Ramon Garcia de Alcaraz, que gerenciava a Fadel, uma transportadora adquirida no ano passado, assumirá o cargo
A JSL Logística vai dar mais um passo em sua reestruturação. A companhia vai mudar de comando depois de 12 anos, Fernando Simões deixa a presidência executiva da empresa e quem assume é Ramon Garcia de Alcaraz, que gerenciava a Fadel, uma transportadora especializada na distribuição urbana adquirida pela JSL no ano passado.
Nessa mudança, Simões passa a ser o presidente do conselho de administração da JSL, mas segue como principal executivo da Simpar, a holding que controla todas as empresas do grupo. “Nossa filosofia é que cada empresa tenha uma gestão independente. A minha função, a partir de agora, será mais estratégica. Ficarei mais atento aos novos negócios e as aquisições que devemos fazer nos próximos anos. Além disso, estarei sempre ao lado de todos os CEOs para ajudar a cumprir as metas definidas para cada operação”, disse Simões.
Nessa troca de comando, a JSL também assumiu 100% da Fadel, e com isso, Alcaraz passa a deter 2,25% do capital da companhia, passando a ser o principal acionista pessoa física da empresa de logística.
“Literalmente, a logística passa a contar não só com um presidente mas com um empresário do setor. A companhia está pronta para um novo ciclo de crescimento, seja ele inorgânico como orgânico. Ele se torna também o dono do negocio”, disse Simões.
Alcaraz disse que irá assumir a presidência da JSL de imediato, mas contará com Simões por um mês na transição. “O meu desafio é continuar que o grupo sonhe junto e pense grande. Somos o maior empresa de logística do país e as nossas metas são bem audaciosas: ser uma empresa muito maior do que é hoje”, afirmou Alcaraz.
Hoje, a companhia é a líder no mercado interno com 0,8% de participação. Nos Estados Unidos e na Europa, as maiores empresas do setor têm participação de mercado em torno de 8%. “O potencial é muito grande. Somos mais que o dobro do segundo colocado. Estamos prontos e preparados para este novo ciclo de desenvolvimento, vamos sair desse patamar em até cinco anos”, disse Simões.