Aumento de vagas deve se manter por conta da chegada de datas importantes para o comércio e para a indústria, como o Dia das Crianças em outubro, a Black Friday em novembro e o Natal em dezembro.
O setor de logística foi um dos que mais cresceu durante a pandemia. Só na cidade de Jundiaí, que concentra um dos maiores polos de logística do estado, há quase duas mil vagas abertas no setor.
Ainda assim é pouco diante dos quase 3,6 milhões desempregados no estado de São Paulo, de acordo com o IBGE. É o maior número desde o primeiro trimestre de 2020.
Entre as explicações para o crescimento no setor estão o aumento das vendas online e a necessidade de criar uma cadeia de distribuição de insumos de saúde.
De acordo com o economista da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Renan Gomes de Pieri, o crescimento do setor de Logística ainda deve se manter.
O bom desempenho deve se manter por conta da chegada de datas importantes para o comércio e para a indústria de maneira geral, como o Dia das Crianças em outubro, a Black Friday em novembro e o Natal, em dezembro.
As dez regiões do estado que mais concentram empresas de logística são Cajamar, Jundiaí, Guarulhos, Campinas, Embu das Artes, Barueri, Sorocaba, Atibaia, São Paulo e ABC.
Cajamar, na Grande São Paulo, e Jundiaí são vizinhas. A explicação para a concentração de empresas de logística é que elas ficam próximas de duas grandes rodovias, a Anhanguera e a Bandeirantes, além do Rodoanel. Estão perto da capital paulista, com fácil acesso tanto ao interior, quanto à capital e até ao porto de Santos. Além disso, são locais com terrenos ainda com um preço acessível.
Já a região do ABC, que está em décimo lugar, tem potencial para crescer. Uma empresa de logística, inclusive, deve se instalar no terreno da montadora Ford, que deixou São Bernardo do Campo em outubro de 2019.
Valor absoluto da redução é de 237MW médios por hora, aproximadamente o consumo do estado de Tocantins. Em setembro, começa programa de redução voluntária de consumo.
O setor industrial do país se comprometeu a reduzir 1,15% seu consumo de energia por hora durante os horários de pico em setembro, informou nesta segunda-feira (13) o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
Em valores absolutos, isso significa 237 megawatts-médios (MWm) por hora. Para termos de comparação, Tocantins consome por hora cerca de 20.521MW médios. Roraima consome cerca de 110 MWm.
Segundo dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), o consumo industrial registrado em julho foi de 20.521MW médios.
Setembro o primeiro mês de funcionamento do programa que incentiva grandes consumidores de energia a reduzir ou deslocar seu consumo de energia para fora dos horários de maior demanda do sistema elétrico. O objetivo é evitar sobrecarga, que poderia levar a apagões pontuais, já que o país vive uma crise energética, com reservatórios das hidrelétricas em níveis baixíssimos.
O ONS não informou se o volume de redução proposto pela indústria corresponde a uma econoia de fato de energia ou a apenas ao descolamento da carga (transferir a produção para horários fora do pico). As empresas têm as duas opções ao aderir ao programa.
“O montante evidencia a adesão do setor industrial a essa iniciativa relevante para a operação do Sistema Interligado Nacional durante o cenário atual de escassez hídrica no país”, afirmou o ONS em nota.
Como funciona
O programa para a indústria foi lançado pelo governo no fim de agosto. Para aderir ao programa, os grandes consumidores de energia têm de ofertar, pelo menos, uma economia de 5 megawatt (MW) hora, em lotes com duração de 4 a 7 horas.
As ofertas também precisam indicar o dia da semana da oferta, a localidade e o preço em R$/MWh. Cabe ao Operador Nacional do Sistema Elétrica (ONS) receber as ofertas e levá-las para aprovação do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE).
É o ONS quem define a grade horária de ofertas para cada mês, contendo os períodos permitidos para redução/deslocamento da demanda, bem como os horários para a eventual compensação.
