Talvez este seja um dos assuntos mais presentes nas rodas de bar, mesas de almoço e meios sociais que vivemos. Quem nunca se questionou o quê essa era “super” digital tem feito com a nossa realidade. Somos realmente reais (perdão a redundância necessária) dentro da digitalização do nosso cotidiano?
Não sei vocês, mas isso vem martelando cada dia mais minha mente principalmente quando enxergo alguns comportamentos bem padronizados neste meio digital. De pequenos gestos como “selfiar” (tem que virar verbo pois já é uma ação involuntária do ser humano) tudo que vemos pela frente, ou melhor, que vemos atrás de nós nas telas dos smartphones, até a nossa ausência em eventos de relevância pessoal e profissional. Não dá para negar todas as qualidades e possibilidades que a tecnologia emerge de forma ímpar, mas também não podemos fechar os olhos para uma transformação negativa que tende a vir junto.
Somos exigentes, prestativos, preocupados, comunicativos, atenciosos, atualizados, desenvoltos, resolutivos, dentre outras qualidades que poderia elucidar aqui, tudo isso quando falamos de nossa presença nas redes sociais. Mas e na vida real, quem somos? Seria muito interessante se conseguíssemos colocar tudo isso em prática de verdade sem um intermediador tecnológico ou tecnologia social, é bem possível que já teríamos transformado ainda mais o mundo, país, cidade, bairro, rua, sindicato, associação, setor. O problema não está na tecnologia, está em como de fato usamos ela para nos ajudar.
No nosso segmento de transporte RODOVIáRIO de cargas não é diferente. Temos cada dia mais pessoas digitais com uma sede enorme por informações, privilégios, transformações, comunicação, facilidades, e menos pessoas dispostas a ser real nisso tudo, largar um pouco o dedo da tela touch screen e colocar a mão na massa. Parece um desabafo triste e solitário, não é? Realmente é um desabafo, entretanto sem tristeza e muito menos sozinho. Há bastante espaço para realizações, a COMJOVEM é um deles. É uma proposta de usar os dois meios, digital e real, para fazer acontecer no nosso setor. Lógico que a batalha não é fácil, fazer o jovem acreditar que precisa ser real, estar presente de corpo e alma e se entregar a um trabalho em comunidade é um desafio constante. O bom sinal disso tudo é que a procura tem aumentado, as pessoas têm despertado da simples vontade de fazer para querer realizar.
Realizar é a palavra que precisamos imputar nas nossas cabeças digitais pensantes. Sem realização todos os caracteres que digitamos serão em vão. Você tem realizado? Ou é daqueles que adora um artigo, concorda e continua sendo digital numa era tão real? Pense e realize. Precisamos de você!
Responsável: Luis Felipe Machado