Na esteira do bom desempenho do setor de caminhões, que ampliaram suas vendas em 43,5% frente ao resultado de 2020, com 128,7 mil unidades e o melhor desempenho desde 2014, as fabricantes de implementos rodoviários encerraram o ano passado com 163 mil emplacamentos, alta de 33,4% com relação ao ano anterior. Trata-se do melhor resultado em sete anos: só não superou 2013, com 177 mil unidades comercializadas.
Os dados superaram a expectativa do presidente da Anfir, Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários, José Carlos Sprícigo, que apostava em fechamento com 156 mil licenciamentos, incremento de 30% ante 2020. Para ele o volume comercializado confirmou que, a despeito da crise desencadeada pela pandemia, “a indústria de implementos soube aproveitar as oportunidades de mercado”.
O aquecimento de setores como o agronegócio, a construção civil e o e-commerce conduziram essas oportunidades e, embora o segmento tivesse de lidar com falta de insumos, a exemplo de pneus, freios ABS, itens de iluminação e hidráulicos, semicondutores, e do aumento de custos com a disparada doos preços do aço e dos fretes marítimos, o que trouxe perda de produtividade, as empresas encontraram soluções e os empecilhos foram contornados, afirmou o presidente da Anfir.
Tanto que, para este ano, apesar das projeções de PIB próximo de zero, dos juros em ascensão e inflação em patamar ainda elevado, além de ser ano eleitoral e de variantes da covid deixarem o cenário mais nebuloso, Sprícigo espera expansão de 10% nos emplacamentos de implementos.
Em 2021 o destaque ficou por conta do segmento de reboques e semirreboques, com 90,3 mil unidades comercializadas de janeiro a dezembro, aumento de 34% frente ao mesmo período um ano atrás. Desse volume 24,7 mil são basculantes, que apresentaram incremento de 43,2%.
O segmento de carroceria sobre chassis vendeu 32,7% a mais do que em 2020, 72,3 mil unidades, sendo quase a metade de baús alumínio/frigorífico, que emplacaram 31 mil produtos, 29,2% mais, reflexo do aumento da demanda para entregar mercadorias adquiridas por meio de canais digitais.
Os 1 mil 130 fabricantes de implementos rodoviários do País encerraram o ano empregando em torno de 70 mil pessoas, “número que pode ser ampliado em até 7% em 2022”, estimou Sprícigo: ao menos duas companhias, Guerra e Librelato, já sinalizaram que pretendem gerar 1,1 mil novas vagas.
Com apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o Governo do Rio Grande do Sul publicou, nesta segunda-feira (10), o edital de concessão de 271,54 km do chamado “Bloco 3”. Este é o primeiro dos três lotes que integram o projeto de concessão de 1.131,19 quilômetros de rodovias do Estado a ser leiloado.
O bloco compreende trechos das rodovias ERS-122, ERS-240, RSC-287, ERS-446, RSC-453 e BR-470 (com processo de estadualização em curso) que interligam a Região da Serra, conhecida por sua Rota do Vinho, à Região Metropolitana de Porto Alegre, passando por municípios como Flores da Cunha, Caixas do Sul, Farroupilha, Carlos Barbosa, Garibaldi e Bento Gonçalves. A Região da Serra destaca-se pela produção de vinho e espumante, agropecuária e turismo, além de possuir o segundo maior polo metal-mecânico do país. Outra região de destaque do Bloco 3 é o Vale do Caí, com sua economia baseada na avicultura, pecuária, fruticultura e indústria de transformação, em especial as relacionadas à agricultura e pecuária.
“Este primeiro edital consolida o acerto de uma parceria que deve se tornar referência para outros estados e que vai elevar o patamar da logística da Serra Gaúcha à altura de sua vocação turística e econômica. Conseguir colocar de pé uma concessão rodoviária com mais de 100km de duplicação em trecho de serra demonstra a qualidade dos nossos estudos e a atratividade do ativo para a captação do investimento privado”, declara o diretor de Concessões e Privatizações do BNDES, Fábio Abrahão.
Serão realizados investimentos de mais de R$ 3 bilhões em ampliações e melhorias que proporcionarão maior fluidez do trânsito e segurança por meio da redução da quantidade de acidentes. O futuro concessionário terá a obrigação de praticamente triplicar a extensão de trechos em pista dupla – que aumentarão de 63,47 km para 182,96 km –, além de implantar 26,98 km de terceiras faixas em pistas duplicadas. Também estão previstas 45 novas passarelas, 110 dispositivos de interseção, a implantação de ciclovia interligando as cidades de Caxias do Sul e Farroupilha e pontos de passagens de fauna, algo inédito na região sul do país.
