Entidade prevê queda da inflação, além de aumento do emprego e da massa de rendimento real
Depois de um ano de recuperação diante da pandemia de Covid-19, a Confederação Nacional da Indústria está projetando um crescimento de 1,2% no Produto Interno Bruto do Brasil para o ano de 2022.
A informação foi divulgada na coletiva de fim de ano da entidade, e esse é considerado como o cenário-base, já que há ainda um cenário otimista e outro pessimista. Na pessimista, o PIB terá um crescimento de 0,3% em 2022, ao mesmo tempo que o cenário otimista aponta um aumento de 1,8% no Produto Interno Bruto.
O Presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, aponta que o país ainda precisa superar questões como a inflação e também o desemprego.
Ainda segundo a CNI, um dos pontos principais para o ano que vem é a redução do custo no Brasil, e tal questão pode vir acoplada na aprovação de uma espécie de Reforma Tributária.
Vale lembrar que três textos sobre o tema já estão tramitando no Congresso Nacional, sendo dois deles desenhados pelo Legislativo e um feito pelo Governo Federal.
Ainda não há perspectiva de andamento dessas matérias, mas os presidentes da Câmara e do Senado, querem iniciar as reuniões e debates sobre o assunto na volta do recesso parlamentar, no mês de fevereiro.
Em outro ponto, a CNI também destaca que o PIB do setor de Comércio deve crescer 6,5% neste ano, assim como o setor de Serviços também deve ter um aumento de 4,2%, enquanto a Agropecuária deve se expandir em 2% também em 2021.
Além disso, a Construção Civil teve um desempenho acima do esperado, chegando a 8,2% na avaliação da CNI, porém, para 2022 o crescimento deve ser de apenas 0,6%.
O economista Mário Sérgio Telles comentou a possibilidade de aumento de salários de servidores públicos, e destacou que a questão esbarra no teto de gastos.
A CNI também estima um crescimento de 5,2% na indústria da transformação, ao mesmo tempo que também espera uma desaceleração da inflação.
A expectativa é de que o patamar diminua diante da queda das despesas primárias do Governo Federal, além da estabilidade nos preços dos combustíveis, e a ideia é fechar 2021 com 10,3%.