Foto: Divulgação FGV
Apesar da pandemia da Covid-19, o Brasil teve saldo positivo na abertura de empresas. Foram mais de 68 mil novas empresas nos primeiros meses deste ano. O número representa um crescimento de 1,2%, se comparado aos quatro últimos meses de 2019.
Os dados são do Mapa Empresarial, divulgado pelo Ministério da Economia e que contempla o período de janeiro a abril de 2020. O Secretário Especial Adjunto de Desburocratização, Gestão e Governo Digital, Gleisson Rubin, explica o porquê do boletim ser dividido em quadrimestres.
No final de abril, o número de novos empreendimentos teve uma redução de quase 31%, se comparado à quantidade de empresas abertas em março. Ainda assim, Gleisson Rubin avalia que houve uma evolução positiva em relação a abertura de empresas. Os empreendedores que mais abriram negócios no primeiro quadrimestre deste ano foram salões de beleza, comércio varejista de vestuário e acessórios, o setor de vendas, obras de alvenaria e ramo alimentício destinado ao consumo domiciliar.
Em contrapartida, alguns desses setores também foram o que mais fecharam as portas. Entre eles, o comércio varejista de vestuário e acessórios, o de promoção de vendas, e o de salões de beleza, que englobam categorias como cabeleireiro, manicure e pedicure, além de lanchonetes, casas de chá, sucos e similares. O Secretário de Tecnologia da Informação e Comunicação, Luis Felipe Monteiro, destaca que mesmo com a pandemia, abril teve o menor índice de fechamento dos últimos quatro anos.
Os estados que tiveram maior número de empresas abertas em relação ao terceiro quadrimestre do ano passado são: Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Paraná. Já Piauí, Santa Catarina, Goiás, Mato Grosso e Amazonas foram os estados brasileiros que mais encerraram formalmente empresas nesse mesmo período. Outro dado apresentado foi a redução do tempo para se abrir uma empresa.
Com a desburocratização dos processos, empresários conseguem iniciar atividades num prazo médio de três dias e 21 horas. Esse tempo, no entanto, é contado em dias corridos e não leva em consideração o período dado para que os empreendedores resolvam eventuais pendências.