Segundo dados da Confederação Nacional da Indústria, também foi registrado aumento de empregos no setor
De acordo com a sondagem da Confederação Nacional da Indústria (CNI), a produção industrial no Brasil cresceu pelo terceiro mês seguido. A alta foi de 1,7% em julho em relação ao mês de junho. As informações são do diretor do CNN Brasil Business Fernando Nakagawa.
Além do crescimento da produção industrial, a CNI identificou expansão de empregos também pelo terceiro mês seguido, e isso ganha ainda mais peso quando lembramos que a média salarial da indústria é maior que a de outros setores, como o de serviços. E nesse cenário, as empresas maiores é que estão gerando mais empregos.
De acordo com Marcelo Azevedo, gerente de Análise Econômica da CNI, faz algum tempo que o emprego vem crescendo no setor. Na sondagem da Confederação, foram 12 altas nos últimos 13 meses. “Essa alta é muito relacionada a uma necessidade de recomposição do que foi perdido com a pandemia, mas, nos últimos meses, já se pode dizer que se está ultrapassando o pré-pandemia”, explica. Marcelo ressalta que no período anterior à pandemia” a indústria estava começando a esboçar uma trajetória de crescimento mais robusta, em direção à se recuperar a crise anterior.
Na análise de Marcelo, a alta na produção é uma combinação de um momento do ano que já é mais favorável do que o cenário do primeiro semestre, com a contínua necessidade de recompor estoques – apesar de termos passamos o pior momento da crise sanitária, os estoques seguem baixos, com a desorganização de cadeias afetando a produção – , aliada a uma expectativa de uma demanda mais forte.
Outro ponto importante que a sondagem da CNI identificou foi que os estoques seguem abaixo da média histórica, isso porque ainda faltam alguns insumos, como semicondutores. A boa notícia é que a situação melhorou em comparação com o mesmo período de 2020.
Vale lembrar que o setor pode ser impacto pela inflação e pelo aumento do custo de energia. Mas, segundo Marcelo, a sondagem da CNI mostra “otimismo significativo com relação à demanda para os próximos seis meses.”
Texto reúne regras que antes se encontravam dispersas em vários documentos
Em sua edição de 11 de junho, o Diário Oficial da União trouxe retificações da Resolução 5.947/2021, da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), que havia sido editada em 2 de junho. Com o adendo, confirma-se o teor do texto, que atualiza o regulamento para o transporte RODOVIáRIO de produtos perigosos realizado em vias públicas no território nacional e aprova suas instruções complementares, conforme anexo disponibilizado no site da agência.
A Resolução ANTT nº 5.947 consolida entendimentos outrora dispersos em outros normativos da agência. Além de definições, o texto dispõe sobre: condições do transporte; procedimentos em caso de emergência, acidente ou avaria; deveres, obrigações e responsabilidades; fiscalizações; infrações e penalidades; entre outros tópicos. As retificações alteraram a redação do art. 1º e detalharam as revogações de resoluções anteriores.
Não houve alteração em procedimentos – apenas a consolidação em um único instrumento.
O texto completo da Resolução ANTT nº 5.947 pode ser acessado aqui.
Especialistas ouvidos pelo Cedes demonstraram pessimismo com o cenário de recuperação da economia brasileira
Economistas ouvidos pelo Centro de Estudos e Debates Estratégicos da Câmara dos Deputados (Cedes) demonstraram pessimismo com o cenário brasileiro no período pós-pandemia e defenderam a participação do Estado na retomada econômica. O Brasil registra queda do Produto Interno Bruto (PIB), desemprego em quase 15% e precarização do mercado de trabalho, entre outros problemas.
O economista Marco Antonio Rocha, professor da Unicamp, considera difícil que o desemprego seja reduzido para níveis aceitáveis nos próximos anos. Segundo ele, a indústria brasileira, já com alta taxa de endividamento, vai sentir o impacto da competitividade em termos de mudança da indústria mundial.
“A reconstrução da indústria no pós-pandemia vai enfrentar um cenário de concorrência brutal na recomposição dessas cadeias globais de valor e ainda tem o impacto da automação no chão de fábrica e no setor de serviço”, disse.
Um dos caminhos a seguir, para os especialistas, seria fazer o mesmo que outros países desenvolvidos: apostar no dinheiro público para retomar a economia. Estados Unidos e Coreia de Sul são alguns dos exemplos.
