Ari Rabaiolli, presidente da Fetrancesc: “Nós queremos um projeto para a duplicação da BR-470a partir de Indaial até o Oeste catarinense. Logicamente acompanhando ainda o término da BR- 280 e da BR- 282.”
Federação estuda melhorias para resolver gargalos das principais rodovias que cortam o Estado
Nascida pela necessidade de uma entidade com forte representatividade na defesa do presente e do futuro do transporte de cargas do Estado, a Fetrancesc (Federação das Empresas de Transporte de Carga e Logística no Estado de Santa Catarina) atua, há quase 34 anos, pela melhoria da mobilidade no país, na inovação de conceitos do transporte de carga, da importância do segmento na cadeia produtiva do país, na inserção do setor nos debates e decisões tomadas tanto em níveis governamentais, quanto de entidades empresariais e sociedade civil.
Nos últimos 15 anos, a entidade realizou estudos, levantamentos e debates, junto às demais federações do segmento e Confederação Nacional de Transportes pela mobilidade urbana, em todos os sentidos. Entre as muitas iniciativas promovidas no período, o ex-presidente da Fetrancesc, Pedro José de Oliveira Lopes, o Pró-Cargas (Programa de Revigoramento do Setor de Transporte RODOVIáRIO de Cargas), encerrado em março de 2020). Para ele, o Pró-Cargas foi uma das melhores realizações da entidade.
“Primeiro porque foi um trabalho feito em conjunto, com as empresas de transportes, de um modo geral, com os sindicatos, que nos ajudaram muito e, principalmente, no entendimento de diálogo com a Secretaria da Fazenda. Foi o primeiro projeto a nível de Estado que trouxe benefício direto para o transportador”, ressalta.
Lopes diz que a federação conseguiu, na ocasião alcançar benefícios que até então que eram só de responsabilidade e não se contava como um direito. “Por exemplo, não havia crédito sobre câmaras, peças, pneus, tão somente do diesel e ainda com recolhimento preventivo junto às distribuidoras. Peças, mão de obra, tudo foi incluído no Pró-cargas”, afirma o ex-presidente da entidade.
Estudo sobre a cabotagem O presidente da Fetrancesc, Ari Rabaiolli, destaca também estudo da federação sobre a cabotagem. Segundo a Compass Logística, que apresentou o relatório sobre as conclusões da primeira parte do levantamento, o potencial teórico de carga disponível para migrar do rodoviário para a cabotagem é 7000 contêineres por mês. Além disso, no Estado, a cabotagem vem crescendo a uma taxa média anual de 10%, já no Brasil, a taxa média anual é de 12%.
A proposta da Fetrancesc prevê ainda redução de custos estimados em R$82 milhões, diminuição da exposição dos caminhões a acidentes e roubos de cargas, além de menor cota de seguro e de ações trabalhistas pela alteração no perfil de jornada de trabalho.
Investimentos nas estradas
Para os próximos 15 anos, a Fetrancesc pretende realizar um estudo sobre a BR-470, que vai identificar o impacto do transporte de cargas na rodovia, que, segundo o presidente da entidade, é muito significativo devido ao mau estado de conservação da rodovia.
“Nós queremos um projeto para a duplicação da BR-470 a partir de Indaial até o Oeste de Santa Catarina. Logicamente acompanhando ainda o término da BR- 280 e da BR- 282 , onde tambémbém estamos vendo com bons olhos esse projeto de terceiras faixas”, explica o dirigente.
A Fetrancesc é ainda parceira do projeto da Fiesc (Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina) BR-101 Santa Catarina não pode parar. “A BR-101 está cheia de gargalos e nós comprovamos isso tanto para Secretaria de Infraestrutura quanto para o governo do Estado, por meio da Secretaria de Fazenda, frisando que tem de se fazer algo na BR-101 Norte. O governo está licitando agora um estudo de viabilidade econômica e ambiental para construir uma rodovia estadual paralela à BR-101 saindo de Joinville até Biguaçu”, destaca.
“Também estamos acompanhando a construção das quatro alças do Antônio Heil com a BR-101 e que hoje formam congestionamentos ali praticamente o dia todo”, acrescenta Rabaiolli.
Estudo sobre a cabotagem
O presidente da Fetrancesc, Ari Rabaiolli, destaca também estudo da federação sobre a cabotagem. Segundo a Compass Logística, que apresentou o relatório sobre as conclusões da primeira parte do levantamento, o potencial teórico de carga disponível para migrar do rodoviário para a cabotagem é 7000 contêineres por mês.
Além disso, no Estado, a cabotagem vem crescendo a uma taxa média anual de 10%, já no Brasil, a taxa média anual é de 12%. A proposta da Fetrancesc prevê ainda redução de custos estimados em R$82 milhões, diminuição da exposição dos caminhçoes a acidentes e roubos de cargas, além de menor cota de seguro e de ações trabalhistas pela ateração no perfil de jornada de trabalho.
Fluxo na BR-101
Pesquisa da federação sobre o impacto de fluxo de veículos na BR-101, entre Criciúma e Navegantes/SC, aponta que os caminhões que trafegam neste trecho têm custo 30% superior por conta dos congestionamentos. Isso porque a velocidade média para transitar na região é de 39 km/hora. “Na prática, a cada R$ 1, somam-se R$ 0,30 por quilômetro rodado”, explica Rabaiolli. Além disso, esses congestionamentos refletem em perda de R$ 6 bilhões por mês em ICMS, ao considerar o tráfego na praça de pedágio de Palhoça/SC.