 2058/2021, das gestantes; o PL 4728, de 2021, sobre o Programa Especial de Regularização Tributária (PERT); e o PL 1829/2019, que moderniza a legislação de Turismo
Reformas tributária e administrativa
Primeiro o presidente do Senado falou sobre a reforma tributária. Segundo Pacheco, há divergências entre União e estados, estados e municípios e entre o setor produtivo. “O governo federal não capitaneou uma reforma que fosse ampla no Brasil, como, por exemplo, que contemple a unificação dos impostos”, lamentou.
Em segundo lugar, respondeu o questionamento sobre a reforma administrativa, que segundo ele, também conta com uma série de divergências, principalmente por parte do funcionalismo público e por estar tão próxima ao ano eleitoral. “Acho que o Brasil, com os déficits educacionais, não tem condições para defender o estado mínimo. Temos déficit de inclusão, alfabetização, imagine deixar o estado fora disso. Mas temos que deixar menos dependente”. Pacheco se mostrou favorável a aprovação da reforma administrativa, mas defendeu que além da ajuda social, é de extrema importância oferecer aos brasileiros condições para o próprio sustento, por meio da geração de empregos. “Tem que ter a porta de entrada, mas a mesma porta de entrada tem que ser a de saída”, disse. “Não se trata de um estado mínimo, o estado tem que agir, mas de maneira inteligente. Temos que ter um estado que privilegie mais a atividade fim do que a atividade meio, isso está na PEC da reforma administrativa”, comentou.
Precatórios
Em relação aos precatórios, Pacheco afirmou que o Senado vai discutir a PEC nesta semana, mas que um problema a ser discutido de imediato é a dificuldade com o teto de gastos. “As vezes nosso problema não é financeiro, arrecadação tem, mas o teto de gastos não permite o uso do dinheiro”. Além disso, segundo o presidente do Senado, a solução encontrada para a PEC dos precatórios foi “a solução possível”, por meio de um consenso entre todos os envolvidos.
Por fim, Pacheco encerrou sua fala fazendo um apelo para que os brasileiros tenham mais união. “Temos que nos unir para preparar o Brasil para as crises”, finalizou.
Além do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, estiveram presentes no encontro o vice-governador do Paraná, Darci Piana; o chefe da Casa Civil, Guto Silva; o secretário de estado de Justiça, Família e Trabalho, Ney Leprevost; o secretário de estado do Desenvolvimento Urbano e Obras Públicas, João Carlos Ortega; o secretário de estado da Fazenda, Rene Garcia Junior, o secretário de estado de Infraestrutura e Logística, Sandro Alex Oliveira; o secretário do estado do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo, Márcio Nunes; o presidente da Assembleia Legislativa do Paraná, Ademar Traiano; o deputado estadual, líder do governo na Alep, Hussein Bakri; o presidente do Tribunal de Justiça do Paraná, desembargador José Laurindo de Souza Netto; o presidente do Tribunal de Contas do Paraná, Conselheiro Fabio Camargo; o vice-prefeito de Curitiba, Eduardo Pimentel Slavieiro; o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab; o presidente da Faciap e coordenador do G7, Fernado Moraes, o presidente da Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Estado do Paraná; Sérgio Malucelli; o presidente da Federação da Agricultura do Estado do Paraná, Ágide Meneguette; o presidente do Sistema da Organização das Cooperativas do Estado do Paraná, José Roberto Ricken; o presidente da Associação Comercial do Paraná, Camilo Turmina; o diretor superintendente do Sebrae Paraná, Vitor Tioqueta; o diretor de Administração e Finanças do Sebrae Paraná e o diretor de operações do Sebrae Paraná, Julio Cesar Agostini.
‘O Brasil praticamente parou e agora a conta é do governo Bolsonaro’, disse o ministro, alinhado ao ex-capitão
O ministro da Economia, Paulo Guedes, repetiu nesta terça-feira 30 que a economia brasileira “voltou em V”, que os investimentos estão retornando e que o País “está condenado a crescer”.
Durante participação no 93º Encontro Nacional da Indústria da Construção, o ministro sugeriu que o Brasil “não cresce há 30 anos” e que, apesar disso, os problemas teriam caído “na conta do governo Bolsonaro”.