“Teremos um volume significativo de obras, de empregos gerados e, o mais importante: um aprimoramento da infraestrutura rodoviária para o usuário”, destaca o diretor do BNDES.
Previsto para 13 de abril, o leilão terá como critério o menor valor de tarifa pedágio, sem limite de desconto, porém com exigência de aporte de capital próprio a cada ponto percentual de deságio.
“Essa é uma condicionante importante para garantirmos que os investimentos e as obras contratadas de fato aconteçam. Não adianta ter um leilão bem-sucedido para, no futuro, termos problemas no contrato. O modelo escolhido protege o interesse do usuário ao reservar uma quantia específica de capital no projeto”, explicou Abrahão.
A inovação é uma necessidade já percebida pelo universo corporativo, e um levantamento encomendado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e desenvolvido pelo Instituto FSB Pesquisa revelou que 83% das empresas precisarão de mais inovação para crescer ou até mesmo para sobreviver no mundo pós-pandemia. Contudo, é preciso compreender que nem sempre inovação é sinônimo de disrupção ou de tecnologias revolucionárias.
Algumas mudanças no setor de transporte RODOVIáRIO de cargas (TRC) podem ser claramente percebidas nos mais diversos níveis do segmento, como no monitoramento das operações, na gestão de frotas, na produtividade dos veículos e na gestão do transporte. Graças à evolução tecnológica que o setor tem vivenciado, tudo isso simplifica alguns processos e algumas atividades diárias.
Em contrapartida, o diretor executivo da Ghelere Transportes, Eduardo Ghelere, comenta que, apesar do grande salto dado em comparação com o TRC de alguns anos, ainda há um caminho muito grande a se percorrer. “Ao olhar tudo que nos permeia no setor de transporte, em geral, temos um veículo que parece ter evoluído, mas usa um motor diesel de mais de 50 anos. As mudanças foram alguns sensores e incrementos que tornaram nossa vida mais prática e fácil, no entanto o caminhão ainda precisa ir à oficina, trocar óleo e fazer manutenção, por exemplo”, observa.
Os 14 anos de carreira na transportadora, somado às suas ocupações anteriores diretamente ligadas à tecnologia para o segmento, auxiliaram na construção de uma visão mais crítica e progressista, algo que vem permitindo à transportadora dar grandes saltos no mercado.
“Realmente, houve pouca relevância disruptiva. Agora, incremental, tivemos muitas transformações, como telemetria, rastreamento, sensores e dados em uma série de fatores. A questão é o que estamos fazendo com isso. Levaremos os mesmos 50 anos só pensando em sensores melhores e em práticas incrementais?”, indaga Ghelere.
Fato é que para que a inovação seja possível, é preciso contar com recursos financeiros avantajados. Eduardo pondera que, se os transportadores tivessem uma margem de lucro maior, estariam desfrutando dos melhores recursos disponíveis no mercado, utilizando mais tempo para analisar os dados da frota e para aperfeiçoar a operação, gerando ainda mais lucratividade.
“Lidamos com várias adversidades no mercado diariamente. Insumos subindo, frete estável, motorista com dificuldades, jornadas duras de espera em porta de cliente, porta de mercado, veículo parado e remuneração incompatível com valores de veículos, de pneus, de peças e de acessórios. Assim, começamos a magia da redução de custos, que por ser muito agressiva acaba excluindo também a inovação e a melhoria contínua”, observa o executivo.
Ghelere compreende que haverá uma verdadeira inovação no transporte rodoviário de cargas quando os transportadores se aprofundarem mais no assunto e buscarem mecanismos que criem soluções. Para o empresário, as companhias de transporte já possuem a maturidade necessária para esse processo, mas ainda não há os recursos que a inovação demanda.
“O que podemos depreender disso é que as inovações normalmente ocorrem onde há recursos disponíveis, principalmente se observarmos grandes empresas que em seu início tiveram grandes prejuízos, como Uber e Airbnb. Por isso, quando há excesso de dinheiro, é muito mais provável que ideias disruptivas surjam deste meio”, afirma o empresário.
No entanto, o diretor executivo compreende que todas as transformações incrementais que o setor vem abraçando são de extrema importância para que esse processo de evolução continue. “Sem essas tecnologias, o TRC estaria estagnado e igual há 50 anos. O que não podemos é deixar de buscar o diferencial e a disrupção, pois é isso que nos fará crescer”, conclui.
