A Dersa, empresa da Secretaria Estadual de Logística e Transportes, vai propor soluções de infraestrutura para aumentar a segurança da travessia de balsas entre Santos e Guarujá. Além disso, será elaborado um novo projeto de sinalização do trecho do canal do estuário em que há a interação entre os cargueiros que seguem para o Porto de Santos e as embarcações que transportam veículos entre as duas cidades.
As medidas foram anunciadas na manhã de quinta-feira (10), durante uma reunião entre representantes da Capitania dos Portos de São Paulo (CPSP) e da Dersa. O encontro foi o primeiro desde o acidente do último domingo, em que o navio Santos Express colidiu com três balsas durante a manobra de entrada no Porto. Ninguém se feriu, mas três embarcações foram avariadas e duas estão fora de serviço.
De acordo com o capitão de mar e guerra Daniel Rosa de Menezes, comandante da CPSP, a reunião teve como objetivo traçar um diagnóstico da segurança da navegação na região da Ponta da Praia. Além disso, a Autoridade Marítima e a operadora das balsas pretendem buscar medidas que impeçam novos acidentes.
No entanto, o novo projeto de sinalização e as obras de infraestrutura precisam ser analisadas por diversos órgãos, incluindo a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), a estatal que administra o Porto de Santos, e a Praticagem de São Paulo. Por conta disso, um novo encontro será realizado nos próximos dias. A questão também será levada ao Conselho de Autoridade Portuária (CAP), cuja reunião será realizada na semana que vem.
“São propostas preliminares, que serão aprofundadas pelas áreas técnicas da Dersa e da Capitania e, em seguida, serão apresentadas. Por enquanto, foram sugeridas a melhor sinalização na área, na passagem da travessia, e obras de infraestrutura que podem garantir melhor segurança”, afirmou o capitão dos portos de São Paulo.
Em nota, a Dersa informou, através de sua assessoria de imprensa, que a reunião com a CPSP teve por objetivo tratar de assuntos de rotina relacionados às travessias litorâneas. “Em razão do acidente causado pelo navio Santos Express no último domingo, foram discutidas também ações que possam elevar a segurança no canal de navegação e, consequentemente, evitar ou minimizar acidentes dessa natureza. Estas ações dependem de novas discussões, envolvendo todos os órgãos relacionados à operação no canal do Porto”, informou o órgão estadual.
