Na última terça-feira (12), foi divulgado o resultado do processo de apuração das eleições do maior sindicato empresarial de transporte da América Latina para o próximo triênio: Marcelo Rodrigues foi eleito para a presidência do SETCESP e assumirá em 1º de janeiro de 2025.
Marcelo é natural de São Paulo, capital, proprietário da MR Express, atual vice-presidente do SETCESP e membro do Conselho Fiscal da FETCESP, além de diretor do Instituto FETCESP desde 2021. Também entre os anos de 2020 a 2023, foi diretor financeiro da NTC&Logística.
A eleição foi realizada na sede do SETCESP, onde vários empresários fizeram questão de depositar seus votos em um pleito de chapa única, demonstrando a união do setor para desenvolver ações em busca de novos avanços.
Na saída da sala de votação, o atual presidente do sindicato, Adriano Depentor, afirmou que essa será uma transição tranquila, já que Marcelo acompanha há anos as demandas do transporte RODOVIáRIO de cargas.
“Ele já é o nosso vice-presidente, conhece os nossos desafios para diminuir as dores do setor e tem trabalhado por isso. O Marcelo é uma pessoa com bastante experiência que possui um bom relacionamento com o poder público e os transportadores no geral”, afirmou Adriano.
Após saber o resultado, Marcelo disse que em sua gestão planeja focar em resultados de maneira pragmática, priorizando aquilo que é mais urgente para o transportador.
“Os maiores desafios dessa pujante entidade são na interlocução com os entes públicos, acredito que estabelecer um canal aberto com os órgãos governamentais trará a solução para problemas de simples entendimento. Para aquelas demandas de alta complexidade, trabalharemos com técnica e conhecimento de causa”, declarou o presidente eleito.
EsalqLog comparou uso dos modais no país entre 2010 e 2023
Apesar do avanço na infraestrutura do Brasil na última década, os desafios de logística persistem, principalmente para o escoamento de grãos por longas distâncias. A boa notícia é que a participação do modal RODOVIáRIO caiu para o transporte interno de soja e milho. A má notícia é que aumentou a dependência dos caminhões nas rotas para exportação desses grãos.
Um estudo realizado pelo Grupo de Extensão em Logística da Escola Superior de Agricultura Luíz de Queiroz (EsalqLog/USP) mostra que, entre 2010 e 2023, a participação do modal rodoviário para transporte de milho (doméstico e exportações) caiu 8 pontos percentuais, de 84% para 76% do total. Ao mesmo tempo, o transporte ferroviário para o cereal cresceu de 15% para 17%, e o hidroviário passou de 1% para 8% do total.
Mas, quando se considera apenas as rotas que levam o milho aos portos para exportação, o transporte rodoviário ganhou participação, subindo de 20% em 2010 para 45% em 2023. Enquanto isso, as barcaças tomaram terreno das ferrovias, ao passarem de 3% para 16% do total.
No caso da soja, a participação do transporte rodoviário diminuiu de 75% para 69% levando em conta todas as rotas, tanto doméstico quanto para exportação; a ferrovia aumentou 2 pontos percentuais, para 22%, e as barcaças, 4 pontos para 9% do total.
“Basicamente todos os investimentos em infraestrutura feitos entre 2010 e 2023 não deram conta de atender as exportações, que aumentaram 250% no caso da soja e 416% para o milho”, afirma Thiago Péra, coordenador do Grupo de Extensão em Logística da Escola Superior de Agricultura Luíz de Queiroz (EsalqLog/USP). A produção de soja no período analisado cresceu 125%, e a de milho, 135%.
O estudo mostrou também que, no caso da soja — assim como ocorreu com o milho —, as barcaças “roubaram” terreno das ferrovias e não das rodovias nas exportações. O uso do modal fluvial aumentou de 8% para 12%; os embarques de caminhão aumentaram 9 pontos percentuais, para 12%, enquanto o uso de ferrovias caiu de 47% em 2010 para 34% em 2023.
O diretor de Logística na operação sul-americana da ADM, Vitor Vinuesa, afirma que a maior mudança na década para o transporte de grãos foi o uso de barcaças para os portos do Arco Norte. Mas muitas variáveis fazem o Brasil continuar refém dos caminhões.
“Nos últimos dois anos, por exemplo, os rios com direção aos portos do Norte estão mais secos que o normal, o que reduziu a volumetria que enviamos para lá. Nesse caso, são rotas que não podem ser feitas por rodovia e, então, temos que pensar em outras alternativas para levar o produto ao exterior, em rotas mais distantes e que precisam de caminhão”, observa o executivo.
Ao mesmo tempo, afirma ele, alguns investimentos foram feitos em terminais de grãos em Paranaguá (PR) e Rio Grande (RS), cujos recebimentos são feitos apenas por caminhões, e isso intensificou o uso desse modal para os portos do Sul.
O estudo da EsalqLog comprova isso ao indicar que a participação do caminhão para entrada de grãos em Paranaguá subiu de 76% para 78%; em Rio Grande, de 57%, em 2010, para 90% no ano passado.
Além de demorar mais, o transporte por rodovias encarece o produto final. Segundo Vinuesa, é difícil fazer uma conta simples da elevação dos custos porque não há modais em paralelo para se comparar. “Os caminhões não fazem os mesmos caminhos das hidrovias, a distância é outra, o volume é outro, então não é comparável. Mas, em teoria, o uso da ferrovia pode reduzir os custos com frete em 30%, enquanto as hidrovias o fazem em cerca de 50%”.
Ele acrescenta que o custo de frete não é o mesmo para todo grão transportado no país. Novamente, depende da rota. A dificuldade do transporte no Brasil faz a ADM ter uma equipe só para cuidar do assunto, com especialistas em cada modal.
Segundo a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), aproximadamente 25% do custo total para o transporte de soja para a China refere-se ao frete. Desse total, 19% seriam referentes ao modal rodoviário; o restante corresponde ao frete marítimo até a China.
“Faltou ao Brasil construir ferrovias, e esse é ainda o gargalo principal da logística no país e o que nos torna menos competitivos que os EUA”, resume Sérgio Mendes, diretor-executivo da Anec.
Neste momento, o país tem seis projetos qualificados, entre novas outorgas e prorrogações antecipadas de ferrovias, no montante de R$ 63 bilhões, para estender as linhas em 20 mil quilômetros. Entre os principais para o agronegócio, está a Ferrogrão, que ligará Sinop (MT) ao porto fluvial de Miritituba, no município de Itaituba (PA).
O presidente da Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística), Eduardo Rebuzzi, participou ontem (12) de uma audiência pública na Câmara dos Deputados, promovida pela Comissão de Viação e Transportes, para discutir a “Segurança pública nas rodovias e o aumento do roubo de cargas”. Representando também a Confederação Nacional do Transporte (CNT), Rebuzzi reforçou o papel de liderança da NTC&Logística e da CNT em debates fundamentais para o setor de transporte de cargas.
Ao se pronunciar, o presidente Rebuzzi expôs o panorama de números alarmantes de roubos de cargas e os impactos provocados por esse tipo de crime. Registrou que, para enfrentar esse problema, o setor tem se empenhado muito, de forma preventiva, na proteção ao motorista e à carga transportada, investindo fortemente em tecnologias e estratégias de segurança – como sistemas de rastreamento, gerenciamento de risco, escolta e outras –, que hoje representam 14% da receita bruta das empresas. Além disso, conta com a atuação das Polícias Militares dos estados, a Polícia Rodoviária Federal e a Polícia Civil, que procura investigar esses crimes. Todo esse empenho, porém, não tem sido suficiente para conter o avanço desse criminalidade.
Rebuzzi acrescentou que, para resultados de fato efetivos, é necessária uma atuação rigorosa do Legislativo e do Judiciário. Enfatizou que os receptadores de carga roubada são os principais motores da continuidade desses crimes e sugeriu a implementação de medidas rigorosas, como a criminalização dos receptadores, o agravamento de penalidades e a suspensão do CNPJ das empresas envolvidas com a receptação de cargas roubadas. A atuação rigorosa da Justiça tem que alcançar tanto os criminosos que agem nas ruas como os receptadores. É inaceitável, disse Rebuzzi, que nas audiências de custódia os criminosos sejam liberados praticamente em seguida ao assalto aos veículos de carga. Sem a aplicação vigorosa da lei, os esforços preventivos e os investimentos realizados pelo setor de transporte restam insuficientes para impedir essa alarmante prática criminal, que gera prejuízos financeiros, riscos para os profissionais e insegurança para a sociedade.
A audiência foi convocada pelo deputado Zé Trovão, autor do requerimento, e incluiu dados alarmantes que reforçam a urgência da questão. De acordo com a Pesquisa Realidade do Transportador Autônomo de Cargas 2024, realizada pela Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA), 46% dos caminhoneiros autônomos no Brasil já foram vítimas de roubo de cargas e relatam uma sensação constante de insegurança nas rodovias. Estatísticas da Polícia Rodoviária Federal (PRF) mostram que, somente no Rio de Janeiro, a média de roubos de carga atingiu 11 ocorrências por dia em agosto, mais do que o dobro do mesmo período no ano anterior.
