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Para representante do Ministério da Economia, aprovação da medida provisória sobre o tema ainda causa incerteza entre empresários
O governo ainda não tem dados para avaliar o desempenho do contrato Verde-Amarelo, que desonera o emprego para jovens, disse o secretário do Trabalho, Bruno Dalcolmo. Ele afirmou, porém, que a tendência é que o desempenho seja modesto neste início do programa.
“É natural que se acelere progressivamente”, disse, durante entrevista coletiva para comentar os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de dezembro e de 2019, divulgados na manhã da última sexta-feira pelo Ministério da Economia.
O número de vínculos poderá crescer na medida em que as empresas tenham melhor compreensão sobre o programa e se sintam confiantes em contratar.
Como o programa ainda está amparado numa medida provisória (MP), é possível que os empresários estejam esperando uma decisão final do Congresso Nacional antes de contratar, admitiu o secretário.
“Aprovação final da MP é o sinal que todo empresário espera para investir com mais ênfase”, afirmou.
No entanto, disse o secretário, o empresário “não tem nada a perder” se contratar jovens agora com base na MP. Caso ela seja rejeitada, os contratos poderão ser encerrados. “Mas esse é um cenário extremo”, ressalvou.
O governo, disse, tem trabalhado para garantir a aprovação da MP, que contém outros pontos importantes como a contratação de microcrédito, o programa de reabilitação de trabalhadores e a liberação de depósitos recursais. “É natural que o Congresso aperfeiçoe o texto”, comentou.
O Congresso analisa se haveria uma fonte de financiamento para ampliar o contrato Verde-Amarelo. “Teríamos interesse (na ampliação) porque traz desoneração e aumenta a empregabilidade”, afirmou. “Mas a ampliação precisa de fonte (de financiamento) nova.”