O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou 2018 em 3,75%, abaixo do centro meta do governo, de 4,50%, com margem de tolerância de 1,5 ponto porcentual (índice de 3,0% a 6,0%), informou na última sexta-feira (11), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em dezembro, o índice foi de 0,15%, o mais baixo para o mês desde o início do Plano Real.
O resultado ficou dentro do previsto pelo Projeções Broadcast. As estimativas eram de inflação de 3,54% a 3,82%, o que gerou mediana de 3,70%, ficando encostada na projeção do levantamento Focus (3,69%), do Banco Central. Em 2017, a inflação ficou em 2,95%, depois de 6,29% em 2016.
Para o mês de dezembro, as projeções eram de queda de 0,05% a alta de 0,23%. O nível mais baixo da história para o mês havia sido registrado em 2008 (0,28%). Em novembro, o IPCA ficou negativo em 0,21%.
Os itens que mais pesaram no IPCA de 2018 são dos grupos Habitação, com alta de 4,72% e impacto de 0,74 ponto porcentual; Transportes, com alta de 4,19% e impacto de 0,76 ponto porcentual; e Alimentação e Bebidas, com alta de 4,04% e impacto de 0,99 ponto porcentual. Esses três grupos foram responsábeis por 66% do IPCA do ano passado, somando 2,49 pontos porcentuais.
Para o resultado de dezembro, o maior impacto foi do grupo de alimentos, que subiu 0,44%. O segmento de alimentos para consumo em casa exerceu a maior pressão, com alta de 0,50%, por causa de aumento de preços em itens como cebola (24,03%), batata-inglesa (20,05%), feijão-carioca (12,98%), frutas (3,11%) e carnes (2,04%). O grupo Transportes teve queda de 0,54%, puxada pelos preços dos combustíveis – a gasolina teve retração de 4,80%, o óleo diesel de 3,45% e o etanol, de 2,70%