Durante participação na Conferência P3C, ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, afirmou que governo realizou 121 leilões desde 2019 com a contratação de R$ 610 bilhões para os projetos
O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, voltou a destacar o êxito da carteira de projetos de infraestrutura do governo nesta terça-feira, 23. Durante evento do setor, o ministro fez um balanço dos projetos e afirmou que a infraestrutura tem sido uma área prioritária para o governo, apesar das restrições para investimentos com recursos públicos.
“Foram realizados 121 leilões desde 2019, com R$ 610 bilhões contratados em energia, rodovias e aeroportos. O atual governo considerou a infraestrutura como um tema de Estado”, afirmou o ministro durante painel na Conferência P3C, evento focado no setor de parceiras público-privadas e concessões de infraestrutura, realizado desta terça, 23, até quarta-feira.
Tarcísio Freitas observou que anteriormente os projetos de infraestrutura eram viabilizados por meio de uma POLíTICA de juros subsidiados, que davam uma “falsa sensação” de que faziam sentido. “No final das contas, isso gerava uma sensação de mercado fechado”, afirmou.
Além disso, o ministro ponderou que não houve descontinuidade do programa de infraestrutura, o que traz segurança ao investidor. “Hoje, os projetos são bancáveis por si só, temos observado um crescimento do mercado de capitais no funding (financiamento).”
Segundo Freitas, a grande fronteira a ser rompida no setor é a expansão do modelo conhecido pelo nome de project finance, quando o financiamento da obra é pago com os recursos do caixa gerado pela própria operação do serviço.
“Haverá um despejo de investimentos no Brasil, com financiamentos baseados e lastreados nos próprios projetos, o que já está virando realidade. Já temos exemplos de projetos assim, com motivação dos bancos em realmente abraçá-los.”
Dificuldades de financiamento
A dificuldade para o financiamento das obras é compartilhada por empresários do setor, que têm uma visão menos otimista. Durante o evento, os participantes chamaram a atenção para o potencial desequilíbrio entre o volume de projetos e a disponibilidade de recursos para financiá-los.
“A carteira atual de projetos é bastante extensa, no nível federal e estadual, mas em algum momento vamos ter mais projetos do que investidores”, disse o presidente da CCR LamVias, Eduardo Camargo, durante o P3C.
Segundo Camargo, este é um ponto de atenção para que os programas possam ser colocados para avaliação dos investidores no devido tempo. “Precisamos olhar projetos com atenção, somos preocupados com a execução”, disse.
Após arrematar inúmeros leilões neste ano, Camargo enfatizou que a companhia continuará investindo. “A CCR tem intenção de continuar investindo, somos o principal investidor de infraestrutura na América Latina. Continuamos com ambição grande nos três modais em que atuamos, temos um balanço ainda saudável para poder alavancar a companhia e colocar mais investimentos na praça.”
A emissão de dívida tem cumprido um papel relevante para suprir a queda na captação de capital via oferta de ações e a redução de fontes de financiamento com recursos públicos, que sempre foram fontes importantes para o setor. Segundo o diretor financeiro da B3, Daniel Sonder, a própria empresa já promoveu R$ 126,2 bilhões em ofertas de ações neste ano, sejam primárias ou secundárias. O volume em emissões de dívida, porém, é maior.
“Foram R$ 211 bilhões de ofertas de dívida. Este é um mercado que tem crescido muito, especialmente a partir do momento em que bancos públicos deixam de ter um papel principal de fornecer capital para empresas no País”, observou ele durante o evento.
Somente em infraestrutura, segundo Sonder, a B3 promoveu R$ 96 bilhões em concessões e alienações neste ano. “A pandemia não fez a agenda de infraestrutura parar. Foram mais de 70 leilões desde março (de 2020), quase 250 proponentes e mais de 145 ativos licitados.”
No entendimento do executivo da B3, o ambiente regulatório e de projetos no Brasil está estimulando investimentos em infraestrutura. “A partir de 2019, tivemos uma retomada forte de concessões, também no nível estadual”, diz.
Expectativa de arrecadação do governo federal em investimentos privados é de cerca de R$ 1 bilhão; além de mais de 16 mil empregos com o arrendamento
Naquele que é considerado o maior leilão portuário dos últimos 20 anos, segundo o governo, os terminais do Porto de Santos foram arrematados por R$ 558.250.000,99 pela Petrobras, nesta sexta-feira (19/11). A sessão pública 06 e 11/2021, que foi realizada pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) e pelo Ministério da Infraestrutura (Minfra), aconteceu na sede da B3.