Além de Eduardo Rebuzzi, a audiência contou com a participação de Francisco Rodrigues de Oliveira Neto, coordenador de Áreas Especializadas de Combate ao Crime da PRF, representando o Ministério da Justiça e Segurança Pública; major PM Vagner Pedron, chefe da Divisão Operacional do Comando de Policiamento RODOVIáRIO da PMESP; Diumar Bueno, presidente da CNTA, acompanhado de Alan Medeiros, assessor institucional da presidência; Jaime Ferreira dos Santos, representante da Federação Interestadual dos Cegonheiros (FEICEG); Autair Iuga, presidente do Sindicato das Empresas de Escolta do Estado de São Paulo (SEMEESP); Paulo Guimarães, CEO do Observatório Nacional de Segurança Viária, e Júlio Cezar dos Reis, presidente do Instituto Carga Segura.
Durante a audiência, foram discutidas as ações em andamento, como o reforço da fiscalização em áreas críticas e o aumento das operações de segurança, além de novas propostas, como parcerias público-privadas e o uso de tecnologias de monitoramento. O evento buscou integrar as demandas do setor com as estratégias das autoridades para aumentar a segurança de caminhoneiros e transportadoras, reduzindo os prejuízos causados pela criminalidade.
A NTC&Logística ratificou o compromisso de longo prazo com o combate ao roubo de cargas nas estradas brasileiras e nas vias urbanas, defendendo um enfrentamento integrado e contínuo a esses crimes, que afetam diretamente o setor e a economia do país. Rebuzzi destacou que a entidade tem se empenhado em manter as autoridades informadas sobre os desafios enfrentados pelo setor, promovendo eventos como o 1o Encontro Nacional de Segurança no TRC, que contou com a presença do secretário Nacional de Segurança Pública, Mário Sarrubbo.
“A segurança nas estradas e vias urbanas é uma prioridade para nós. Estamos sempre buscando sensibilizar o poder público sobre a realidade enfrentada pelo setor. Esse compromisso reflete a missão da NTC&Logística e da CNT no sentido de promover um ambiente seguro e sustentável para o transporte rodoviário de cargas”, afirmou o presidente Eduardo Rebuzzi. Ele ressaltou, ainda, a preocupação do setor quanto ao impacto da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 635, conhecida como “ADPF das Favelas”, que será julgada hoje pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Essa medida tem limitado a atuação das forças policiais em comunidades do Rio de Janeiro.
Acontece hoje, 13 de novembro, o “Encontro Nacional de Direito do Trabalho no TRC”, promovido pela NTC&Logística em sua subsede, em São Paulo. Organizado pela Câmara Técnica de Assuntos Trabalhistas Sindicais e de Negociações Coletivas (CATSIND / NTC), o evento reúne uma lista de especialistas renomados, juristas, advogados, empresários e representantes de entidades do setor de Transporte RODOVIáRIO de Cargas para discutir temas cruciais que afetam as relações trabalhistas.
A NTC&Logística reafirma o compromisso de apoiar as empresas associadas, ajudando-as a se prepararem para os desafios trazidos por novas regulamentações e decisões judiciais, com foco em uma abordagem colaborativa e informativa.
A abertura do evento será conduzida pelo presidente da NTC&Logística, Eduardo Ferreira Rebuzzi, que estará ao lado de Valdir Souza Pestana, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes Terrestres (CNTTT), reforçando a importância da união entre entidades, empresários e especialistas jurídicos para fortalecer o setor.
No primeiro painel, que abordará a terceirização de mão de obra e a pejotização, participarão o ministro Alexandre Luiz Ramos, do Tribunal Superior do Trabalho, como palestrante; Edson Bueno de Souza, assessor jurídico do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas no Estado do Mato Grosso (SINDMAT), e Ana Carolina Ferreira Jarrouge, presidente executiva do Sindicato das Empresas de Transportes de Carga de São Paulo e Região (SETCESP), como debatedores. Este painel será presidido pelo próprio Eduardo Rebuzzi, que trará sua visão sobre a importância de regulamentações claras e da segurança jurídica para as empresas de transporte de cargas.
No segundo painel, dedicado à análise da jornada de trabalho dos motoristas após a recente decisão do Supremo Tribunal Federal na ADI 5322, o debate contará com o ministro Guilherme Augusto Caputo Bastos, do Tribunal Superior do Trabalho, e o desembargador Celso Ricardo Peel Furtado de Oliveira, do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região, que compartilharão suas percepções sobre o impacto da decisão para o setor. Os debatedores Narciso Figueirôa Junior, assessor jurídico da NTC&Logística e coordenador da CATSIND, e Adilson Boaretto, assessor jurídico da Federação dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários no Estado de São Paulo (FTTRESP), também enriquecerão a discussão ao lado dos demais participantes, oferecendo uma análise detalhada e prática das implicações para as empresas e trabalhadores.
Sobre a relevância do evento, o presidente da NTC&Logística, Eduardo Rebuzzi, afirma: “O momento é importante para o TRC, dada a conclusão do julgamento, no STF, dos embargos de declaração na ADI 5322. O diálogo entre o setor jurídico, empresários e entidades é essencial para encontrarmos soluções para as mudanças trazidas na Lei do Motorista, em razão da decisão do STF, e analisarmos como a negociação coletiva pode ajudar nesse sentido. O ‘Encontro Nacional de Direito do Trabalho no TRC’ será uma oportunidade de fortalecer essa conexão em busca de respostas para as necessidades do setor”.
O transporte de produtos perigosos, especialmente por vias rodoviárias, envolve grandes desafios e riscos para todos os atores envolvidos nas cadeias logísticas e não apenas para os transportadores.
Apesar do senso comum acreditar que apenas as transportadoras são chamadas a responder civil, administrativa e penalmente, a realidade jurídica vai muito além.
A legislação ambiental brasileira impõe rigoroso sistema de responsabilização para aqueles que, direta ou indiretamente, participam de atividades causadoras de danos ao meio ambiente. Nesse contexto, as Leis 6.938/1981 (POLíTICA Nacional de Meio Ambiente) e 9.605/98 (Crimes Ambientais) são fundamentais na definição das obrigações e dos riscos enfrentados pelas empresas envolvidas.
Além do próprio transportador, expedidores e contratantes possuem papéis centrais no processo de transporte de produtos perigosos. Suas responsabilidades vão além da contratação do transporte ou da entrega do produto em condições adequadas, estendendo-se à garantia de que o transporte seja realizado em conformidade com as normas ambientais, de segurança e de proteção à saúde pública.
O ponto crucial está na responsabilização solidária após ocorrência de acidente com danos ambientais. Desde 1981, o Brasil adota o sistema de responsabilidade objetiva, o que significa que a obrigação de reparar os danos ambientais surge independentemente da existência de culpa (dolo, imprudência ou imperícia), recaindo sobre todas as pessoas que participaram ou contribuíram para o acidente. Na prática, a obrigação de reparar o dano surge ainda que o transportador não tenha culpa.
Não é demais falar que, na qualidade de poluidores indiretos, tanto embarcador quanto o contratante do transporte, na qualidade, especialmente de produtos perigosos, podem ser responsabilizados pelos danos causados, desde que haja um nexo causal entre suas atividades e o dano. Além disso, a responsabilidade é solidária: qualquer envolvido pode ser chamado a responder pela reparação integral do dano, que visa garantir a proteção do meio ambiente de forma mais eficiente.
A lógica por trás da responsabilidade objetiva e solidária está justamente na necessidade de incentivar as empresas a adotarem todas as medidas preventivas necessárias, minimizando os riscos de acidentes e seus impactos.
Além da responsabilidade civil, o expedidor e o contratante de serviço de transporte possuem deveres e podem ser responsabilizados até mesmo penalmente, especialmente em caso de violação às regras previstas na Resolução da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) 5.998/2022.
Entre essas obrigações, destaca-se a necessidade de contratantes garantirem que transportadoras contratadas estejam devidamente equipadas para lidar com emergências. As transportadoras devem possuir o Plano de Atendimento a Emergências (PAE), além de fornecer, quando necessário, os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) exigidos para que os transportadores possam atuar em situações emergenciais.
De acordo com a Resolução, cabe a contratantes e expedidores certificarem-se de que os veículos estejam preparados para enfrentar eventuais situações de risco. Essa medida preventiva, se negligenciada, pode aumentar substancialmente a responsabilidade do contratante em caso de acidente ambiental, uma vez que a ausência de tais equipamentos pode agravar os danos causados ou dificultar a mitigação do acidente.
Outros pontos críticos são a obrigação de fornecer os elementos de identificação para sinalização dos veículos e equipamentos utilizados no transporte de produtos perigosos, bem como garantir que o veículo esteja devidamente sinalizado, indicando de forma clara e precisa a natureza dos produtos transportados.
A falta de sinalização adequada não apenas aumenta o risco de acidentes, como também compromete as operações de socorro e contenção em caso de emergência, expondo o expedidor não apenas a sanções administrativas, mas também à responsabilização civil e penal.
A falha no cumprimento dessas e tantas outras obrigações impostas pela ANTT pode resultar em vultosas multas e outras penalidades administrativas previstas pela Resolução 5.998/2022, que, a médio e longo prazo, corrompem as margens das empresas.
