As empresas brasileiras de transporte RODOVIáRIO de cargas vêm, gradualmente, aderindo ao sistema de locação de caminhões, visando reduzir custos de manutenção, logísticos, administrativos e fiscais. Modalidade comum no exterior, especialmente nos Estados Unidos e na União Europeia, o aluguel de veículos pesados vem crescendo no Brasil. Tanto que, segundo a Associação Brasileira de Locadoras de Automóveis (ABLA), em 2023, as locadoras registraram um aumento de 38,9% no número de caminhões emplacados, em relação ao ano anterior.
De acordo com o presidente do Secarce e vice-presidente da Fetranslog-NE, Marcelo Maranhão, esta opção já vem sendo utilizada por empresas no Nordeste e também no Ceará, mas é preciso fazer as contas e levar em consideração diversos fatores, como o tipo de trabalho realizado ou o segmento a que a empresa pertence. Lembrou de transportadoras e de uma renovadora de pneus que fazem a locação de caminhões, para poderem focar no seu core business.
Trata-se de um serviço disponível em todo o Brasil, inclusive aqui, no Ceará, já existem algumas transportadoras que têm adotado esse serviço. “Mas, para cada segmento do nosso setor, existem particularidades, e os empresários devem observar se para o seu negócio é melhor alugar, ter frota própria ou até mesmo terceirizar o serviço prestado por meio de caminhoneiros autônomos”, destaca Maranhão.
Várias opções
Quase todas as montadoras brasileiras oferecem essa opção para as transportadoras, por meio de suas concessionárias. “Também existem algumas empresas que realizam a locação de carretas, inclusive para cargas especiais ou longas. Quem, geralmente, opta por esses serviços são aquelas transportadoras que não dispõem de uma infraestrutura de manutenção para atender à frota, em caso de quebras ou acidentes”, afirma o presidente do Setarce.
E lembra que, além disso, não se preocupam com IPVA, seguro e a aquisição dos caminhões. É uma opção válida para algumas empresas de transporte rodoviário de cargas. “Ressalto que a necessidade de crédito necessário para comprar é muito maior do que para alugar. E ainda tem a questão da substituição da frota, como no caso de transporte de combustíveis, em que as distribuidoras não aceitam veículos com mais de dez anos de fabricação”, completa Marcelo Maranhão, destacando que os empresários devem fazer os cálculos e analisar cada caso.