Mesmo após um 2020 cheio de incertezas, a companhia reportou o melhor resultado da sua história
As Empresas Randon (RAPT4) atuam há mais de 70 anos produzindo soluções para transporte. Mesmo após um 2020 cheio de incertezas devido ao estouro da maior crise sanitária do século, a companhia reportou o melhor resultado da sua história. No primeiro trimestre de 2021, o grupo registrou um salto de 63,8% na receita líquida em comparação ao mesmo período do ano passado, para R$ 1,9 bilhão.
O EBITDA (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) consolidado foi de R$ 349,3 milhões, 226,5% melhor do que o obtido entre janeiro e março do ano passado. A performance se repetiu nos três meses seguintes, com uma disparada de 126,6% na receita líquida em comparação ao segundo trimestre de 2020, atingindo os R$ 2,1 bilhões, além de um aumento de 74,2% na venda de semirreboques (equipamento de transporte de cargas) no Brasil.
De acordo com Paulo Prignolato, CFO das Empresas Randon, e Esteban Angeletti, diretor de RI e finanças, o desempenho destacado acontece por um conjunto de fatores. “No caso de Randon, podemos começar citando o trabalho de adequação, de estrutura de operações, de eficiência operacional que foi feito desde 2016”, afirma Angeletti. “O segundo ponto é que nós temos um mercado muito aquecido em todos os nosso negócios, que acabam contribuindo para uma maior diluição do custo fixo.”
Apesar dos números expressivos e históricos, as ações RAPT4 ainda estão um pouco fora do radar dos investidores. No provável melhor semestre da história do grupo, os papéis estão caindo cerca de 18%, aos R$ 12,96, devolvendo assim quase todos os ganhos aferidos no ano anterior. Para os executivos, isso acontece em função de algumas dúvidas que pairam sobre o setor, como o problema de escassez de matérias-primas e impactos da inflação nos custos.
“Nós não estamos enfrentando problemas de desabastecimento da nossa cadeia. O setor em si não está sofrendo isso e é bem importante que isso seja destacado”, explica Prignolato. “Fizemos compras estratégicas, oneramos um pouco nosso capital de giro, justamente para não faltar matéria-prima na nossa cadeia de suprimentos.”
A Randon também está visando diversificar o portfólio e regiões de atuação, para tornar a empresa menos exposta a ciclos econômicos. O grupo tem um braço de serviços financeiros e digitais, com a Rondon Consórcios, Banco Randon e Randon Ventures, focada em investimentos e aceleração de startups. Recentemente, a companhia criou a R4 Digital, no setor de logística.
“A liquidez do nosso papel aumentou substancialmente”, ressalta Prignolato. “O que é importante justamente para dar tranquilidade para alguns fundos maiores investirem no nosso papel.”
O setor do transporte RODOVIáRIO de cargas apresentou um bom desempenho no mês de junho de 2021, com 6.220 contratações nos 50 municípios que fazem parte da base territorial do SETCESP. O levantamento realizado pelo IPTC revelou que o setor segue contratando com número expressivos, a um ritmo 3,33% maior do que o mês de maio. Este é o melhor resultado apresentado desde o mês de março, onde as restrições de combate ao COVID-19 derrubaram as contratações. O setor segue com saldos positivos no ano, sem apresentar queda no total de postos de trabalho em nenhum mês em 2021, e já mostra um crescimento nos postos de trabalho de 6,01% no primeiro semestre, um desempenho excelente em comparação aos outros setores.
No total, o setor criou 923 postos de trabalho neste mês, mostrando um superávit em relação às demissões realizadas, tendência do primeiro semestre de 2021. Embora este aumento seja expressivo, a rotatividade de colaboradores (turnover) atingiu um patamar de 3,84%, o segundo maior índice do ano. A preparação para o segundo semestre e a expectativa de melhora na economia paulista podem estar motivando esta rotatividade, pois geralmente há uma diminuição nas contratações neste período do ano. A convenção coletiva do setor, finalizada em julho de 2021, devem ter um impacto nos próximos indicadores, e aí poderemos afirmar se esta tendência de crescimento está consolidada mesmo.
A alta rotatividade está relacionada com as principais funções que admitiram, entre elas motoristas de caminhão, ajudante de motoristas, assistente administrativo e faxineiros. Do total de contratações no setor, apenas 26,56% foram mulheres, com destaque para os setores administrativos, assistente administrativo e auxiliar de escritório. Os indicadores referentes ao emprego no TRC podem ser visualizados no painel estatístico no site do IPTC.
