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Investimento em infraestrutura pode agregar R$ 40,4 bilhões ao PIB até 2023

por | abr 15, 2021 | Notícias, Rodoviário

Fonte: Poder 360
Chapéu: Infraestrutura

Setor de transportes foi um dos considerados para projeção. Foto: Divulgação/Ministério da Infraestrutura

Os investimentos públicos em infraestrutura previstos até o fim de 2022 podem render R$ 40,4 bilhões ao PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro até o fim de 2023. O dado considera R$ 28 bilhões na implantação de projetos do PPI (Programa de Parcerias de Investimentos) previstos até o próximo ano em transporte, logística e saneamento.

Isso significa que a cada R$ 1 aplicado em infraestrutura, R$ 1,44 é revertido para a economia. A estimativa faz parte do estudo “Raio X do setor de Infraestrutura”, feito pela LCA Consultores a pedido do Sinicon (Sindicato Nacional da Indústria da Construção Pesada – Infraestrutura). apresentado nesta 4ª feira (14.abr.2021). Eis a apresentação (840 KB).

Além do impacto sobre o PIB, observa-se ainda a geração de 943,5 mil empregos, arrecadação de R$ 6,4 bilhões em impostos e pagamento de R$ 14,4 bilhões em salários.

Segundo o levantamento, o Brasil investiu R$ 123,9 bilhões em infraestrutura em 2019, o que equivale a 1,71% do PIB. Caso a taxa se mantenha, o estoque de infraestrutura –tudo o que havia sido investido, descontada a depreciação– do país deverá cair. Em 2019, foi de 36,36% do PIB e pode chegar a 32,09% até 2040.

Para que o país se equipare à media mundial desse estoque em 20 anos (aproximadamente 69% do PIB), os investimentos têm que chegar a 4,8% do PIB. O percentual é menor que os praticados por países como Paraguai (5,4% do PIB) e Marrocos (5,0% do PIB).

IMPACTO NO MERCADO DE TRABALHO
O estudo destaca ainda o perfil dos empregos no setor de construção pesada. Dos empregados, 91% são homens e 64,2% são pardos ou pretos. Dos que têm carteira assinada, 33,9% têm de 30 a 39 anos e 84,1% estudaram até completar o ensino médio.

Em 2019, o volume de empregos no setor cresceu 12% frente a 2018, chegando a 709 mil, mas ainda não alcançou o número de empregados de 2015 (824 mil). Segundo o levantamento, o setor é o que melhor remunera funcionários com este recorte, registrando salário 15,6% acima da média de 2018.

Com a diminuição do número de empregos no setor há, portanto, impacto na renda desses profissionais ainda que sejam realocados em outros setores.

REVISÃO NA PROJEÇÃO DE PIB
A consultoria considera que, neste ano, o PIB brasileiro crescerá 2,8%. Antes, projetava 3,2%. A revisão considerou, principalmente, as mudanças no cronograma de vacinação contra a covid-19.

“É bem abaixo da média mundial que se espera, as economias já estão conseguindo ter um cronograma de vacinação bem mais acelerado que o nosso. O ritmo de crescimento econômico vai vir bem maior fora incertezas que a gente sente de possíveis sanções que a gente venha a sofrer por conta desse atraso no cronograma de vacinação”, afirmou a economista Claudia Viegas.