O ESG é uma sigla, derivada do inglês, que significa Governança Ambiental, Social e Corporativa e surgiu no mercado financeiro como forma de medir o impacto que as ações de sustentabilidade geram no resultado das empresas. Trata-se de um comprometimento das empresas para que sua atuação econômica não resulte em impactos negativos ao meio-ambiente e ao bem-estar social. Elementos que compõem esse tripé de compromissos, tem por objetivo trabalhar a favor de um impacto ainda mais positivo nas ações por um futuro de sustentabilidade, inclusão e valorização das pessoas.
A sustentabilidade se tornou parte obrigatória das estratégias de crescimento das empresas. São ações que podem ser critérios de escolha para os todos os stakeholders. É utilizado como uma métrica para mensurar boas práticas nos negócios, além do desenvolvimento profissional dos funcionários.
No segmento Logístico, especialmente para o Transporte, o tópico sobre Meio Ambiente (Environmental) está diretamente relacionado com as práticas ambientais, ou seja, como a empresa está preocupada em reduzir questões como Controle e Consumo de combustível, controle de emissão de CO², gestão de resíduos, controle de produtividade, treinamentos de direção econômica com os motoristas, certificações de pautas ambientais.
Já o tópico sobre social (Social) se refere como as empresas se relacionam com seu público, seja parceiro, cliente, fornecedor e colaborador. Nesta pauta, os temas giram em torno de diversidade, inclusão, engajamento dos colaboradores, políticas de tratamento de dados, treinamentos, relações com a comunidade etc.
No tópico sobre governança (Governance), os temas tratados estão relacionados às melhores práticas de gestão corporativa, tais como conselho, transparência, auditorias fiscais, entre outros.
Ao adotar a pauta ESG a empresa tem maior credibilidade entre consumidores e investidores, todavia, a empresa deve comprometer-se na adoção de novas práticas e valores para o negócio.
No segmento logístico e de transportes percebe-se um movimento expressivo para adoção das práticas ESG inicialmente como diferenciais competitivos, entretanto no curtíssimo prazo serão consideradas obrigatórias para competitividade e sobrevivência. Deve-se realizar um estudo aprofundado para que o impacto das ações não gere prejuízos financeiros, inclusive devendo ser pauta de discussão com os clientes que exigirem adequações desta natureza, uma vez existir uma certa dificuldade para uma composição tarifária justa para ambas as empresas.
Segundo especialistas a Pandemia de COVID-19 catapultou este movimento para outro patamar, tratando o ESG como o novo normal para negócios e finanças.
O mais importante é deixar claro que este movimento pode ser realizado por qualquer perfil, tamanho e porte de empresa, claramente ações compatíveis com seu negócio e porte, porém que realmente colocarão quem seguir em outro nível de competição e sustentabilidade.
ESG não é questão de luxo é questão de sobrevivência.
Referências Bibliográficas
AMARAL, Flavio. ESG No dia a dia da Logística e Supply Chain.
TRIGUEIRO, Felipe. ESG como estratégia para logística e cadeia de suprimentos.
SOUZA, Argemiro R. Integrando ESG aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
Revista – Mundo Logística – nº 90 – Ano XV / outubro 2022.
Por: Alexandre Loureiro Aliski / Amabelli Basso – COMJOVEM Curitiba