O terminal era operado pela Transpetro, subsidiária da Petrobras, e necessita de ampliação para atender ao crescimento da demanda, segundo o Minfra. Destinado à movimentação, armazenagem e distribuição de granéis líquidos combustíveis, possui 297.349 metros quadrados e tem investimento previsto de R$ 678,3 milhões durante a duração do contrato. Além deste valor, R$ 1,3 bilhão será usado pela empresa vencedora em gastos operacionais.
Além do complexo santista, também foi realizado o leilão do Porto de Imbituba (SC), que movimenta granéis líquidos combustíveis ou químicos.
O DNIT recebeu o SINDIPESA, na última quarta-feira (17), em reunião que contou com a participação do Eng. Bráulio Fernando Lucena Borba Junior, Coordenador Geral de Operações Rodoviárias, do Eng. Alberto Elias Maluf e do Eng. Fernando Ferreira. Dentre os vários assuntos tratados destacam-se o grande volume de transportes de cargas pesadas e excepcionais que ocorrerão em 2022 e as operações de pesagens que serão realizadas pelo órgão.
O DNIT alerta para que as transportadoras utilizem equipamentos adequados e que não deixem de considerar que os carregamentos das cargas sobre os reboques e semirreboques devem ser feitos de forma que haja distribuição de carga por eixo, que estejam de acordo com os pesos declarados por ocasião nos processos de obtenção de AET, não deixando de considerar a posição do Centro de Gravidade das cargas para que isso aconteça.
O atendimento à orientação evitará problemas de interrupção do transporte, a ocorrência de multas, possível necessidade de transbordo da carga, entre outros fatores que poderão afetar não só o desenvolvimento de transportes isolados, como também de um projeto. Destacadamente nos projetos de energia eólica, a paralisação de um único transporte pode afetar toda a cadeia logística, que culmina na finalização das montagens dos Aerogeradores, fato que certamente não interessa a ninguém.
O SINDIPESA apoia as ações do DNIT nas operações de pesagens e está à disposição das empresas associadas no que for necessário na busca da realização dos transportes de forma correta, sem que haja interrupção e prejuízos a elas e aos tomadores dos serviços.
Desafiador. Assim será o cenário econômico brasileiro em 2022 nas palavras do economista e superintendente de macroeconomia do Itaú Unibanco, Fernando Gonçalves. Ano eleitoral, com ausência de grandes reformas, marcado por inflação ainda elevada, juros altos e PIB negativo. Nesse contexto, porém, o setor de transporte de cargas deve passar descolado e continuar crescendo.
Apesar da pressão nos custos dos transportadores, devido ao preço do diesel em trajetória ascendente, impulsionado pela recuperação do preço do barril de petróleo e pela manutenção do dólar acima de R$ 5, e da redução de margem de lucro diante do incremento dos juros, o setor do agronegócio deve seguir puxando a demanda rodoviária. Além disso, herança da pandemia, o e-commerce veio para ficar e continuará movimentando o serviço de entregas principalmente nos grandes centros.
Durante apresentação no evento Olhares para 2022: Transporte RODOVIáRIO de Carga, realizado pela plataforma online da Fenatran, a Rota Digital, Gonçalves apontou que a perspectiva do banco para a geração de riquezas no País é de crescimento de 5% em 2021 e de recuo de 0,5% no ano que vem: “Durante boa parte deste ano os juros estiveram baixos, o que ajudou quem precisava financiar algo e também auxiliou o aquecimento da economia. O problema é que, com o aumento dos preços de commodities e dos insumos, além da falta de oferta deles, a inflação começou a subir nesta reta final do ano, o que exigiu aumento dos juros”.
A projeção do Itaú Unibanco é a de que em dezembro o IPCA acumule 10,1% e, no mesmo mês do ano que vem, caia a 4,3%. Isso ao custo do ajuste da Selic, que deve encerrar o ano em 9,2% e que, no fim de 2022, chegará a 11,2%. Nesse contexto, o dólar deverá permanecer em R$ 5,50.