No campo da responsabilidade penal, o cenário é também desafiador. A Lei dos Crimes Ambientais (Lei no 9.605/1998) prevê a possibilidade de responsabilização criminal tanto de pessoas físicas quanto de pessoas jurídicas por danos ao meio ambiente.
Comumente, os acidentes no transporte de produtos perigosos levam expedidores, contratantes e seus representantes legais a responder criminalmente por acidentes ambientais, o que é agravado em caso de negligência, imprudência ou imperícia na condução da atividade.
Mesmo que não haja dolo, ou seja, intenção de causar o dano, a responsabilidade penal recai sobre as empresas em casos de acidentes, levando à aplicação de penas que variam desde multas criminais até a restrição de direitos, como a proibição de contratar com o poder público ou a suspensão das atividades.
Diante desse quadro, torna-se evidente a importância da escolha criteriosa das transportadoras que realizarão o transporte de produtos perigosos. O estabelecimento de critérios rígidos para a contratação que considerem a segurança operacional das transportadoras, sua capacidade técnica e financeira para atendimento a emergências, a qualidade de sua mão de obra e de sua frota, além, é claro, do licenciamento ambiental, é principal estratégia para mitigar os riscos de acidentes e as eventuais responsabilizações.
Reforçamos: expedidor e contratante devem assegurar que a transportadora esteja em conformidade com todas as normas da ANTT, que seus veículos e equipamentos estejam adequados e que os condutores possuam o treinamento necessário para lidar com cargas perigosas.
Terceirizar o transporte sem observar a segurança da operação, contratar frete de empresa desqualificada com base no preço ou apenas exigir uma licença ambiental são os caminhos mais rápidos para contratantes e expedidores conhecerem os dissabores dos processos penais.
Toda cadeia de transporte deve atuar de forma diligente e preventiva, adotando as melhores práticas de segurança, sob pena de comprometer a viabilidade econômica das empresas e sua reputação no mercado.
Na era do ESG, grandes contratantes e embarcadores não podem implementar uma gestão nas áreas social e de governança que desconsidere os riscos aportados pelo transporte de seus produtos para toda a sociedade.
Mais que uma obrigação legal: a gestão ESG não pode ser feita apenas com foco nas atividades internas da empresa ou ficar confinada aos limites do muro das unidades industriais. É importante assumir sua responsabilidade pelos inúmeros transtornos trazidos à sociedade, frutos de um transporte mal contratado e gerido.
O transporte de cargas de produtos perigosos é uma das faces mais visíveis e sensíveis das operações industriais e comerciais, e negligenciá-lo, confiando o transporte a empresas sem capacidade técnica e financeira para executá-lo de forma segura e dentro dos contornos da legislação, é uma prática facilmente identificável como greenwashing, que tende a ser combatida pelos órgãos fiscalizadores e desprezada pela sociedade.
Representantes legais e gestores são também pessoalmente responsabilizados e correm o risco de se verem réus em ações penais, especialmente por crimes ambientais, em caso de acidentes decorrentes de decisões mal pensadas e falhas de planejamento da logística.
Não entender que a estruturação de uma operação logística segura, legalizada e responsável é elemento essencial do core das empresas é colocar em risco a imagem reputacional, o modelo de gestão e a sustentabilidade a médio e longo prazo de seu negócio.
Mais de 125 mil implementos rodoviários já foram vendidos em todo o Brasil neste ano; números devem crescer ainda mais com a realização da Fenatran
A indústria brasileira de implementos rodoviários encerrou o décimo mês do ano registrando crescimento em todos os comparativos. A informação é confirmada pelo balanço oficial da Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários (ANFIR).
De acordo com os os números oficiais da entidade, de janeiro a outubro de 2024, 133.376 implementos rodoviários foram comercializados em todo o Brasil, de janeiro a outubro de 2024, crescimento de 6,63% em relação ao mesmo período do ano passado, quando 125.087 implementos foram entregues.
Considerando cada segmento separadamente, até o final de outubro de 2024, 75.117 reboques e semirreboques foram negociados em todo o Brasil, alta de 0,40% em relação ao mesmo período do ano passado, quando 74.821 exemplares foram negociados. Já no segmento de carrocerias sobre chassi, 58.259 unidades foram vendidas nos dez meses deste ano, alta de 15,90% em relação ao mesmo período de 2023, quando a indústria entregou 50.266 exemplares.
Para o restante do ano, as expectativas da entidade são de ainda mais crescimento, especialmente com a realização da 24ª edição da Fenatran, a maior Feira de transporte RODOVIáRIO de cargas e logística da América Latina, que neste ano contou com a participação de 58 empresas associadas à ANFIR.
Em painel do Sistema Transporte, participantes pediram colaboração entre setor privado, governo e instituições financeiras para fortalecimento das ações sustentáveis
No primeiro dia da COP29 (Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2024), Vander Costa, presidente do Sistema Transporte (CNT, SEST SENAT e ITL), protagonizou a discussão do painel “Nova infraestrutura verde e adaptação: enfrentamento de grandes riscos no setor de transportes”. O debate foi no estande do Consórcio Amazônia Legal, na Blue Zone, e contou com a presença de autoridades, gestores públicos e especialistas em transporte e sustentabilidade.
No painel moderado pelo diretor executivo nacional interino do SEST SENAT, Vinicius Ladeira, os debatedores falaram sobre o caso brasileiro na transição para uma infraestrutura verde e a respeito da adaptação necessária dos sistemas de transporte frente aos riscos climáticos.
Os participantes compartilharam suas visões sobre como reduzir os impactos ambientais do setor, ressaltando a importância da colaboração entre o governo, o setor privado e instituições financeiras na construção de um transporte mais sustentável e resiliente.
Para o presidente Vander Costa, a discussão sobre infraestrutura no país é fundamental para o futuro do setor. Ele defendeu que o transporte brasileiro seja feito com menor emissão de gases de efeito estufa, usando combustíveis mais limpos e sustentáveis.
“Não adianta ter ônibus elétricos que, à noite, precisam ser abastecidos em geradores poluentes. Isso não é o ideal. O Brasil tem um grande potencial de geração de energia renovável tanto eólica quanto solar, além da energia hídrica, mas precisamos garantir a transmissão até os pontos de consumo”, defendeu.
Transição energética
Cloves Eduardo Benevides, subsecretário de Sustentabilidade do Ministério dos Transportes, enfatizou a importância do poder público em estimular essa discussão. “Nós estamos fazendo um debate global, e a CNT (Confederação Nacional do Transporte) tem o papel de conduzir o debate de um país tão importante como o Brasil, que é vanguarda na pauta climática mundial. O Ministério é indutor da POLíTICA pública e é aquele que discute com a CNT, com outras instituições representativas e com a sociedade em geral quais os caminhos e as políticas públicas que precisam ser estruturadas”, ressaltou o secretário.
Dyogo Oliveira, presidente da CNseg (Confederação Nacional das Seguradoras), ressaltou a importância de se criar uma cultura do seguro na infraestrutura brasileira e relembrou a catástrofe climática ocorrida no sul do Brasil. “O grande desafio do setor de transporte é a criação de um programa de gestão de riscos”, ressaltou.
Já Pedro Iootty, assessor sênior da Diretoria Socioambiental do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), lembrou que o Brasil tem uma posição de destaque nessa discussão no mundo. “A CNT tem trabalhado, em conjunto com o BNDES, nessas discussões e em estudos. Trazer essa discussão para a COP só amplia a importância do Brasil e do Sistema Transporte nessa transição energética global”.
O BNDES já investiu mais de um R$ 1 trilhão em projetos de financiamento de infraestrutura e energia no país, desde 2000. Em julho, representantes do banco participaram do 8º Fórum CNT de Debates, sobre mobilidade urbana sustentável, que discutiu acerca de soluções na linha dos debates protagonizados na COP, em prol de um transporte mais limpo e eficaz.
Para Daniel Bertolini, diretor da empresa Transportes Bertolini, que atua na Região Amazônica, o que está em pauta é a questão da escassez hídrica na Região Norte. O empresário entende que este é o momento de refletir sobre as ações possíveis para mitigar o problema. “Há a necessidade de desenvolver produtos que garantam segurança em momentos de escassez. Já existem linhas de financiamento que subsidiam e oferecem recursos para que mais empresas privadas possam desenvolver programas ambientais voltados à mitigação da emissão de poluentes no ambiente em que atuam”, pediu Daniel Bertolini.
Agenda dos próximos dias
Nessa quarta-feira (13), Vander Costa apresentará o documento “Posicionamento do Setor Brasileiro de Transporte e Logística para a 29ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas”. Esse documento reforça o compromisso do setor de transporte com avanços essenciais para a redução das emissões de gases de efeito estufa, que aceleram o aquecimento global e as mudanças climáticas.
“Tivemos enchente no Rio Grande do Sul no começo do ano e, agora, estamos enfrentando uma seca no Norte do país. Então, quem é negacionista não precisa olhar para a frente; basta observar o que já aconteceu no Brasil”, concluiu Vander Costa.
No mesmo dia, o presidente deve assinar um memorando de entendimento com o Consórcio Amazônia Legal para fortalecer o diálogo e as ações de cooperação entre o transporte e as autoridades de estados da região amazônica. O objetivo é a realização de uma série de atividades em diversos estados, com enfoque no desenvolvimento sustentável do setor, já com vistas à realização da COP30, em Belém/PA, no ano que vem.