A sétima turma do MBA em Transporte RODOVIáRIO de Cargas, uma parceria do Sistema Fetrancesc com a Católica SC, teve sua aula inaugural na sexta-feira, 13 de agosto. A turma de quase 30 alunos é da região de Três Barras e foi formada com o apoio do Sindivale, o sindicato do sistema na localidade.
Com encontros semipresenciais, cumprindo todas as regras de prevenção contra a Covid-19, a pós-graduação tem professores oriundos do segmento, todos com atuação no TRC.
O presidente da Fetrancesc, Ari Rabaiolli, ressaltou aos alunos o ineditismo do curso, hoje já exportado para o Paraná e em articulação para outros Estados. “Os nossos colaboradores e gestores precisam se qualificar para manter sempre a argumentação de negociação com embarcadores e poder fazer uma gestão contábil, fiscal, de frota e financeira dentro da sua empresa, para que possam cada vez mais ter rentabilidade, produtividade e acompanhar esse mercado inovador para enfrentar o que ele exige do nosso setor”.
Idealizadora do projeto, a relações Institucionais da Fetrancesc, Márcia Calderolli, salientou que “o curso foi desenvolvido dentro das necessidades identificadas dentro das transportadoras e ninguém melhor do que profissionais do nosso setor para estar à frente desta capacitação”.
À frente da formação da turma, a diretora executiva do Sindivale, Édina de Lima, destacou que “com toda certeza um sonho de aperfeiçoamento voltado ao TRC sendo realizado. Estamos muito felizes com a abertura do curso em nossa base. Agradeço a Fetrancesc e o presidente Ari por todo engajamento e esforços”.
Para o presidente do Sindivale, Elton Olsen, a satisfação de ter uma turma do MBA em TRC na região é grande. “As empresas terão mão-de-obra muito mais qualificada, pois o curso foi pensando exatamente nas dificuldades que o transportador enfrenta. Agradeço pela atenção com a região de Três Barras. Agora teremos profissionais especialistas em nosso setor graças ao empenho de toda a equipe Fetrancesc”, comentou.
Os alunos do MBA em TRC com vínculo direto com empresas associadas aos sindicatos do Sistema Fetrancesc têm bolsas de estudos de 50% custeadas pela entidade até o final do curso. O benefício também se aplica às cooperativas ligadas ao Sistema Sescoop.
Polícia Civil deflagrou ação na última sexta-feira (13) que resultou em prejuízos de R$ 30 milhões / Foto: IMPRENSA POLÍCIA CIVIL/DIVULGAÇÃO/JC
O roubo de cargas, peças de caminhões e de veículos de transporte RODOVIáRIO entrará no alvo da Polícia Federal (PF). A garantia é do presidente do Setcergs (Sindicato das Empresas de Transportes de Carga e Logística no Estado do Rio Grande do Sul), Sérgio Gabardo, que obteve a confirmação do diretor-geral da Polícia Federal, Paulo Maiurino.
O reforço, segundo o dirigente, será fundamental no enfrentamento a um dos principais problemas que assola as empresas do ramo. As ações da Polícia Civil, diz Gabardo, têm sido estratégicas para impedir um crime que representa grandes prejuízo para as transportadoras de cargas. As cargas mais visadas, diz o dirigente, são aquelas que têm grande valor ou são fáceis de comercializar. Já as peças roubadas custam, em média, entre R$ 10 mil e R$ 15 mil. “Os motoristas ainda vivenciam uma insegurança muito grande para fazer o pernoite”, sentencia.
Na manhã desta sexta-feira, por exemplo, a Operação Aleteia, realizada na Região Metropolitana de Porto Alegre, impediu o desvio de cargas de aço e soja. A operação, desencadeada pela Delegacia Estadual de Repressão a Furtos e Roubos de Cargas (Decar) em conjunto com a Polícia Militar de Goiás e a Polícia Rodoviária Federal (PRF), cumpriu 13 medidas cautelares judiciais: quatro mandados de prisão temporária; um mandado de prisão preventiva e oito mandados de busca e apreensão.
“Essa operação, resultado de cinco meses de operação, é de extrema importância, pois estamos vivendo uma era de insegurança muito grande roubo de cargas, de peças de caminhões e dos veículos”, diz Gabardo.
A Operação Aleteia desvendou ações de um grupo criminoso que atuava além de roubos aleatórios em Canoas e Nova Santa Rita. As cargas furtadas eram vendidas em mercados do próprio líder da facção. Um efetivo de 48 policiais civis, 21 viaturas, com apoio da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) e do helicóptero da Polícia Civil, flagrou situações como a de um criminoso que tentou forjar um roubo de veículo e da existência de um supermercado falso que contava com depósito para receber as cargas desviadas.