Ministério da Infraestrutura espera que o Porto de Santos se torne o maior do Hemisfério Sul com investimento privado.| Foto: Ricardo Botelho/Ministério da Infraestrutura
A necessária revolução no transporte brasileiro depende de duas condições: a remoção de restrições exageradas e desnecessárias a quem pretende prestar o serviço, e a modernização da infraestrutura física. De pouco adianta haver várias empresas interessadas em transportar pessoas e cargas, a preços competitivos em um ambiente de verdadeira concorrência, se portos, aeroportos e estradas permanecerem obsoletos; da mesma forma, terminais de última geração e rodovias em perfeito estado de conservação serão pouco aproveitados se uma regulamentação exagerada impedir a entrada de novos players e dificultar o trabalho de quem já atua no mercado. Felizmente, o governo federal vem atuando em ambas as frentes, e promete mais avanços em 2022.
Um caso emblemático é o da navegação de cabotagem, com transporte de carga por via marítima entre portos brasileiros. Em dezembro, o Congresso Nacional aprovou a “BR do Mar”, projeto apresentado pelo governo em 2020 e que facilita a operação de empresas no setor ao eliminar exigências de frota própria, permitindo às companhias afretar embarcações estrangeiras, o que aumentará a oferta e levará a uma potencial redução nos preços do frete marítimo. O governo tem grandes expectativas para a “BR do Mar”, prevendo uma elevação de quase 70% no total transportado – de 1,2 milhão de TEUs (unidade equivalente a 20 pés) de contêineres transportados por ano para 2 milhões de TEUs – ainda neste ano. Se tal demanda se concretizar, será preciso que os portos brasileiros estejam à altura do novo cenário.
Em 2021, o governo federal realizou o leilão de concessão de 13 terminais localizados em nove portos diferentes; apenas um não teve interessado. Os leilões levantaram R$ 813,7 milhões em outorgas e devem resultar em R$ 1,8 bilhão de investimentos e quase 27 mil empregos. Para 2022, o plano é realizar a concessão de portos inteiros, o que é inédito na história do país. Na sequência divulgada pelo Ministério da Infraestrutura, o primeiro porto a ser leiloado será o de Vitória (ES); depois virão São Sebastião (SP), Itajaí (SC) e Santos (SP). O porto catarinense é o segundo do país em movimentação de contêineres, e o de Santos já é o maior da América Latina; o ministro Tarcísio Gomes de Freitas promete transformá-lo “no maior porto do Hemisfério Sul. O porto que movimentava 130 milhões de toneladas vai movimentar 250 milhões”.
Além dos avanços no setor de navegação, o ano trará concessões importantíssimas no setor aéreo: a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) aprovou os estudos da sétima rodada de leilões de aeroportos, que agora depende do aval do Tribunal de Contas da União. Os 16 aeroportos incluídos correspondem, somados, a um quarto do total de embarques e desembarques realizados no país; as “joias da coroa” serão Congonhas, em São Paulo, e o Santos Dumont, no Rio de Janeiro. E a manutenção do modelo de blocos garante que os futuros concessionários invistam também nos aeroportos menores que fazem parte do mesmo lote – quem levar Congonhas, por exemplo, fica obrigado a investir também nos aeroportos de Campo Grande (MS), Corumbá (MS), Ponta Porã (MS), Santarém (PA), Marabá (PA), Parauapebas (PA) e Altamira (PA), impulsionando a aviação regional.
No setor RODOVIáRIO, o governo pretende leiloar um total de 13 mil quilômetros, com destaque para a BR-381, em Minas Gerais; trechos da BR-116 e da BR-040; e as rodovias do Anel de Integração do Paraná. Por fim, no transporte ferroviário, duas concessões devem ser renovadas e uma terceira será leiloada, somando 9,8 mil quilômetros – isso sem contar todos os projetos que estão sendo apresentados ao Ministério da Infraestrutura dentro do novo Marco Legal das Ferrovias.
O transporte é um dos setores em que a iniciativa privada já se mostrou mais capaz que o poder público. Algumas poucas concessões mal-sucedidas, como as de Viracopos e de um trecho da BR-040, que acabaram devolvidas, não anulam a regra geral, que pode ser comprovada em obras como o Terminal 3 de Guarulhos ou a liderança dos trechos concedidos em todos os rankings de qualidade de rodovias medidos pela Confederação Nacional dos Transportes. Deixar que seja o setor privado a administrar a infraestrutura de transportes nada mais é que aplicar o princípio da subsidiariedade e reconhecer o papel da iniciativa privada como o verdadeiro motor do desenvolvimento nacional.
As vendas de caminhões bateram números excelentes em 2021, na comparação com os números registrados em 2020. De acordo com a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), foram negociados 11.986 caminhões novos em dezembro, encerrando o ano com um total de 127.357 unidades emplacadas.
O número é 42,82% maior que o registrado no ano de 2020, quando foram emplacados 89.173 caminhões novos, devido à queda acentuada causada pela pandemia. As vendas registradas em dezembro, de 11.986 unidades, também são 13,51% superiores às registradas em novembro do ano passado, quando foram vendidos 10.559, e 24,36% maiores que as 9.638 unidades emplacadas em dezembro de 2020, quando o mercado já apresentava bons sinais de recuperação.