Em setembro, por exemplo, o ONS aceitou ofertas para redução de energia nos seguintes horários, considerando o Sudeste: 13h às 17h, 18h às 22h e das 14h às 21h. A grade horária varia conforme cada região do país.
Para o mês de setembro, o prazo de envio das ofertas acabou na sexta-feira (10). Para outubro, as indústrias têm até 17 de setembro para fazer suas ofertas. O programa vai até dezembro.
Segundo a Associação dos Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (Abrace), 1,1 mil grandes consumidores de energia estarão aptos a participar do programa. A expectativa da associação é de aumento “expressivo” de ofertas para o mês de outubro.
Consumidores residenciais
Para os clientes atendidos pelas distribuidoras de energia, caso dos consumidores residenciais e pequenos negócios, o governo dará desconto na conta de luz para quem reduzir de forma voluntária o consumo de energia. O programa tem duração prevista até dezembro, mas pode ser prorrogado.
Ganhará o bônus quem diminuir o consumo de energia entre setembro e dezembro em, no mínimo, 10% em relação ao mesmo período de 2020. O desconto vai valer até uma redução de 20%.
O desconto será de R$ 0,50 por cada quilowatt-hora (kWh) do volume de energia economizado dentro da meta de 10% a 20%. O crédito será efetuado na conta de luz de janeiro de 2022.
A comparação será feita com base no somatório do consumo ao longo dos quatro meses – ou seja, o acumulado entre setembro e dezembro de 2021, na comparação com a soma das mesmas quatro faturas de 2020.
Pesquisas mostram que os males psicológicos impostos pela pandemia não serão eliminados com facilidade, nem tão rapidamente
A pandemia da Covid-19 deixará milhões de pessoas com sequelas, como problemas respiratórios, neurológicos, musculares e de outros tipos, por períodos ainda desconhecidos de tempo. Algumas dessas sequelas podem desaparecer em semanas; outras podem perdurar por toda a vida. O mesmo vale para as consequências mentais causadas pelo longo período de isolamento: fobias, depressão, ansiedade, estresse e inúmeras outras. Mas, por ainda estarem cercadas de polêmicas e preconceitos, estigmatizam quem delas sofre e, por isso, nelas pouco se fala. O mês de setembro, então, é a ocasião para falarmos desses problemas – que, ainda que agravados pela pandemia, em muito a ultrapassam.
A Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) e o Conselho Federal de Medicina (CFM) criaram a campanha Setembro Amarelo em 2014, para dar ênfase à necessidade de se prestar a devida atenção à saúde mental – e é inspirada no 10 de Setembro, data estabelecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para marcar a prevenção ao suicídio. A conscientização acerca da saúde mental é a maneira mais eficiente e produtiva de se evitar que as tensões e os problemas que afligem a todos nós se avolumem a ponto de levar a atitudes extremas.
Uma pesquisa publicada no último dia 10 no periódico especializado The Lancet Regional Health mostrou que, nos EUA, 42% de um grupo de mais de 2.300 pacientes apresentou algum sofrimento psicológico leve na pandemia em 2020, contra 32% em 2018 (antes da pandemia, portanto), e 10% tinham alguma ansiedade ou depressão moderada a grave. Um outro levantamento – que faz uma revisão de 29 pesquisas, publicada no periódico JAMA Pediatrics – mostrou que sintomas depressivos eram comuns a 12,9% de um grupo de 80 mil jovens com 18 anos ou menos de diversos países antes da pandemia. Com a chegada do novo coronavírus, essa proporção subiu para 25,2%.
Os dados mostram que os males psicológicos impostos pela pandemia não serão eliminados com facilidade, nem tão rápido. Isso fica exemplificado pela pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) publicada também pela The Lancet Regional Health: no Brasil, as consultas relacionadas à saúde mental durante a pandemia caíram 28% – o que representa aproximadamente 470 mil consultas que não aconteceram. Os indicadores são baseados em dados do DataSUS.