“O Brasil praticamente parou e agora a conta é do governo Bolsonaro. Ainda pegamos uma Covid”, prosseguiu Guedes. Ele elogiou a atuação da construção civil durante a pandemia e destacou uma suposta recuperação do setor de serviços.
“O setor serviço está voltando, voltando turismo, o Brasil está condenado a crescer”, completou.
Enquanto isso, segue a elevação na estimativa para a inflação do País em 2021. Na semana passada, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada projetou que o IPCA deve fechar este ano com alta acumulada de 9,8% (em setembro, previa 8,3%). O teto oficial da meta, já destruído, era de 3,75%, com tolerância de 1,5 ponto percentual.
No Boletim Focus, do Banco Central, da última segunda-feira 29, a mediana das projeções dos economistas para o IPCA em 2021 subiu de 10,12% para 10,15%.
O Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas no Estado do Paraná (Setcepar) que reúne a categoria econômica das empresas de transportes de cargas em 265 cidades do estado, anunciou na última sexta-feira (26), 8 vagas para motoristas sem experiência em um curso gratuito de formação profissional. As informações foram divulgadas pela própria entidade nas redes sociais
REQUISITOS: Para concorrer a uma das vagas os candidatos devem atender aos seguintes requisitos, Carteira Nacional de Habilitação categoria E com observação EAR (Exerce Atividade Remunerada) e residir em Curitiba (PR) ou região metropolitana. Segundo a entidade, não é necessário possuir experiência na função.
SOBRE O CURSO: O Setcepar destaca que curso gratuito contará com 10 dias de duração, sendo, cinco dias de aulas teóricas, três dias com aulas em simuladores e dois dias com aulas práticas em veículos. A qualificação terá início no dia 02 de dezembro de 2021.
CONTATO: Os motoristas interessados em participar do curso e que atendem aos requisitos devem se inscrever até hoje 30/11/2021 às 12h através do seguinte E-mail: treinamento@setcepar.com.br , destacando no assunto: “MOTORISTA CARRETEIRO”. Mas ATENÇÃO: Encaminhe o currículo apenas se você atender a todos os requisitos e residir na região de Curitiba (PR).
Atualmente o Setcepar é o principal representante do setor transporte RODOVIáRIO de cargas no Paraná, nas mais diversas atividades, tais como as negociações coletivas de trabalho, aproximação com autoridades e autarquias municipais, estaduais e federais, bem como com a imprensa (vídeo, jornal e televisão), além da articulação das questões técnicas, operacionais e mercadológicas do setor com seus associados.
Cerca de R$ 74 bilhões já foram contratados para o incremento da logística nacional com concessões no setor
Com o objetivo de atrair investimentos privados para o setor de infraestrutura de transportes, o Governo Federal, por meio do Ministério da Infraestrutura, apresentou o modelo brasileiro de concessões e a carteira de projetos a grupos de investidores em diversos países e potências econômicas no mundo.
Desde 2019, o Governo já garantiu cerca de R$ 74 bilhões para o incremento da logística nacional com as concessões de 34 aeroportos, cinco rodovias, seis ferrovias considerando concessões, renovações e investimento cruzado, 29 arrendamentos portuários, além de autorizações para 99 Terminais de Uso Privado.
O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, falou sobre o assunto e abordou resultados e expectativas dos investimentos brasileiros no setor de logística no país.
Nós saímos desse roadshow muito animados, porque os investidores perceberam que o nosso programa é muito consistente, na verdade o que nós apresentamos a eles foi a mesma coisa que nós apresentamos em 2019 só que 79 leilões depois. Então eles verificam que é um programa que está em andamento, que está em curso, que é consistente, aquilo que a gente programa acontece, que a gente está cumprindo os prazos, os cronogramas e a gente foi mostrar o que está por vir, quais são os próximos ativos, também tirar qualquer risco ou temor em relação ao processo eleitoral do ano que vem. Era importante deixar muito claro que a eleição não vai interferir na programação dos leilões, nos cronogramas, já foi assim em 2018, vai ser assim em 2022 e a receptividade foi a melhor possível. É possível até verificar alguns projetos que têm despertado muito interesse dos investidores, como a Sétima Rodada de aeroportos, o metrô de Belo Horizonte, as privatizações portuárias são uma grande novidade, rodovias como o bloco de rodovias do Paraná. Então é um prenúncio de que nós teremos aí leilões muito bem-sucedidos ao longo do ano que vem.
