Segundo dados divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), anualmente, sete milhões de pessoas no mundo morrem por causa da poluição do ar. Ainda, nove em cada dez pessoas estão expostas a altos níveis de poluentes. Isso contribui para o desenvolvimento de doenças respiratórias, mas os resultados da OMS mostram também uma forte ligação entre poluição do ar e as doenças cardiovasculares ou câncer. Preocupadas com esse cenário, as empresas investem continuamente em soluções para controlar as emissões de poluentes. O ARLA 32, Agente Redutor Líquido Automotivo utilizado em veículos produzidos a partir de 2012, tem sido uma das alternativas mais eficientes.
A AFEEVAS (Associação dos Fabricantes de Equipamentos para Controle de Emissões Veiculares da América do Sul) realiza periodicamente um estudo para verificar o consumo do ARLA 32 comparativamente ao do Diesel S-10. De acordo com a análise do ano de 2018, o consumo do ARLA 32 apresentou melhora e fechou o período em 35%. Esse número ainda está muito aquém do necessário para atender às necessidades ambientais e não é compatível com as exigências da nova fase P8 da legislação do PROCONVE, estabelecida pelo CONAMA em novembro de 2018 e que reduz significativamente as emissões dos gases de escape, sendo 80% para o NOx.
De acordo com Elcio Farah, diretor adjunto da AFEEVAS, há uma evolução no cenário. “Está longe do ideal, mas tem mostrado uma melhora gradativa. A intensificação das operações de fiscalização em todo o país e a conscientização das transportadoras contribuíram para esse progresso do mercado”, afirma.
Entre as ilegalidades referentes ao ARLA 32 estão: a diluição com água, fabricação caseira, baixa qualidade dos componentes, fraude fiscal, emuladores eletrônicos, etc. As operações de fiscalização realizadas pela Polícia Rodoviária Federal e IBAMA contribuíram grandemente para a redução do déficit. Outra tecnologia sendo utilizada otimiza as operações na hora de identificar as fraudes do ARLA 32 é o uso do Scantool, aparelho que realiza uma leitura das informações armazenadas no OBD (On-Board Diagnostics) dos veículos e consegue mostrar todas as falhas de utilização durante seu uso pregresso.
“Cada veículo que não utiliza o Arla 32 emite de 4 a 5 vezes mais poluentes. Por isso a importância da conscientização. É um processo gradual, mas a expectativa é que o mercado entenda que essas irregularidades praticadas prejudicam os veículos, o meio ambiente, a população e a economia do país como um todo”, comenta Farah.
A AFEEVAS faz um alerta aos motoristas e transportadoras que não circulam regularmente, pois a utilização de emuladores ou soluções caseiras e de origem duvidosa podem causar um prejuízo de mais de R$ 20 mil para a troca do catalisador, além de multas de até R$ 1 Mi, pontos na CNH, prisão do infrator e apreensão do veículo.