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Índice de Confiança do Agronegócio cai 4 pontos no 1º trimestre, dizem Fiesp e IC Agro

por | maio 12, 2021 | Cotidiano, Notícias, Serviços

Fonte: Portal DBO
Chapéu: Agronegócio

Pela metodologia do estudo, índices superiores a 100 pontos demonstram otimismo do setor e, abaixo dessa marca, pessimismo

O Índice de Confiança do Agronegócio (IC Agro), divulgado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e pela CropLife Brasil nesta terça-feira, fechou o primeiro trimestre de 2021 em 117,4 pontos, quatro abaixo do levantamento anterior.

O nível de confiança do setor, apesar da queda, supera em 17 pontos o índice do primeiro trimestre de 2020, no início da pandemia de covid-19, segundo a Fiesp. Pela metodologia do estudo, índices superiores a 100 pontos demonstram otimismo do setor e, abaixo dessa marca, pessimismo.

Segundo o diretor titular do Departamento do Agronegócio da Fiesp, Roberto Betancourt, a maior parte das entrevistas para o cálculo foi realizada em março.

“Pegamos a fase do avanço no número de casos de covid-19, o que levou à redução na atividade devido a lockdowns em várias regiões do País e às sucessivas revisões negativas das estimativas para o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) em 2021”.

No período, houve um “descolamento” entre o otimismo dos produtores agropecuários e a percepção das indústrias. O real desvalorizado e a alta das commodities agrícolas no mercado externo impulsionaram os preços pagos a agricultores no Brasil. Mas as indústrias enfrentaram pressões sobre os custos e viram crescer os sinais de descontrole da inflação.

“(A inflação) é sempre uma ameaça aos planos de investimento e, no caso das empresas de alimentos, ao consumo das famílias”, argumenta a Fiesp.

O índice de confiança das indústrias inseridas nas cadeias agropecuárias caiu 6,2 pontos, para 110,7 pontos. Elas abrangem os segmentos “antes da porteira”, que fornecem insumos para a produção, e “depois da porteira”, que utilizam produtos agrícolas como matéria-prima.

No caso do índice de confiança das indústrias antes da porteira, a queda foi de 4,9 pontos no primeiro trimestre, para 108 pontos. O menor otimismo das empresas foi influenciado pelas condições do mercado no fim do trimestre, explica na nota o presidente executivo da Croplife Brasil, Christian Lohbauer, entidade que reúne de empresas de defensivos agrícolas. Segundo ele, após a compra antecipada de insumos agropecuários por agricultores no início do ano, muitas empresas tinham expectativa de crescimento no mercado.