Foto: Divulgação/Mercedes-Benz
Reforçar a participação dos caminhões Mercedes-Benz no mercado brasileiro sem perder de vista a lucratividade e a sustentabilidade das operações locais: esta foi a missão recebida por Achim Puchert, novo presidente da companhia para o Brasil desde 1º de janeiro, que chega para concluir o ciclo de investimento de R$ 2,4 bilhões iniciado em 2018 e começar a trabalhar no próximo.
Alemão, de 42 anos, Puchert desembarcou aqui na terça-feira, 11. Ao lado da CEO global da Daimler Trucks, Karin Radström, que visita o País pela primeira vez, conheceu as operações de São Bernardo do Campo, SP, Juiz de Fora, MG, e conversou com funcionários, clientes e concessionários. Aguarda seu visto de trabalho para mudar de vez para o País.
“As primeiras impressões foram muito boas”, afirmou Puchert a um grupo de jornalistas em entrevista por videoconferência na quinta-feira, 13. “Vamos concluir e amadurecer o ciclo de investimentos atual. O volume de investimento que a companhia pode fazer não é ilimitado e, então, precisa fazer sentido e ser rentável. Não quer dizer que não faremos um novo ciclo, mas ainda é cedo para falar a respeito.”
Sob a direção de Puchert a Mercedes-Benz brasileira inaugurará, em 2022, a última etapa da transformação de São Bernardo do Campo em indústria 4.0, com a linha de powertrain 4.0. Novos produtos, serviços e tecnologias estão na agenda, bem como a participação na Fenatran e na LatBus, duas importantes feiras do setor de transporte de carga e de passageiros.
Outro desafio é retomar a liderança, perdida no ano passado para a Volkswagen Caminhões e Ônibus. “Costumo dizer que quem define a liderança é o cliente. No ano passado foi diferente: perdemos a primeira posição porque não tivemos como atender a todos os pedidos”, argumentou Roberto Leoncini, vice-presidente de vendas e marketing de caminhões e ônibus da Mercedes-Benz. “Foi um ano desafiador, com as dificuldades de abastecimento. Os desafios continuarão em 2022 na questão dos semicondutores e na preparação para a entrada do Euro 6. E estamos prontos, fazendo a nossa parte.”
Seguindo a Anfavea a companhia projeta mercado de 140 mil caminhões este ano, 8,8% acima do resultado de 2021, e de 17 mil ônibus, crescimento de 20%, disse Leoncini: “Tudo dependerá dos semicondutores”.
Foto: Divulgação/Mercedes-Benz
Quanto à saúde financeira dos negócios locais, os executivos preferiram não entrar em pormenores, pois o balanço global ainda não foi divulgado. Radström adiantou, porém, que existem progressos e também desafios: “Damos um passo de cada vez. Nada está finalizado, mas tenho confiança no grupo de que chegaremos lá”.