As informações referentes aos casos de pessoas que tiram a própria vida são alarmantes: em junho, a OMS publicou o relatório Suicide Worldwide, no qual registrou que mais de 700 mil pessoas morreram por suicídio em 2019 (antes, portanto, da pandemia). Isso representa uma a cada 100 mortes; no Brasil, são aproximadamente 13 mil casos por ano – a maior parte relacionada a distúrbios como depressão e transtorno bipolar.
Setembro Amarelo deve tocar a nossa consciência de que saúde mental não é uma questão acessória. Muito ao contrário: é de extrema seriedade, e não se pode deixar para depois o cuidado de pessoas por problemas mentais. O isolamento prolongado devido à pandemia, o medo de contágio, de sintomas graves e mesmo de morte por Covid-19, de perder o emprego, a pressão gerada pela falta do convívio social – tudo isso (e a lista não acaba aí) são fatores que levam a desgastes psicológicos, que progridem e se tornam doenças mais sérias.
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) alerta que pequenas mudanças de comportamento podem ser indícios de sintomas de um quadro mais grave. Como em praticamente toda doença, diagnóstico precoce, tratamento e acompanhamento são fundamentais. Assim como é crucial procurar ajuda. A campanha Setembro Amarelo reforça a necessidade de cuidar da saúde mental, e isso é necessário em qualquer época do ano. E para quem sente que a carga de problemas trazida pela pandemia se torna pesada demais, lembre-se: a pandemia vai passar e você não está sozinho. Procure ajuda.
NOS ÚLTIMOS DEZ ANOS, DE 2012 A 2021, A MÉDIA DE CRESCIMENTO ANUAL DO PIB DEVERÁ FICAR EM 0,4% (FOTO: MARCELO CASAL JR/AGÊNCIA BRASIL)
Economistas convergem para a constatação de que o Brasil, há décadas, vive em um contexto propício à estagflação
Embora os analistas ouvidos pelo Estadão tenham divergências em suas projeções sobre a duração e a intensidade da inflação nos próximos meses, a maioria converge para a constatação de que o Brasil, há décadas, vive em um contexto propício à estagflação. “O Brasil vive uma situação de estagflação há muito tempo. A economia não consegue crescer, mas a inflação acontece”, afirma o economista-chefe da agência de risco Austin Rating, Alex Agostini.
Ele sustenta a sua observação ao citar que, nos últimos dez anos, de 2012 a 2021, a média de crescimento anual do PIB deverá ficar em 0,4%, e a da inflação anual ficará em 5,9% pelo IPCA.
Segundo o Novíssimo Dicionário de Economia, organizado por Paulo Sandroni, “estagflação” é uma “situação” que ocorre na economia, quando “a estagnação ou o declínio do nível de produção e emprego se combinam com uma inflação acelerada”. É um quadro atípico, diferente do funcionamento “normal” das economias, conforme descrito pela teoria econômica clássica.
O funcionamento típico parte do princípio que a dinâmica de preços passa, principalmente, pelo jogo entre oferta e demanda. Quando a economia cresce, empregos são gerados e a demanda aquece, favorecendo reajustes de preços e a inflação. Quando a economia se retrai ou cresce muito pouco, o desemprego sobe e a demanda esfria, arrefecendo a inflação.
Os bancos centrais fixam suas taxas básicas, principalmente, para atuar sobre a demanda – mais crédito a juros baixos estimula a demanda, menos crédito a juros elevados produz o efeito inverso. Vários outros fatores, como expectativas e indexação, atuam na dinâmica de preços, mas uma economia estagnada não deveria ter inflação.
A “estagflação” não é um conceito teórico. Na explicação mais recorrente, o termo foi cunhado pelo parlamentar e ex-ministro britânico Iain Macloed, no Parlamento inglês em 1965. O rótulo colou e se popularizou nos mercados financeiros na década de 1970, por causa das crises do petróleo.
Quando os principais países produtores do Oriente Médio se organizaram para controlar a oferta de petróleo, os preços dispararam. Foi um choque de oferta inesperado, com efeitos atípicos sobre as economias. Os países se viram com dificuldades para obter um importante insumo para a produção – portanto, para o crescimento econômico. Ao mesmo tempo, tudo o que tinha o petróleo como insumo ficou mais caro, e os reajustes chegaram ao consumidor. O resultado foi crescimento estagnado com preços em alta.