A gente percebeu que havia uma demanda reprimida que o Estado não estava conseguindo capturar e não estava conseguindo dar vazão. É o caso daquela indústria de celulose que quer fazer a ligação da sua planta pra uma concessão existente, é o caso de uma mineradora que tem um ativo minerário e quer ligar esse ativo diretamente ao porto, é o caso de uma indústria que quer fazer o seu ramal com o porto ou das indústrias de proteína animal, por exemplo, que estão no Paraná e Santa Catarina e querem ligar com o Mato Grosso, que é produtor de milho e de ração, para suas indústrias, porque essa é a maior vulnerabilidade de uma indústria de proteína animal, é a falta deste insumo. Então, a gente precisava conceber uma maneira de prover, dar oportunidade de o privado fazer esse investimento de uma forma menos burocrática, mais rápida e aí mudamos o marco legal para que esse novo marco comportasse as autorizações.
Na autorização o investidor toma o risco de engenharia, então ele pede para fazer determinado trecho, ele toma esse risco, constrói a sua ferrovia, ele opera a sua ferrovia num regime regulatório muito mais simples. Ele vai fazer a sua análise em termos de plano de negócios, vai ver se faz sentido, se aquilo é viável do ponto de vista econômico e financeiro. A gente, na ferrovia, tem uma facilidade maior em termos de programação e o que a gente esperava era ter, como a que existe nos Estados Unidos, era uma série de operadores de shortlines, lá são seis, sete operadores de ferroviários com mais de 600 operadores shortline. Quando nós lançamos as autorizações, nós esperávamos receber ali seis ou sete pedidos de autorização que eram coisas que estavam chamando muita atenção, estavam gritando ‘olha, isso aqui faz muito sentido’, e não acontece porque o Estado hoje tem exclusividade de empreender em ferrovia, então vamos tirar essa exclusividade do Estado. O fato é que nós já estamos indo aí para 35 pedidos de autorização e isso vai corresponder à implementação de mais 9 mil quilômetros de ferrovia e a contratação de mais de R$ 120 bilhões de investimento. Então é o impulso ferroviário sem precedentes na nossa história.
Todo o nosso programa de infraestrutura tira força do Plano Nacional de Logística, que é um plano onde a gente considerou as origens, o destino, os principais fluxos de transporte, as principais cadeias produtivas e o comportamento da economia do Brasil nos próximos anos, então a gente analisou o problema na perspectiva da demanda, confrontamos isso com a oferta de transporte e verificamos quais são os principais gargalos e quais são as melhores alternativas de transporte para a gente suprir a nossa deficiência de logística. Então, concebemos um programa com ênfase no transporte ferroviário, as ferrovias, então, elas vão aparecer sob três pilares, um primeiro pilar das concessões. Nós já fizemos duas, a Ferrovia Norte-Sul e a Ferrovia de integração Oeste-Leste, estamos trabalhando para fazer a terceira, que é a Ferrogrão.
Um pilar que são as renovações antecipadas dos contratos de concessão existentes, com investimentos programados nas malhas existentes e em malhas adicionais definidas pelo Estado com o que a gente chamou de investimento cruzado.
E o terceiro pilar são justamente as autorizações. Com isso, a gente vai dar um salto ferroviário. Então a gente vai sair de uma participação no modo ferroviário na matriz, que hoje está na casa dos 20%, para 40% em 15 anos. Então, em 2035 a gente deve dobrar a participação no modo ferroviário na matriz e isso representa um ganho brutal em termos de oferta ferroviária, e essa oferta ferroviária vai repercutir em menores fretes, a gente deve reduzir o custo Brasil da ordem de 30%, sem falar na eficiência energética, sem falar na sustentabilidade, porque aí a gente tá falando do transporte também muito mais sustentável.