O professor de economia Uallace Moreira, da Universidade Federal da Bahia, cita a Inglaterra, que anunciou a criação de um banco de desenvolvimento, e a Alemanha, que aumentou em quatro vezes o volume do seu banco público para financiar o desenvolvimento e a recuperação econômica.
“Há elementos empíricos, concretos, de que mundo está passando por uma mudança de governança, por uma mudança tecnológica em que o papel do setor público se torna essencial”, avalia Moreira.
Gabriel Rached, doutor em economia e professor de Direito na Universidade Federal Fluminense, fez avaliação semelhante. “Num cenário de crise, os agentes privados tendem a se retrair, enquanto o setor público faz os desembolsos. No nosso caso, tivemos solicitação de auxílio emergencial por 60% da população. Pensem num país onde 60% da população se entendeu apta a solicitar auxílio. Isso mostra nitidamente retração do setor privado”, disse.
Cuidado com os gastos
O presidente do Centro de Estudos e Debates Estratégicos, deputado Da Vitória (Cidadania-ES), defendeu o cuidado com os gastos, mas concordou que o dinheiro público pode fazer a diferença na retomada econômica do País.
“É preciso ter cautela diante da dificuldade financeira que a pandemia gerou para todos os países, com cuidado com os gastos públicos. Mas o braço forte é o governo federal, que pode fazer com que tenhamos soluções de tecnologia, de avanços de pesquisas. Todos aqueles que participam com contribuições importantes sempre destacam que o Brasil ainda tem essa necessidade de investimento”, afirma.
O Cedes é um órgão técnico-consultivo vinculado à Presidência da Câmara e se dedica à discussão de temas relacionados a programas, planos e projetos governamentais estratégicos para o planejamento de políticas públicas e a formulação legislativa.
Rodonaves Express realiza entregas mais rápidas para empreendedores com foco em B2B e B2C
Um dos maiores e mais reconhecidos nomes do país no setor de transportes e logística, a RTE Rodonaves acaba de lançar a Rodonaves Express, novo braço de atuação da empresa, com investimento inicial de mais de R$ 3 milhões em estrutura física e frota para as cinco primeiras unidades, e cerca de 50 contratações de colaboradores diretos. As primeiras lojas inauguradas estão localizadas estrategicamente na Avenida do Cursino, no Sacomã, e na Avenida Vitor Manzini, em Santo Amaro, na cidade de São Paulo, e em Alphaville e Guarulhos, na Grande São Paulo.
Apostando no crescimento do e-commerce e de novos empreendedores, a Rodonaves Express surge com o objetivo de realizar entregas mais rápidas com foco em B2B e B2C. Além de caminhões de frota tradicional, a companhia investiu na aquisição de caminhões elétricos e bicicletas elétricas. Todas as unidades terão, no mínimo, dois veículos elétricos.
“Um dos principais diferenciais da Rodonaves Express é o processo de coleta de mercadorias, independentemente do tamanho e do local, agilizando o serviço prestado aos nossos clientes e parceiros”, afirma Fábio Andrade, Diretor de Unidades de Negócios da RTE Rodonaves.
Até o fim de 2021, a empresa tem a expectativa de investir mais R$ 800 mil nas dez unidades previstas na capital, na Grande São Paulo e no interior. A RTE Rodonaves planeja inaugurar mais 20 unidades em 2022 e mais 25 em 2023.
“As inaugurações seguem o nosso planejamento de expansão, que começou na capital paulista e na Grande São Paulo e vai seguir para o interior, além das capitais de todos os estados em que estamos presentes, como Belo Horizonte, Porto Alegre e Florianópolis. Esse é mais um importante passo para estarmos cada vez mais próximos de nossos clientes e parceiros”, afirma João Naves, fundador e presidente da RTE Rodonaves.
Empresa já soma seis inaugurações no ano, como parte do plano de expansão
A Jamef, especializada em soluções logísticas para cargas fracionadas, acaba de anunciar seu novo endereço no interior de Minas Gerais. A estrutura segue os padrões da empresa e está localizada dentro do Condomínio Logístico Cimalog, Galpão 9, na Rodovia Anel Viário Ayrton Senna, no Distrito Industrial, em Uberlândia, MG, uma área de grande facilidade de escoamento.
O novo endereço da Jamef Uberlândia conta com 1100 m² de área construída e uma estrutura totalmente moderna e tecnológica, com um sistema Crossdocking de capacidade operacional ainda mais eficiente para dar maior velocidade, fluidez e segurança durante todo processo de coletas e entregas.