Quase meio século depois, a covid-19 foi outro choque inesperado. A necessidade de restringir o contato social desorganizou a economia mundial. Pelo lado da oferta, fábricas foram fechadas nos primeiros meses, o sistema de transporte marítimo travou e paradas de produção em cascata causaram escassez e encarecimento de componentes.
Pelo lado da demanda, especialmente após os meses iniciais, as famílias deixaram de gastar com serviços e passaram a gastar com bens, movimento turbinado por políticas de transferência de renda em diversos países. A combinação de oferta restrita com demanda elevada resulta em inflação, até na Europa e nos EUA.
Armando Castelar, coordenador da área de Economia Aplicada do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre/FGV), ressalva que o quadro atual é diferente , por exemplo, da estagflação do início dos anos 1990, quando “havia um descolamento: a demanda podia cair, a economia retrair, mas a inflação continuava. Não temos isso agora”.
Para a economista e consultora Zeina Latif, o BC precisará de ajuda em seu trabalho. “Encaminhar melhor a questão fiscal reduziria a pressão sobre o dólar. Isso aliviaria o trabalho do Banco Central na POLíTICA monetária e, indiretamente, nas expectativas inflacionárias”, afirma.
Medida vale para o 82º leilão do setor e deve ser publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira (13)
Com a alta do dólar e a crise energética em andamento, o governo federal decidiu reduzir de 13% para 10% a adição de biodiesel no óleo diesel ofertado no 82º leilão do setor. De acordo com informações do Planalto, a mudança deve ser publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira (13).
Caso a redução não ocorresse, o aumento dos insumos levaria a uma elevação do preço final, o que poderia gerar animosidade entre os consumidores, como caminhoneiros, que, na semana passada, chegaram a realizar uma paralisação em 14 estados e no Distrito Federal.
“A medida decorre dos efeitos da valorização do custo do óleo de soja nos mercados brasileiro e internacional, combinados com a desvalorização cambial da moeda brasileira frente ao dólar, que tem impulsionado as exportações de soja e também encarecido o valor do biodiesel produzido nacionalmente”, detalha o governo em nota.
A decisão de realizar a redução foi tomada pelo Conselho Nacional de POLíTICA Energética e assinada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido). A tendência é de que a mesma medida seja tomada em outros leilões de biodiesel. A crise energética deve durar pelo menos até o final do ano, e pode se estender para 2022.
CNI quer ampliar a discussão sobre o aquecimento global para além das queimadas e desmatamentos, que pesam contra a imagem do Brasil
A CNI quer ampliar a discussão sobre o aquecimento global para além das queimadas e desmatamentos que pesam contra a imagem do Brasil. A indústria quer aproveitar a COP26 para mostrar exemplos da indústria brasileira alinhadas às melhores práticas globais de sustentabilidade em áreas como transição energética, precificação de carbono e energia circular.
Na lista de casos de sucesso a serem mostrados, entram a matriz energética com 83% de fontes renováveis, três vezes mais que os 27% registrados nos países da OCDE; os biocombustíveis, 90% mesmo poluentes que os combustíveis fósseis; a reciclagem de 56% do alumínio, mais que o dobro da média global (26%); e a baixa emissão de CO² na fabricação de cimento e concreto. Mundialmente, este setor responde por cerca de 7% de todo o CO₂ emitido na atmosfera pela ação humana. No Brasil, o índice é de 2,3%, uma relação 3 vezes menor.
Com os exemplos de sustentabilidade no setor produtivo, a CNI quer ajudar a destravar a ratificação do acordo Mercosul – União Europeia. De acordo com estudo da entidade, o acordo deve abrir 778,4 mil novos postos de trabalho no Brasil com o aumento de US$ 9,9 bilhões nas exportações para o mercado europeu.
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