O presidente da NTC&Logística, Eduardo Rebuzzi, reuniu-se ontem (11), no Rio de Janeiro, com Martin Rojas, Assessor Sênior para as Américas da IRU – União Internacional de Transporte RODOVIáRIO, e Lucas Lagier, Gerente Sênior de TIR (Transportes Internacionais Rodoviários) e Trânsito da mesma entidade. A reunião, seguida de um almoço, abordou temas estratégicos e convergentes para a NTC&Logística e a IRU, como a valorização da cadeia produtiva do transporte, o impacto do custo dos equipamentos, incluindo caminhões e implementos, e dados econômicos que influenciam o setor de transporte de cargas e logística globalmente, como combustíveis, adição de biodiesel, infraestrutura logística, falta de motoristas, meio ambiente, entre outros.
Durante o encontro, os representantes da IRU destacaram a importância do Convênio TIR, um sistema de trânsito internacional baseado em uma Convenção da ONU e implementado globalmente por meio de uma parceria público-privada. Em discussão no Brasil, o TIR visa agilizar e facilitar o transporte internacional rodoviário, permitindo que cargas atravessem fronteiras sem controles adicionais, tornando o transporte mais eficiente, ágil e seguro. A NTC&Logística tem atuado junto ao Governo Federal para viabilizar a implementação deste sistema no Brasil, visando simplificar o trânsito de mercadorias e promover a integração comercial.
Outro ponto discutido foi a criação de uma comissão conjunta voltada para dados e informações sobre o desenvolvimento do setor em outros países, fortalecendo a troca de experiências e conhecimento para uma atuação mais eficaz e abrangente em temas de interesse comum.
O presidente Eduardo Rebuzzi avaliou a reunião de forma extremamente positiva, destacando: “Esse encontro reforça a importância da parceria de décadas que mantemos com a IRU. Desde 1973, temos colaborado em pautas fundamentais, e essa proximidade nos permite fortalecer o intercâmbio de experiências que beneficiam o transporte de cargas brasileiro. A IRU traz uma visão global, que pode somar ainda mais no que se refere ao desenvolvimento do setor, e estamos comprometidos em aproveitar essas oportunidades de troca e crescimento conjunto”.
Sobre a IRU
Fundada há 70 anos em Genebra, a IRU (União Internacional de Transporte Rodoviário) é uma instituição-chave na história do transporte mundial, com o objetivo de facilitar o comércio, o transporte internacional rodoviário, a mobilidade de passageiros e o desenvolvimento sustentável em mais de 100 países. Representando o Brasil na IRU, a NTC&Logística se alia a essa trajetória para promover um setor mais seguro, eficiente e verde. A IRU mantém parcerias com a ONU, a União Europeia e instituições da Eurásia, assegurando uma perspectiva global para impulsionar o progresso no setor de transporte rodoviário.
A NTC&Logística, por meio da Câmara Técnica de Assuntos Trabalhistas Sindicais e de Negociações Coletivas (CATSIND / NTC), convida empresários, gestores e especialistas do setor para o “Encontro Nacional de Direito do Trabalho no TRC”, que acontecerá no dia 13 de novembro de 2024, a partir das 9 horas, na subsede da NTC&Logística, em São Paulo.
O evento contará com a presença de renomados juristas, advogados e profissionais da área de Recursos Humanos, além de empresários e representantes de entidades, para discutir desafios e inovações nas relações de trabalho, no âmbito do Transporte RODOVIáRIO de Cargas. Temas relevantes para o setor serão abordados, como jornada de trabalho do motorista – após o julgamento da ADI 5322 –, a pejotização e a terceirização de mão de obra.
Sobre a pertinência do evento, o presidente da NTC&Logística, Eduardo Rebuzzi, enfatiza: “O momento é importante para o TRC, dada a conclusão do julgamento, no STF, dos embargos de declaração na ADI 5322. O diálogo entre o setor jurídico, empresários e entidades é essencial para encontrarmos soluções para as mudanças trazidas na Lei do Motorista, em razão da decisão do STF, e analisarmos como a negociação coletiva pode ajudar nesse sentido. O “Encontro Nacional de Direito do Trabalho no TRC” será uma oportunidade de fortalecer essa conexão em busca de respostas para as necessidades do setor”.
Dr. Narciso Figueirôa Junior, assessor jurídico e coordenador da CATSIND / NTC, destaca: “O ‘Encontro Nacional de Direito do Trabalho no TRC’ trará discussões estratégicas sobre como poderemos, por meio das negociações coletivas, trazer maior segurança e flexibilidade nas relações de trabalho, respeitando os direitos dos trabalhadores e promovendo um ambiente mais eficiente para as empresas de transporte de cargas no Brasil, além de tratar de dois temas atuais e relevantes para o setor: a terceirização de mão-de-obra e as alterações na Lei 13.103/15”.
As vagas são limitadas. Não perca a chance de participar desse importante evento sobre as relações trabalhistas no Transporte Rodoviário de Cargas. Sua presença fará a diferença!
Empresas associadas terão direito a uma inscrição gratuita e, para demais inscrições, será cobrada uma taxa de R$ 150,00. Para não associadas, a taxa será de R$ 300,00 por pessoa.
Confira a programação do evento.
9h – 9h30
Solenidade de Abertura
Mesa de Abertura
Eduardo Ferreira Rebuzzi
Presidente da NTC&Logística – Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística
Valdir Souza Pestana – Presidente da CNTTT – Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes Terrestres
9h30 – 11 horas
1º Painel
Tema: Terceirização de mão de obra e Pejotização
Presidente da Mesa: Eduardo Ferreira Rebuzzi – Presidente da NTC&Logística
Palestrante: Ministro Alexandre Luiz Ramos – Tribunal Superior do Trabalho
Debatedor: Edson Bueno de Souza – Assessor Jurídico do SINDMAT – Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas no Estado do Mato Grosso
Debatedora: Ana Carolina Ferreira Jarrouge – Presidente Executiva do SETCESP – Sindicato das Empresas de Transportes de Carga de São Paulo e Região
11h – 12h30
2º Painel
Tema: A Jornada de Trabalho do Motorista após a ADI 5322
Presidente da Mesa: Eduardo Ferreira Rebuzzi – Presidente da NTC&Logística
Palestrante: Ministro Guilherme Augusto Caputo Bastos – Tribunal Superior do Trabalho
Palestrante: Desembargador Celso Ricardo Peel Furtado de Oliveira – Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região
Debatedor: Narciso Figueirôa Junior – Assessor Jurídico da NTC&Logística
Debatedor: Adilson Boaretto – Assessor Jurídico da FTTRESP – Federação dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários no Estado de São Paulo
No dia 21 de novembro de 2024, o SINDIPESA – Sindicato Nacional das Empresas de Içamento e Movimentação de Cargas promoverá o 4° Workshop SINDIPESA – Segurança nas Operações de Içamento de Cargas, um evento essencial para o setor, que conta com o apoio da Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística). Programado para começar às 9 horas, o workshop reunirá profissionais e especialistas renomados para discutir as práticas e tecnologias mais seguras e eficientes na movimentação de cargas, com foco na proteção dos trabalhadores e na excelência operacional.
O evento terá como destaque palestras de fabricantes de equipamentos e cabos, como Beakaert, Liebherr, Sany e Tadano, além do engenheiro de segurança Gustavo Cassiolato, da Rigging Brasil. Os participantes terão acesso a um conhecimento aprofundado sobre os avanços em equipamentos e práticas de segurança, com uma troca de experiências que visa enriquecer as práticas no setor.
O Presidente do SINDIPESA, Julio Eduardo Simões, destaca a importância do evento: “Nossa missão é promover uma cultura de segurança e excelência nas operações de içamento, que são essenciais para o desenvolvimento do setor. Este workshop é uma ocasião única para aprofundar conhecimentos, trocar experiências e, sobretudo, reforçar o compromisso com práticas seguras, com o apoio imprescindível da NTC&Logística”.
Ao final das apresentações, haverá sorteios de brindes, cursos e miniaturas para os participantes, ampliando as oportunidades de desenvolvimento e conexão. Aqueles que não puderem estar presentes terão a opção de acompanhar a transmissão ao vivo pelo canal do SINDIPESA no YouTube.
Já foram realizadas três audiências públicas de 11 previstas no plano de trabalho da CCJ, apresentado pelo relator, senador Eduardo Braga (MDB-AM), para analisar o PLP 68/2024
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado deve se dedicar ao debate sobre a regulamentação da reforma tributária nesta semana. Serão quatro audiências públicas para a análise do projeto que regulamenta os novos tributos (PLP 68/2024), previstos na Emenda Constitucional 132. Em foco, nos debates, estarão os efeitos do projeto em diversos setores da economia.
Na terça-feira (12), haverá duas audiências públicas. Às 10 horas, a CCJ debaterá os efeitos da reforma tributária na saúde. O projeto, que será votado na CCJ antes de seguir para o plenário, prevê que medicamentos e alguns dispositivos médicos e para pessoas com deficiência terão uma incidência menor dos novos tributos – a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) e o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS). O mesmo ocorrerá com serviços de saúde e planos de saúde.