Eu acho que foi uma estratégia acertada, a gente tinha vários leilões que foram liberados pelo Tribunal de Contas da União em sequência, resolvemos concentrar tudo numa semana, chamar atenção do mercado para isso. Observe que eram leilões de modos de transporte diferentes. Então a gente fez num dia aeroportos, no outro dia a gente fez terminais portuários, no outro dia a gente fez rodovias, intercalamos esses leilões com conversas com fundos, com bancos, então a gente conseguiu jogar luz no nosso programa de concessão num momento extremamente difícil de pandemia. Então a atitude de fazer esses leilões era extremamente ousada, mas a gente percebeu uma oportunidade por que vários países resolveram suprimir projetos das suas carteiras, com medo da repercussão da pandemia e a gente viu nisso uma oportunidade, a gente se tornou, para alguns tipos de ativo, quase que vendedores exclusivos no mundo, e como a resposta regulatória na questão da pandemia foi muito rápida, por exemplo na questão dos aeroportos, a gente veio com medidas de proteção de caixa, postergamos pagamento de outorga, fizemos a primeira jornada de reequilíbrios econômicos financeiros, isso trouxe uma segurança para o investidor e ele acabou vindo para essa semana da Infra Week, foi extremamente bem sucedida.
Sem dúvida, eles têm essa percepção, por isso que a gente conseguiu detectar um grande interesse. Eles percebem no Brasil algumas características que são requeridas por qualquer investidor e é por isso que eles estão vindo.
Primeiro: uma tradição de respeito a contratos, a gente consegue demonstrar isso porque estamos fazendo, por exemplo, licitações novamente de contratos que foram feitos pela primeira vez na década de 90, que atravessaram vários governos com orientações ideológicas diferentes, chegaram a seu término e estão novamente sendo transferidas agora pela iniciativa privada.
Segundo: nós temos um grande mercado consumidor, um mercado apto a crescimento, então é o que todo mundo quer que é trabalhar para um mercado que tem potencial de crescer.
Terceiro: nós temos portfólio. Ninguém quer estudar o sistema regulatório jurídico de um país para participar de um leilão, dois leilões, os investidores querem participar de vários leilões.
Quarto: nós temos excelentes ativos, então todo mundo quer participar de um leilão do aeroporto de Congonhas, do Aeroporto Santos Dumont, do Porto de Santos, de rodovias do Paraná que tem 25 anos de memória de tráfego, de uma rodovia Presidente Dutra, de rodovias que servem, atendem ao agronegócio. Enfim, nós temos muitos ativos de muita qualidade.
Quinto: nós temos estruturação sofisticada. A estruturação hoje no brasil é uma das melhores do mundo, aprendemos a estruturar projetos. São projetos em que a gente trata risco de demanda, em que a gente trata risco de cambio dentro do próprio contrato, são projetos que nascem com reserva de liquidez pra fazer frente a determinadas situações de reequilíbrio econômico-financeiro.
Sustentáveis. A gente mostra para os investidores que nós temos projetos que estão nascendo com certificação ambiental, com selo verde e isso permite o acesso a outros bolsos, além de mitigar o risco de imagem desse investidor. E nós temos excelentes taxas de retorno. Então, dado o nível de taxas de juros que nós encontramos hoje no mundo, os nossos projetos remuneram taxas que são extremamente atraentes. E eles percebem ainda que o Brasil está fazendo o deve de casa, ele tem caminhado em cima de dois pilares, um pilar de consolidação fiscal e um pilar de reformas pró-mercado. Então esse conjunto chama atenção e é por isso que o interesse demonstrado é muito grande e nós teremos leilões bem-sucedidos.
