Entenda como economizar recursos naturais e evitar a emissão de gases poluentes nessa etapa.
Para que um produto seja “ecofriendly”, ou seja, amigável com a natureza, ele precisa não só evitar desperdício de recursos naturais e agressões à natureza no momento de produção ou consumo. O item tem que ser amigável com o meio ambiente em todas as etapas da cadeia produtiva, incluindo o transporte.
Se não cumprir esses pré-requisitos, o produto pode até ser propagandeado como “ecofriendly”, mas ele será apenas mais um caso de “greenwashing”. Este último termo é usado para nomear casos em que esse título de não agressor da natureza é apenas uma estratégia de marketing que não se sustenta no discurso.
E por que se adequar totalmente ao rótulo de “ecofriendly” importa? Primeiramente, isso é importante pela consciência e pelo orgulho de ter um negócio que se desenvolve sem prejudicar o meio ambiente e, consequentemente, todos que vivem nele, gerações presentes e futuras.
Em segundo lugar, dados apontam que os consumidores valorizam essa sustentabilidade na hora da escolha dos produtos. Uma pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) estudou o comportamento dos consumidores em 2023, em relação a 2022, e revelou preocupação com os hábitos sustentáveis. A pesquisa identificou que o número de consumidores que valorizam essas práticas subiu de 74% para 81% em um ano.
Logística verde ou sustentável
Muito se fala sobre como produzir evitando gasto de energia ou de água, mas, quando o assunto é economizar recursos naturais e reduzir emissões de carbono no transporte, podem existir dúvidas em relação ao ponto de partida para essas práticas. A logística verde, nome dado ao transporte de cargas de forma responsável socioambientalmente, pode ocorrer de formas diversas, sempre estando aberta a novas soluções.
Uma dessas maneiras é por meio da atenção à manutenção dos veículos de carga, pois veículos com defeito podem emitir mais gases poluentes e consumir mais combustível. O ideal é que esses transportes passem por revisão periódica.
Optar por rotas menores, favorecendo fornecedores locais, também ajuda a reduzir esse desgaste do veículo e diminui também a emissão de gases poluentes. Isso também faz parte da logística sustentável.
Se possível, é bom ter, em pelo menos parte da frota, veículos movidos a biocombustíveis ou veículos elétricos. Caminhões e outros transportes de grande porte são mais poluentes e, já que muitas vezes não podem ser evitados, podem ter o impacto ambiental minimizado se aliados ao uso de automóveis com outras formas de abastecimento para entregas menores.
Para não trocar apenas o modo do prejuízo ambiental ao substituir o motor a combustível por um veículo de motor elétrico, o empresário pode procurar fontes de energia limpa para abastecer a frota e para outras operações no processo de distribuição. Uma opção de fornecimento de energia sustentável é por meio do mercado livre de energia.
Mercado livre de energia
Esse mercado é ideal para aqueles que consomem grandes quantidades de energia e ainda assim querem economizar. Nesse modo de fornecimento, os clientes negociam diretamente com os fornecedores a quantidade, o período, os preços e as formas de pagamento da energia fornecida.
Além de evitar o desperdício de energia, o mercado livre ainda permite negociar com fornecedores locais. Além disso, escolher entre os tipos de energia hidrelétrica, solar, eólica e outras sustentáveis. As concessionárias de energia costumam oferecer todo o suporte na transição para esse mercado.
Adotar esse novo modelo de fornecimento gera a emissão de certificados de energia renovável (I-REC). Eles podem atrair e fidelizar novos clientes e também tornar a empresa mais autossuficiente e responsável com o meio ambiente.