Para debater a repercussão das novas regras na saúde, a CCJ ouvirá pelo menos oito convidados. Entre eles está o CEO da Associação Brasileira de Farmácias e Drogaria (Abrafarma), Sergio Mena Barreto, e o presidente da Associação Nacional de Apoio às Pessoas com Deficiência (AnaPcD), Abrão Dib. Representantes do setor de seguros, previdência complementar, de planos de saúde, entre outros, já confirmaram presença.
Serviços financeiros
Na tarde da terça-feira (12), às 14h30, está prevista outra audiência pública para ouvir representantes de instituições financeiras sobre os impactos do PLP 68/2024 no setor, que será regido por regras especiais. Entre os temas, serão abordados apostas e o mecanismo de split payment, que permitirá o recolhimento automático do tributo quando uma compra for feita, por meio da integração entre meios de pagamento e nota fiscal.
Para isso, participarão da audiência o presidente da Confederação Nacional das Instituições Financeiras (CNF), Rodrigo Maia, que é ex-deputado e ex-presidente da Câmara, e o representante da Associação Brasileira de Instituições de Pagamentos (Abipag), Heleno Torres. Também foram convidados representantes do setor de serviços de cartão de crédito, de resseguros e do Ministério da Fazenda.
Demais regras especiais
Os outros setores sujeitos a regras específicas para a tributação sobre o consumo, como o setor de turismo e de hotéis, serão ouvidos pela CCJ na quarta-feira (13), às 14h30.
Serão representados os seguintes grupos, entre outros:
de parques e turismo, pelo representante do Sistema Integrado de Parques e Atrações Turísticas (Sindepat), Thiago Xavier;
de hotéis, pelo presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (Abih), Manoel Cardoso Linhares;
de restaurantes, pelo presidente-executivo da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Paulo Solmucci Júnior.
de imobiliárias, pelo representante do Conselho Federal de Corretores de Imóveis (Cofeci) Pedro Henrique de Andrade Nogueira Lima.
Infraestrutura e imóveis
O setor imobiliário ainda será tema da quarta audiência pública desta semana, prevista para quinta-feira (14) às 10 horas. O debate também abrangerá ramos da infraestrutura, como energia, saneamento básico e transporte ferroviário.
Confirmaram participação os seguintes convidados:
a presidente-executiva da Associação Brasileira de Biogás (Abiogás), Renata Isfer;
a diretora-executiva da Associação Nacional das Concessionárias Privadas de Serviços Públicos de Água e Esgoto (Abcon), Christianne Dias Ferreia;
representantes do setor de telecomunicações: o presidente-executivo da CONEXIS Brasil Digital, Marcos Ferrari, e o presidente da Associação NEO, Rodrigo Schuch;
o representante da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeolica), Marcello Cabral;
o diretor-executivo da Associação Nacional de Transportadores Ferroviários (ANTF), Davi Ferreira Gomes Barreto.
A reforma tributária foi promulgada em dezembro do ano passado, por meio da Emenda Constitucional 132. O texto unifica cinco tributos – ICMS, ISS, IPI, PIS e Cofins – em uma cobrança única, dividida entre os níveis federal (CBS) e estadual/municipal (IBS).
A mudança é resultado da proposta de emenda à Constituição (PEC) 45/2019, que também foi relatada por Eduardo Braga.
Em abril deste ano, o Poder Executivo encaminhou ao Congresso Nacional o PLP 68/2024, que regulamenta a reforma tributária. O texto foi aprovado em julho pela Câmara dos Deputados e encaminhado ao Senado.
O INCTL reflete a variação dos custos do transporterodoviário de cargas fechadas ou lotações, ou seja, ele mede a evolução de todos os custos da carga completa, incluindo a transferência, a administração (custos indiretos), gerenciamento de riscos e custo valor. Ele, assim como o INCTF, também não contempla impostos e margem de lucro na sua apuração.
Tenha na íntegra o simulador e histórico do índice, abaixo:
O INCTF mede a evolução de todos os custos da carga fracionada, incluindo transferência, coleta e distribuição, custos administração e de terminais (custos indiretos), gerenciamento de riscos e custo valor. Nesses custos não estão contemplados impostos, pedágios e margem de lucro.
Tenha na íntegra o simulador e histórico do índice, abaixo:
Na sexta-feira, 8 de novembro, a Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística) realizou a segunda edição do Seminário NTC de Inovação Tecnológica no TRC, na Arena de Conteúdos da Fenatran. O evento, mediado pelo assessor de comunicação e imprensa da Associação, Rodrigo Bernardino, teve como objetivo apresentar as mais recentes novidades do mercado para empresários do setor, incentivando o aprimoramento do transporte RODOVIáRIO de cargas, por meio de painéis informativos. Estiveram presentes representantes de entidades, empresários do setor, associados e convidados.
O presidente Eduardo Rebuzzi deu início ao evento e ressaltou a importância de mais uma edição do Seminário, desta vez realizada na Fenatran, afirmando: “É uma honra participar deste Seminário durante a Fenatran, uma Feira extremamente importante para o setor. Nossa presença aqui reforça a necessidade de continuarmos fortalecendo a cadeia produtiva do transporte, pois temos muitos pontos convergentes que podem impulsionar o setor, como segurança, transição energética e outros temas que integram nossas pautas hoje”.
Na abertura da programação, os primeiros painéis abordaram temas como eficiência energética, redução de custos, conectividade, segurança no TRC, inovações sustentáveis e alternativas energéticas. Entre os participantes, estavam representantes de montadoras: Alexandre Parker, diretor de Assuntos Corporativos da Volvo; André Gentil, gerente de Vendas e Soluções a Frotistas da Scania; Priscila Rocha, Head de Sustentabilidade e ESG da Volkswagen Caminhões e Ônibus, e Nathan Oliveira, especialista de Serviços e Soluções da Iveco.
Nesse momento, os participantes discutiram as principais iniciativas e tecnologias das empresas, com destaque para as soluções apresentadas na Fenatran que contribuem para a redução do consumo de combustível, bem como o compromisso com a segurança e a sustentabilidade. Cada representante compartilhou seus planos para a descarbonização e o desenvolvimento de soluções futuras. Em seguida, o público teve a oportunidade de tirar dúvidas com os representantes sobre os temas debatidos.
Encerrando a primeira etapa de debates, o presidente da NTC&Logística, Eduardo Rebuzzi, fez um complemento aos painelistas: “Vivemos a realidade do setor de transporte, e ver vocês trazendo soluções para a redução de carbono e melhorias ambientais é muito valioso. No entanto, não podemos ignorar questões fundamentais, como os custos de renovação de frotas, as condições das rodovias e a escassez de motoristas”, comentou Rebuzzi.
Na continuidade da programação, o último painel tratou de tecnologias para a segurança viária no transporte, um tema constantemente trabalhado pela NTC&Logística junto aos órgãos responsáveis. Este painel contou com a participação de Luiz Henrique Nascimento, diretor Comercial da T4S; Eduardo Tavares, CEO da SIHGRA; Ricardo Barros, CEO da Sighir Enterprise, e Rodrigo Merlin, da Michelin.
O painel focou em soluções inovadoras voltadas para a segurança no transporte rodoviário de cargas, discutindo ferramentas de prevenção de acidentes, monitoramento de risco e gestão de segurança para frotas, salientando como essas tecnologias têm impacto na redução de incidentes. Eduardo Rebuzzi destacou: “Tivemos recentemente a Lei da Segurança Privada, e a NTC participa ativamente de sua regulamentação. Nosso objetivo é garantir que essa legislação proteja ainda mais as empresas de transporte, sem prejudicar a aplicação de tecnologias e sem limitar a criatividade necessária para avançarmos”.
Durante as apresentações, foram explorados temas como o uso de inteligência artificial (IA) e as estratégias das empresas para atender às necessidades do setor. Houve ênfase na segurança dos motoristas e nas novas modalidades apresentadas na Feira, incluindo aquelas em fase de lançamento e os desafios de sua gestão.
Encerrando o 2º Seminário de Inovação Tecnológica no TRC, o presidente Eduardo Rebuzzi registrou: “Essas discussões mostram o quanto a tecnologia tem o potencial de garantir que os processos funcionem de maneira eficiente. Estamos no caminho certo, e as empresas que participaram deste Seminário têm apresentado avanços significativos. Essas inovações são exatamente o que buscamos disseminar para nossos associados, empresas parceiras e demais stakeholders do setor, promovendo soluções que impulsionem a competitividade, a segurança e a sustentabilidade de toda a cadeia produtiva”.
A alta de 0,9% na produção da indústria de São Paulo, em setembro ante agosto, exerceu a maior influência positiva sobre a média global da indústria nacional no período. A produção industrial brasileira teve alta de 1,1% em setembro ante agosto. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A expansão da produção paulista sucedeu uma perda acumulada de 2,4% nos dois meses anteriores de resultados negativos: julho (-1,5%) e agosto (-0,9%).
“Esse avanço vem depois de dois resultados negativos, que acumularam uma perda de 2,4%. Em setembro, o setor de derivados do petróleo foi o que mais contribuiu para o comportamento da indústria paulista”, afirmou Bernardo Almeida, técnico responsável pela pesquisa do IBGE, em nota oficial.
A produção industrial de São Paulo operava em setembro em patamar 1,5% acima do pré-pandemia, de fevereiro de 2020.