“Com o propósito de expansão, desenvolvemos um planejamento muito bem estruturado de ampliação das nossas unidades, objetivando melhores performances operacionais para garantir aos clientes uma solução completa e o melhor nível de serviço para o transporte de cargas fracionadas, reconhecido há 58 anos de atuação. A nova filial foi preparada para atender às expectativas de todos os clientes que contam com um time de profissionais especializados, comprometidos e devidamente treinados para o manuseio de seus produtos, com cuidado e segurança, além de um atendimento, totalmente, personalizado”, explica Pedro Maniscalco, diretor de operações da Jamef. Aliada à estratégia de crescimento, a organização oferece novas oportunidades de trabalho, de profissionalização e especialização.
A escolha do local foi motivada pela via principal que liga o município ao estado de Goiás e à região de Brasília. Uberlândia é uma cidade promissora por sua capacidade de comercialização e por ser uma conexão entre o Sudeste e o Centro-oeste do país.
Uberlândia tem o 4° maior PIB entre os municípios do interior do país, de acordo com o IBGE. Em Minas Gerais, a cidade tem a segunda maior economia do estado, atrás apenas da capital. Dos setores que mais cresceram, a indústria se destaca, gerando uma receita de mais de R$ 9 bilhões para a economia.
Já a algum tempo, a tecnologia deixou de ser um grande diferencial competitivo para as empresas de logística e passou a ser uma obrigação. Sistemas como Big Data, Inteligência artificial, de roteirização e automações no geral, são de conhecimento e uso de praticamente todas as empresas do mercado. Porém, novas tecnologias estão sendo apresentadas e assim, devem impactar ainda mais os setores de transporte e logística, como é o caso dos robôs. Pesquisando sobre o tema, encontrei um estudo da Tractica, realizado em 2020, que estimou que o investimento em robôs no setor logístico atinja US$ 22,4 bi até o final deste ano.
Além disso, encontrei outro estudo, realizado pela BCG (Boston Consulting Group) que constatou que a combinação de robótica com outras tecnologias, aprimoramentos de processos e alterações no layout estrutural podem gerar economia de até 40% em centros de distribuição.
Em países mais desenvolvidos, os CDs estão repletos de robôs e AGVs, isso porque os aparelhos são comprovadamente funcionais, economizam no longo prazo, diminuem erros operacionais e entregam uma grande eficiência. A Amazon, por exemplo, em 2015 já contava com 30 mil robôs em atividade em 13 centros de distribuição, e a DB Schenker Logistics, na Escandinávia, automatizou seu picking com o sistema CarryPick da Swisslog, e está utilizando a tecnologia AutoStore, também da Swisslog, na automatização do picking do centro de distribuição da Texas Instruments em Cingapura.
E é exatamente isso que planejamos fazer na Flash Courier, com a chegada dos robôs, queremos desenvolver e evoluir nossa capacidade de roteirização e entendemos que a longo prazo, teremos um retorno importante, que suprirá o investimento feito inicialmente. Com a pandemia, a necessidade por inovação ficou ainda mais evidente e a robótica é sim um dos próximos passos.
O projeto das esteiras é o nosso primeiro passo no uso da robótica, que deve trazer padronização, segurança e velocidade a nossa operação. Baseados nos resultados que obtivermos com essa implementação consideraremos a expansão no uso dessa e a implantação de tecnologias semelhantes em outros processos da empresa, porque entendemos que esse é o futuro.
Porém, ao contrário do que muitos podem acreditar, a implementação de robôs não irá causar demissões em massa. Aqui na Flash Courier, com essa tecnologia adicionada a nossa operação, teremos uma capacidade de roteirização de 17 mil pacotes por hora e para rodar em sua plena capacidade, o projeto precisa de, pelo menos, 41 pessoas, apenas nos postos operacionais e por turno. Além desses, o processo de acompanhamento e suporte da operação envolverá até 5 pessoas por turno. Ao todo, esperamos um aumento de produtividade de aproximadamente 70%.
A verdade é que em função da explosão do comércio eletrônico nos últimos anos, e principalmente em 2020, a tendência da robótica para suportar o dinamismo e a grande exigência dos clientes já é uma realidade. No continente asiático e nos Estados Unidos e México, as empresas estão investindo fortemente nessa tecnologia para se adaptarem a nova realidade do mercado mundial.
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