“Apesar da redução dos casos de covid e do isolamento social, devido ao avanço da vacinação, a atividade econômica está dando sinais de queda. As famílias estão mais conservadoras no consumo de bens apesar da retomada de serviços, como bares, restaurantes, salões de cabeleireiro e hotelaria. A redução na confiança do comércio e do consumidor desencadeada pela alta da inflação tem antecipado o impacto de desaceleração na indústria e no varejo, o que era esperado apenas para o ano que vem”.
O maior comprometimento da renda devido à inflação elevada faz com que as famílias fiquem mais endividadas. Embora as parcelas assumidas não pesem tanto no bolso devido aos juros menores oferecidos à época da contratação, agora restará menos renda para o consumo mensal, diante do aumento de contas básicas, como fazer supermercado, abastecer o carro e pagar a conta de luz. Adicionalmente, a taxa de desemprego, que deve chegar a 12,2% no fim do ano, pode aumentar a 13,3% no ano que vem.
O especialista destacou ainda que o consumo responde por 70% do PIB, daí o cenário de recessão técnica: “Temos fatores que nos levam à tempestade perfeita. A indústria sofre com a alta dos custos dos insumos e com a pressão do repasse dos preços, o consumidor retrai o consumo e a escassez de chuvas eleva as tarifas de energia elétrica para todos”.
Na avaliação de Fernando Gonçalves o único fator que poderia reverter o cenário seria a aprovação de reformas estruturais por parte do governo, a exemplo da administrativa, para conter o aumento dos gastos: “Mas o ano que vem é eleitoral e ao que tudo indica haverá disputa bastante polarizada do presidente Jair Bolsonaro com o ex-presidente da Luiz Inácio Lula da Silva. Como nas projeções Bolsonaro está atrás de Lula, o governo deverá lançar medidas de curto prazo, o que pode ajudar a economia, mas de forma pontual”.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta quarta-feira, 17, que acredita na aprovação da reforma administrativa no Congresso ainda neste ano. Por outro lado, fez críticas a lobbies que estariam atrasando a tramitação da reforma do imposto de renda no Senado.
“Espero que a gente consiga aprovar ainda neste ano a reforma administrativa”, afirmou Guedes durante participação em fórum do Bradesco BBI.
A mesma confiança, no entanto, não foi depositada em relação ao andamento do capítulo da reforma tributária que trata de mudanças no imposto de renda.
“Infelizmente, a coisa não está andando muito no Senado por lobby, o que é muito triste porque todo mundo pedia prioridade à reforma tributária”, comentou Guedes, acrescentando, porém, que ainda há tempo para o Legislativo votar tanto a reforma tributária quanto a reforma administrativa.
O evento Rota Digital Fenatran promove uma série de encontros virtuais com executivos e especialistas do mercado e possui como tema dessa etapa de palestras “Olhares para 2022: Transporte RODOVIáRIO de Carga”. O summit marca também a contagem regressiva de um ano para a 23a edição do evento, que será realizado em novembro de 2022, no São Paulo Expo.
Durante o dia de ontem (17), aconteceram diversos encontros para discutir assuntos de extrema relevância para o setor. No fim da tarde aconteceu o painel “Entidades: cenários para o próximo ano”, e contou com a participação do vice-presidente de transporte internacional da NTC&Logística, Danilo Guedes, que representou a entidade.
Mesmo com a agenda comprometida, o presidente da entidade, Francisco Pelucio fez questão de participar da abertura do painel. Em sua fala ressaltou a importância do trabalho do transportador e parabenizou a organização do evento.
Como principais temas discutidos estiveram, o momento econômico e político, fretes e os avanços tecnológicos do setor para acompanhar as constantes transformações da sociedade, como o uso de alternativas de fontes automotivas sustentáveis. Em sua participação, Guedes comentou sobre a importância da inspeção veicular para atingir a logística verde através da circulação de caminhões modernos que operam conforme as métricas de sustentabilidade, as projeções econômicas para 2022 e como a entidade vem preparando seus associados para os desafios futuros, com base nas principais demandas do transporte rodoviário de cargas no Brasil.
Também estiveram presentes Luiz Carlos Moraes, presidente da Anfavea, Lauro Pastre Junior, presidente do Conselho Administrativo da Anfir, Sérgio Dante Zonta, vice-presidente da Fenabrave e Dan Iochpe presidente do Sindipeças.
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