Os dados estão no Radar CNT do Transporte Macroeconômico
A Confederação Nacional do Transporte lança hoje, 26, uma edição especial do Radar CNT do Transporte com informações de macroeconomia. São interpretações de dados do primeiro semestre de 2021 por meio dos quais é possível verificar as principais características por detrás do resultado da atividade econômica no período. O material apresenta, em especial, um panorama para o setor do transporte.
O levantamento da CNT é realizado a partir de uma avaliação medida principalmente pelo produto interno bruto (PIB), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O diagnóstico leva em conta uma análise de diversos indicadores, tais como o IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do Banco Central), a PMS (Pesquisa Mensal de Serviços), a PNAD Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) e as Contas Nacionais Trimestrais.
Embora a retomada sustentada da atividade econômica represente atualmente uma pauta essencial para o contexto nacional, diversos fatores precisam ser levados em consideração. Na prática, a interação do PIB com outros indicadores contribui para lançar um olhar mais amplo sobre a situação dos setores produtivos; como o mercado de trabalho é afetado; o tamanho do leque de investimento nacional; e a interface comercial do país com o setor externo. Ela viabiliza, inclusive, saber se houve melhora na sociedade como um todo.
No caso do transporte, a visão conjunta mostra que o setor tem avançado positivamente e sua retomada de crescimento já chegou próximo ao patamar do período pré-pandemia. Uma evidência é a desagregação do PIB, em que o número-índice do primeiro trimestre de 2021 mostra um valor semelhante ao quarto trimestre de 2019. Ademais, o volume de serviços medido pela PMS para o transporte se encontra 7,5% acima do patamar de fevereiro de 2020.
Apesar da melhoria, a interpretação dos atuais resultados deve ser feita com parcimônia, pois ainda estão aquém do desempenho que as empresas do transporte haviam conquistado antes dos anos recessivos de 2015 a 2016. O país terá o desafio de manter a ascensão contínua, apesar do cenário incerto para o futuro a pequeno e médio prazos. Soma-se a essa realidade o problema gerado pela intensidade do impacto da Covid-19 no âmbito socioeconômico. Superar os prejuízos gerados durante a pandemia será um dos obstáculos mais significativos para o setor.
Dentre os pontos mais tensos e que merecem atenção para manter o crescimento econômico estão: a queda do desemprego; o controle da inflação, que tem guiado uma POLíTICA de aumento de juros pelo Comitê de Política Monetária (Copom); e a manutenção evolutiva do quadro de vacinação no país. O desdobramento dessas e de outras variáveis geram incertezas quanto ao futuro próximo, que podem se acentuar com a proximidade das eleições de 2022.
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