Em relação ao nível recorde da série histórica, a indústria paulista ainda funcionava 21,4% abaixo do pico alcançado em março de 2011.
Terceiro maior emissor de gases poluentes do Brasil, setor tem recebido incentivos para a descarbonização, mas as soluções são complexas e caras
O transporte RODOVIáRIO é a espinha dorsal da mobilidade no Brasil. O 1,7 milhão de quilômetros de estradas brasileiras — a quarta maior malha do mundo — transporta 65% das cargas e 95% dos passageiros do país. A dependência do modal, ainda fortemente movido a combustíveis fósseis, deixa marcas ambientais: trata-se da terceira maior fonte de poluição do Brasil, atrás apenas do desmatamento e da pecuária. O problema se agravou nas últimas décadas, com as emissões dos veículos brasileiros atingindo o recorde histórico de 200 milhões de toneladas de CO2 em 2022, último ano com dados divulgados pelo Observatório do Clima. Desde o início da série, em 1990, as emissões do setor cresceram 170%, superando em muito o aumento de 14% das emissões gerais do país. Na tentativa de reverter esse quadro, a iniciativa privada e a administração pública se movimentam para descarbonizar a frota. Em junho, a aprovação do Programa Mover, que oferece incentivos fiscais para montadoras que investem em programas de despoluição, representou um marco desse movimento, que deverá abarcar um conjunto de tecnologias e modais para ser bem-sucedida.
Ponto-chave desse processo, os veículos elétricos têm registrado um crescimento meteórico de vendas no país. No acumulado de 2024 até setembro, o Brasil emplacou um total de 122.548 carros totalmente elétricos ou híbridos, um crescimento de 113% em relação ao mesmo período de 2023 e superior a 500% em cinco anos. A tendência é de ainda mais demanda: espera-se que a categoria represente até 54% das vendas de veículos em 2030 e 91% em 2040, segundo um estudo da associação de montadoras Anfavea.
De olho nesse potencial, companhias do setor têm voltado suas atenções para o Brasil. A montadora chinesa BYD foi responsável por 42% das vendas de elétricos no mercado brasileiro e aposta na expansão dos negócios. Com 137 concessionárias em operação, a empresa pretende abrir outras 124 lojas no futuro próximo, além de inaugurar uma fábrica para a produção nacional de veículos em Camaçari, na Bahia. “Para alguns modelos, vamos substituir a importação por um regime de produção completa no primeiro semestre de 2025”, disse Alexandre Baldy, vice-presidente sênior da BYD no Brasil, durante o VEJA Fórum — Oportunidades do Brasil na Transição para a Energia Verde, realizado por VEJA e VEJA NEGÓCIOS.
Embora tenha ganhado tração no Brasil apenas nos últimos dois anos, a companhia desembarcou no país pela primeira vez em 2015, com foco no mercado de ônibus elétricos. Na época, o negócio não prosperou devido à baixa demanda e a modelos de ônibus pouco adaptados às ruas brasileiras. Agora, porém, o cenário mudou. “O interesse das cidades tem crescido muito, estamos esperando uma consolidação dessa demanda para o mercado deslanchar”, diz Bruno Paiva, diretor de vendas de caminhões e ônibus da BYD.
Para cumprir metas de descarbonização municipais, cidades como São Paulo, Curitiba e Salvador têm renovado parte de sua frota com ônibus elétricos — que, além de ter emissões zero, são silenciosos e possuem um ciclo de vida mais duradouro em comparação com os veículos movidos a diesel. A maior barreira para essa expansão é o preço: um ônibus elétrico custa cerca de 3 milhões de reais, diante de um preço de 700 000 reais da versão movida a diesel, o que exige grande investimento inicial das operadoras ou subsídios públicos. Outro desafio é a infraestrutura de carregamento nas garagens, uma vez que a alta demanda por eletricidade exige arranjos que influenciam o modelo de contratação das concessionárias de energia elétrica.
Devido a fatores como esses, a eletrificação das frotas não é considerada a única alternativa aos veículos movidos a combustíveis fósseis. “Não podemos nos limitar a uma única rota de descarbonização”, afirma Guilherme Vinhas, advogado e autor do livro Fundamentos da Transição Energética. “É preciso investir em outras tecnologias já disponíveis, mais eficientes que a combustão”. Ele cita os biocombustíveis, como o etanol e o biodiesel, que ganharam tração extra com a aprovação da Lei do Combustível do Futuro em outubro.
Entre outras definições da lei, o limite máximo de etanol na gasolina subirá de 27,5% para 35%, enquanto a proporção de biodiesel no diesel irá de 14% para 20%. Apesar de não serem isentos de emissões, os biocombustíveis são feitos de biomassa que absorve gás carbônico durante o crescimento, compensando parte do CO2 emitido. A ideia é aproveitar a abundância de resíduos orgânicos e a expertise do Brasil na produção desses combustíveis, algo que o país começou a estruturar durante a crise do petróleo, na década de 1970. “Nós pensamos os biocombustíveis no passado para fazer frente ao alto preço do petróleo”, disse Márcio de Lima Leite, presidente da Anfavea, durante o fórum. “Para a nossa sorte, hoje eles cumprem não só o papel de equilíbrio dos preços, como também o da descarbonização”.
Sobretudo para os veículos pesados, como caminhões, a aposta também é na expansão de outros tipos de biocombustíveis, como o biometano, que vem do tratamento de biogás, e o diesel verde, que é produzido a partir de óleos e gorduras. “O transporte rodoviário de carga no Brasil é muito importante, e eletrificar frotas pesadas não é fácil”, diz Diogo Lisbona, pesquisador do Centro de Estudos em Regulação e Infraestrutura da Fundação Getúlio Vargas. Por aproveitar a infraestrutura de combustíveis já existente, ao contrário dos elétricos, os biocombustíveis permitem uma transição mais rápida e barata para caminhões de carga, sem grandes adaptações na frota. No entanto, essas tecnologias ainda engatinham no país: atualmente, são apenas seis usinas de biometano com autorização de operação, e outras 25 com pedidos sendo avaliados pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis). No caso do diesel verde, a primeira biorrefinaria no Brasil está prevista para operar em 2025, em Manaus.
Outra solução avaliada para reduzir as emissões no transporte de carga é a diversificação dos modais, uma vez que o rodoviário, por transportar menos volume em comparação com outras modalidades, como o ferroviário, tende a ser mais poluente. “A ferrovia já nasce verde; um trem retira até cinquenta caminhões da rodovia para levar a mesma quantidade de produto”, diz Raíssa Amorim, consultora de sustentabilidade da MoveInfra, associação de empresas de infraestrutura.
Atualmente com extensão de 31 000 quilômetros e só um terço disso em uso, a malha ferroviária brasileira regrediu em relação aos 37 000 quilômetros dos anos 1950. Na tentativa de recuperar o modal, o governo anunciou a injeção de 94 bilhões de reais nas linhas férreas brasileiras até 2026, por meio do novo Programa de Aceleração do Crescimento, mirando a construção de ferrovias como a de integração Oeste-Leste e outra no Centro-Oeste. “Rodovias e ferrovias não competem, mas trabalham juntas, já que modais conectados são o principal elemento para a transição”, diz Amorim. Trata-se de uma estrada sinuosa, com inúmeros desafios pela frente — mas essencial para um futuro mais verde.
A Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística) vem acompanhando a situação crítica no setor de cargas do Aeroporto Internacional de Guarulhos, onde uma série de restrições e problemas operacionais levou recentemente à suspensão temporária do recebimento de cargas secas internacionais.
Essa paralisação, que começou no dia 7 e segue até 11 de novembro de 2024, é resultado de um acúmulo de dificuldades, como a falta de estrutura adequada e a escassez de mão de obra, fatores que intensificaram a complexidade operacional no terminal.
A entidade reforça que não se trata apenas de monitorar essa suspensão pontual, mas sim de um acompanhamento contínuo da situação e de suas causas. “Estamos acompanhando de perto essa situação para entender plenamente os efeitos sobre nossas operações e buscar soluções que minimizem os impactos para as empresas de transporte e para a cadeia logística como um todo”, afirma Eduardo Rebuzzi, presidente da NTC&Logística.
Desde o início das restrições, a preocupação da NTC&Logística e das empresas vem crescendo, pois tais dificuldades causam impacto direto nas operações do transporte RODOVIáRIO de cargas e, por consequência, aumento nos custos.
Com um volume considerável de mercadorias aguardando para serem entregues, as empresas enfrentam pressão por parte de clientes que precisam de agilidade e soluções imediatas. É fundamental contextualizar a situação atual para reforçar a necessidade de ações estruturais no setor para evitar crises futuras.
A NTC&Logística acompanha com atenção as medidas das autoridades envolvidas, como a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e o Ministério de Portos e Aeroportos, que estão avaliando ações administrativas e buscando soluções para o problema junto à concessionária GRU Airport. A entidade permanece comprometida com a defesa dos interesses do transporte rodoviário de cargas e com o apoio às iniciativas que garantam a eficiência e a continuidade das operações logísticas no Brasil.