A ação da Polícia Civil integra a Operação Cavalo de Troia – Ultimato Final. A investigação que deu nome à operação começou em junho de 2020 devido ao aumento significativo de registros de ocorrências de roubos de carregamentos de soja e de aços utilizados na construção civil. Já nas primeiras diligências, os policiais constataram que 100% dos registros de roubos eram falsos e que se tratavam, na verdade, da modalidade criminosa de estelionato, com a participação direta do motorista transportador.
A força-tarefa apurou que os motoristas utilizavam uma conhecida plataforma digital de contratação de frete para atrair suas vítimas, em sua maioria empresários ligados ao ramo de transportes que buscavam o menor preço para realizar vendas de aço e armazenagem de grãos.
As vítimas entregavam suas cargas aos criminosos e, após realizarem o carregamento, eram desviadas e entregues aos receptadores. A narrativa padrão dos motoristas chamou a atenção dos investigadores que, observando o contexto das ocorrências, conseguiu verificar a existência do esquema, identificando todos os participantes. Um dos motivos que levou ao delito, segundo relato da Polícia Civil, foi o fato de as vítimas não terem pesquisado pregressa dos motoristas por priorizarem o menor preço de transporte.
A operação resultou na prisão de 15 motoristas (10 temporárias/preventivas e cinco em flagrante), apreensão de cinco caminhões e recuperação de várias cargas. Segundo a investigação, apenas duas das ocorrências (de um universo de mais de 30) partiram ou tiveram por destino o estado de Goiás. O último motorista e seu comparsa foram presos em Goiânia, em vista de cumprimento de mandando de prisão preventiva, na quarta-feira (11). O motorista foi detido após embarcar mais uma carga.
Novas medidas cautelares visando o encerramento do inquérito policial serão pleiteadas em juízo, especialmente em face do aplicativo digital e dos receptadores. Os investigados respondem pelos crimes de estelionato, receptação qualificada e associação criminosa. Há ainda cinco investigados foragidos, que seguem sendo procurados.
A 4ª revolução industrial, ou Indústria 4.0, vem mostrando cada vez mais que o futuro da manufatura está na geração, integração, análise de dados e a digitalização do chamado “chão de fábrica”. Essa é uma realidade que vem tomando conta das empresas, independente do seu porte, e esses são os fatores que vem trazendo visibilidade das operações ao gestor e tomada de decisões mais assertivas e rápidas.
Depois que os celulares e as redes móveis chegaram, ocorreu uma transformação no modo com o qual nos relacionamos com a tecnologia. As interações se tornaram mais comuns e a experiência do usuário é cada vez mais habitual ao que se costuma utilizar no meio online. A conectividade ganhou destaque e hoje a internet é tão comum quanto a eletricidade ou água encanada nas residências. E para a Indústria isso não é diferente, o uso de tecnologia no chão de fábrica para a coleta massiva de dados de equipamentos e processos também tem seus benefícios.
É por meio de soluções tecnológicas que é possível diminuir custos e melhorar a produtividade. E com a chegada do 5G o cenário será ainda mais favorável, podemos dizer que teremos um grande marco para a conexão entre equipamentos, pessoas, processos, serviços e produtos. Neste novo mundo conectado, às tecnologias sem fio vão permitir a reconfiguração em tempo real de uma linha de montagem para atender um cliente específico sem a necessidade de infraestruturas complexas (cabos, redes, fibra óptica etc.), tudo isso graças a grande velocidade do 5G, mais rápido do que conexões cabeadas.
A visibilidade das operações de manufatura aliadas à capacidade de mudanças rápidas permite a conexão da produção com o consumidor final em velocidades nunca antes imaginadas. Para exemplificar, vamos traçar um possível cenário: a indústria fabrica um produto (uma bomba de água por exemplo), este produto passa pelo processo de montagem, estoque, distribuição, consumidor final e assistência técnica. Cada etapa com os seus relatórios, tempos e dados guardados em papel, planilhas ou arquivados em algum arquivo.
Com a manufatura conectada, cada produto produzido é acompanhado em tempo real pelo gestor da operação que identifica se a produção está conforme o planejado, se existe gargalo na linha de montagem e se todos os equipamentos estão funcionando corretamente e ao invés de produzir para estoque, o sistema de pedidos enxerga em tempo real o que o consumidor está demandando, otimizando todos os custos de estocagem, e indo além, cada bomba de água sai de fábrica equipada com sensores de operação que informam para a fábrica em tempo real como o produto está funcionando, permitindo ações preventivas da assistência técnica e gerando dados para melhoria de produtos, tudo isso de forma rápida, segura e global.