Durante todo o ano, o setor de caminhões foi o que registrou a maior alta de emplacamentos. A tendência deve continuar nos próximos meses, de acordo com a Fenabrave.
“O volume de transações estabilizou em um patamar alto. Além disso, há muitas unidades já comercializadas, no ano passado, que ainda devem ser entregues nos próximos meses”, disse José Maurício Andreta Júnior, Presidente da FENABRAVE, recém-eleito para o triênio 2022-2024.
A Fenabrave também projeta que as vendas de caminhões neste ano devam crescer 7,3% até dezembro, o que se traduz em 136.600 caminhões novos.
“Nossos estudos apontam para o crescimento de todos os segmentos automotivos neste ano. Mas, é claro que situações conjunturais podem afetar essas estimativas, considerando que a indústria ainda sofre com a falta de insumos e componentes eletrônicos, que estamos diante de uma economia ainda turbulenta e iniciando um ano em que teremos Eleições, que costumam criar um cenário de incertezas”, diz Andreta Jr.
Marcas
Entre as montadoras, a Volkswagen/MAN assumiu a liderança nas vendas de caminhões em 2021, superando a Mercedes-Benz, que liderava por vários anos. A VW/MAN registrou 37.460 caminhões vendidos durante todo o ano de 2021, enquanto a Mercedes-Benz registrou 37.158 caminhões vendidos. Com esses números, as duas marcas registram 29% de participação no mercado cada uma. Ou seja, a cada 3 caminhões vendidos, praticamente um é Volkswagen e outro é Mercedes-Benz, com todas as outras marcas disputando a unidade restante.
Volvo foi a terceira colocada, com 17,13% das vendas e 21.820 unidades registradas, e a Scania vendeu 15.595 caminhões, ficando com 12.25%. Iveco foi a quinta colocada, com 8.623 unidades e 6,77% do mercado, DAF a sexta, com 5.600 unidades e 4,40% de market share.
As expectativas da “barriga no balcão”, como justificou o recém-empossado presidente da Fenabrave, José Maurício Andreta Júnior, são de crescimento de 4,6% nas vendas de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus no mercado brasileiro em 2022, somando 2 milhões 216 mil unidades. Mesmo com projeção de PIB próximo a zero no ano ainda há espaço para que cresçam as vendas locais, pois no ano passado muitos emplacamentos deixaram de ser efetivados por causa da falta de capacidade da indústria de atender a toda a demanda.
Segundo Andreta Júnior o fluxo de lojas continua elevado e as carteiras de pedido avançam para meses adiante. “Posso garantir que é uma previsão realista. Esperamos normalidade na questão da pandemia e o consumidor deixou de investir nos últimos anos, está querendo trocar de automóvel. Há ainda a questão do transporte individual, que voltou a ser um objetivo.”
O presidente da Fenabrave pontuou, porém, ser uma projeção do varejo: “Não temos como prever a capacidade da indústria de atender. No ano passado não conseguiram, este ano já disseram que terão algumas dificuldades. Essa é a visão que temos da demanda”.
O segmento de automóveis é o que tem a expectativa mais modesta, embora ainda de alta de 2,9%, somando 1,6 milhão de unidades. Em comerciais leves a Fenabrave projeta avanço de 9,7%, para 456,8 mil. Para caminhões Andreta garantiu existir tranquilidade no crescimento de 7,3%, com 136,6 mil unidades. E até o segmento de ônibus, que nos últimos anos sofreu por causa da pandemia, deverá fechar com alta de 8%, somando 19,2 mil veículos.
“Em ônibus temos o programa Caminho da Escola, do governo federal, que garante um bom volume para o ano. Caminhões são impulsionados pelo agronegócio, que segue forte, e comerciais leves têm a entrega urbana que vem crescendo muito nos últimos anos. E há direcionamento de peças que seriam de automóveis para este segmento”.
As estimativas da entidade que representa o setor de concessionárias de veículos para o mercado automotivo estão descoladas das expectativas para a economia brasileira. A economista Tereza Fernandes, da MB Associados, apresentou cenário de PIB próximo do zero, inflação na casa dos 5% e taxa Selic crescente, fechando o ano em 11,5% a 12%. Em um ano de eleições, Copa do Mundo e cenário de piora na pandemia. Mas, assim como Andreta Júnior, justificou os 4,6% na alta de vendas de veículos pela demanda represada do ano passado.
Ambos esclareceram, porém, que essas estimativas deverão ser revisadas ao fim de cada trimestre, quando os cenários futuros estiverem mais definidos.
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