O vice-presidente da NTC&Logística, Antonio Luiz Leite, e a assessora Executiva da Presidência, Elisete Balarini, participaram do 3º Fórum de Mulheres no Transporte e na Logística, realizado ontem, 7 de novembro, na Fenatran. O evento reuniu lideranças femininas e representantes de importantes movimentos de apoio às mulheres no setor, como o Vez & Voz, A Voz Delas e Rota Feminina, reforçando a relevância da presença feminina e sua contribuição para a transformação e inovação no transporte de cargas.
O Fórum destacou temas centrais para a ampliação da participação feminina em um setor tradicionalmente masculino, abordando desde políticas públicas até boas práticas empresariais para atrair e reter talentos femininos. Para Antonio Luiz Leite, a mobilização é essencial para o desenvolvimento de um setor mais inclusivo e igualitário. “É fundamental apoiar e incentivar a participação feminina no nosso setor. Esse tipo de iniciativa permite que discutamos, de maneira coletiva, as melhores estratégias para garantir que as mulheres tenham cada vez mais espaço no transporte de cargas. Precisamos unir esforços para que o setor se torne cada vez mais inclusivo e equitativo”, afirmou o vice-presidente da NTC&Logística.
A programação incluiu a apresentação de dados do Instituto Paulista do Transporte de Carga (IPTC) sobre a evolução da presença feminina no setor e um painel de debate sobre políticas públicas para fomentar essa participação, com a presença de Eliana Costa, diretora adjunta do ITL; Daniele Olivares Corrêa, procuradora do Trabalho; José Aires Amaral Filho, superintendente de Serviços da ANTT, e Paula Montagner, subsecretária de Estatísticas e Estudos do Trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego.
Outro ponto alto foi o painel promovido pelo movimento A Voz Delas, da Mercedes-Benz Brasil, no qual empresas compartilharam boas práticas de gestão para atrair e reter talentos femininos. A mediação ficou por conta de Vanessa Mariano, caminhoneira e influenciadora, e contou com a participação de Franciele Tuni, coordenadora de Operações Mercosul na Cordenonsi; Joyce Bessa, Diretora na TransJordano e vice-presidente da Pauta ESG da NTC&Logística, e Thais Almeida, diretora Comercial e Administrativa na Tquim.
O evento foi encerrado pelo movimento Rota Feminina, que apresentou a palestra ‘Transformação digital e o protagonismo feminino: impulsionando a inovação e a colaboração no transporte e logística’, reforçando o compromisso das lideranças e movimentos com a promoção da equidade de gênero no setor. Toda a programação reafirmou a importância da união entre movimentos como Vez & Voz, A Voz Delas e Rota Feminina para criar um ambiente cada vez mais justo e colaborativo no transporte RODOVIáRIO de cargas.
Conforme destacou a presidente do SETCESP, Ana Jarrouge, idealizadora do movimento Vez & Voz, “estamos avançando, mas é fato que ainda temos um longo caminho a percorrer. É preciso continuar a tratar esta pauta de forma contínua e consistente, até que o índice de equidade nos demonstre que estamos em um cenário adequado, o que ainda não é a realidade”.
Hoje, dia 8 de novembro, a partir das 14 horas, acontecerá o 2º Seminário NTC de Inovação Tecnológica no Transporte RODOVIáRIO de Cargas, na Arena de Conteúdo da FENATRAN.
Com uma programação robusta, o Seminário – que faz sua estreia na FENATRAN – abordará temas importantes em quatro painéis:
Eficiência Energética e Redução de Custos;
Conectividade e Segurança no TRC;
Inovações Sustentáveis e Alternativas Energéticas;
Tecnologias para a Segurança Viária no TRC.
Todos os painéis serão conduzidos por especialistas, que demonstrarão como as novas tecnologias estão revolucionando a criação e o aprimoramento de produtos e serviços.
Além de executivos de grandes montadoras, como Mercedes-Benz, Volvo, Scania, DAF, Iveco e Volkswagen, representantes de empresas de tecnologia líderes no setor, como T4S, SASCAR, Trucks Control e SIHGRA também participarão do painel sobre Tecnologias para a Segurança Viária no Transporte Rodoviário de Cargas.
Eduardo Rebuzzi, presidente da NTC&Logística, destaca: “Realizar o 2º Seminário NTC de Inovação Tecnológica no Transporte Rodoviário de Cargas na FENATRAN coloca o evento no centro das discussões do setor. Os temas que vamos discutir com profissionais do mercado serão de grande relevância. O ambiente da Feira é ideal para falarmos de negócios e de inovações que fazem a diferença para o TRC no Brasil, impulsionando a competitividade e a sustentabilidade”.
Confira a programação preliminar.
14h00 – 14h15
Abertura – Boas-vindas
Eduardo Rebuzzi – Presidente da NTC&Logística
14h15 – 14h50
Painel 1: Eficiência Energética e Redução de Custos
Participantes: Mercedes-Benz, Volvo, Scania
14h50 – 15h25
Painel 2: Conectividade e Segurança no TRC
Participantes: DAF, Iveco, Volkswagen
15h25 – 16h
Painel 3: Inovações Sustentáveis e Alternativas Energéticas
Entrega da premiação será realizada no dia 4 de dezembro, em Brasília
Estão definidos os vencedores da 31ª edição do Prêmio CNT de Jornalismo. Entre os premiados, destacaram-se coberturas da tragédia causada pelas chuvas no Rio Grande do Sul (RS) e reportagens sobre o impacto social do transporte em diferentes regiões do país. O vencedor do Grande Prêmio recebe R$ 60 mil, e o de cada categoria, R$ 35 mil. A entrega da premiação será no dia 4 de dezembro, em Brasília.
O Grande Prêmio é da série “O tempo de cada um”, do jornalista Chico Regueira, da TV Globo. Essa série especial mostra como o transporte de baixa qualidade contribui para a exclusão social (principalmente, de negros e pobres) e funciona como uma barreira de acesso a oportunidades de trabalho e estudo para cidadãos da periferia que têm justamente o exercício da cidadania dificultado. O especial garantiu uma premiação de R$ 60 mil.
Na categoria áudio, o vencedor é o jornalista Rafael Campos, do Metrópoles, com o podcast “As histórias de quem levou, por terra, ar e rios, a solidariedade ao RS”. Em Comunicação Setorial, o primeiro lugar ficou para a matéria “Mudanças nos hábitos de deslocamento”, de Tânia Mara Gouveia Leite, da Revista Ônibus, da Semove (Federação das Empresas de Mobilidade do Estado do Rio de Janeiro). A imagem vencedora da categoria Fotojornalismo é “Avião nas inundações devido a chuvas fortes no Rio Grande do Sul”, do profissional Adriano Henrique Machado, da Reuters. No Impresso, a matéria melhor avaliada foi “Rodovias que perdoam: quando as estradas salvam vidas”, de Roberta Soares, do Jornal do Commercio.
Na categoria Meio Ambiente e Transporte, o vencedor foi o trabalho “Desafios do transporte para a mobilidade sustentável”, da jornalista Giovana Ferreira, do R7. Em Internet, o especial “O outro lado do paraíso”, de Jade Abreu, do Metrópoles, recebeu as melhores notas. E, na categoria Vídeo, a vencedora foi a reportagem do Fantástico, da TV Globo, “Aeroporto virou porto – águas invadem e fecham o Salgado Filho”, de Pedro Rockenbach.
Sobre o Prêmio
Em um ano focado em temas voltados à sustentabilidade, as pautas abordaram aspectos do transporte, seja ele RODOVIáRIO, ferroviário, aquaviário ou aéreo, nos segmentos de passageiros ou de cargas. Para chegarmos aos vencedores, as reportagens e fotografias inscritas foram validadas pela Comissão Organizadora; analisadas, inicialmente, por um grupo fixo de pré-selecionadores formado por cinco jornalistas com atuação acadêmica e, por fim, avaliadas por um corpo de jurados formado por jornalistas de renome e um especialista em transporte.
A comissão julgadora de 2024 foi composta por Alex Capella, secretário especial de imprensa da Presidência do Senado Federal; Roberto Munhoz, diretor de Jornalismo da TV Record; Samira de Castro, presidente da Fenaj (Federação Nacional dos Jornalistas); Thiago Bronzatto, diretor da sucursal de Brasília do jornal O Globo, e Andrea Santos, especialista em Transporte e codiretora do Hub da UCCRN (Urban Climate Change Research Network) para a América Latina.
Essa avaliação obedeceu aos seguintes critérios: relevância para o setor de transporte, para o transportador e para a sociedade; qualidade editorial; criatividade/originalidade e atualidade dos temas.
Confira, a seguir, o detalhamento dos trabalhos vencedores.
Essa série especial mostra como o transporte de baixa qualidade contribui para a exclusão social (principalmente, de negros e pobres) e funciona como uma barreira de acesso a oportunidades de trabalho e estudo para cidadãos da periferia que têm justamente o exercício da cidadania dificultado.
Revista Ônibus – Semove (Federação das Empresas de Mobilidade do Estado do Rio de Janeiro)
A reportagem buscou entender os desafios e as responsabilidades da iniciativa privada, do poder público e da sociedade civil para a promoção de um transporte público mais sustentável no Rio de Janeiro.
O Metrópoles percorreu 1.411 km para contar histórias de crianças que percorrem 200 km para chegarem à escola. Há relatos de gestantes que deram à luz sem auxílio médico, porque estavam longe para serem atendidas.