A realização de coisas incríveis a distância fará parte do nosso dia a dia, conectividade e visibilidade da cadeia de valor, transparência e agilidade para tomada de decisões, vulnerabilidades tratadas rapidamente e o usuário sendo atendido no momento exato com o produto correto. A altíssima velocidade e baixa latência (tempo de resposta) das conexões 5G tornarão as operações em nuvem imperceptíveis dando escala a todas as operações que exigem tomada de decisões e cálculos complexos, às vezes impossíveis de serem realizados localmente.
Assim, a tecnologia 5G não é somente útil para podermos baixar filmes em segundos, mas para termos um dia a dia mais seguro, com decisões mais assertivas e também com mais saúde, afinal podemos ser atendidos por um médico especialista que poderá realizar uma cirurgia controlando um robô a 500 km de distância sem o risco de “perder a conexão”. A Internet das Coisas na 4ª revolução industrial é sobre a geração e inteligência de dados, a conectividade de operações e toda a cadeia agindo de forma uníssona e uniforme e o 5G permitirá essa realidade em um futuro muito, mas muito próximo.
*Mauricio Finotti, coordenador do Comitê de Manufatura da Associação Brasileira de Internet das Coisas (ABINC)
O SEST SENAT (Serviço Social do Transporte e Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte) inaugurou nesta quinta-feira (12) uma nova unidade no litoral do Paraná, instalada no município de Paranaguá. O valor total de investimento é de R$ 15,5 milhões. A cerimônia contou com autoridades do setor de transporte de cargas e dos poderes executivo e legislativo e seguiu os protocolos sanitários recomendados pelas autoridades de saúde.
A nova estrutura tem capacidade para realizar mais de 53 mil atendimentos ao ano. Trabalhadores do transporte e a comunidade poderão usufruir, na área de desenvolvimento profissional, de treinamentos no simulador de direção de caminhão, carreta e ônibus — tecnologia de ponta utilizada no aperfeiçoamento de motoristas profissionais, com foco na prevenção de acidentes e na condução eficiente e econômica. Na área da saúde, de atendimentos de psicologia; nutrição; odontologia e fisioterapia. Todos os serviços são gratuitos para os trabalhadores do transporte das empresas contribuintes e transportadores autônomos também contribuintes.
O presidente da CNT (Confederação Nacional do Transporte) e dos Conselhos Nacionais do SEST e do SENAT, Vander Costa, explica que, com a inauguração da nova unidade, o SEST SENAT reforça seu compromisso de contribuir com o desenvolvimento do transporte no país. “A nova unidade permite ampliar a eficiência das empresas de transporte no estado do Paraná. Temos a convicção de que a capacitação profissional aliada à qualidade de vida, oferecida pelos nossos serviços de saúde, é capaz disso. Queremos continuar induzindo o desenvolvimento regional e contribuindo para o aprimoramento do setor e dos trabalhadores do transporte do país”, afirma.
“Trabalhamos intensamente neste projeto. O litoral do Paraná merece uma unidade deste porte. Paranaguá é uma cidade estratégica, um ponto de convergência de muitos profissionais do transporte devido ao Porto. Ficamos felizes que motoristas terão mais um ponto de atendimento de ponta e com infraestrutura moderna a seu dispor”, comemora o presidente da Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Estado do Paraná e do Conselho Regional do SEST SENAT no Paraná, Coronel Sérgio Malucelli.
Estrutura
A nova estrutura tem 1.826,70 metros quadrados de área construída e conta com sala de treinamento no simulador de direção, com capacidade para 15 alunos; três salas de aula com capacidade para 25 alunos cada; e um laboratório de informática, com capacidade para 18 alunos.
Na área de saúde está equipada para prestar atendimentos em fisioterapia, psicologia, nutrição e odontologia clínica em quatro consultórios. A unidade também oferece um centro de eventos
Expansão
A unidade de Paranaguá será sétima a ser inaugurada no Brasil em 2021 e a segunda no Paraná. Ao todo, o país já conta com 159 unidades, sendo 13 delas no Paraná. A inauguração desta quinta-feira (12) integra o plano de expansão e melhoria da rede física do SEST SENAT em todo o Brasil. A ampliação das unidades permite ao SEST SENAT oferecer mais e melhores serviços aos trabalhadores do setor e, assim, garantir mais eficiência para as empresas.
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