Saíram das linhas instaladas no país mais de 2,3 milhões de unidades, o melhor resultado dos últimos dois anos
As montadoras produziram 5,5% mais veículos em 2022, na comparação com o volume que saiu das suas linhas em 2021. Segundo balanço da Anfavea divulgado na sexta-feira, 6, foram produzidas 2,3 milhões de unidades até dezembro, o maior volume desde 2020.
De acordo com Márcio de Lima Leite, presidente da associação, a produção do ano foi suficiente para atender ao mercado interno, ao externo e aos estoques, que foram esvaziados ao longo dos últimos anos. Isso mesmo com a falta de componentes que parou as linhas da maioria das montadoras no ano passado.
“Não há mais tanta espera por veículos na distribuição como antes, o período diminuiu porque a indústria conseguiu manter um ritmo razoável no segundo semestre. Em dezembro, muitas delas não tiveram férias coletivas porque chegaram lotes de semicondutores”, disse Leite.
Apenas em dezembro, aponta o balanço, a produção de veículos no Brasil somou 191,5 mil unidades, 11,3% a menos do que em novembro. O número representa ainda 10% a menos do que em dezembro de 2021, quando ocorreu o mesmo tipo de expediente pela chegada de chips ao país.
No acumulado do ano, a produção total de veículos leves, entre automóveis e comerciais leves, cresceu 5% ante 2021, totalizando 2,1 milhões de veículos. Deste total, 1,8 milhão corresponde aos automóveis (alta de 7% sobre 2021) e 352,5 mil unidades tratam de modelos comerciais leves (queda de 3%).
Produção de caminhões cresceu em 2022
Já a produção de caminhões até dezembro somou 162 mil unidades, alta de 2% sobre o volume produzido pelas montadoras no janeiro-dezembro de 2021. O maior volume foi o de modelos pesados: 80,7 mil unidades, um resultado que representou alta de 2,5% sobre a mesma base de comparação.
A produção de chassis de ônibus, por sua vez, encerrou o ano em alta de 67%, totalizando 31,6 mil unidades. Ainda na área produtiva, o quadro de funcionários das montadoras encerrou 2022 formado por 102,4 mil trabalhadores. Em dezembro do ano passado, o quadro era composto por 101 mil funcionários.