Em meio à corrida para a transição energética, o Brasil tenta aumentar o uso de fontes renováveis no setor de transporte, que foi responsável por 33% do consumo de energia do país em 2023, desbancando a indústria.
Empreendimento integra carteira de leilões rodoviários do Ministério dos Transportes
Estratégica para a circulação de bens e serviços entre o Brasil e a Argentina, a Ponte Internacional de São Borja integra a carteira de concessões rodoviárias do Ministério dos Transportes. O edital com as regras do leilão foi publicado na quarta-feira (6), prevendo aportes da ordem de US$ 99 milhões (Capex + Opex). De acordo com o projeto, o certame tem como critério o maior valor de outorga ofertada, sendo o mínimo US$ 40,8 milhões. Já a sessão pública para abertura das cartas-propostas será realizada em 7 de janeiro.
A Ponte Internacional de São Borja tem 15,62 quilômetros de extensão, sendo fruto de um acordo binacional assinado em 1989. Ela liga as cidades de São Borja (RS), no Brasil, e Santo Tomé, na Argentina. Cerca de 23% das operações comerciais entre os dois países dependem desta ligação, o que torna a melhoria da infraestrutura e adequação da ponte ao fluxo ações necessárias para ambas as economias.
“A Ponte de São Borja e Santo Tomé é um importante corredor logístico, que foi concedido há 29 anos. Hoje é um dia histórico para a relação entre Brasil e Argentina, porque lançamos um novo edital para concessão do trecho, um projeto muito mais moderno e que trará inúmeros benefícios para os dois países”, destacou a secretária nacional de Transporte RODOVIáRIO, Viviane Esse.
Além do Ministério dos Transportes, o Itamaraty participou ativamente das negociações com as autoridades argentinas para a formatação do novo projeto. Receita Federal, Ministério da Agricultura e Pecuária e Polícia Federal também participam da Comissão Mista Argentina-Brasileira para a Ponte Internacional Santo Tomé-São Borja.
O novo contrato de concessão terá duração de 25 anos. Durante o período, a futura concessionária deverá realizar um conjunto de intervenções para recompor e aprimorar as características técnicas e operacionais das estruturas físicas da Ponte Internacional.
Também será de responsabilidade da concessionária a manutenção tanto do trecho situado em território brasileiro quanto do localizado em solo argentino. Entre as obras a serem executadas, estão a construção de faixas de acesso, uma nova área para veículos apreendidos, pátio para caminhões e instalação de um novo sistema de iluminação.
Dentre as inovações do projeto, destaque para a Operação do Centro Unificado de Fronteira (CUF), que responde pelo atendimento dos veículos de carga internamente e serviços de suporte às atividades de desembaraço alfandegário, além de inspeções e verificações exigidas pelos órgãos públicos. A proposta prevê ainda degraus tarifários associados ao Capex, o fator de desconto associado aos serviços obrigatórios e os investimentos em Recursos para Desenvolvimento Tecnológico (RDT), voltado ao desenvolvimento de produtos e serviços pertinentes à infraestrutura rodoviária.
Na edição de 2024 da Fenatran, o maior evento da América Latina voltado para o transporte de cargas e logística, a Comissão de Jovens Empresários e Executivos da NTC&Logística (COMJOVEM) realizou ontem (6) uma reunião especial. O encontro foi aberto pelo presidente da NTC&Logística, Eduardo Rebuzzi, que ressaltou a importância da Fenatran para a visibilidade e inovação no transporte RODOVIáRIO de Cargas e celebrou a presença do vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, na Abertura do evento.
Em sua fala, Rebuzzi enfatizou o papel essencial que a COMJOVEM vem desempenhando em prol do desenvolvimento do setor e na preparação de jovens líderes, além de parabenizar o grupo pelo empenho e conquistas recentes. “A Fenatran é um marco para o setor, e a presença da COMJOVEM aqui simboliza a nossa aposta nas novas gerações, que têm uma visão moderna e são protagonistas na transformação do Transporte Rodoviário de Cargas nacional. Agradeço a todos por estarem aqui e pela dedicação que mostraram ao longo do ano”, afirmou o presidente.
O coordenador nacional da COMJOVEM, André de Simone, e os vice-coordenadores Priscila Zanette e Hudson Rabello também participaram da abertura da reunião, apresentando um panorama das ações e metas da Comissão. Eles destacaram a evolução dos projetos desenvolvidos ao longo do último ciclo, salientando o compromisso com o crescimento do setor.
A pauta da reunião contou com a apresentação dos participantes e uma análise das metas alcançadas no ciclo recém-encerrado. Um dos pontos altos foi a discussão sobre o Congresso NTC 2024 – XVII Encontro Nacional da COMJOVEM, que promete reunir jovens empresários e executivos de todo o país para uma programação intensa, incluindo palestras, networking e momentos de celebração.
O grupo também abordou o início do novo ciclo da COMJOVEM, assinalando a importância de um planejamento sólido para as atividades futuras. A primeira reunião do próximo ciclo está marcada para o dia 12 de novembro, com horário ainda a ser definido, e promete focar em novas estratégias e objetivos para o ano que vem.
Além disso, os membros da Comissão acentuaram o quanto são valiosas as atividades da NTC&Logística durante a Fenatran, inclusive citando o 2o Seminário NTC de Inovação Tecnológica no TRC, um espaço de aprendizado e troca de experiências que acontecerá na próxima sexta-feira, às 14 horas, no Espaço de Conteúdo da Feira.
Na última terça-feira (5), o presidente da NTC&Logística, Eduardo Rebuzzi, participou, a convite da OTM, do evento Rota Digital, realizado durante as atividades da Fenatran 2024.
No painel, Rebuzzi esteve ao lado do presidente da Anfir, José Carlos Sprícigo, e ambos contribuíram com suas experiências, abordando os cenários atuais do Transporte RODOVIáRIO de Cargas. Eles destacaram a necessidade de inovação e adaptação em face das transformações do setor. “É fundamental que o TRC se mantenha atento às mudanças e siga investindo em tecnologias que possibilitem uma logística mais ágil e eficiente, alinhada cada vez mais à sustentabilidade e à geração de empregos”, ressaltou Rebuzzi.
Além disso, o presidente da NTC&Logística enfatizou a relevância do Transporte Rodoviário de Cargas como um pilar da economia nacional e reforçou o compromisso da Associação em apoiar o desenvolvimento de políticas que atendam a essas novas demandas, fortalecendo o papel do setor na cadeia produtiva do Brasil.
O evento Rota Digital reuniu líderes do setor, propiciando um espaço rico para o debate de estratégias que impulsionam o TRC rumo ao futuro.
O presidente da NTC&Logística, Eduardo Rebuzzi, foi homenageado com o Prêmio Mérito ANFIR 2024, entregue durante as atividades da Fenatran, na categoria “Personalidade Governamental do Ano”, em cerimônia realizada ontem (06). O secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado de São Paulo, Jorge Lima também foi reconhecido por sua atuação.
O prêmio foi criado com o objetivo de reconhecer o trabalho de personalidades do mundo empresarial, governamental, acadêmico e social, e contempla entidades de classe, órgãos governamentais, empresas e universidades que demonstram uma contribuição significativa em seus respectivos campos de atuação. A premiação, promovida pela Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários (ANFIR), destaca aqueles que se sobressaem por sua atuação no setor de Transporte RODOVIáRIO de Cargas. A homenagem foi entregue pelo presidente da entidade, José Carlos Sprícigo.
Rebuzzi recebeu o prêmio com muito orgulho, ressaltando a importância da colaboração entre as entidades do setor e dos esforços conjuntos para fortalecer o Transporte Rodoviário de Cargas no Brasil. Em sua fala, o presidente expressou gratidão pelo reconhecimento e reafirmou seu compromisso com o setor: “Agradeço a todos da diretoria da Anfir que me concederam essa homenagem. É uma grande alegria, e esse prêmio é fruto de um trabalho coletivo que desenvolvemos na NTC&Logística. O setor de transporte é a base do impulsionamento econômico, e essa parceria entre entidades só engrandece o caminho do nosso setor. Vamos continuar trabalhando para o desenvolvimento do Transporte Rodoviário de Cargas no país”.
A homenagem destacou a atuação da NTC&Logística na busca por avanços regulatórios, políticas de apoio e iniciativas que beneficiem tanto os transportadores quanto os demais elos da cadeia logística. A entidade tem se empenhado em projetos que promovem a segurança, a eficiência e a sustentabilidade no setor.
O Prêmio Mérito ANFIR 2024 contou com a presença do ex-presidente da NTC&Logística e vice-presidente da CNT, Flávio Benatti; da assessora Executiva da Presidência da NTC&Logística, Elisete Balarini; e diversos representantes e lideranças do Transporte Rodoviário de Cargas e de Implementos Rodoviários de todo o Brasil, ratificando a importância do trabalho colaborativo para o fortalecimento da infraestrutura e da economia do país.
A Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística) divulgou oficialmente a inscrição da chapa única para a eleição do Conselho Superior, marcada para o dia 28 de novembro de 2024. Todos os candidatos inscritos atenderam aos requisitos estatutários exigidos, conforme despacho do presidente da NTC&Logística, Eduardo Rebuzzi.
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