Leilões importantes. Se a gente pegar no setor portuário, Imbituba marca uma mudança de vocação do porto, então um porto que era vocacionado antes só por container, agora vai operar outros tipos de carga, vai operar líquidos também, então atender uma gama maior de usuários. O leilão do Porto de Santos é fundamental para a logística de combustíveis no Brasil, porque é um terminal que está conectado com refinarias, esse leilão vai proporcionar investimentos naquilo que hoje é gargalo no Porto de Santos para a movimentação de líquidos, que é falta de berço, então nós vamos ter a construção de dois novos berços, a gente está falando de R$700 milhões de investimento, um resultado maravilhoso, extraordinário, porque foram R$558 milhões de outorga e isso é incorporado ao caixa da companhia que se prepara para desestatização. E o leilão da Dutra também foi espetacular porque eu acho que é o modelo de rodovia de operação mais moderno que nós vamos ter, a gente está falando de R$ 15 bilhões de investimento. Houve um acerto da nossa parte de não fazer simplesmente a prorrogação do contrato, mas de partir para um novo leilão, por que a gente consegue incorporar as lições aprendidas no passado à nova situação macroeconômica do Brasil, que é completamente diversa daquela da década de 90, e proporcionar uma quantidade muito grande de investimento para o usuário com redução de tarifa. Então aquele usuário que sai do Rio de Janeiro e vai para São Paulo vai pagar 35% menos de tarifa.
A expectativa para esse leilão é a melhor possível. Só para se ter uma ideia, a ligação do Rio de Janeiro para São Paulo, a ponte aérea Rio-São Paulo é a quarta rota mais movimentada do Planeta, então, seguramente foi um dos leilões mais comentados lá fora no Roadshow. Acho que foi talvez uma quantidade muito grande de reuniões que nós tivemos com operadores de infraestrutura focada na discussão da Sétima Rodada [de Concessões Aeroportuárias]. Então, nós teremos os maiores operadores de estrutura aeroportuária do mundo presentes, isso é muito interessante, operadores de várias nacionalidades diferentes, alguns já posicionados no Brasil, outros não ainda, mas com certeza a gente vai trazer muito investimento, muita qualidade para a gestão desses ativos.
O presidente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, Otto Alencar (PSD-BA), marcou para esta terça-feira (30) a votação, pelo colegiado, de um projeto de lei que promove mudanças na POLíTICA de preços de combustíveis praticada pela Petrobras.
O texto do PL 1472/2021 estabelece ainda a criação de um imposto sobre a exportação do petróleo bruto, que financiaria um fundo para amortecer a variação no valor dos derivados. Os recursos suportariam um sistema de “bandas de preços”, que limitariam o repasse da volatilidade do mercado internacional aos consumidores.
Se prosperar, a proposta terá forte impacto sobre a gestão da Petrobras. Ao interferir na formação de preços de derivados e instituir um novo tributo, ela tende a reduzir receitas e lucros da companhia.
O projeto busca alterar a política adotada desde 2016 pela Petrobras, conhecida pela sigla PPI – de preço de paridade de importação. Pela metodologia, a estatal utiliza como referência para os reajustes na gasolina, no óleo diesel e no gás de cozinha a cotação do petróleo no mercado internacional e custos de importadores, como transportes e taxas portuárias. A ideia é tornar o mercado competitivo para que a iniciativa privada continue a importar combustíveis, uma vez que a Petrobras não é capaz de suprir toda a demanda interna.
Os senadores Rogério Carvalho (PT-SE), autor da proposta, e Jean Paul Prates (PT-RN), relator, são críticos da PPI. Eles alegam que a empresa não utiliza toda a capacidade de refino que tem à disposição. “A Petrobras age como se fosse uma importadora, de modo que seus preços de realização são o resultado das cotações internacionais e da taxa de câmbio adicionadas de custos próprios aos importadores”, diz Carvalho na justificativa do PL. “É uma política que impõe elevados custos à sociedade e à economia brasileiras.”
O projeto prevê que os preços internos praticados por produtores e importadores de gasolina, diesel e gás liquefeito do petróleo (GLP) tenham como referência, além da cotação do mercado internacional e das despesas de importação, também os custos internos de produção, que, desindexados do câmbio, levariam os preços para baixo.
“Na medida em que tem custos de produção internos competitivos, a atual política de preços da Petrobras para derivados implica elevada margem bruta de lucro”, afirma o autor da proposta.
“Mediante a combinação proposta no presente projeto de custos internos de refino, cotações internacionais do petróleo e custos de importação, quando aplicáveis, o Brasil seria capaz de ter preços internos de realização menores e mais estáveis, preservada a remuneração de acionistas das empresas do setor.”
Pesquisa foi feita com executivos de 500 indústrias de pequeno porte
As pequenas empresas consideram a inovação como uma estratégia para manterem-se no mercado, mas ainda encontram dificuldades para inovar. É o que revela pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), realizada pelo Instituto FSB Pesquisa com executivos de 500 indústrias de pequeno porte (de 10 a 49 empregados). De acordo com os dados, 82% dessas empresas inovaram pelo menos uma vez nos últimos três anos.
No entanto, segundo a CNI, apesar de a grande maioria ter inovado, em geral as pequenas empresas ainda não têm estrutura para tornar a inovação uma atividade contínua. Segundo a pesquisa, 68% não possuem uma área de inovação e 76% não têm orçamento específico para inovação nem profissionais dedicados exclusivamente a esse fim. Mas para 57% dos executivos, a importância que a empresa dá para a inovação é alta ou muito alta.
Pandemia
Os números mostram ainda que, durante a pandemia de covid-19, 68% das pequenas indústrias inovaram e tiveram ganhos de lucratividade, produtividade e competitividade.
De acordo com a pesquisa, 45% das empresas apontaram que aumentou a dificuldade para inovar no período de covid-19, enquanto 19% consideram que a dificuldade para inovar no período diminuiu. Para 36%, ficou igual.
Entre as principais dificuldades para inovar durante a pandemia destaca-se o acesso a recursos financeiros de fontes externas à empresa, o que foi declarado por 20%. Na sequência, aparecem a dificuldade para contratar profissionais (9%); para obter mão de obra qualificada (6%), de orçamento na empresa (6%); e de acesso à cadeia de fornecedores (5%).
Do universo de 500 pequenas indústrias entrevistadas, 78% sentiram impacto da pandemia sobre seus negócios, sendo que 27% disseram ter sido muito prejudicadas; 14% prejudicadas; 17% mais ou menos prejudicadas; e 20% um pouco prejudicadas. Para 55% dos executivos, a cadeia de fornecedores foi o primeiro ou segundo aspecto mais impactado pela pandemia, seguido pelas vendas (50%) e pela relação com os trabalhadores (19%).
Segundo a CNI, a pesquisa revela também que 45% das pequenas empresas tiveram mais dificuldades em inovar devido à pandemia. No entanto, para 19% que considerava difícil inovar, o processo melhorou na pandemia. Os executivos consideram as parcerias importantes para inovação em suas empresas. Para eles, os principais parceiros para inovar são: fornecedores (16%), bancos (15%) e outras empresas (11%).
A inovação é considerada essencial por 68% das pequenas empresas que não fizeram inovação nesse período. Pensando num mundo pós-pandemia, 80% afirmam que terão que investir em inovação para crescerem ou se manterem no mercado. As regiões Nordeste (93%) e Sul (81%) são as que mais acreditam na inovação para o futuro das empresas.
Avanços das tecnologias
Considerando os avanços da tecnologia no período da pandemia, 78% das empresas avançaram, em algum nível, na adoção de novas tecnologias digitais. Com isso, 49% das empresas ampliaram o volume de vendas durante a pandemia, 47% estão produzindo com mais eficiência e 46% ampliaram o volume de produção.
De acordo com a CNI, os executivos destacaram, ainda, que a relação com o cliente e o marketing são os itens prioritários para o pós-pandemia. Já para os próximos três anos, as prioridades serão a ampliação do volume de vendas, a produção com menos custos e mais eficiência, além do aumento do volume de produção.
Trabalho remoto
Na pandemia, 43% das empresas adotam o trabalho remoto. As regiões Nordeste e Sudeste foram as que mais tiveram empregados em trabalho remoto: 52% e 45% das empresas, respectivamente.
Das empresas que adotaram o home office, 35% vão manter esse modelo em definitivo no pós-pandemia, enquanto outras 65% dizem que não pretendem aderir a esse modelo de trabalho.
A pesquisa mostra que 45% das pequenas empresas tiveram que investir em ferramentas para condução de reuniões online, 43% investiram em serviços de armazenamento na nuvem e 42% em ferramentas de automação.
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